SóProvas


ID
1555720
Banca
Quadrix
Órgão
CFA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Gol aprova nova estrutura de capital para levantar mais recursos na Bolsa
      Os acionistas da Gol aprovaram ontem uma nova estrutura societária para a empresa aérea, abrindo o caminho para futuras vendas de participação da companhia na Bolsa de Valores e uma diluição do porcentual da família Constantino, controladora da Gol, no capital total.
      A nova composição da empresa permitirá que ela faça novas emissões e dilua a participação dos controladores dos atuais 61,22% para até 7,5% do capital total. "No limite, se a Gol fizesse sucessivas emissões, sem participação do controlador, poderia levantar cerca de R$ 50 bilhões em bolsa de valores, considerando a cotação de ontem do papel da companhia", explica o vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da Gol, Edmar Lopes.
      Pela estrutura atual, a Gol não poderia mais buscar capital na bolsa de valores sem que o controlador acompanhasse os aportes. A lei das S/As limita o porcentual de ações preferenciais em circulação no mercado a 50% do capital total da companhia - a Gol já estava perto desse limite. Ao mesmo tempo, a legislação do setor aéreo não permite que estrangeiros tenham participação superior a 20% no capital votante das empresas aéreas, o que inviabiliza a negociação de ações ordinárias na bolsa de valores.
      A mudança na Gol será implementada em abril e não precisa do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Lopes afirma, no entanto, que a empresa não tem previsão de emitir ações no curto prazo e que não há operação de venda da empresa em curso. "Essa foi uma solução de longo prazo para a capitalização da companhia", afirma. Segundo ele, a Gol já tem recursos captados para financiar seus investimentos nos próximos dois anos.
      As ações superpreferenciais já estão na estrutura societária de empresas estrangeiras, como Alibaba e Facebook, mas ainda são novidade no Brasil. Antes da Gol, sua concorrente Azul apresentou uma estrutura semelhante à CVM, mas, como suspendeu sua oferta de ações, ela não chegou a ser implementada.
      O presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais, Mauro da Cunha, se manifestou publicamente contra a operação proposta pela Gol. Ele defende a proporcionalidade entre o poder econômico e político nas companhias e diz que, no longo prazo, esse desalinhamento não funciona e favorece o controlador.
      Com outra interpretação, Francisco Satiro, professor de Direito, entende que o uso de superpreferenciais é válido, desde que a regra esteja clara para o investidor. "O investidor deve saber que o controle da empresa está em um grupo com fatia pequena do capital e estar disposto a acompanhá-los. O mercado se regula e o investidor não compra se não achar interessante", disse.
(http://economia.estadao.com.br/')

Assinale a alternativa em que o penúltimo parágrafo do texto tenha sido reescrito sem significativa alteração de sentido e sem haver problemas em relação à Norma Culta da Língua Portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • A longo prazo/ em longo prazo

    Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.
    Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças. //...no longo prazo...

  • Seu comentário está equivocado, Graziele Cardoso, o que você quis dizer? A oração não é subordinado adverbial e sim subordinada adjetiva...
    Mauro cunha, é um aposto explicativo, por isto as virgulas são obrigatórias, e para qualquer lado que você mudar a aposto terá pontuação...

  • Não entendi essa questão. A diferença com a letra D é "à longo prazo"? 

    Porque está correto "no longo prazo"?

  • Irina, acredito que o erro na D seja a crase em "à longo prazo". E "no longo prazo" é parte do texto original, então acho q não tem como estar errado.

  • Irina Dutra,

    Há também este erro, em destaque, na alternativa "d":

    "O presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais, Mauro da Cunha, se manifestou em" (...)

    Deveria ser "manifestou-se". Por ser início de sentença, é obrigatório o uso da ênclise.

     

  • Sobre a alternativa 'D'.

     

    () Essa crase em 'a longo prazo' é improcedente, pois 'longo prazo' não aceita artigo feminino, logo não existe preposição + artigo para justificar a crase. O correto seria 'ao longo prazo', contudo o sentido seria modificado.

     

    () "O presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais, Mauro da Cunha, se manifestou" está corretamente empregado, porque o sujeito explicito ( O presidente ...) é fator facultativo de próclise ou ênclise.

     

  • O comentário da Super Concurseira está muito bom. Mas gostaria de adicionar algo:

    Alguns estudiosos já aceitam "a longo prazo", "a médio prazo" e "a curto prazo", mas a maior parte (digamos que 99% deles) não aceitam. 
    Porém na alternativa D o "a" está com crase, o que agrava o erro e tornando a expressão completamente incorreta. 

  • a) correta
    Erros letra B:
    vírgula entre o sujeito e o verbo.
    a favor não leva crase.
    vírgula entre verbo e complemento.

    Erros letra C:
    Crase. A palavra contra é uma preposição e não há crase após preposições( salvo a preposição até)

    Erros letra D:
    Vírgula entre sujeito e verbo.
    A longo prazo não leva crase.

    Erros letra e:
    Vírgula entre o substantivo e o adjunto adnominal.
    vírgula entre verbo e complemento