SóProvas


ID
1682542
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPOG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Julgue o item seguinte, relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.

O conceito de depreciação implica o reconhecimento de perda de valor nos ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da desatualização, ou da obsolescência, e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito CERTO

    Lei 6.404

    Art. 183 § 2o  A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de

    a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência

    Lançamento da depreciação
    D - despesa com depreciação (resultado)
    C - Depreciação Acumulada (Retificador do ativo)

    como se poder ver, não há desembolso nem pagamento e acontece de forma gradual (dependendo do método utilizado para depreciação).

    bons estudos

  • "Se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial". Essa é a parte polêmica da questão, no meu ponto de vista. Gostaria que alguém explicasse sobre isso. Não julguei como correto o item, pois não acredito que o registro como despesa vise uma RECUPERAÇÃO de dispêndio, mas sim ajuste ao valor recuperável do bem. 

  • Caio Felipe, acredito que eles utilizaram esse termo se referindo ao conceito geral de ativo, que são "recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços." (Normas Brasileiras de Contabilidade). Dessa forma, a depreciação do ativo fixo tangível "se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial".

  • Aitvo FIXO tangível... Isso é um erro OU alguém já viu essa expressão em algum pronunciamento ou norma? Até achei que fosse uma pegadinha essa questão, trocando FÍSICO po FIXO.

  • Não entendi o uso da palavra "desatualização" na questão... Alguém sabe explicar?

  • Iosnir Filho,

     

    Entenda como obsolescência, isto é, o bem que se torna obsoleto, ultrapassado. O bem tangível sofre depreciação em decorrência do uso, ação da natureza ou obsolescência tecnológica.

     

     

  • Errei a questão por causa " despesa para recuperar" 

  • Pra mim, o Allan Santana matou a charada. A depreciação reflete a perda de valor pelo uso, desatualização ou obsolescência de um ativo que está gerando benefícios para a entidade. Benefícios esses que visam a recuperar o dispêndio inicial (que não se restringe à compra do bem, mas a todos os gastos vinculados ao funcionamento da entidade).

    Particularmente, acho uma questão dificílima, pois claramente apresenta um aspecto bastante particular da depreciação. É uma forma de interpretá-la.

  • Creio que a recuperação que o CESPE usa seja porque a depreciação diminui o Lucro Líquido, dessa forma diminuindo o IRPJ e CSLL e de certa forma proporcionando uma "recuperação" do ativo via diminuição de imposto. 

  • Alguém poderia explicar o termo "despesa para recuperar" ?

  • Item muito interessante e vamos dividi-lo em partes, para entendermos
    melhor o que ele apresenta:
    “O conceito de depreciação implica o reconhecimento de perda de
    valor nos ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da
    desatualização, ou da obsolescência”.
    Primeira parte está correta; a depreciação assim está prevista na Lei
    6.404/76:
    Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado
    e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
    pela Lei nº 11.941, de 2009)
    a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que
    têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por
    uso, ação da natureza ou obsolescência;
    Vejamos a segunda parte:
    “e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o
    dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem
    pagamento”.
    Esse trecho também está correto, vejamos a contabilização da
    depreciação:
    D – Despesa de Depreciação
    C – Depreciação Acumulada.
    Percebemos que há o reconhecimento da despesa de depreciação, mas
    não saída de caixa para o seu reconhecimento. A evidenciação da
    depreciação acumulada no balanço patrimonial é importante, pois temos a
    informação do custo histórico do ativo e como está o reconhecimento da
    perda de seu valor contábil ao longo do tempo
    fonte: Gabriel Rabelo/ Luciano Rosa- Estratégia concursos

  • Creio que as despesas para recuperar de forma gradual o dispêndio inicial do imobilizado referem-se às despesas decorrentes da manutenção do ativo devido à depreciação.

     

  • Mel, eu já acho que o Caio Felipe matou a charada, pois o CESPE tem essa mania de inventar para dificultar e criou algo novo. A banca quis inventar com o termo ajuste a valor recuperável e deu no que deu. Uma bizarrice um frankenstein remendado. Acerta quem chutar melhor..

  • Trecho polêmico: "e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial,

    ainda que não exija desembolso nem pagamento..."

    Pesquisei bastante comentários dessa questão e a que mais gostei foi do Professor Igor Cintra no site particular dele (abaixo em negrito e itálico). Exige-se muito esforço de interpretação e abstração essa assertiva hein. Concluí que o ponto chave aqui é interpretar a palavra "recuperar" não no sentido de "restituição", benefícios futuros ou algo do gênero (como muitos concurseiros entenderam aqui), mas sim como "igualar". Ou seja, ao se comprar uma máquina, em vez de ela ir direto para custo/despesa, ela vai de forma gradual (depreciação), então a despesa vai "recuperando" (igualando) o valor do ativo (na verdade ocorre uma transferência eu diria do ativo para a despesa...). 

    trata-se da definição dada por Robert N. Anthony, que diz que a depreciação "é o processo contábil que transforma de forma gradual o ativo fixo em despesa (...)". No momento inicial de reconhecimento de um imobilizado, por exemplo, não há apropriação de despesa. Pelo contrário, tal item é reconhecido no Imobilizado pela expectativa de geração de benefícios econômicos futuros, não é? No entanto, esta geração de benefícios econômicos futuros ocorre dentro de um limite de tempo, a qual definimos vida útil. Neste sentido a depreciação representa a  diminuição de valor do imobilizado em função do tempo. Se você refletir a respeito do lançamento contábil da apropriação da despesa de depreciação você conseguirá compreender o sentido da definição de depreciação dada por Anthony, veja:

    D - Despesa de Depreciação (Resultado)

    C - Depreciação Acumulada (Retificadora do Imobilizado)

    Ou seja, é uma despesa que recupera o valor investido inicialmente (na aquisição do item), de forma gradual e que não exige desembolso nem pagamento (veja que é mera apropriação por competência, não havendo impacto no caixa da entidade).

  • 1o mandamento da CESPE: Meio Certo é CERTO

    O conceito de depreciação implica ( veja que a banca não usou o termo "somente") o reconhecimento de perda de valor nos ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da desatualização, ou da obsolescência, e se constitui em despesa para recuperar (certo. a depreciação é o valor que a empresa "guarda" (retira do lucro) para comprar um novo ativo ou para manutenção do ativo, aumentando sua vida útil. Por isso, que manutenção que aumenta a vida útil é agregado ao valor contábil), de forma gradual, o dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento.

  • Percebemos que há o reconhecimento da despesa de depreciação, mas não saída de caixa para o seu reconhecimento. A evidenciação da depreciação acumulada no balanço patrimonial é importante, pois temos a informação do custo histórico do ativo e como está o reconhecimento da perda de seu valor contábil ao longo do tempo.

    Estratégia Concursos

  • Questão interessante.

    Dei uma olhada no CPC 27, e não encontrei nenhum trecho que sustentasse de forma clara a parte da assertiva que afirma: "constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial"

    Posso estar errado, mas acredito que essa "despesa para recuperar" seria através dos benefícios econômicos gerados através da utilização do imobilizado, ou seja, o imobilizado deprecia e através dos benefícios gerados por ele, essa despesa de depreciação é "recuperada".

  • Cespe sendo Cespe.

  • "e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento"

    Dispêndio inicial: o que foi pago pela empresa para ter o bem.

    Vc reconhece uma despesa, pois, caso vc queira vender, provavelmente só conseguirá se o preço estiver de acordo com a realidade do bem.

    O que bate o martelo e deixa a questão correta é a parte que diz "recuperar de forma gradual", pois sabemos que não será recuperado o valor total investido para obter o bem.

  • A depreciação é uma aplicação do regime de competência.

    O gasto com a compra de um ativo não é reconhecido como despesa se ele for gerar benefícios econômicos futuros ao longo de vários exercícios. À medida que esses benefícios econômicos vão ingressando para a empresa, o ativo será depreciado e o seu custo será apropriado como despesa.

    Não se pode contabilizar todo o gasto para comprar o ativo como despesa na data da compra. Se isso fosse feito, iria ferir o regime de competência.  

    Dessa forma, o dispêndio inicial de ativo tem que ser apropriado como despesa na proporção em que o ativo gera benefícios econômicos.

    Fonte: Aula do professor Egbert Buarque do Gran (36:40 até 39:23)

    https://www.youtube.com/watch?v=Gu9sYUAoHvo&t=2362s&ab_channel=GranCursosOnline-ConcursosP%C3%BAblicos

  • A depreciação representa a diminuição do valor dos bens corpóreos

    (tangíveis ou materiais) que integram o ativo imobilizado, em decorrência de

    desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência.

    A depreciação é o procedimento que consiste em considerar despesa ou

    custo do período uma parte do valor do bem registrado pela empresa. Ela

    também pode ser considerada como uma parcela que se retira do lucro com

    o fim específico de formar uma provisão que permita substituir o bem

    depreciado sem a necessidade de recorrer a capitais de terceiros.

    Assim, a empresa constitui a depreciação com o objetivo de recuperar o

    valor investido inicialmente, ainda que não aconteça no seu registro

    desembolso ou pagamento, pois este será realizado no momento da compra do

    bem (quando for à vista) ou quando do pagamento das parcelas.

    Professor, e a expressão desatualização?

    Meus amigos, de acordo com o dicionário, temos o seguinte significado:

    Obsolescência significa o processo ou o estado daquilo que se torna obsoleto,

    ultrapassado ou que perde a utilidade.

    Ou seja, algo ultrapassado, é algo que está desatualizado, uma vez que sofreu

    obsolescência tecnológica.

    Gabarito 28: Certo.

    feliphe araujo exponecial concursos

  • "...despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial..."

    A degradação com o uso (depreciação) é o gasto que se tem (despesa) para recuperar o valor inicialmente investido na aquisição do imobilizado.

    Ao adquirir um imobilizado a empresa espera obter benefícios futuros que não só recupere o valor inicialmente investido no ativo, como também gere lucros para a entidade. O gasto, a despesa, que a entidade tem para atingir esse objetivo (recuperar o dispêndio inicial) é a degradação do bem, ou seja, a depreciação do imobilizado.

  • A redação atrapalhou o rolê

  • Dilma é vc?

  • "constitui em despesa para recuperar" a banca considera que as despesas com depreciação, ao reduzir os lucros na apuração da DRE está fazendo com que a empresa pague menos impostos... Daí a ideia de recuperar. Entendimento do Ser Maior ( Cespe )

    Aceita que dói menos e vá para próxima questão.

    Gab: C

  • Nishimura neles , MIGÃO !

  • Se existisse professor de contabilidade que presta, não seria tão complicado entender essa questão. Alguns colegas aqui explicam melhor que professores.

  • Comentários:

    Item muito interessante e vamos dividi-lo em partes, para entendermos melhor o que ele apresenta:

    “O conceito de depreciação implica o reconhecimento de perda de valor nos ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da desatualização, ou da obsolescência”.

    Primeira parte está correta; a depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:

    Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

    a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

    Vejamos a segunda parte:

    “E se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento”.

    Esse trecho também está correto, vejamos a contabilização da depreciação:

    D – Despesa de Depreciação

    C – Depreciação Acumulada.

    Percebemos que há o reconhecimento da despesa de depreciação, mas não saída de caixa para o seu reconhecimento. A evidenciação da depreciação acumulada no balanço patrimonial é importante, pois temos a informação do custo histórico do ativo e como está o reconhecimento da perda de seu valor contábil ao longo do tempo.

    Gabarito Correto.

    (Fonte : Gabriel Rabelo; Curso de contabilidade para PF)