O indivíduo portador do sintoma, na família, recebe o nome de paciente identificado. Ele é o elemento que “porta o problema” do grupo, conhecido na terapia sistêmica por "dar uma carona a todos". O que habitualmente leva uma família à terapia são os sintomas de um dos seus membros. Ele é o paciente identificado, a quem a família classifica como “tendo problemas” ou “sendo o problema”. Mas, quando uma família rotula um dos seus membros como “o paciente”, os sintomas do paciente identificado podem ser pressupostos como sendo um recurso de um sistema em manutenção ou de um sistema mantido. Os sintomas podem constituir uma expressão de uma disfunção familiar. Ou podem ter surgido no membro individual da família, devido a circunstâncias da suavida particular e, então, terem sido apoiados pelo sistema familiar. Em qualquer caso, o consenso familiar de que um membro é o problema indica que, em algum nível, o sintoma está a ser reforçado pelo sistema. (MINUCHIN, 1982, p.108)
Portanto, na situação de conflito que reina no seio familiar, o paciente identificado é quem emerge como bode-expiatório. (e)