As garantias ao trabalho são reduzidas ou mesmo eliminadas. Formas de exploração do trabalho (infantil, feminino, de imigrantes) que pareciam relíquias da história são reatualizadas – inclusive o trabalho semi-escravo. Nos “porões da globalização”(Dreifus), florescem as diversas máfias (a Yakusa japonesa, as italianas Cosa Nostra, Camorra, N’dranghetae Sacra Corona Unita, as associações criminosas surgidas da desintegração da União Soviética, os “senhores da guerra” no Extremo Oriente, os barões do narcotráfico norte-americanos e latino-americanos), movimentando uma economiacinzentaque anualmente “lava”, nos paraísos fiscais (Ilha Cayman e Virgens), cerca de 1 trilhão de dólares. Idéias que já se comprovam profundamente lesivas à humanidade (como o racismo, o chauvinismo, a xenofobia) retornam à cena política. O esvaziamento das instâncias democráticas acompanha a reconversão do Estado em serviçal de um mercado que, de fato, é manipulado por uma oligarquia financeira mundial. (NETTO; BRAZ, 2006, p. 245)
http://www.abrapcorp.org.br/anais2011/trabalhos/trabalho_marlene.pdf