A atresia de esôfago (AE) é uma afecção congênita caracterizada pela interrupção do desenvolvimento do esôfago. Durante a 3º e 4º semanas de gestação. AE pode ser identificado à ultra-sonografia por apresentar diminuição ou ausência da bolha gástrica, associado à presença de polidrâmnio (aumento do líquido amniótico). Ao nascimento, o diagnóstico de AE é feito na sala de parto pelo Neonatologista devido à impossibilidade de progressão da sonda oro-gástrica, sendo a manifestação clínica mais comum do diagnóstico a excessiva salivação, presente nas primeiras horas de vida. O tratamento da AE consiste na reconstrução do trânsito do tubo digestivo por meio da união, por sutura simples, das duas extremidades do esôfago, que pode estar em comunicação com a traquéia na maioria dos casos (FTE - fístula traqueo-esofágica). O abordagem do esôfago e traquéia, na região do tórax chamada mediastino posterior, é feita por meio de incisão de toracotomia posterior direita, na borda inferior da Escápula, na altura do 5º espaço intercostal (incisão de Marchesi).
Na atresia esofágica, o esôfago se estreita ou não tem saída. Ele não se conecta com o estômago, como normalmente deveria. Uma fístula traqueoesofágica é uma conexão anômala entre o esôfago e a traqueia (que leva aos pulmões)
Muitas crianças com atresia esofágica e fístula traqueoesofágica têm outras anomalias, como defeitos da coluna vertebral, do , dos , dos órgãos genitais, das orelhas e dos , além de atraso do desenvolvimento mental, do desenvolvimento físico ou de ambos.
A fístula traqueoesofágica é perigosa, porque permite que os alimentos engolidos e a saliva percorram a fístula até os pulmões, o que causa tosse, sufocamento, dificuldade em respirar e, possivelmente, (em decorrência da inalação de alimentos ou saliva). Os alimentos ou líquidos nos pulmões podem afetar a oxigenação do sangue, causando uma tonalidade azulada da pele ().
O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com cabeça em linha média e o pescoço em leve extensão.
EBSERH : Procedimento Operacional Padrão Unidade de Reabilitação/09/2015 Fisioterapia no PósOperatório de Cirurgia Abdominal Pediátrica