c) Sertão, considerado a mais pobre das sub regiões sendo marcada por longos períodos de estiagem.
Sertão: área de domínio do clima semiárido. Nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, o Sertão chega até o litoral. Mais ao sul, o sertão alcança o norte de Minas Gerais, no Sudeste. É caracterizado pela ocorrência de chuvas irregulares e escassas, sendo constantes os períodos de estiagem, o que prejudica, muitas vezes, a agricultura de subsistência na região. A vegetação típica dessa sub-região é a caatinga. Os solos são rasos e pedregosos, e as atividades agrícolas sofrem grande limitação. Nas partes mais úmidas, existem bosques de palmeiras. O Sertão apresenta muitos rios temporários, e o Rio São Francisco, que drena parte da região, constitui a única fonte perene de água para as populações que habitam as suas margens. Nele, existem várias represas e usinas hidrelétricas, como a de Sobradinho, em Juazeiro, estado da Bahia, e a de Paulo Afonso, na divisa dos estados da Bahia e Pernambuco. A pecuária extensiva e o cultivo de algodão em grandes propriedades de terra com baixa produtividade são as bases da economia do Sertão nordestino.
Meio-norte – é uma faixa de transição entre a Amazônia e o sertão semiárido do Nordeste, é composta pelos estados do Maranhão e oeste do Piauí. A vegetação natural dessa área é a mata de cocais, carnaúbas e babaçus, em sua maioria. Apresenta índices pluviométricos maiores a oeste.
Sertão – é uma extensa área de clima semiárido, conhecido como “Polígono das Secas”. Compreende o centro da Região Nordeste, está presente em quase todos os estados. Essa sub-região nordestina possui o menor índice demográfico da Região.
Os índices de pluviosidade são baixos e irregulares, com a ocorrência periódica de secas. A vegetação típica é a caatinga. A bacia do rio São Francisco é a maior da região e a única fonte de água perene para as populações que habitam suas margens, é aproveitado também para irrigação e fonte de energia através de hidrelétricas como a de Sobradinho (BA). As maiores concentrações populacionais estão nos vales dos rios Cariri e São Francisco.
Agreste – corresponde à área de transição entre o sertão semiárido e a zona da mata, úmida e cheia de brejos. Essa sub-região é composta pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira. Predominam as pequenas e médias propriedades com o cultivo do algodão, do café e do sisal (planta da qual se extrai uma fibra utilizada para fabricar tapetes, bolsas, cordas, etc.). Outro elemento de destaque na economia local é o turismo, com a realização de festas que atraem multidões, como, por exemplo, as festas juninas.
Zona da Mata – também conhecida como Litoral Continental, essa sub-região compreende uma faixa litorânea de até 200 quilômetros de largura que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. Apresenta a maior concentração populacional do Nordeste e é a sub-região mais urbanizada. O clima é tropical úmido e o solo é fértil em razão da regularidade de chuvas. A vegetação natural é a mata Atlântica. O cultivo da cana de açúcar é a principal atividade econômica praticada na Zona da Mata. Outras atividades econômicas desenvolvidas são: extração de petróleo, o cultivo de cacau, café, frutas, fumo, lavoura de subsistência, significativa industrialização, destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte, além da atividade turística que atraí milhões de visitantes para as belas praias nordestinas.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola