A hora do encontro
Astrônomos acham que a grande descoberta dos
próximos 100 anos será a da vida fora da Terra. O Universo
está cheio de ETs, avaliam, e já não parece tão difícil
encontrar um deles por aí.
O cerco para captar sinais enviados do espaço por
possíveis ETs inteligentes aumentou. Durante muito tempo
essa missão foi encarada apenas pela Sociedade
Planetária, na Califórnia, Estados Unidos, com o seu
Programa de Busca de Inteligência Extraterrestre,
conhecido pela sigla em inglês, Seti. Este ano, várias
outras instituições se integraram à tarefa. Entre elas estão
a Universidade Harvard e da Califórnia, nos Estados
Unidos, o Observatório Medicina, na Itália, e a Universidade
de Nova Gales do Sul, na Austrália. Com o reforço, será
possível investigar, nos próximos vinte anos, cerca de 5000 estrelas. É dez vezes mais do que o Seti pôde fazer,
sozinho, em uma década e meia de existência. [...]
Alta, cabelos claros, bonita, 55 anos, a astrônoma
Jill Tarter dedicou sua carreira ao trabalho de procurar
criaturas desenvolvidas em outros mundos. [...]
Mas, se existe alguém capaz disso, esse alguém é ela. A
astrônoma dirige o principal projeto do Seti, batizado de
Fênix, instalado no Observatório de Arecibo, em Porto Rico
(mas, de fato, operado pela Universidade Cornell,
americana). O objetivo do Fênix é usar a grande antena
de Arecibo para captar emissões de rádio vindas de 1 000
estrelas e em seguida analisá-las para achar algum traço
incomum. [...]
Mil cópias da Terra girando pela Galáxia
Os avanços tecnológicos que impulsionam a
pesquisa de sinais de ETs no Cosmo prometem transformar
2012 num ano de grandes emoções. Nessa data, a Nasa
planeja lançar ao espaço o Terrestrial Planet Finder,
conhecido pela sigla em inglês TPF, que quer dizer
descobridor de planetas terrestres. Mais ou menos na
mesma época, a Agência Espacial Européia pretende
decolar um irmão do TPF, chamado Darwin.
Esses serão os primeiros telescópios em condições
de observar planetas do tamanho da Terra que giram em
volta de estrelas a mais de 500 trilhões de quilômetros
daqui. Atualmente, a essa distância, só é possível detectar
mundos gigantes como Júpiter, dentro do qual caberiam 1
300 planetinhas como o nosso.
Satélite-monstro de 100 metros de comprimento, o
TPF ficará estacionado a mais de 1 bilhão de quilômetros
do Sol para evitar que a luz da estrela ofusque as lentes
do aparelho. Daí, ele deverá encontrar mais de 1 000
planetas parecidos com a Terra – acredita-se que a
semelhança aumente a chance de eles serem habitados.
A meta é examinar a atmosfera das centenas de cópias
da Terra que deverão ser captadas. O ar pode revelar sinais
de que na superfície dos planetas existam criaturas. O
indício mais esperado é o oxigênio. Como esse elemento
é naturalmente raro nos corpos celestes, se ele estiver
presente é porque foi produzido por organismos.
Disponível em http://super.abril.com.br/tecnologia/hora-encontro-438346.shtml. Acesso em 30 abr. 2010.
Assinale a alternativa cujo conteúdo é apresentado, no texto, como fato.