Questão 1723711

• Banca: VUNESP
• Órgão: PM-SP
• Ano: 2015
• Provas: VUNESP - 2015 - PM-SP - Aspirante da Polícia Militar
• Disciplina: História
• Assuntos: História Geral

A guerra ou as guerras holandesas assistiram ao emprego crescente dos recursos locais, e decrescente dos da metró­ pole, tendência que se acentuou durante a restauração.

(Evaldo Cabral de Mello, Olinda restaurada. Disponível em: . Adaptado)




Contribuiu(íram) para tal tendência

• A. o fato de que os luso-brasileiros já não dispunham do apoio da monarquia espanhola, de quem Portugal se separara há pouco, e a prioridade que tinha para Portugal a guerra contra a Espanha nas fronteiras do reino, e não o conflito no Brasil contra os holandeses.
• B. a baixa importância econômica que Pernambuco e seu entorno representavam para Portugal à época, e, portanto, o apoio quase nulo dado pelos portugueses à expulsão dos holandeses, pois estavam mais preocupados com a exploração do ouro das Minas Gerais.
• C. o aparecimento de vários quilombos em diferentes regiões da colônia portuguesa, entre eles o quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi e localizado no Nordeste, o que levou a Coroa Portuguesa a centrar todos os seus esforços na violenta repressão aos quilombos, visando a sua destruição.
• D. o forte vínculo econômico que aproximava Portugal à Holanda, responsável pelo refino e pela comercialização de grande parte do açúcar português exportado para a Europa, o que tornava a guerra direta entre portugueses e holandeses algo incômodo e desinteressante.
• E. o receio que tinha Portugal de que a guerra contra a Holanda pudesse insuflar a própria população contra a dominação portuguesa, acirrando os conflitos entre colônia e metrópole, e colocando em risco o projeto português de construção de um grande império colonial.

Gabarito: A

Comentários

• Em 1640, Portugal rompe com a União Ibérica e se separa da Espanha. Neste momento, os recursos portugueses serão, majoritariamente, utilizados na guerra contra espanhóis nas fronteiras do Reino. O conflito brasileiro contra os holandeses não ganha o apoio das tropas portuguesas, mas diversos latifundiários, insatisfeitos com a cobrança de empréstimos pelos holandeses, passam a aderir ao conflito. As holandeses só irão sair definitivamente após a Batalha de Guararapes.
  
  A resposta correta é a letra A.
  
  

• GUERRAS DO AÇÚCAR:

  
  

  1640 - Fim da União Ibérica - Episódio conhecido como RESTAURAÇÃO que deu Início da Dinastia de Bragança - D. João IV no Poder.

  Reconquistada a Independência de seu país, os portugueses negociaram um acordo de PAZ de 10 anos com os HOLANDESES, que ainda ocupavam a Capitania de Pernambuco. Entretanto, esse acordou encerrou-se antes do esperado.

  
  

  INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA:

  Depois da saída de NASSAU do Brasil, a administração holandesa intensificou a busca por lucros. Os Ocidentais passaram a pressionar os senhores de ENGENHO para que aumentassem a produção de açúcar e pagassem mais impostos.

  Em 1645, inicia-se a luta pela expulsão dos holandeses - INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA:

  * Senhores de Engenho, Grupos Indígenas e africanos, uniram-se momentaneamente. --- Várias batalhas foram travadas, como as baralhas de GUARARAPES, com vitória dos luso-brasileiros.

  
  

  Depois de sucessivas derrotas, os holandeses renderam-se - 1654.

  
  

  Devido ao acordo de PAZ feito por Portugal, este teve que pagar uma pesada multa para os holandeses.

• Gab A

  Entre 1580 e 1640, durante a chamada União Ibérica, a cora espanhola dominou o Estado português. É durante este momento, por desavenças entre Espanha e Holanda que esta invade e domina, parcialmente, o nordeste brasileiro. Ao longo do período da permanência holandesa na região de Pernambuco (1630-1654), não foram poucos os conflitos entre os lusobrasileiros e os invasores, sendo que os colonos pouco ou nada puderam contar com o auxílio metropolitano nessas lutas travadas contra os holandeses, tal que espanhóis e portugueses estavam muito ocupados disputando o trono de Portugal, culminando no processo conhecido como Restauração portuguesa (1640).