Para resolução da
questão em análise, faz-se necessário o conhecimento do modelo burocrático de
administração pública, sendo mais especificamente cobrada as suas disfunções.
Diante disso, vamos a
uma breve explicação.
O
Estado patrimonial (patrimonialismo) foi o primeiro modelo de administração
pública e sua principal característica é a confusão entre bem público e bem
pessoal, pois neste modelo tudo que pertencia ao Estado, pertencia ao príncipe
também. Lado outro, na burocracia há
clara distinção entre bem público e privado.
Neste sentido,
segundo o PDRAE (1995), a Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século
XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o
nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu
desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em
síntese: o poder racional-legal". (apud
PALUDO, 2013, p. 63). Grifo nosso.
O Modelo Burocrático tinha como principal idealizador Max
Weber. O objetivo desse modelo era orientar o trabalho nas organizações, as
quais eram cada vez mais complexas. Dentre suas vantagens estão a rapidez nas
decisões, pois cada um conhece e sabe o que deve ser feito e por quem, a
precisão na definição de cargos e atividades, e a previsibilidade e
estabilidade da organização.
Por outro lado, as disfunções são consequências não
previstas pelo modelo weberiano, ou seja, são um desvio ou exagero. Contudo,
cabe frisar que dentre as disfunções não está a racionalidade em relação ao
alcance dos objetivos da organização. Segue abaixo as principais disfunções:
·
Internalização das
regras e exagerado apego aos regulamentos
·
Excesso de formalismo e papelório
·
Resistência às
mudanças
·
Despersonalização dos
relacionamentos
·
Categorização como
base do processo decisorial
·
Superconformidade às
rotinas e regulamentos
·
Exibição de sinais de
autoridade
Por fim, cabe destacar que o controle prévio e rígido de
processos e procedimentos foi estabelecido para evitar o nepotismo e a
corrupção do patrimonialismo
O modelo burocrático assume que o modo mais seguro de se
evitar o nepotismo e a corrupção é pelo controle rígido dos processos, com
o controle dos procedimentos. A morosidade é reflexo do excesso de
formalismo.
Ante o exposto, a alternativa
correta é a letra “E", uma vez que, conforme as disfunções apresentadas
anteriormente, verifica-se que o controle de procedimentos é uma característica
do modelo burocrático que pode resultar morosidade pelo excesso de formalismo e
papelório.
Gabarito
do professor: Letra “E".
Fonte:
Paludo, Augustinho Vicente. Administração
Pública. 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.