Alternativas
Ao contrário da aristocracia açucareira
participante apenas da produção, a aristocracia
cafeeira agia em todas as áreas financeiras
ligadas direta ou indiretamente ao seu produto,
como a compra de equipamentos e do excedente
de produção de outros cafeicultores. Desse
modo, destacava-se somente de financiamentos
e empréstimos a outros produtores, atividades
restritas aos banqueiros.
Havia uma divisão no setor. Os cafeicultores do
Oeste paulista, interessados na abolição dos
escravos, já iniciavam o uso da mão de obra
assalariada em substituição da escrava. Contudo,
os produtores do Vale do Paraíba usavam
amplamente a mão de obra escrava e exigiam indenizações no início das discussões pela
abolição.
A cafeicultura do oeste paulista vinha
empregando melhorias técnicas na produção do
café ao mesmo tempo que diversificando seus
investimentos em outros setores financeiros.
Mas, na política, permaneciam alinhados com a
monarquia, contrários às ideias progressistas e
republicanas que surgiam no país.
No sul do país os imigrantes europeus,
financiados por capital inglês, iniciaram a
produção industrial brasileira voltada para o
mercado externo.
Mesmo continuando com a economia de
monocultura para exportação, aos poucos a
produção industrial, estimulada pelo Barão de
Mauá, suplantou o café, principalmente após o
fim da Tarifa Alves Branco, que aumentava
consideravelmente as taxas sobre os artigos
importados.