- ID
- 1575070
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- DEPEN
- Ano
- 2015
- Provas
- Disciplina
- Comunicação Social
- Assuntos
O analfabeto do futuro
Competitividade, globalização e empregabilidade são
expressões repetidas como palavras de ordem. O seu real
significado, porém, está distorcido pela banalização do uso. A base
de todo o movimento de mudanças representado por essas palavras
é a competência, que precisa ser vista como a habilidade de realizar.
Estamos, em pleno século XXI, travando uma luta contra
o analfabetismo, a exclusão social e a desigualdade. Contudo, é
preciso notar que a própria evolução competitiva dá uma nova
proporção a essas dificuldades. No início do século passado, a
alfabetização era a condição de o indivíduo escrever seu próprio
nome. Hoje, ela exige uma competência mais complexa. É preciso,
em uma folha de papel, saber exprimir ideias com coerência e
fluidez. Por esse critério, podemos perceber que o problema do
analfabetismo brasileiro é mais grave do que supúnhamos.
Entre a necessidade de assinar o nome e a urgência em
dominar a redação, passaram-se cem anos. Para darmos o salto
em direção à elaboração de teses científicas para a competitividade
do país, não teremos sequer uma década.
Para isso, precisamos investir no desenvolvimento
intelectual de nossos jovens. Precisamos de gente preparada para
observar, conceber, desenvolver e exprimir ideias com desenvoltura
e conhecimento. Precisamos de gente que, em uma simples redação,
seja capaz de fazer a narrativa que irá contar a história do futuro.
Dulce Magalhães. O analfabeto do futuro. In: Revista Amanhã,
p.74. Disponível em: (com adaptações).
Com referência ao texto O analfabeto do futuro, julgue o item a seguir.
De modo a convencer o leitor a respeito de seu ponto de vista,
a autora amplia o conceito tradicional de analfabetismo como
a incapacidade de escrever informações básicas para um
conceito moderno segundo o qual analfabeto é o indivíduo
desprovido de habilidade de expressar ideias de modo claro e
organizado.