- ID
- 1603927
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- Câmara Municipal de Itatiba - SP
- Ano
- 2015
- Provas
-
- VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Almoxarife
- VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Analista de Recursos Humanos
- VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Assistente de Gabinete e Assistente Legislativo
- VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Auxiliar Administrativo
- VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Fotógrafo
- VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Itatiba - SP - Técnico em Informática
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto para responder à questão.
Grupos de família no WhatsApp levam conflito
de gerações para a Internet
Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.
O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com mais de 30 familiares.“Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam com a minha internet 3G."
Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede, ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?", e envia uma foto do vestido azul e preto que no fim de fevereiro virou “meme" * na internet. A mãe não entende nada e diz: “Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!".
Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. “Há diferenças no jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é insubstituível", afirma ela.
Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. “Cada um pensa que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar conectado é realmente importante para os jovens.
Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. “Ele inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta vezes por dia", diz ela. “Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o aplicativo."
Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. “Ele me colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava vendo as conversas. O papo é assim: um diz “oi" e todos respondem. Por que precisa de um telefone para conversar isso?"
No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.
“Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo não tendo muita paciência", afirma a estudante Taís Bronca, 23.
Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.
“A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega. Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles treinem a mente para aprender algo novo."
“Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade virtual", afirma um psicólogo.
(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia--no-whatsapp-levam-conflito-de-geracoes-para-a-internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)
* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.De acordo com o texto, um dos motivos pelo qual o químico João Henrique Nunes não quis continuar no grupo familiar do WhatsApp foi