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ID
1659490
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Vilhena - RO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Menos Estado, mais inclusão 

     A questão da participação do Estado na economia brasileira causa grandes emoções e forte polarização ideológica. 
     O argumento mais usado para justificar o continuado aumento da participação estatal na economia é a grande desigualdade no país e a necessidade de o Estado atuar como distribuidor de renda e promotor de igualdade. 
     É um argumento que merece análise séria.
   O governo Lula é exemplo sempre citado de aumento bem-sucedido de intervenção estatal na eliminação da desigualdade. Existiu, de fato, ampla inclusão social no período, propiciada por dois grandes fatores – o Bolsa Família e a geração de emprego. Nenhum deles dependeu necessariamente do aumento do Estado.  
    O Bolsa Família representa só cerca de 0,5% do PIB numa arrecadação total acima de 35%. Ele pode ser facilmente financiado com parcela pequena da arrecadação maior de impostos oriunda do crescimento econômico, sem elevar a participação estatal na economia. Já a grande geração de emprego se deveu principalmente à estabilização econômica, baseada no controle da inflação e dos gastos públicos.  
      A hiperinflação e as crises periódicas eram resultado direto do descontrole financeiro do Estado e de gastos excessivos, financiados em boa parte por expansão monetária.
    A Lei de Responsabilidade Fiscal e a implantação do sistema de metas de inflação, superávits primários e câmbio flutuante, na década de 1990, modernizaram a estrutura institucional. Na década seguinte, o governo Lula promoveu a histórica estabilização da economia.  
     A forte contenção de gastos instituída já nos seus primeiros anos, aliada a uma política monetária austera em todo o período, com inflação controlada, redução de dívida pública e acumulação de reservas, foram fundamentais para a estabilização. A confiança e o horizonte de planejamento das famílias e das empresas aumentaram, puxando crédito, investimentos e produção, que resultaram na criação impressionante de empregos. 
     Foi essa geração de empregos a maior promotora da redução da desigualdade, com integração de dezenas de milhões de pessoas à classe média e encolhimento da classe E. Já o aumento do Estado, com redução das taxas de crescimento, gera menos empregos e também menos recursos excedentes aos programas sociais.  
    Portanto, temos que nos libertar da confusão recorrente entre uma administração pública que promove redução da desigualdade e inclusão social de uma administração estatizante que diminui a capacidade produtiva da economia e compromete esses benefícios, como mostra a experiência mundial.  
(Henrique Meirelles. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/henriquemeire....)  

No trecho “Foi essa geração de empregos a maior promotora da redução da desigualdade, com integração de dezenas de milhões de pessoas à classe média e encolhimento da classe E." (9º§), o autor lança mão de uma figura de linguagem para construir sua proposição. Que figura é essa?  

Alternativas
Comentários
  • A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido

  • Acredito que a justificativa para ser uma metonímia, seja o que está escrito no parágrafo anterior. Onde diz, na última frase: ... QUE RESULTARAM NA CRIAÇÃO IMPRESSIONANTE DE EMPREGOS.

    Entendi que o início da frase seguinte, diz a mesma coisa com outras palavras. Ou seja, Um outro termo com o mesmo sentido.  

  • Resposta: d

     

    a) Ironia: Emprego de expressão ou palavra com sentido diverso do empregado habitualmente, produzindo humor sutil. ex: Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá para ouvir.

     

    b) Antítese: Palavras ou expressões com sentidos contrparios; p.ex.:Eu sou velho, você moço.

     

    c) Matáfora: Comparação implícita, sem termo comum ou conectivo; p.ex.: Ela é uma flor ( bonita como uma flor). Teus olhos são duas pérolas (brilhantes como pérolas).

     

    d) Metonímia:  troca de uma palavra por outra, entre elas havendo relação real, objetiva; p.ex.: Gosto de ler Castro Alves ( autor pela obra); coma outro prato (continente pelo conteúdo) 

     

    e)  Eufenismo: suavização de ideia desagradável; p.ex.: ele não foi feliz no que disse; você está faltando com a verdade.

     

    Bons Estudos.     

  • Resposta D: Metonímia

    Empregou o termo ecolhimento no lugar de Diminuição.

  • IDECAN e seu caso de amor pela metonímia.

  • Metonímia é a substituição de uma palavra por outra, quando entre ambas existe uma relação de proximidade de sentidos que permite essa troca.

    encolhimento da classe E = Melhoria da condição das pessoas menos favorecidas, portanto diminuição da classe E

  • Foi essa geração de empregos a maior promotora da redução da desigualdade, com integração de dezenas de milhões de pessoas à classe média e encolhimento da classe E."

    A metonímia é uma figura de linguagem em que se utiliza um termo no lugar de outro

    Parte pelo todo: Ele possuía inúmeras cabeças de gado.

    (a palavra "cabeças" se refere a bois inteiros, e não apenas "cabeças" de bois")

    Causa pelo efeito: Consegui comprar a televisão com meu suor.

    (a palavra "suor" se refere à palavra "trabalho")

    Autor pela obra: Muitas vezes, li Camões.

    ("Camões" se refere à obra literária desse autor, ou seja: Muitas vezes, li os livros de Camões)

    Inventor pelo Invento: Por que esperar? Pegue no seu Graham Bell e fale já com ela!

    (o inventor do telefone - Graham Bell - foi usado no lugar da sua invenção)

    Marca pelo produto: Meu pai adora tomar Nescau com leite.

    (a marca Nescau se refere a chocolate em pó

    https://www.todamateria.com.br/metonimia/

  • Gab: D

  • Gab: D