"[...] a Ciência da Informação, tomada de forma geral, não ficou estacionada
no modelo cognitivo. Ao longo da década de 1980, diversos pesquisadores
começaram a apontar as limitações desta perspectiva teórica, como a visão de
conhecimento como algo meramente cumulativo ou a ideia de um usuário totalmente
individualizado, isolado da realidade, como um sujeito puramente cognitivo. O
conjunto destes questionamentos ganhou consistência em 1991, no grande encontro
internacional I CoLIS – International Conference on Conceptions of Library and Information Science.
Surgia aí o chamado
“paradigma social” ou “paradigma pragmático” da área: a informação passa a ser
entendida da perspectiva não apenas de um único sujeito, mas de uma coletividade
ou, antes, como produto de uma “intersubjetividade”; além disso, algo só se torna
informação a partir de um contexto no qual atuam dimensões políticas, culturais,
econômicas, jurídicas, tecnológicas, entre outras."
Fonte: Estudos de usuários em bibliotecas escolares: aspectos teóricos e
metodológicos, escrito por: Carlos Alberto Ávila Araújo.