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ID
1715806
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia

   Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com supostos “ganhos distributivos" (a informação ilimitada, a quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento".

SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).

A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza

Alternativas
Comentários
  •  O autor critica a necessidade de autorreferenciamento constante na formação da identidade do indivíduo na sociedade contemporânea. O que ele chama de “espelhamento" é a obsessiva necessidade de chamar atenção pública, de tirar selfies, de participar das redes sociais.

    A resposta correta é a letra A.

  • Resposta: A

    O avanço tecnológico fez com que houvessem mais facilidades e o surgimento de redes sociais. A partir daí, os indivíduos tornam-se mais individualistas e há uma maior valorização de si com as “selfies”.

     

    http://enem.descomplica.com.br/gabarito/enem/2015/dia-1/questoes/na-sociedade-contempor%C3%A2nea/

  • Letra A

    Fica claro que o autor critica o "desejo do espelhamento", a cultura das selfies, ou seja, a prática identitária autorreferente.

  •  O autor critica a necessidade de autorreferenciamento constante na formação da identidade do indivíduo na sociedade contemporânea. O que ele chama de “espelhamento" é a obsessiva necessidade de chamar atenção pública, de tirar selfies, de participar das redes sociais.

    A resposta correta é a letra A.

  • Na sociedade contemporânea (hoje), onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas (imagens difundidas pela mídia), a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo (ou seja, na indústria do chamarisco de atenção), pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento (ou seja, quanto mais pessoas imitam aquele indivíduo) e da atenção pública (quanto mais pessoas falam daquele indivíduo).

    Aparecer é então mais do que ser (a imagem passada aos outros vale mais do que o caráter/quem o indíviduo realmente é); o sujeito é famoso porque é falado (ou seja, quanto mais atenção chamar e maior for sua amplitude de espelhamento, mais famoso o indivíduo é).

    Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com supostos “ganhos distributivos" (aquele papo de que a principal característica da sociedade contemporânea e da globalização é a democratização da informação ilimitada e a quebra das supostas hierarquias culturais, quando, na verdade, é só você abrir um pouco os olhos para perceber que isso é uma fachada), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública (ou seja, muda a cultura disseminada na esfera pública).

    A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento" (ou seja, o fato das pessoas cada vez mais estarem presentes em todas as redes sociais possíveis, tirarem selfies o tempo inteiro e quererem falar e ser faladas, mostra como o desejo de ter uma grande amplitude de espelhamento está presente na sociedade contemporânea).

    Gabarito: A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza a prática identitária autorreferente, ou seja, a prática das pessoas da sociedade contemporânea de se colocarem sob o holofote porque têm o constante desejo de, literalmente, chamarem atenção.

  • “Aparecer é então mais do que ser”, relações sociais que são regidas pela imagem de um indivíduo. A participação nas redes sociais e a obsessão das selfies, ser visto e falado, estão entre os maiores desejos da atualidade. O autor não está criticando os processos difusores de informação nem a produção instantânea de notícias, mas sim a sua utilização na autopromoção, numa identidade não de reconhecimento público por mérito, mas autorreferente.