Achei a questão meio estranha... dá impressão que a mudança de lotação do trabalhador seria permanente e a única ação a tomar. Ao meu ver, não basta apenas mudar o trabalhador e não tomar qualquer outra ação. A NR 7 diz o seguinte:
"7.4.7 Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames constantes do Quadro I da presente NR, apenas exposição excessiva (EE ou SC+) ao risco, mesmo sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas."
Se o ambiente é insalubre, é obrigação da empresa adotar medidas de proteção coletiva ou, em último caso, de proteção individual, conforme a NR 9.
"9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho;
a) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.
...
9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendose à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI"
Assim, na minha opinião, a primeira ação a tomar não seria simplesmente avaliar o trabalhador e mudá-lo de lotação, readaptá-lo ou qualquer coisa do tipo. A primeira medida seria implantar medidas efetivas para neutralizar a insalubridade do ambiente de trabalho.
Se tratando de ruído o negócio é um pouco mais complicado, porque nem EPI resolve, mas aí é outra história... Além disso, não sei se a perda auditiva unilateral seria o caso de readaptação/ reabilitação... Questãozinha estranha.