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A moratória Mexicana não beneficiou o Brasil. Pelo contrário, a crise gerada fez com que vários países não tivessem mais o crédito e as condições para honrarem suas dívidas. Em 1983 o Brasil teve que ceder ao FMI uma série de compromissos para poder rolar suas dívidas, criando uma política econômica austera que também teve como consequências a diminuição de investimentos e não impediu o Brasil de sofrer os mesmos problemas da dependência econômica mexicana.
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A moratória do México, decretada em 1982, desfavoreceu a economia
brasileira, uma vez que o sistema financeiro internacional considerou o risco
de investimento em países em desenvolvimento majorado. Diversamente da questão,
os investidores temerosos tendem a retirar seus investimentos em países de
situação parecida, consequentemente, a moratória do México afetou negativamente
o fluxo de capitais para o Brasil. Vejamos no trecho do livro Economia Contemporânea
Brasileira.
O resultado desse novo cenário internacional foi o racionamento do crédito para os países altamente endividados — a
maioria da América Latina — e a deflagração da “crise da dívida”
latino-americana. Incapazes de saldar ou de refinanciar as elevadas
despesas financeiras em dólares, esses países se viram forçados a declarar
moratória da dívida externa. O primeiro deles foi o México, em agosto de 1982. À moratória mexicana seguiu-se um longo
período de estancamento do fluxo de capital para os países em desenvolvimento,
bem como de renegociação da dívida externa latino-americana (caso a caso), que
se estendeu até o final da década de 1980.
Decerto, o livro
citado é muito utilizado como referência bibliográfica na confecção das
questões de Economia Brasileira. Pois, mais uma afirmativa foi extraída dele.
Gabarito: Errado.
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Questão ERRADA.
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À moratória mexicana seguiu-se um longo período de estancamento do fluxo de capital para os países em desenvolvimento, bem como de renegociação da dívida externa latino-americana (caso a caso), que se estendeu até o final da década de 1980. Economia Brasileira Contemporânea, Giambiagi; Castro; Villela; Hermann. p.78
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A moratória mexicana teve efeito negativo sobre as expectativas dos investidores internacionais em países em desenvolvimento, tal como o Brasil ("efeito tequila").
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RESOLUÇÃO:
A assertiva inverteu um processo que devemos ter bem claro na mente.
Em diversos momentos da história econômica contemporânea, países que decretaram moratória afetaram
o fluxo de recursos para outros países em desenvolvimento.
É o que ocorreu nessa situação nos anos 1980 e se repetiu por algumas vezes nos anos 1990 com a moratória
da Rússia e mais tarde a da Argentina, esta já nos anos 2000.
Quando um país latino americano declara a moratória da sua dívida, há um reflexo imediato nos países
vizinhos. Investidores estrangeiros tendem a retirar seus recursos de países em situação parecida, temerosos de
que possa ocorrer o mesmo.
Assim, a moratória do México em 1982 afetou negativamente o fluxo de capitais para o Brasil, ao contrário
do que propõe a banca na assertiva.
Resposta: E
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Juliana G.,
só um detalhe que o "efeito tequila" foi como ficaram conhecidos os efeitos da crise do México de 1994. Esta questão trata da moratória do México de 1982.