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ID
1662691
Banca
FGV
Órgão
TCM-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação à teoria da produção, analise as afirmativas a seguir:

I - Uma função de produção homogênea de grau um apresenta retornos decrescentes de escala.

II - Se uma empresa reduz um determinado insumo “A" em uma unidade e então aumenta o uso de um outro insumo “B" o suficiente para que a quantidade do produto final permaneça a mesma, tem-se que o montante adicional de insumo “B" que foi necessário para compensar a redução daquela unidade de insumo “A" é chamado de taxa marginal de substituição técnica.

III - Como o custo fixo não muda quando ocorrem alterações no nível de produção de uma empresa, o custo marginal é apenas o aumento do custo variável que resulta de uma unidade extra de produto.

IV - As curvas de isocusto descrevem possíveis combinações de insumos de produção que custam o mesmo montante para a empresa.

Está correto o que se afirma em: 

Alternativas
Comentários
  • No longo prazo o custo fixo pode variar ou não?
  • Natália Castro, no longo prazo tudo pode variar! 

    I- item errado - Uma função homogênea de grau um têm retornos constantes de escala. 

    Homogênia de grau 1 = retornos constantes de escala;

    Homogênea de grau menor que 1 = retornos decrescentes de escala;

    Homogênea de grau maior que 1 = retornos crescentes de escala.

  • III - Como o custo fixo não muda quando ocorrem alterações no nível de produção de uma empresa, o custo marginal é apenas o aumento do custo variável que resulta de uma unidade extra de produto. 

    Fiz confusão com essa... Justamente pq entendo q no LP ou com um nível de produção grande (em escala) o CF pode sim alterar.

  • RESOLUÇÃO:

    I – Errado! É um conceito da última aula do qual não podemos esquecer. Se a função é homogênea de grau um, ela apresenta retornos constantes de escala. Para grau maior do que 1, temos retornos crescentes e temos retornos decrescentes de escala quando o grau é menor do que 1.

    II – Essa é a perfeita definição da taxa marginal de substituição técnica. É quanto a empresa precisa adicionar de um insumo ao reduzir uma unidade do outro, de forma que a produção se mantenha constante.

    III - Perfeito. O custo marginal não afeta o custo fixo, mas apenas o custo variável. Logo, de fato, o custo marginal é o quanto o custo variável aumenta com a produção de uma unidade a mais.

    IV - Correto. Mais um conceito fundamental da aula passada: a isocusto é formada por todas diferentes combinações de insumos cujo custo da produção seja o mesmo.

    Resposta: D

  • GAB: LETRA D

    Curto prazo: período no qual pelo menos um dos fatores não pode ter sua quantidade alterada.

    • No curto prazo, a quantidade de um dos insumos permanece inalterada. Esse insumo recebe o nome de insumo fixo, enquanto a quantidade do outro pode variar conforme a vontade da empresa.  

    Longo prazo: tempo necessário para que todos os insumos possam ter suas quantidades alteradas.

    • No longo prazo, a empresa consegue aumentar sua escala, que nada mais é do que aumentar todos os insumos ao mesmo tempo, na mesma proporção. 
  • Natália, para matar esse ponto nas questões, grave que, na economia, curto prazo e longo prazo não dependem da quantidade de tempo, mas sim da possibilidade de alterarmos os insumos ou não.

    → Pelo menos um insumo fixo: curto prazo.

    → Todos os insumos variáveis: longo prazo.

    No curto prazo, apenas um dos insumos é variável. O outro é fixo. No longo prazo, os dois insumos são variáveis. Isto ocorre porque, com um maior horizonte de tempo, o produtor consegue alterar os seus fatores de produção, fazendo com que ele possa adequar melhor estes insumos à produção.

    Ces't fini; Fonte: Direção. -----------------------------------

    Agora para aprofundar, vamos fazer umas diferenciações.

    lá na Contabilidade, é considerada de curto prazo uma dívida que vença até o final do exercício seguinte. Ou seja, se estivermos em 2048 e a dívida vencer até o final de 2049, estaremos no curto prazo. Já se a dívida vencer após 2049, essa dívida já é considerada de longo prazo. Na Contabilidade, portanto, o critério para diferenciar curto de longo prazo é o tempo.

    Na Administração, temos algo parecido com a contabilidade. Se uma empresa for fazer um planejamento para 1 ou 2 anos, este planejamento é considerado de curto prazo. Diferentemente, se ela for fazer um planejamento para 15 anos, aí este planejamento já é considerado de longo prazo. Na Administração, o critério para diferenciar curto de longo prazo também é temporal.

    Aqui na Economia é diferente! O tempo não importa. Não interessa se é 1, 2 ou 25 anos. O que interessa é se conseguimos mudar os dois fatores ou não. Uma empresa que levar 50 anos para conseguir alterar todos os insumos de produção estará no curto prazo até o 50º ano. Uma startup que levar 6 meses para alterar todos os insumos de produção estará no longo prazo após o 7º mês.

  • Correção:

    I - Errado. O erro é dizer que a função de produção homogênea de grau um apresenta retornos decrescentes de escala, quando na verdade homogênia de grau 1 traz retornos constantes de escala;

    II - Certo, pois a TMST mede quanto que um produtor troca de um insumo pelo outro, para se manter no seu nível de produção. Grave isso, porque é cobrança desse conceito é constante.

    III - [I don't know... Alguém justique aqui abaixo, please]; e

    IV - Certo. A linha de isocustos é uma reta sobre a qual os custos da empresa são constantes para diversas combinações de K e L. 

    Sendo assim, Gab. letra D) somente II, III e IV;