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A abordagem
tradicional enfoca o “conteúdo” ou à “tecnologia”. Para Ferreira (2002),
geralmente, os estudos relacionados à abordagem tradicional analisam o
comportamento do usuário real ou potencial referente às seguintes atitudes: usa
um ou mais sistemas de informação, um ou mais tipos de serviços de informação e
materiais; é afetado por uma ou mais barreiras ao uso do sistema de informação;
ou demonstra satisfação com os vários atributos do sistema. Já a abordagem do Estado Anômalodo
Conhecimento (Anomalous States of knowledge) focaliza pessoas em situações
problemáticas, em visões da situação como incompletas ou limitas de alguma
forma. Usuários são vistos como tendo um estado de conhecimento anômalo, no qual é difícil falar ou mesmo reconhecer o que
está errado, e enfrentam lacunas, faltas, incertezas e incoerências, sendo
incapazes de especificar o que é necessário para resolver a anomalia.
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ERRADO, na verdade está inserido na abordagem alternativa.
A abordagem alternativa considera que a necessidade de informação deve ser analisada sob a perspectiva da individualidade do sujeito a ser pesquisado. Ela trabalha em diferentes vertentes, uma delas é a do estado de conhecimento anômalo em que o usuário se reconhece em um “estado anômalo de conhecimento” e então se direciona para a busca por informação.
Já a abordagem tradicional considera a informação como algo externo, que existe fora do indivíduo e pode ser definida, medida e utilizada por diferentes
usuários da mesma forma.
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Abordagem tradicional ou (NORMAL): Foco no SISTEMA;
Abordagem alternativa ou (ANÔMALA): Foco no USUÁRIO;
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No modelo do “Estado Anômalo do Conhecimento” (Anomalous States of knowledge – ASK) Nicholas J. Belkin (1980) abordou o estado que ocorre quando um indivíduo identifica uma necessidade de informação e considera seu estado de conhecimento reconhecendo a necessidade de buscar novas informações. Essa percepção do estado inicial do conhecimento é denominada de “estado anômalo”, pois pode significar lacunas de informação, incertezas e incoerências. Ao interagir com um sistema de recuperação de informações para suprir sua necessidade o estado de conhecimento do indivíduo é constantemente alterado, e no processo de busca o usuário pode mudar sua estratégia, reavaliar suas fontes e definir o fim da busca de acordo com suas motivações e demandas.
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Vimos anteriormente que o estado anômalo do conhecimento é uma teoria de Nicolas Belkin, de 1980. Vimos também anteriormente que essa teoria foi fundamental para ‘nascer’ uma abordagem cognitiva da ciência da informação – centrada nas necessidades de informação como necessidades derivadas das tarefas das pessoas do dia-a-dia, e, ainda, que foi fundamental para que pensássemos numa abordagem cognitiva dos estudos de usuários. E é exatamente isso: a teoria do Nicolas Belkin é cognitivista, e, por essa razão, está situada na abordagem alternativa de estudos de usuários, e não na abordagem tradicional.
Gabarito: E
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→ Modelo do Estado Anômalo do Conhecimento – ocorre quando um indivíduo identifica uma necessidade de informação e considera seu estado de conhecimento reconhecendo a necessidade de buscar novas informações.
(CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015, p. 89)