TEXTO 2
I
Corre em mim
(devastado)
um rio de revolta
e
cicio.
Por nada deste mundo
há de saber-se afogado,
senão por sua sede
e seu desvio!
II
Tudo que edifico
na origem milenar da espera
é poder
do que não pode
e se revela
ad mensuram.
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 23-24.)
A fala da lírica de Delermando Vieira (Texto 2), na
sua maneira enigmática e obscura, exprime as perspectivas
da lírica contemporânea, que não pode ser colocada
em dúvida quanto à sua significação. Nesse sentido, sua
obra poética tem como prioridade a polissemia da linguagem
com seus mistérios e matizes, mesmo que esse
poeta seja acusado muitas vezes de enigmático. No entanto,
a poesia é mesmo um enigma e um ouriço não
muito acessível. Considerando a poesia de Delermando
Vieira e tendo como exemplo o texto selecionado, marque
a alternativa verdadeira: