Correta letra D!!!
A herança de caracteres adquiridos é uma hipótese acerca de um mecanismo de hereditariedade através do qual mudanças na fisiologia adquiridas durante a vida de um organismo (como o aumento de um músculo através do uso repetido) podem ser transmitidas à descendência.
É também comummente referida como teoria da adaptação.
A ideia foi proposta em tempos antigos por Hipócrates e Aristóteles, sendo comummente aceite próximo do tempo de Lamarck.
Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon, antes de Lamarck, propôs ideias acerca da evolução utilizando o conceito, e mesmo Charles Darwin, após Lamarck, desenvolveu a sua própria teoria de herança de caracteres adquiridos, a pangénese. O conceito básico de herança de caracteres adquiridos foi finalmente refutado de maneira alargada nos primeiros tempos de século XX.
OBS: Fixismo era uma doutrina ou teoria filosófica bem aceita no século XVIII. O fixismo propunha na biologia que todas as espécies foram criadas tal como são por poder divino, e permaneceriam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais ocorressem mudanças significativas na sua descendência. Um dos maiores defensores do fixismo foi o naturalista francês Georges Cuvier.
Detalhando um pouco mais:
Pangénese (português europeu) ou Pangênese (português brasileiro) foi uma teoria aceita até o século XIX para explicar a hereditariedade dos caracteres (inclusive dos adquiridos).
Segundo esta teoria, todas as partes do organismo produziam partículas denominadas "gêmulas" que eram direcionadas para as células germinativas. Durante a reprodução sexuada, havia a mistura das partículas provenientes do macho e da fêmea produzindo um novo organismo com características de ambos os progenitores.
De acordo com a pangênese, a modificação do organismo durante a vida provocava alterações nas gêmulas e, consequentemente, poderiam ser transmitidas para as gerações seguintes. Experimentos conduzidos à época por Francis Galton (1822-1911), foram incapazes de evidenciar a existência das gêmulas, e a teoria da pangênese foi eventualmente abandonada.
Ao contrário do que é divulgado, Charles Darwin acreditava nesta teoria, bem como na transmissão dos caracteres adquiridos, já que lançou seu livro "Origem das espécies" em 1859, quando ainda não haviam sido lançadas as bases para o entendimento dos mecanismos da hereditariedade conhecidos hoje.