Questão baseada na NBR 6122:1996
4.6.3 De acordo com o tipo de obra e das características a determinar, são executados, entre outros, os ensaios a seguir especificados, utilizando-se amostragem e técnica de execução mais representativa de cada caso em estudo:
a) caracterização: - granulometria por peneiramento com ou sem sedimentação, limites de liquidez e plasticidade;
b) resistência: - ensaios de compressão simples, cisalhamento direto, compressão triaxial;
c) deformabilidade: - ensaio oedométrico, compressão triaxial e compressão em consolidômetros especiais;
d) permeabilidade: - ensaios de permeabilidade em permeâmetros de carga constante ou variável, ensaio de adensamento;
e) expansibilidade, colapsibilidade: - ensaios em oedômetros com encharcamento da amostra.
Apesar da prova ter sido realizada em 2014, foi copiado o trecho da versão de 1996 e não da versão 2010.
Pessoal, a NBR6122/2019 especifica seis tipos de investigações geológicas e geotécnicas para o dimensionamento de fundações (não necessariamente serão realizadas todas). São elas:
Reconhecimento inicial;
Investigação geológica;
Investigação geotécnica preliminar;
Investigação geotécnica complementar;
Investigações complementares de campo; e
Investigações complementares de laboratório.
O enunciado da questão trata particularmente dos ensaios referentes às investigações de laboratório. O item 4.6 da supracitada norma elenca os ensaios que devem ser realizados. São eles:
Ensaios de caracterização: Estes ensaios compreendem:
a) granulometria, conforme ABNT NBR 7181;
b) umidade natural (w), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 6457;
c) limite de liquidez (wL ou LL), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 6459;
d) limite de plasticidade (wP ou LP), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 7180;
e) peso específico real dos grãos, conforme ABNT NBR 6458.
Ensaio de cisalhamento direto: Visa determinar os parâmetros de resistência ao cisalhamento do solo (coesão e ângulo de atrito);
Ensaio triaxial: Visa a determinação dos parâmetros de resistência e de deformabilidade do solo. Dependendo das condições de drenagem, seja na fase de adensamento sob a tensão confinante, seja na fase de aplicação da tensão desviadora, o ensaio pode ser classificado como: ensaio adensado drenado (CD), ensaio adensado não drenado (CU) e ensaio não adensado não drenado (UU). Se no segundo tipo de ensaio forem feitas medidas das poro-pressões (ensaio CU), é possível a obtenção de parâmetros de resistência em termos de tensões efetivas.
Ensaio de adensamento: Visa determinar as características de compressibilidade dos solos sob a condição de confinamento lateral;
Ensaios para caracterização de expansibilidade: Visa caracterizar o solo quanto à sua expansibilidade;
Ensaio de colapsibilidade: É indicado no caso de solos não saturados que possam apresentar colapso com o aumento de umidade. O ensaio mais simples é feito no mesmo equipamento utilizado no ensaio de adensamento, medindo-se a deformação vertical sofrida pela amostra, sob determinada tensão, ao ser inundada;
Ensaio de permeabilidade: Permite determinar os coeficientes de permeabilidade vertical e horizontal da amostra de solo;
Ensaios químicos: Permitem avaliar a contaminação do solo e da água subterrânea.
Pessoal, podemos notar que, dentre as quatro alternativas, o único ensaio que não consta nos listados acima é o pressiométrico (item 4.5.6). Pois bem, este ensaio realizado no campo (in loco) e consiste na expansão de uma sonda cilíndrica no interior do terreno, em profundidades preestabelecidas. Dependendo do modo de inserção do pressiômetro no solo, pode ser classificado como pressiômetro em pré-furo (ou de Ménard), auto perfurante. O ensaio permite a obtenção de propriedades de resistência e tensão-deformação do material.
Resposta: C