- ID
- 1556068
- Banca
- FGR
- Órgão
- Prefeitura de Belo Horizonte - MG
- Ano
- 2010
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
TEXTO 1
HORA DE MUDAR HÁBITOS
Elian Guimarães.
O mundo de hoje é um grande desafio. Para vencer num meio competitivo é
preciso ser jovem, não necessariamente de idade, mas de mente, de cabeça. São
pessoas dispostas a mudar, a trazer coisas novas e a engajar em novos nichos e
mercados. É importante entender que ocorre uma situação sui generis no mercado,
em que são percebidos três tipos distintos de consumidor. A geração acima de 45
anos, formada por consumidores dos quais já se conhecem hábitos de compra. São
mais tradicionalistas, mas já têm a certeza do que querem e vão comprar.
Há o consumidor geração “X”, na faixa de 25 a 45 anos. É aquele que
encontrou um período de transição política e cultural, de inflação alta, novos hábitos e
valores. Esse consumidor, que surpreende a todo momento, já está habituado a
mudanças e transformações no mercado.
Hoje, há a identificação de novo consumidor, o geração “Y”, de 18 a 25 anos,
totalmente diferenciado. Já nasceu num país diferente. É essencialmente tecnológico.
Lida desde cedo com computador, foi alfabetizado em idade diferente das outras
gerações. É consumidor que exige novos produtos e serviços dentro desse novo
mercado.
Quando se fala de hábito de consumo é preciso falar do consumidor. São
eles que pressionam a criação e concepção de novos serviços e produtos no
mercado. E o empreendedor precisa saber a hora de mudar e essas transformações
precisam ser percebidas pelo consumidor.
Algumas empresas persistem no modelo do passado e, com isso, vão
perdendo mercado. Para não exagerar na dose, o empreendedor precisa
acompanhar as tendências do momento. Transformar o pensamento em ideia. Ousar.
(Jornal Estado de Minas, 16/5/2010. Texto adaptado).
TEXTO 2
BRASIL: NEM X, NEM Y. GERAÇÃO XY
A chegada da geração Y ao mundo corporativo americano já suscitou centenas
de análises no Brasil sobre os melhores métodos para atrair e reter os talentos dessa
safra. Não abriu, contudo, espaço para uma questão essencial e anterior: temos no País
realmente contingente significativo de profissionais da geração Y, da mesma maneira
característica que há nos EUA? A resposta é não.
Jovens entre 20 e 30 anos com grande potencial de liderança, os Y, são
ambiciosos, buscam dedicar-se a projetos que representem suas causas,
reconhecimento e evolução rápida na carreira. Ao mesmo tempo, não lidam bem com
restrições e se pautam pelo imediatismo: sem resultados palpáveis para seus projetos,
tendem a dispersar.
As características têm fundamento na própria formação dos indivíduos Y. Eles
contam com um perfil diferenciado frente à média: têm fluência em diversos idiomas,
foram educados para desenvolver espírito empreendedor, contam com boa formação
escolar e contabilizam períodos de vivência no exterior. São muitos. Nos EUA e em
algumas regiões do Brasil.
Marcada por profissionais extremamente pragmáticos, a safra dos X reúne
executivos cujas ações são orientadas pelo senso de oportunidade. São ágeis no
aprendizado e bons empregados, daquele tipo que, em alguns segmentos, merecem o
chamamento de “pé de bois”. Não é à toa. Eles têm como foco construir uma carreira
sólida, para isso, dedicam-se ao trabalho e ao crescimento econômico, acumulam
riquezas, planejam suas previdências – em grande parte por temer que seu futuro fique à
mercê de incertezas econômicas que abalaram a vida daqueles que foram seus
exemplos.
Foi em meio à dedicação ao trabalho e ao crescimento econômico dos
profissionais da geração X que nasceram os jovens que hoje formam a safra dos Y. Eles
são, em muitos casos, os filhos que assistiram aos pais trabalharem demais, sofrer com
estresse, dedicar pouco tempo a temas não-corporativos e acumular riquezas para
financiar a estabilidade e a elevada qualidade de educação dos herdeiros.
Em resumo, é possível dizer que boa parte da relação dos X com trabalho e
dinheiro é o que molda hoje a postura dos Y frente à carreira, assim como o desejo deles
por algo atrelado a valores, crenças e mais qualidade de vida.
<Disponivel em http://www.usinadoconhecimento.com.br/Acesso em 16/05/10>(Texto adaptado)