Questão 1573495

• Banca: IF-SP
• Órgão: IF-SP
• Ano: 2015
• Provas: IF-SP - 2015 - IF-SP - Professor - Biologia
• Disciplina: Biologia
• Assuntos: Evolução biológica; Origem e evolução da vida

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (Volume 46, nº 14, 2015) foram registrados 745.957 casos de dengue no Brasil até meados do mês de abril de 2015, sendo que muitos municípios encontram-se em situação de epidemia, o que de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) apresentam ao menos 300 casos da doença a cada 100 mil habitantes. Até que não se desenvolva uma vacina para esta virose, a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo um dos melhores métodos profiláticos, no entanto, é comum nos municípios do país a nebulização de inseticidas nas vias públicas para controlar o crescimento local da população do vetor. Do ponto de vista evolutivo, este processo de nebulização pode:

• A. induzir o desenvolvimento de espécimes de mosquitos resistentes aos inseticidas, levando a necessidade de aumentar a toxicidade dos mesmos para evitar resultados insatisfatórios.
• B. selecionar espécimes de mosquitos resistentes aos inseticidas, levando a necessidade de aumentar a toxicidade dos mesmos para evitar resultados insatisfatórios.
• C. promover o desenvolvimento de mosquitos mutantes que resistem aos efeitos dos inseticidas, aumentando em curto prazo a população de vetores e, consequentemente, o número de casos de dengue.
• D. provocar diminuição local drástica de uma espécie de mosquito, como o Aedes aegypti, e favorecer o desenvolvimento de outra espécie de vetor, como o Aedes albopictus, provocando em médio prazo o aumento de casos locais da dengue.
  
• E. levar a formação de vetores híbridos que, por apresentarem grande variabilidade genética, tendem a resistir aos efeitos dos inseticidas, levando em curto prazo o aumento dos casos de dengue.

Gabarito: B

Comentários

• Cuidado com o Lamarckismo!

• O inseticida é uma das formas de controle, que pode ser benéfica e ajudar a eliminar o mosquito quando utilizada de maneira adequada. Mas, quando utilizado indiscriminadamente, ele seleciona as populações de mosquitos resistentes, o que propicia novas gerações também resistentes, perdendo, assim, sua finalidade inicial.

  O estudo mostra que o processo de resistência a inseticidas é capaz de gerar desvantagens biológicas para o próprio vetor. “O uso contínuo desses compostos químicos seleciona população de Aedes resistentes, mas pode trazer de carona efeitos negativos à fisiologia normal do inseto, tornando-o menos competitivo em ambientes livres de inseticida.

  fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-mostra-os-efeitos-da-resistencia-inseticidas-no-mosquito-da-dengue