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ID
1555468
Banca
UERJ
Órgão
UERJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

As comunidades quilombolas, que são predominantemente constituídas por população negra, se auto definem a partir das relações com a terra, do parentesco,do território, da ancestralidade, das tradições e das práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o país existam mais de três mil comunidades quilombolas. O Decreto Federal nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.

Adaptado de incra.gov.br.


A demarcação de terras de comunidades quilombolas é fato recente nas práticas governamentais brasileiras.

Um dos principais objetivos dessa política pública é viabilizar a promoção de:



Alternativas
Comentários
  • Conforme o artigo 2º do Decreto 4887/2003, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”.

    Fonte: http://www.incra.gov.br/quilombolas


  • Reforma agrária não é algo que deve privilegiar grupos étnicos específicos. Trata-se de política pública voltada para uma distribuição de terras mais justa e que deve contemplar pessoas do campo sem distinções. Dessa forma, não se aplica a questão dos quilombolas. A alternativa (A) está errada.
    A alternativa (B) está certa. Os quilombolas foram socialmente excluídos durante praticamente toda a história do Brasil e demarcar terras para eles significa reparar um erro, uma exclusão histórica.
    A alternativa (C) está errada. A demarcação de terras para comunidades quilombolas - descendentes de escravos que fugiram da escravidão - não se relaciona em nada com a absorção de trabalhadores urbanos. Os quilombos se encontram geralmente em áreas rurais significativamente isoladas das cidades.
    A alternativa (D) está errada. O reconhecimento de diversidade étnica não vem necessariamente acompanhado de políticas de inclusão econômica ou social. A demarcação é mais do que um mero reconhecimento; trata-se de uma tentativa de reparar os danos históricos sofridos e assegurar direitos a grupos excluídos, como os quilombolas ou indígenas.


  • O Decreto Federal no 4887, de novembro de 2003, ao discriminar o que seria reconhecido como comunidades quilombolas, viabilizou não só a valorização das mesmas, mas, em especial, uma política de reparação material associada à demarcação e à titulação de terras até então ocupadas por essas comunidades. A legalização da posse possui enorme dimensão simbólica pois concede relevância histórica às lutas dos que se opuseram à escravidão e, paralelamente, busca viabilizar possibilidades mais dignas de uso da propriedade fundiária.

  • Gabarito: letra B

    Decreto 4887/2003, artigo 2º: “consideram-se remanescentes

    das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos

    étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória

    histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com

    presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à

    opressão histórica sofrida”.

    Portanto, os remanescentes de quilombos são considerados grupos excluídos.