A questão exige conhecimento sobre as doenças relacionadas ao trabalho. Em relação ao parkinsonismo secundário devido a exposição ao manganês, a questão quer saber se é verdade que o diagnóstico pode ser feito tendo como base a avaliação do manganês urinário.
Para respondermos essa questão, devemos saber alguns detalhes dessa síndrome, Em relação ao parkinsonismo secundário devido a outros agentes externos, o manual de procedimentos do Ministério da Saúde traz as seguintes disposições:
A síndrome clínica se manifesta através de fatores combinados como rigidez, tremor durante o repouso, bradicinesia (lentidão anormal de resposta), postura curvada e fenômeno de congelamento.
De acordo com o MS, considera-se pelo menos a presença de dois desses sintomas combinados, no diagnóstico definitivo de parkinsonismo: tremor em repouso e a bradicinesia.
O parkinsonismo secundário pode ser causado por exposição a agentes externos, tais como cita o Manual de Procedimentos (2001), além das drogas, como os antagonistas ou depletores da dopamina (reserpina, antipsicóticos, antieméticos)
Exposição ocupacional ou ambiental a agentes tóxicos como:
- "manganês;
- dissulfeto de carbono;
- metanol;
- monóxido de carbono;
- cianeto;
- 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridine (MPTP);
- mercúrio."
De acordo com o Manual de Procedimentos para Serviços de Saúde do MS (2001) o diagnóstico dessa síndrome por exposição ao manganês é eminentemente clínico-epidemiológico.
O diagnóstico será baseado na história clínica e ocupacional do trabalhador e também no exame neurológico.
"O quadro pode surgir meses ou até 40 anos após a exposição ao agente. As provas laboratoriais avaliam a exposição e não servem para diagnóstico, uma vez que níveis de manganês aumentados no sangue ou urina servem apenas para o controle de exposição ocupacional". (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001)
Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças Relacionadas ao Trabalho. Manual de Procedimentos para Serviços de Saúde. Brasília. 2001.
GABARITO DA MONITORA: ERRADO.