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ID
1605604
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Lições dos museus 

     Os museus, ao contrário do que se imagina, são uma invenção moderna: nasceram durante a Revolução Francesa, no final do século XVIII. Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres e se serviram de bens, mobiliário e objetos de arte. O quebra-quebra era um jeito de decretar que acabara o tempo dos privilégios. A Assembleia Nacional debateu durante meses para chegar à conclusão de que os restos do luxo dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio da nação. Seriam, portanto, reunidos e instalados em museus que todos visitariam, preservando agradavelmente a lembrança de tempos anteriores.  

      A questão em debate era a seguinte: será que fazia sentido preservar o passado, uma vez que estava começando uma nova era em que os indivíduos não mais seriam julgados por sua origem, mas por sua capacidade e potencialidades pessoais? Não seria lógico destruir os vestígios de épocas injustas para começar tudo do zero? Prevaleceu o partido segundo o qual era bom conservar os restos do passado iníquo e transformá-los em memórias coletivas. 

   Dessa escolha nasceram os museus e, logo depois, a decisão de preservar os monumentos históricos. Na mesma época, na Europa inteira, ganhou força o interesse pela História. A justificativa seria: lembrar para não repetir. Não deu muito certo, ao que tudo indica, pois nunca paramos de repetir o pior. No fundo, não queremos que o passado decida nosso destino: o que nos importa, em princípio, é sempre o futuro. 

(Adaptado de: CALLIGARIS, Contardo. Terra de ninguém. São Paulo: Publifolha, 2004, p. 330-331) 

Os museus nasceram durante a Revolução Francesa e foram criados depois de debates da Assembleia Nacional, findos os quais se concluiu que

Alternativas
Comentários
  • Dica da professora Rafaela Mota para resolver questões de interpretação e de compreensão de texto.
    Compreensão(está no texto).
    Deve identificar estas palavras no comando da questão:
    -Segundo o texto;
    -O autor/narrador do texto diz...;
    -No texto;-O autor justifica.
    Interpretação de texto(está fora, além do texto):
    -Depreende-se/infere-se/conclui no texto...;
    -O texto permite deduzir, que...;
    -É possível subentender-se a partir do texto;
    -Qual a intenção do autor quando afirmar que...
    No caso da questão pede para concluir.
    Bons estudos.

  • GAB: BQuestão de compreensão de texto, o trecho "Dessa escolha nasceram os museus e, logo depois, a decisão de preservar os monumentos históricos", mas de que escolha estaria se referindo o autor? está aqui nesse trecho: "A questão em debate era a seguinte: será que fazia sentido preservar o passado, uma vez que estava começando uma nova era em que os indivíduos não mais seriam julgados por sua origem, mas por sua capacidade e potencialidades pessoais? Então dessa escolha entre fazer ou não fazer museu, escolheram em guardar os bens que sobraram dos antigos aristocratas. 

  • Gabarito: B. É possível identificar as conclusões nas seguintes partes do texto: " A Assembleia Nacional debateu durante meses para chegar à conclusão de que os restos do luxo dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio da nação. "; " seriam, portanto, reunidos e instalados em museus que todos visitariam, preservando agradavelmente a lembrança de tempos anteriores. "; " prevaleceu o partido segundo o qual era bom conservar os restos do passado iníquo e transformá-los em memórias coletivas."; e " A justificativa seria: lembrar para não repetir.".

  • b)

    os bens dos antigos aristocratas deveriam ser mantidos como um patrimônio coletivo, prestando-se à conservação da memória histórica. 

  • Adoro esses textos da FCC. A maioria curto, simples e interessante. (oposto do CESPE, muitas vezes)

  • b)os bens dos antigos aristocratas deveriam ser mantidos como um patrimônio coletivo, prestando-se à conservação da memória histórica.

    Seriam, portanto, reunidos e instalados em museus que todos visitariam, preservando agradavelmente a lembrança de tempos anteriores.