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Questões de História Geral


ID
29500
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da Política Externa Independente (1961-1964), julgue
(C ou E) os itens a seguir.

Convocado para opinar na Organização dos Estados Americanos, o Brasil votou contra o bloqueio naval imposto a Cuba pelos Estados Unidos da América em 1962.

Alternativas
Comentários
  • Por ocasião da crise dos mísseis de Cuba, em outubro de 1962, o Brasil votou, na OEA, favoravelmente ao bloqueio naval da ilha levado a efeito pelos EUA.
  • ERRADO.

    Acredito que as pessoas que erraram a questão pelo do fato de que:
    Brasil não apoiou a Invasão da Baía dos Porcos em 1961. Na votação contra expulsão de CUBA da OEA em 1962, o Brasil se absteve.
  • A tentativa de Invasão à Baía dos Porcos, conhecida em Cuba como La Batalla de Girón, ocorreu em 1961. Realmente, o Brasil se recusou a apoiar os EUA no momento em que se planejava tomar atitude armada contra a Ilha.

    Boa sorte!

  • ERRADO

     

    O governo brasileiro, na OEA, votou favoravelmente ao bloqueio, mas manteve-se contrário à intervenção militar, conforme informou Hermes Lima à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

  • No caso dos mísseis em Cuba, o Brasil estava pensando na segurança do hemisfério

  • O Brasil não votou nem a favor, nem contra. O Brasil se absteve o que foi entendido pelos EUA como votar contra.
  • Ao que comentaram em sentido contrário, segundo a matéria abaixo o Brasil votou a favor do bloqueio:

    http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,como-o-brasil-viu-o-mundo-a-beira-do-abismo-nuclear,937785

  • Foram três votações diferentes com relação a Cuba nesse período:


    Bloqueio naval --> A favor
    Intervenção militar --> Contra
    Expulsão da OEA --> Absteve-se

  • O Brasil durante a Segunda Guerra Mundial tava aliada aos Estados Unidos, ou seja, a maioria da medidas do U.S.A o Brasil tinha que apoiar.

    Gabarito: E.


ID
29506
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da Política Externa Independente (1961-1964), julgue
(C ou E) os itens a seguir.

O regime militar brasileiro (1964 a 1985), aberto ao ocidentalismo e à interdependência econômica, política e de segurança entre as nações à época da Guerra Fria, abandonou definitivamente os princípios da Política Externa Independente.

Alternativas
Comentários
  • Após um curto período - Castelo Branco (1964-67) - em que praticamente se abandonou a PEI, as bases desta política são retomadas a partir de Costa e Silva.
  • Bom comentário Alexandre!
  • Segundo Amado Cervo, a política externa (PEB) do regime militar pode ser dividida em dois períodos:

    1964-67: padrão de PEB de Castelo Branco. “Correção de rumos”.

    Após 1967:  Regime militar recuperou as tendências de PEB das últimas décadas e a perspectiva de poder utilizar a variável externa para alcançar o desenvolvimento (tal como GV, JK e PEI).
  • ERRADO.

    A partir do Governo Marechal Artur Costa e Silva houve retomada dos prinícipios da PEI denotada pelos seguintes fatos: Rejeição ao Tratado de Não Proliferação Participação ativa na II UNCTAD Consolida a posição de líder do G77 Reforço nas relações com a África, América Latina e Índia Participação da Comissão Especial de Coordenação Latino Americana (CECLA)
  • Gabarito: ERRADO

     

    Outra questão para ajudar no entendimento do assunto:

     

    Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    O governo de Costa e Silva recuperou princípios básicos da Política Externa Independente.CERTO

  • A ideia de um país grande, considerado potência mundial foi, igualmente, pensado pelo estamento militar, fazendo-se menção explicita no plano de Metas e Bases Para a Ação do Governo. Para o governo, entre os objetivos, estratégia e grandes prioridades, estabelecia-se como "Objetivo-Síntese, ingresso do Brasil no mundo desenvolvido, até o fnal do século. Conforme já se esclareceu, construir-se-á no País, uma sociedade efetivamente desenvolvida, democrática e soberana, assegurando-se, assim, a viabilidade econômica, social e política do Brasil como grande potência". (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 1971, p. 15)

    A volta do grupo sorbonista ao poder em 1974 signifcou, em parte, a retomada de alguns princípios do primeiro governo, mas não que pudesse ser mera repetição daquele, ou contivesse mudanças abruptas do período anterior comandado por Médici. Rotulada como pragmatismo responsável, a política implementada por Ernesto Geisel aproveitava princípios já utilizados no período de Médici, mas substituía a ideia de Grande Potência por potência emergente, como se pode observar no II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) (PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA,1974, p. 21-78). Ou, também, pela política de aproximação com o continente africano. De fato, após a viagem do chanceler Mario Gibson Barboza em 1972, quando esteve em nove países, laços foram intensifcados com aquele continente. 

    Critérios apoiados na necessidade de se pensar o mundo sob outras categorias, em razão da própria mudança verifcada nos negócios internacionais e da competição que começava a se acirrar internacionalmente, o período Geisel se caracterizou por vários fatos que tiveram signifcativo impacto interna e externamente. Um deles se refere ao reconhecimento em 1975 de países recém-libertos do jugo português, como Angola e Moçambique, ainda que governados por grupos marxistas, encabeçados por Agostinho Neto e Samora Machel, respectivamente. Nessa mesma linha, ocorreu o reconhecimento da República Popular da China em detrimento do regime de Formosa. Neste último caso, o Brasil redimia-se de sua atuação em abril de 1964,imediatamente apos o golpe, quando expulsou nove diplomatas chineses.
    A assinatura do acordo nuclear com a República Federal da Alemanha, deixando de lado a proposta norte-americana em 1975, bem como as críticas aos desrespeitos brasileiros em direitos humanos feitas por Jimmy Carter, podem ser resgatados como fatos importantes desse período. Ao mesmo tempo, a ressalva ao governo israelense, condenando na ONU o sionismo como forma de racismo, é outro exemplo que marcou a política do pragmatismo.

    Naquele contexto, a postura brasileira era a de que o cenário global não comportava a existência de amigos, mas simplesmente de aliados. Não se deveria dar importância às ideologias,mas sim aos mercados. No entorno da Bacia do Prata, entretanto, o Brasil manteria discussões ásperas com a Argentina com a construção da barragem de Itaipu.



     

  • Defnido como o último período do ciclo militar, o governo Figueiredo manteve, praticamente sem modifcações de vulto, a atuação do governo anterior. Alguns acontecimentos marcaram o período sobretudo no âmbito sul-americano. Resolveu-se o contencioso de Itaipu, neutralizou-se a possibilidade de existência de governo considerado hostil no Suriname, com a eleição de Desi Bouterse em 1980. Com a participação de várias autoridades, como o chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro e o general Danilo Venturini (então chefe da Casa Militar, secretário do Conselho de Segurança Nacional e Ministro Extraordinário para Assuntos Fundiários), que visitaram Paramaribo em oportunidades diversas, e frmaram vários acordos, a possibilidade de intercâmbio maior de Bouterse com o governo de Fidel Castro foi neutralizada.
     

  • Apenas aconselhando aos amigos concursandos/concurseiros: sempre que a banca vier com "exclusivamente", "definitivamente", "sempre", "nunca", "absolutamente" etc, redobre sua atenção e ligue a anteninha da intuição.

     

    GAB.: ERRADO


ID
29509
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a relevância da III Conferência de Chanceleres Americanos (Rio de Janeiro, 1942) para o destino dos países latino-americanos em face da Segunda Guerra Mundial e o próprio contexto histórico do conflito, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • É nessa III Conferência de Chanceleres Americanos que Vargas de característica fascista, adere ao campo estadunidense na Guerra,barganhando o investimento da Siderurgica Nacional!
  • O objetivo de Roosevelt era a aprovação unânime de uma resolução de rompimento imediato com o Eixo. Argentina e Chile recusaram e o rompimento permaneceu como recomendação.

ID
29512
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação aos regimes políticos autoritários no século XX e às ideologias concorrentes nesses regimes e nos de caráter democrático, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Ítem B: O fascismo ainda encontrou e encontra certo respaldo mesmo depois do fim da II Guerra;

    Ítem C: Os regimes autoritários lançaram mão fartamente das técnicas de propaganda;

    Ítem D: O regime nazista teve forte adesão das classes populares;

    Ítem E: Vários países americanos foram acometidos de ditaduras durante a Depressão de 30. O Brasil de Vargas é um exemplo.
  •  Mesmo considerando que nada acaba de um dia para o outro, não vejo porque a B não seria a opção certa.

  • A letra B está incorreta pois regimes com características fascistas se mantiveram em países como Portugal e Espanha até a década de 70.

  • O gabarito diz "A"

    Não vejo porque a "B" está incorreta. Na Europa Portugal e Espanha permaneceram com seus regimes fascistas até 1974 e 1975, respectivamente. Na Ásia, Cingapura, permanece com um regime fascista até hoje. Lee Kuan Yew, Partido Ação Popular, governou a Cidade-Estado por 31 anos.

    Definitivamente estes três exemplos mostram que o fascismo foi amainado, pois o caráter expansionista desses três regimes é inexistente. Voltam-se para política interna e perseguição de opositores políticos.


ID
29515
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação ao peso da industrialização no desenvolvimento do
capitalismo, do século XVIII aos nossos dias, julgue (C ou E) os
seguintes itens.

A fase inicial da industrialização, predominantemente inglesa, a partir do século XVIII, foi marcada pela produção de bens de consumo, especialmente os têxteis, e pela utilização do ferro e do carvão como base do processo produtivo.

Alternativas
Comentários
  • Correta. 

    Poderia enganar se ao invés de usar FERRO utiliza-se AÇO que é relacionado mais a Segunda Revolução Industrial. Além da utilização do ferro e carvão, a Grã-Bretanha (Reino Unido somente após 1800) também havia grandes reservas de estanho, cobre, pedra e sal.

  • 1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, onde reponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.


ID
29518
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação ao peso da industrialização no desenvolvimento do
capitalismo, do século XVIII aos nossos dias, julgue (C ou E) os
seguintes itens.

Embora emitindo sinais que apontavam para a universalização futura do capitalismo, a industrialização ascendente ao longo do século XIX foi monopolizada pela Inglaterra e manteve-se adstrita à Europa Ocidental.

Alternativas
Comentários
  • Durante o séc. XIX há a expansão da Rev. Industrial para vários países na Europa e até mesmo para os EUA, fora dela.
  • Em 1895 os E.U.A já tinham a maior produção industrial do mundo
  • ITEM ERRADO

    Estados Unidos: primeiro país a industrializar-se fora da Europa, a partir de 1843, em resultado da conquista do oeste e dos enormes recursos daí advindos; alguns autores preferem como marco a Segunda Revolução Americana, a Guerra de Secessão entre 1860 e 1865, momento em que a classe capitalista do norte aumentou sua fortuna financiando o governo federal, fornecendo provisões aos exércitos e desenvolvendo a indústria ligada às necessidades do conflito. O resultado foi a consolidação do capitalismo industrial, representado politicamente pelos republicanos. Não foi por acaso que, enquanto a abolição da escravatura destruía a economia sulista, o protecionismo alfandegário, a legislação bancária, a construção de estradas de ferro e a legislação trabalhista garantiam a supremacia do norte e de sua economia industrial. (...)

    Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/neocolonialismo.htm

     

  • Errado.

    Outro exemplo fora do continente Europeu, além dos EUA, seria, também o Japão - especialmente nas últimas décadas do século XIX. A famosa Revolução MEJI.


ID
29521
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação ao peso da industrialização no desenvolvimento do
capitalismo, do século XVIII aos nossos dias, julgue (C ou E) os
seguintes itens.

Novas formas de produção de energia, como a hidrelétrica, e novos combustíveis, como o petróleo, tiveram discreta participação no ciclo industrial que, já no final do século XIX, colocava o motor a explosão no centro do processo industrial.

Alternativas
Comentários
  • A indústria do séc. XIX fazia uso do motor a vapor como principal meio de propulsão de suas máquinas. 
  • Novas formas de produção de energia, como a hidrelétrica, e novos combustíveis, como o petróleo, tiveram discreta participação no ciclo industrial que, já no final do século XIX, colocava o motor a explosão no centro do processo industrial.

     

    O correto seria nenhuma participação, já que a forma de energia era basicamente a combustão de carvão que propulsionava as máquinas a vapor . 

  • GABARITO: ERRADO

     

    "A resposta está incorreta por dois aspectos. O primeiro concerne o motor a explosão que, inventado na sua forma industrial pelo alemão Nikolaus Otto em 1862, o motor substituiria a máquina a vapor em pouco tempo na segunda metade do século XIX, adotado principalmente pela indústria de transporte.

     

    O petróleo viria a ser a nova fonte de energia para esse tipo de motor, do qual, ainda no século XIX, não podemos falar de uma discreta participação no ciclo industrial.

     

    A própria introdução do motor a explosão exigia uma nova fonte de energia, diferente do carvão, mais efciente e mais limpa, embora os combustíveis líquidos, derivados do petróleo, tenham sido inventados para servir a turbina a vapor, uma primeira evolução da máquina a vapor.

     

    A energia hidrelétrica também aparece nessa época, mas nesse caso, podemos ainda falar de uma discreta participação, pois sua importância seria mais signifcativa no século XX."


    Fonte: Leornado Gill Correia Santos - 7000 Questões do CESPE

     

  • O motor a explosão foi uma das razões para a expansão na utilização do petróleo, já em fins do século XIX. Também, nesse momento, a produção de energia elétrica por meio das usinas hidrelétricas experimentou grande expansão

    fonte Clipping CACD


ID
29524
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação ao peso da industrialização no desenvolvimento do
capitalismo, do século XVIII aos nossos dias, julgue (C ou E) os
seguintes itens.

As formas de indústrias desenvolvidas nas últimas décadas do século XX e início do século XXI modificaram o paradigma da linha clássica de produção em favor da produção informatizada e com alto grau de automação e tecnologia.

Alternativas
Comentários
  • é o que se chama da mais Nova fase da Revolução Industrial - A Tecnocracia!
  • Também se enquadra na lógica do Pós-Fordismo.

ID
29527
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A noção de "Estado do bem-estar" é importante no capitalismo na
segunda metade do século XX. Relativamente ao tema, julgue
(C ou E) os itens que se seguem.

O "Estado do bem-estar" seguiu um modelo universal, sendo a versão alemã a de maior êxito e de maior visibilidade internacional.

Alternativas
Comentários
  • O modelo mais bem sucedido de Estado do Bem-estar foi o adotado pelos países escandinavos, notadamente a Suécia.
  • Apenas complementando a resposta do colega acima. O Keynesianismo (também conhecido como "Estado de bem-estar social”) é uma teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro “Teoria geral do Emprego, do juro e da moeda”, que atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida (como a criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho e da assistência médica gratuita). Suas ideias opõe-se às concepções neoliberalistas, pois afirmam que o Estado é agente indispensável no controle da economia. Tal teoria teve enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado, e é particularmente relevantes hoje, por ser apontadas como base teórica para os planos do presidente estadunidense Barack Obama e do primeiro-ministro britânico Gordon Brown, além de outros líderes mundiais, para aliviar os efeitos da recessão atual. Contudo, ao contrário do que afirma a questão, e como bem especificou o colega acima, não é o modelo Alemão o mais bem sucedido, e sim o modelo adotado pelos países escandinavos, tanto que essa teoria (do bem-estar social) também ficou conhecida como "Estado Escandinavo".
    E apenas como desabafo, e corroborando os dizeres do outro colega, seria de grande ajuda que as pessoas que não sabem a resposta não as comentassem, pois o fazendo causam confusão e prejudicam outros colegas. Bons estudos.
  • O ideal mesmo é responder e, quando necessário, citar a fonte!

    A escola Keynesiana ou Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money)1 e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.

    A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" (animal spirit no original em inglês) dos empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.

    A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de bem-estar social", ou "Estado Escandinavo".

    [...]
     

    Citações a respeito de Keynes

    "É incrível o que Keynes pensou. Ele foi muito mais do que um economista. O que ele escreveu é muito mais relevante para a Economia do que tudo que fizeram depois (Antônio Delfim Netto)11
    "Keynes por si só era um gênio multi-facetado que tornou-se proeminente no mundo da matemática, filosofia e literatura. Além disso, ele encontrava tempo para administrar um grande companhia de seguros, para ser Conselheiro do Tesouro Britânico, para ajudar a dirigir o Banco da Inglaterra, para editar um mundialmente famoso jornal de Economia e para patrocinar espetáculos teatrais e de ballet. Ele também era um Economista que sabia ganhar dinheiro tanto para si como para sua faculdade, o King's College de Cambridge."12 (Paul A. Samuelson)
    Keynes é ainda mais importante agora do que o foi há 50 anos. Não sei se os economistas, em geral, se tornarão keynesianos de novo, mas passei a levar muito a sério as questões de tipo keynesiano, se assim se pode dizer. É claro que Lord Keynes não era uma profeta sagrado. Ele pode ter colocado as perguntas certas, mas cabe a você, sempre, ter de encontrar as suas próprias respostas. (Paul Krugman) [1]



    Wikipedia.
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana
     

  • Fonte: Wikipédia

    kkkkkkkkkkkkkk

  • O erro que chama atenção é "modelo universal". Não existe um modelo universal para a construção de um "estado de bem estar social". Diferentes países constroem diferentes experiências à partir do tamanho de sua população, bem como da riqueza produzida no país. Hoje existem três modelos principais e são eles: escandinavo, anglo-saxão e corporativista.


ID
29530
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A noção de "Estado do bem-estar" é importante no capitalismo na
segunda metade do século XX. Relativamente ao tema, julgue
(C ou E) os itens que se seguem.

Foram elementos cruciais ao desenvolvimento do "Estado do bem-estar": responsabilidade social da produção capitalista, proteção dos mais fracos, acesso das classes trabalhadoras à educação pública de qualidade, moradia e saúde para todos.

Alternativas
Comentários
  • O Estado do bem estar social foi influenciado pelas idéias de Mayard Keynes e valorizavam a demanda.
  • O Estado do bem-estar cabe garantir serviços públicos e proteção à população. Esta forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo etc.). Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo indivíduo teria direito, desde seunascimento até sua morte, tais medidas foram propostas para evitar a união dos trabalhadores que era então estimulada pelos ideais socialistas, muito fortes na época, por isto os capitalistas utilizou a suposta "responsabilidade social" para amenizar a tensão entre burguesia e proletarios.  o que nunca se efetivou em sua totalidade... 

  • "Proteção aos mais fracos" é o tipo de coisa que a gente lê e se pergunta se não foi colocado só pra fazer a gente tropeçar


ID
29533
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A noção de "Estado do bem-estar" é importante no capitalismo na
segunda metade do século XX. Relativamente ao tema, julgue
(C ou E) os itens que se seguem.

Acusado, por linhagens políticas liberais, nas últimas décadas do século XX, de ter produzido sociedades preguiçosas e acomodadas, o "Estado do bem-estar" assistiu à corrosão do consenso que alimentara sua sustentação social e viabilidade política em países como a Inglaterra do pós-Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • A década de 80 - com a a ascenção do chamado "neoliberalismo", cujos grandes expoentes foram Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher - traz severas críticas ao "Estado do Bem Estar".
  • Faço uma única ressalva à questão: o questionamento surgiu bem depois da II Guerra Mundial, quando a Era de Ouro passou.
  • Essa mudança corresponde a mudança a perspectiva keynesiana pelo classissismo econômico.

  • Os efeitos do New Deal estabeleceram as bases para a construção do Walfare State, que matém a saúde do capitalismo até 1970. O Estado de Bem-Estar Social traz a lógica de uma Estado apenas assistencional nos direitos básicos do cidadão.

     

    Fonte: Meus resumos

  • Correto, e o Marco da crise do Estado de Bem-estar social inglês foi a eleição da primeira Ministra-Ministra Margareth Thatcher:

    Na Grã-Bretanha, a eleição da primeira-ministra Margareth Thatcher (do Partido Conservador; que governou de 1979 a 1990) representou o marco histórico do desmonte gradual do Estado de Bem-estar inglês a partir da política de privatização das empresas públicas. Outros países adotaram a mesma política.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/so ciologia/estado-do-bem-estar-social-historia-e-crise-do-welfare-state.html?cmpid=copiaecola

    Bons estudos.


ID
29536
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A noção de "Estado do bem-estar" é importante no capitalismo na
segunda metade do século XX. Relativamente ao tema, julgue
(C ou E) os itens que se seguem.

A noção clássica de Adam Smith de conjugação da ordem econômica à forma política do Estado encontra, na idéia de "Estado do bem-estar", certa hierarquia na qual a primeira se subordina à segunda.

Alternativas
Comentários
  • A questão não foi bem colocada, mas o gabarito está correto. Adam Smith, em sua defesa do liberalismo econômico, realmente defendeu a subordinação do Estado à ordem econômica. O Welfare State, por outro lado, acredita na intervenção do Estado na economia para que sejam garantidas certas seguranças aos cidadãos como emprego pleno e benefícios de saúde. Eu acredito que a banca quis levar o candidato ao erro, pois a idéia do bem-estar social está relacionada às idéias de Keynes e não às idéias de Adam Smith.
  • Tentei entender da seguinte forma:
    - a noção de conjugação da ordem econômica à forma política é de Adam Smith? Sim
    - Essa noção postulada por Smith aplicada à ideia de "Bem Estar social",  realmente resulta em  subordinação da economia ao Estado (hierarquia na qual a primeira se subordina à segunda)? Sim.
    Mas confesso que achei a redação da assertiva bem truncada.
  • CERTA!

    Conjugação vem do verbo conjugar-se que quer dizer unir, combinar-se, portanto podemos sim dizer que a noção clássica de Adam Smith era a de uma união da ordem econômica com a política*, sendo que cada uma ia desempenhar uma função, complementar e em um mesmo nível hierárquico. Já no Estado de Bem-Estar, essa combinação acaba gerando uma subordinação da economia à política. 

     

    *Funções do Estado para Adam Smith:

    · Manutenção da Segurança Militar

    · Administração da Justiça

    · Erguer e manter certas instituições públicas.

     

    Fonte: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe4.html


ID
29539
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Para o surrealista André Breton, "a beleza tem que ser
convulsiva para deixar de sê-lo". Uma arte que se concentrava na
visão interna é o que se depreende da afirmativa de Picasso de
que a arte "não é o que você vê, mas o que você sabe que está
lá". Considerando esses pontos de vista e o cenário cultural do
Ocidente nas primeiras décadas do século XX, julgue (C ou E)
os itens que se seguem.

Ainda que com temas recorrentes, a arte do início do século XX caracterizava-se, entre outros aspectos, pela rapidez com que os estilos se sobrepunham.

Alternativas
Comentários
  • sucessão de "ismos", que se sobrepunham, principalmente, no sentido temporal.

  • A priori, a característica deste movimento era unir uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.


ID
29542
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Para o surrealista André Breton, "a beleza tem que ser
convulsiva para deixar de sê-lo". Uma arte que se concentrava na
visão interna é o que se depreende da afirmativa de Picasso de
que a arte "não é o que você vê, mas o que você sabe que está
lá". Considerando esses pontos de vista e o cenário cultural do
Ocidente nas primeiras décadas do século XX, julgue (C ou E)
os itens que se seguem.

A preocupação em retratar grandes eventos históricos, seguindo a trilha aberta pelos românticos do século XIX, em vez das cenas da vida quotidiana, marca a pintura do início do século XX.

Alternativas
Comentários
  • As vanguardas modernistas (início do século XX) objetivavam romper com as formas artísticas tradicionais. Nesse sentido, de forma alguma, pretenderam seguir o caminho dos românticos.
  • ERRADA.

     

    Acredito que o erro seja colocar os fatores históricos como principal tema tanto do Romantismo quanto das escolas do século XX, sendo que a vida cotidiana esteve sim muito presente como tema, principalmente, no Romantismo, em que a ideia era se voltar para o induvíduo, suas emoções e experiências. 

     


ID
29545
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Para o surrealista André Breton, "a beleza tem que ser
convulsiva para deixar de sê-lo". Uma arte que se concentrava na
visão interna é o que se depreende da afirmativa de Picasso de
que a arte "não é o que você vê, mas o que você sabe que está
lá". Considerando esses pontos de vista e o cenário cultural do
Ocidente nas primeiras décadas do século XX, julgue (C ou E)
os itens que se seguem.

Infere-se das citações de Breton e Picasso, acima reproduzidas, que, na visão desses artistas, a arte do século XX deveria ser desafiadoramente realista.

Alternativas
Comentários
  • Além disso, pela própria citação de Picasso "arte não é o que se vê, mas o que você sabe que está lá"  é possível inferir que a arte realista, ou seja, que retrata a natureza sem interferência, exatamente como ela é, não vai ao encontro dos ideários do artista (Picasso).
  • O objetivo real do Cubismo é construir algo, não copiar algo. Os pintores cubistas escolhem usualmente motivos familiares, guitarras, garrafas, fruteiras, nos quais o público pode facilmente encontrar o caminho por meio das pinturas e entender as relações entre as diversas partes. Picasso estava sempre disposto a modificar seus métodos e retornar, vez por outras, dos mais arrojados experimentos em criação de imagens às várias formas tradicionais de arte.

    fonte: A História da Arte - E.H Gombrich

  • Errado.

    Picasso e Breton não seguiam os ideais realistas, mas sim subjetivos, pois ambos defendiam a liberdade de criação do artista.


ID
29548
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Para o surrealista André Breton, "a beleza tem que ser
convulsiva para deixar de sê-lo". Uma arte que se concentrava na
visão interna é o que se depreende da afirmativa de Picasso de
que a arte "não é o que você vê, mas o que você sabe que está
lá". Considerando esses pontos de vista e o cenário cultural do
Ocidente nas primeiras décadas do século XX, julgue (C ou E)
os itens que se seguem.

O Cubismo é o exemplo por excelência de um estilo artístico bem recebido pelo grande público e cuja aceitação transcendeu, de imediato, os meios mais familiarizados com a pintura.

Alternativas
Comentários
  • Cubismo foi uma das vanguardas artísticas do início do século XX, com expoentes nas artes visuais e na literatura. Trata-se de um movimento artístico revolucionário, cuja principal característica é a observação da realidade sobre diferentes perspectivas, envolvendo a geometrização das formas e a ruptura com a representação verossímil dos objetos.

  • Errado. As artes de vanguarda do início do século XX não tiveram aceitação imediata pelo público.

    Somente o cinema impressionista alemão foi popular desde o início


ID
29551
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao chegar ao fim, a Segunda Guerra Mundial desvelava um
novo cenário mundial. Ao declínio europeu e à emergência de
um sistema internacional bipolar, soma-se o movimento de
independência na Ásia e na África. Relativamente a esse
processo de descolonização, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.

A descolonização ocorre em meio ao novo quadro internacional, no qual despontam, de um lado, os EUA e sua hegemonia sobre o mundo capitalista e, de outro lado, o prestígio alcançado pela URSS à frente do nascente bloco socialista.

Alternativas
Comentários
  • GAB: CERTO

     

    A descolonização ocorre em meio ao novo quadro internacional, no qual despontam, de um lado, os EUA e sua hegemonia sobre o mundo capitalista e, de outro lado, o prestígio alcançado pela URSS à frente do nascente bloco socialista."

     

    Fato: Pós-2GM as descolonizações acontecem. => A Europa está debilitada economicamente e surgem levantes emancipatórios na África e Ásia.

  • alguém pode explicar: as descolonizações ocorrem pela debilidade das potências europeias ou pela ascensão dos EUA e da URSS?


ID
29554
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao chegar ao fim, a Segunda Guerra Mundial desvelava um
novo cenário mundial. Ao declínio europeu e à emergência de
um sistema internacional bipolar, soma-se o movimento de
independência na Ásia e na África. Relativamente a esse
processo de descolonização, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.

O processo de descolonização foi marcado pelo ambiente de tensão próprio da Guerra Fria, mas não pode ser a esta debitada influência exclusiva sobre as motivações e a forma de condução da luta pela emancipação das colônias.

Alternativas
Comentários
  • GAB: CERTO

     

    "O processo de descolonização foi marcado pelo ambiente de tensão próprio da Guerra Fria, mas não pode ser a esta debitada influência exclusiva sobre as motivações e a forma de condução da luta pela emancipação das colônias."

     

    Fato: Pós-2GM as descolonizações acontecem. => A Europa está debilitada economicamente e surgem levantes emancipatórios na África e Ásia.


ID
29557
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao chegar ao fim, a Segunda Guerra Mundial desvelava um
novo cenário mundial. Ao declínio europeu e à emergência de
um sistema internacional bipolar, soma-se o movimento de
independência na Ásia e na África. Relativamente a esse
processo de descolonização, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.

As semelhanças verificadas na descolonização de regiões distintas, como a África Negra, o Magreb, o Sudeste Asiático, o Oriente Próximo e o Extremo Oriente, explicam-se pela uniformidade da ação imperialista nessas áreas.

Alternativas
Comentários
  • O fim da Segunda Guerra Mundial fomentou o processo de descolonização afro-asiático. Nas colônias localizadas na Ásia, formaram-se movimentos de guerrilha que oscilavam desde o nacionalismo anticolonial até formas socialistas. Nas colônias situadas no norte África, emergiu o nacionalismo árabe. Na África subsaariana, notadamente nas colônias portuguesas, o processo de descolonização foi mais tardio (década de 1970 em diante) e marcado por fortes influências das ex-metrópoles.
  • No artigo abaixo, o autor indiano chega a conclusão de que, embora Índia, Paquistão e Sri Lanka provinham da mesma matriz colonial (Reino Unido), os três países tiveram processos de descolonização totalmente diferentes. Nesse sentido, Bose (2004) enfatiza a necessidade de se estudar comparativamente não apenas State-building, mas também Nation-building.

    BOSE, Sumantra. Decolonization and State Building in Asia. Journal of International Affairs, n. 58, v. 1, 2004, p. 95-113. Disponível em: <http://www.himalayancrossings.com/pdf/course/resource/decolonization_and_state_building.pdf>. Acesso em: 5 set. 2013.


  • Gabarito: Errado.

    Referência: VISENTINI, Paulo Fagundes. Manual do candidato : história mundial contemporânea (1776-1991) : – 3. ed. rev. atual. – Brasília : FUNAG, 2012. Guerras e revoluções na Ásia e no Magreb- -Machrek, pág. 194.

    O movimento de descolonização ocorreu em três grandes ondas cronologicamente subsequentes, com características políticas e implantação geográfica específica. A primeira delas ocorreu nos anos imediatamente subsequentes à guerra e no início dos anos 1950 na Ásia Oriental e Meridional, onde se deu a luta contra o Japão e o maior enfraquecimento do colonialismo europeu. Nessas regiões o movimento de emancipação nacional foi marcado por grandes enfrentamentos armados e revoluções, adquirindo predominantemente um conteúdo socialista (China, Coreia e Vietnã) ou fortemente nacionalista (Índia e Indonésia). No início da década de 1950, o epicentro do processo de descolonização deslocou-se para o mundo árabe (Magreb-Machreck), onde o conteúdo dominante foi o nacionalismo árabe de perfil reformista (Egito, Iraque, Argélia) até a passagem dos anos 1950 aos 1960. A partir desse momento, a África Negra, ou subsaariana, tornou-se o centro de uma descolonização grandemente controlada pelas ex-metrópoles europeias, adquirindo fortes contornos neocolonialistas. Até a segunda metade dos anos 1960, a maioria dos países da África Tropical havia obtido a independência. Restaram os regimes de minoria branca e as colônias portuguesas da África Austral, cujo processo de emancipação foi mais violento e radical, estendendo-se da década de 1970 até o início da de 1990. Esta, contudo, seria uma fase particular.”


ID
29560
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao chegar ao fim, a Segunda Guerra Mundial desvelava um
novo cenário mundial. Ao declínio europeu e à emergência de
um sistema internacional bipolar, soma-se o movimento de
independência na Ásia e na África. Relativamente a esse
processo de descolonização, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.

Tendo em conta que a libertação nacional era objetivo comum, não se verificam diferenças significativas no pensamento e na ação de líderes como Nehru (Índia), Lumumba (Congo), Nasser (Egito) e Ho Chi Minh (Vietnã).

Alternativas
Comentários
  • INCORRETA   Exemplos de diferenças....
      Na India --> Nehru junto com Gandhi utilizavam na violência não ativa e da desobediência civil perante a Inglaterra. No Congo --> Realizou a declaração unilateral de independência mas depois já começou os movimentos separatistas, ele pediu ajuda a ONU (que recusou) e logo se aliou a URSS. 
  • Complementando a Resposta do Leonardo:

    No CONGO:  Lumumba, 1o primeiro-ministro do Congo independente, defendia uma "neutralidade positiva" na Política Externa, evitando se aliar aos dois lados da Guerra Fria e rejeitando a influência de ideologias de fora. No contexto da crise do Congo, que ocorreu logo após a independência, da rejeição inicial de auxílio pela ONU e da intervenção de tropas belgas, que Lumumba resolveu pedir ajuda à URSS. Os soviéticos auxiliaram Lumumba enviando armamentos, remédios e alimentos. O CSNU até  iniciou uma operação no Congo, a ONUC, mas ela apenas estava lá para "garantir a retirada das tropas da Bélgica e auxiliar o governo a manter a ordem e o direito". Lumumba também defendeu o pan-africanismo e adotou uma postura nacionalista

    No VIETNÃ: Ho Chi Minh, liderou o movimento de independência Viet Minh e lpouco após a revolução de agosto se tornou presidente da recém indepentente República Democrática do Vietnã - Vietnã do Norte. Seu governo foi marcado pela violência e pelas duas guerras da Indochina, sendo a Guerra do Vietnã claramente travada em um contexto ideológico entre o Leste e o Oeste. A URSS e a China reconheceram o governo do Vietnã do Norte. Ho Chi Minh foi um lider comunista e seu governo manteve alianças com a URSS, a China e a Coreia do Norte. 

     

     

     

  • Apesar de objetivos comuns em relação ao processo de descoloniação, os movimentos de libertação não mantiveram uma uniformidade em razão da própria forma de colonização, feita por metrópoles diferentes, que transplantaram para seus impérios costumes e valores diversos.


ID
29563
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os movimentos nacionalistas que se destacaram na Europa
do século XIX, poucos poderiam rivalizar, em termos de
importância, com as unificações alemã e italiana. Fatores internos
e externos se conjugaram para que, ao fim de complexo processo
de luta, Alemanha e Itália surgissem como Estados nacionais. A
propósito desses acontecimentos, julgue (C ou E) os itens
subseqüentes.

Absorvido pela política interna da Prússia, o chanceler Otto von Bismarck não empreendeu projetos na área econômica que pudessem contribuir para a Alemanha como um todo.

Alternativas
Comentários
  • O Zollverein, projeto de integração econômica dos Estados alemães, que já existia desde 1834, foi reforçado por Bismarck, em 1967, como estratégia rumo à unificação ambicionada pelo chanceler.
  • Gabarito: CERTO

     

    No caso específico da unificação alemã, a unificação econômica antecedeu à política. Enquanto a perspectiva prussiana preconizava o aspecto econômico, a perspectiva austríaca preconizava o político. E, a partir da década de 1820, passaram a surgir as confederações aduaneiras, que, em 1834, foram congregadas na chamada Zollverein . A unificação alemã, portanto, tinha um caráter econômico muito acentuado, justamente por intencionar o aumento da escala dos mercados. Por essa razão, no caso alemão, a economia teve um papel muito importante. No caso italiano, por sua vez, a economia não teve uma relevância no processo de unificação como ocorreu no caso alemão.

  • O gabarito é ERRADO.(resposta do QC)


ID
29566
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os movimentos nacionalistas que se destacaram na Europa
do século XIX, poucos poderiam rivalizar, em termos de
importância, com as unificações alemã e italiana. Fatores internos
e externos se conjugaram para que, ao fim de complexo processo
de luta, Alemanha e Itália surgissem como Estados nacionais. A
propósito desses acontecimentos, julgue (C ou E) os itens
subseqüentes.

Para reduzir custos e ampliar a possibilidade de alianças externas, Bismarck optou por não investir na modernização do exército prussiano, apostando na via diplomática e na ação política para isolar a Áustria, cujo interesse era a manutenção de uma Alemanha fragmentada.

Alternativas
Comentários
  • A modernização da Prússia, através da implantação de uma poderosa e moderna indústria bélica, foi uma das facetas mais importantes do projeto de unificação alemã liderado por Bismarck.
  • A unificação alemã foi feita através de guerras (Áustria, Dinamarca e França), e não através de diplomacia.
  • "O plano de Bismark envolvia a mobilização militar sob liderança monáquica e prussiana e a deflagração de uma série de guerras que, ao mesmo tempo, afastaria a influência austríaca e faria nascer entre os alemães uma consciência nacional."
    1864 - Guerra dos Ducados (Prússia e Áustria  X  Dinamarca)
    1866 - Guerra das Sete Semanas (Prússia  X  Áustria)
    1870-71 - Guerra Franco-Prussiana

    Fonte: Apostila Anglo Vestibulares.

ID
29569
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os movimentos nacionalistas que se destacaram na Europa
do século XIX, poucos poderiam rivalizar, em termos de
importância, com as unificações alemã e italiana. Fatores internos
e externos se conjugaram para que, ao fim de complexo processo
de luta, Alemanha e Itália surgissem como Estados nacionais. A
propósito desses acontecimentos, julgue (C ou E) os itens
subseqüentes.

A guerra de 1870 contra a França surpreendeu o chanceler Bismarck, que considerava o conflito empecilho perigoso a seus planos de unificação da Alemanha.

Alternativas
Comentários
  • Bismarck contava com o conflito contra a França para concluir seu projeto de unificação alemã.
  • Assim, não houve surpresa, pois o episódio conhecido como Despacho de Ems (ou Telegrama de Ems) foi acintosamente articulado por Bismarck para deflagrar a Guerra entre França e Prússia, o que acabou acontecendo em 1871.
    O conflito "planejado" era necessário para consecução dos objetivos de unificação alemã, na medida em que Bismarck, com o intento, poderia acionar as regiões do território germânico, como Bavária, Baden, Wurttemberg..., que não haviam concordado em ficar sob a órbita de influência prussiana.
    Como elas ficavam na fronteira com a França, seriam usadas como essenciais para evitar o avanço francês na região e, com isso, ao mesmo tempo, seria fomentado o sentimento nacionalista alemão, como forma de converter essas regiões até então resistentes à primazia prussiana, de forma voluntária, sem uso da violência, conforme plano de Bismarck.
  • Perfeito o comentário acima.
  • "....Tal foi o início de uma guerra que devia ter efeitos tremendos sobre a história subsequente da Europa. Desde o princípio os prussianos levaram vantagem. A eficiência disciplinada da sua máquina militar ressaltou em franco contraste com a desastrada inércia dos franceses. Os abastecimentos das tropas de Napoleão eram de uma lamentável ineficiência, e um dos seus generais não conseguiu, durante alguns dias, localizar o exército que devia comandar. O resultado poderia ser previsto desde o começo. Após a captura de Napoleão em Sedan, no mês de setembro, e a tomada de Paris quatro meses mais tarde, a guerra foi oficialmente encerrada pelo Tratado de Francforte. A França cedeu a maior parte da Alsácia e da Lorena e concordou em pagar uma indenização de um bilhão de dólares."
    Pelo visto a Guerra não surpreendeu Bismark que empreendeu uma derrota humilhante aos franceses. Em 1871, no Palácio de Versalhes, Guilherme I foi aclamado Kaiser e nascia assim o II Reich Alemão.
  • ele provocou a guerra


ID
29572
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os movimentos nacionalistas que se destacaram na Europa
do século XIX, poucos poderiam rivalizar, em termos de
importância, com as unificações alemã e italiana. Fatores internos
e externos se conjugaram para que, ao fim de complexo processo
de luta, Alemanha e Itália surgissem como Estados nacionais. A
propósito desses acontecimentos, julgue (C ou E) os itens
subseqüentes.

Na Itália, o processo de unificação, que teve em Mazzini e Garibaldi lideranças exponenciais, envolveu necessariamente confrontos externos, até porque seu território era alvo de interesses múltiplos, a exemplo dos interesses austríacos, dos pontifícios e dos franceses.

Alternativas
Comentários
  • Exatamente. Com a ajuda da França, a Itália anexou a Lombardia mas teve que ceder Nice e Savóia. Em 1866 anexou Vêneto (interesse austríaco). Em 1870 anexou PAPAIS (onde se localiza Roma) que estava sob domínio Francês desde 1768.


ID
31549
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período entre as duas guerras mundiais do século XX foi marcado pela radicalização política. A instalação de regimes totalitários em vários países europeus contribuiu para o acirramento das tensões, que, ao lado de outros fatores, colaborou decisivamente para a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A respeito desse quadro histórico, julgue (C ou E) os itens subseqüentes.50

Embora tenha participado da aliança vitoriosa na Primeira Guerra Mundial, a Itália afastou-se das democracias liberais na medida em que, já na década de 20 do século passado, o país se tornou vítima dos métodos violentos do fascismo, que não encontrou resistência organizada.

Alternativas
Comentários
  • A Itália vivenciou a partir do "DULCE" um modelo ideológico onde uma de suas principais características era o antiliberalismo. A resistência ao movimento somente se efetivou após as derrocadas dos movimentos totalitários na década de 1940.
  • Certo.

    Desde Março de 1919 surgia o embrião do futuro Partido Fascista que agrupava nacionalistas de extrema direita que realizavam ações violentas contra aqueles que ameaçassem o Estado capitalista.
  • ERRADA.

    A dúvida nesta questão para a maioria era se "que o fascismo não encontrou resistência organizada".
    Tanto que ele não teve grande resistência pois após a "Marcha para Roma" culminou (após um período) no convite do Rei Vitório Emanuel a Mussolini para formar um governo (outubro de 1922). Mussolini realizou vários discursos conciliatórios à Igreja Católica. O papa Pio XI (dois após o famoso Leão XIII) levou a Igreja a se alinhar a ele, considerado com uma boa arma anticomunista.
  • Leonardo tá brigando com a banca.

  • Certa. A afirmativa trata da ascensão do fascismo na Itália. Sai da Guerra vitoriosa, mas não recebe as indenizações que lhe eram devidas, e as dissidências internas vão motivar a chegada de Mussolini (1883- 1945) no poder em 1922, nomeado primeiro ministro. O fascismo logo torna-se culto diário na Itália, impregnando a sociedade, que não ofereceu muita resistência organizada;
     

    [7000 questões comnetadas CESPE]

  • Item ambíguo. Dá a entender que, durante toda a sua história, o fascismo italiano não sofreu resistência organizada. No contexto da Segunda Guerra Mundial, entretanto, muitas foram as batalhas travadas entre a Resistenza partigiana e as tropas da República Social Italiana (Esercito Nazionale Repubblicano). Desse contexto surgiu, por exemplo, a famosa música Bella ciao.

  • A questão trata sobre a ascensão do fascismo na Itália, um país que, apesar de ter saído vitorioso da Primeira Guerra Mundial, não recebeu as indenizações que imaginava que lhe seriam devidas.

    O descontentamento generalizado e o clima de desolação dentre os italianos, foi ambiente fértil para o surgimento do fascismo no país, que se apresentava como única solução possível para o resgate da honra “perdida”.

    Resposta: Certo

  • O CESPE ignorando o Partido Comunista Italiano kkkk


ID
31552
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período entre as duas guerras mundiais do século XX foi marcado pela radicalização política. A instalação de regimes totalitários em vários países europeus contribuiu para o acirramento das tensões, que, ao lado de outros fatores, colaborou decisivamente para a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A respeito desse quadro histórico, julgue (C ou E) os itens subseqüentes.50

Na Alemanha, o totalitarismo nazista aproximava-se dos demais regimes fascistas, entre outros fatores, pela adoção do racismo como política de Estado.

Alternativas
Comentários
  • Os regimes fascistas não tinham o racismo como parte de suas concepções políticas.
  • Essa era uma característica enfatizada no fascismo alemão

  • Os regimes fascistas não tinham o racismo como política de Estado.
  • ERRADA

    O racismo aconteceu na alemanha de hitler, no fascismo italiano não.

    "Quando você estiver na posse, EU VOU ESTAR LÁ!"

  • Os regimes nazifascistas da Europa tinham várias características em comum, como o anticomunismo e o anti-liberalismo. O racismo como política de Estado, porém, era uma característica do nazismo alemão.

    Resposta: Errado


ID
31555
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período entre as duas guerras mundiais do século XX foi marcado pela radicalização política. A instalação de regimes totalitários em vários países europeus contribuiu para o acirramento das tensões, que, ao lado de outros fatores, colaborou decisivamente para a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A respeito desse quadro histórico, julgue (C ou E) os itens subseqüentes.50

Espanha, Portugal, Polônia, Iugoslávia e Hungria são exemplos de Estados europeus que adotaram regimes ditatoriais de cunho fascista que não sobreviveram à vitória dos Aliados, derrubados nos anos que se seguiram ao imediato pós-Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • Os regimes facistas de Portugal e Holanda sobreviveram após a Segunda Guerra Mundial.
  • ERRADA

    ESPANHA: 1936-1975
    PORTUGAL: 1932-1974

    -----
    IUGOSLÁVIA, POLÔNIA E HUNGRIA FORAM COMUNISTAS APÓS O FINAL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ATÉ FINAL DA DÉCADA DE 80.
  • Basta lembrar de Franco e Salazar. 


ID
31561
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tal como oficialmente apresentada, a Conferência de Bandung,
realizada em 1955, procurou criar um novo bloco que tivesse
capacidade de ação política internacional diante dos dois pólos de
poder dominantes. A bússola que orientaria essa terceira força
seria, conforme a declaração assinada ao final do encontro, a
busca da paz por meio da cooperação internacional. Julgue
(C ou E) os itens que se seguem, concernentes a esse contexto
histórico do mundo pós-1945.

A Conferência de Bandung consagrou uma linha política de não-alinhamento, ou seja, uma opção diplomática de eqüidistância em relação ao sistema bipolar que emergiu depois da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

     

    Bandung marcou o início da manifestação espetacular de um terceiro grupo de estados nas relações internacionais. Procuraram nortear, desde os primeiros momentos, sua vontade pela equidistância em relação aos dois mundos – o do liberalismo capitalista ocidental e o da economia socialista planificada. Sua força residia, portanto, na busca de uma outra alternativa de inserção internacional, mais independente e autônoma, menos alinhada e dependente.

  • Certo.

    Importante acrescentar que em Badung é lançada as bases do que em 1961 se concretiza como o movimento dos países não alinhados:

    A origem do Movimento pode ser encontrada na Conferência Ásia-África realizada em Bandung, Indonésia, em 1955. A convite dos primeiros-ministros da Birmânia(hoje Mianmar), do Ceilão (hoje Sri Lanka), da Índia, da Indonésia e do Paquistão, dirigentes de 24, quase todos ex-colônias dos dois continentes, reuniram-se para debater preocupações comuns e coordenar posições no campo das relações internacionais.

    O primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, juntamente com os primeiros-ministros Sukarno (da Indonésia) e Gamal Abdel Nasser (Egito), liderou a conferência. No encontro, líderes do então assim chamado Terceiro Mundo puderam compartilhar as suas dificuldades em resistir às pressões das grandes potências, em manter a sua independência e em opor-se ao colonialismo e ao neocolonialismo.

    Após um encontro preparatório no Cairo, delegações de 25 países reuniram-se em Belgrado de 1 a 6 de setembro de 1961, na Primeira Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Não-Alinhados, em grande medida por iniciativa do presidente jugoslavo Josip Broz Tito e mais Nasser, Sukarno, Chu En-Lai e Nehru.

    Um dos principais temas da conferência foi a corrida armamentista entre os Estados Unidos e a União Soviética. Nessa Conferência de Cúpula foi estabelecido oficialmente o Movimento de Países Não-Alinhados, sobre uma base geográfica mais ampla, principalmente novos estados independentes.

    Da América Latina, o único país participante como membro na primeira conferência foi Cuba.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_N%C3%A3o_Alinhado

  • Embora uma postura de equidistância, uma outra questão diz que houve mais influência da URSS (veja as fotos de Nasser e Kruschev no Google)

  • "Quando a grade de ferro da Guerra Fria se abateu sobre o globo, todos que tinham alguma liberdade de ação queriam evitar juntar-se a qualquer um dos dois sistemas de aliança, isto é, queriam manter-se fora da Terceira Guerra Mundial que todos temiam.

    Isso não quer dizer que os “não-alinhados” fossem igualmente opostos aos dois lados na Guerra Fria. Os inspiradores e defensores do movimento (geralmente chamado com o nome de sua primeira conferência em 1955 em Bandung, Indonésia) eram ex-revolucionários coloniais radicais — Jawaharlal Nehru da Índia, Sukarno da Indonésia, coronel Gamal Abdel Nasser do Egito e um dissidente comunista, o presidente Tito da Iugoslávia."

    (HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos)

  • a Conferência de Bandung foi uma reunião de 23 países asiáticos e 6 africanos em Bandung (Indonésia), entre 18 e 24 de Abril de 1955, com o objetivo de mapear o futuro de uma nova força política global (Terceiro Mundo), visando a promoção da cooperação econômica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo, por parte dos Estados Unidos, da União Soviética.


ID
31564
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tal como oficialmente apresentada, a Conferência de Bandung,
realizada em 1955, procurou criar um novo bloco que tivesse
capacidade de ação política internacional diante dos dois pólos de
poder dominantes. A bússola que orientaria essa terceira força
seria, conforme a declaração assinada ao final do encontro, a
busca da paz por meio da cooperação internacional. Julgue
(C ou E) os itens que se seguem, concernentes a esse contexto
histórico do mundo pós-1945.

O êxito do espírito de Bandung deveu-se, sobretudo, à capacidade de superação de divergências históricas entre países asiáticos e africanos, de que seria exemplo emblemático a cordial e amistosa convivência entre Índia e Paquistão após a conquista das respectivas independências.

Alternativas
Comentários
  • Ainda hoje não é possível afirmar que exista uma "cordial e amistosa convivência" entre Índia e Paquistão.
  • É tão amistosa a relação que os dois países construíram bombas atômicas para confraternizar hehehehe
  • Sem falar, claro, que não temos aí nenhum exemplo de convivência entre "países asiáticos e africanos" já que, como sabemos, Índia e Paquistão são vizinhos asiáticos do sub-continente indiano.

  • A Conferência de Bandung ocorreu na Indonésia em 1955, reunindo 29 países asiáticos e africanos. Propunha uma desvinculação da ordem mundial bipolarizada, sendo a primeira expressão do "Terceiro Mundismo".

  • Não há relação amistosa entre Índia e Paquistão, por diversos motivos um deles é a disputa pela caxemira.


ID
31567
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tal como oficialmente apresentada, a Conferência de Bandung,
realizada em 1955, procurou criar um novo bloco que tivesse
capacidade de ação política internacional diante dos dois pólos de
poder dominantes. A bússola que orientaria essa terceira força
seria, conforme a declaração assinada ao final do encontro, a
busca da paz por meio da cooperação internacional. Julgue
(C ou E) os itens que se seguem, concernentes a esse contexto
histórico do mundo pós-1945.

A Conferência de Bandung condenou explicitamente toda e qualquer forma de colonialismo, identificado como um mal que devia ser extinto imediatamente, por ser visceralmente contrário à Carta das Nações Unidas e aos direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • O erro está em afirmar que o colonialismo era visceralmente contrário à Carta da ONU, uma vez que se pode dizer que, no contexto em que foi criada, a ONU tinha mais interesse em preservar o colonialismo do que, de fato, extingui-lo, isto é, a Carta é de uma neutralidade absoluta com relação aos impérios coloniais. Apenas mais tarde, por interesse americano e soviético e por meio de Resoluções da Assembleia Geral é que a organização combateu o Colonialismo.
  • Nao entendi o comentário anterior, pois a questao está correta....
    Até verifiquei na prova do CESPE (Questao 51, item 3)
    http://www.cespe.unb.br/concursos/_antigos/2007/DIPLOMACIA2007/arquivos/IRBr_001_3.pdf
    http://www.cespe.unb.br/concursos/_antigos/2007/DIPLOMACIA2007/arquivos/IRBr_GAB_DEFINITIVO.pdf
    Alguém pode me explicar?
    Grata.
  • De fato, a carta da ONU tem um capítulo sobre os países "tutelados" (as colônias) e cria até mesmo um "conselho de tutela". Por isso não vejo a carta como "visceralmente contrária" ao colonialismo. Não entendi o gabarito.
  • Tutela nao necessariamente significa colonia, que sim e visceralmente contrario a Carta de Sao Francisco.

  • Certo.

    Nessa Conferência, foram enunciados os princípios que deveriam orientar as relações entre as nações grandes e pequenas, conhecidos como os Dez Princípios de Bandung. Tais princípios foram adotados posteriormente como os principais fins e objetivos da política de não-alinhamento e os critérios centrais para pertencer ao Movimento.

    Respeito aos direitos humanos fundamentais e aos objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas.

    Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações.

    Reconhecimento da igualdade de todas as raças e a igualdade de todas as nações, grandes e pequenas.

    A abstenção de intervir ou de interferir nos assuntos internos de outro país.

    O respeito ao direito a defender-se de cada nação, individual ou coletivamente, em conformidade com a Carta da ONU.

    A abstenção do uso de pactos de defesa coletiva a serviço de interesses particulares de quaisquer das grandes potências.

    A abstenção de todo país de exercer pressões sobre outros países.

    Abster-se de realizar atos ou ameaças de agressão, ou de utilizar a força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer país.

    A solução pacífica de todos os conflitos internacionais, em conformidade com a Carta da ONU.

    A promoção aos interesses mútuos, à cooperação e o respeito à justiça e às obrigações internacionais.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_N%C3%A3o_Alinhado


ID
31570
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tal como oficialmente apresentada, a Conferência de Bandung,
realizada em 1955, procurou criar um novo bloco que tivesse
capacidade de ação política internacional diante dos dois pólos de
poder dominantes. A bússola que orientaria essa terceira força
seria, conforme a declaração assinada ao final do encontro, a
busca da paz por meio da cooperação internacional. Julgue
(C ou E) os itens que se seguem, concernentes a esse contexto
histórico do mundo pós-1945.

Na Ásia do pós-Segunda Guerra, os dois países mais populosos do mundo percorreram trajetórias distintas no caminho de sua afirmação: enquanto a Índia optou pelo reformismo liberal, a China assumiu a via revolucionária de esquerda, concretizada com a proclamação da República Popular em 1949.

Alternativas
Comentários
  • Não houve um reformismo liberal na Índia em 1947.
  • O Enunciado fala de tragetória (processo). Isso podemos concordar sim.
  • Discordo do gabarito! Reformismo liberal na Índia após o segundo conflito mundial? Que eu saiba, o Estado Indiano sofreu influência direta da União Soviética no que diz respeito à sua condução estrutural. O resultado dessa influência foi a estatização e o engessamento da economia indiana, marcha que só foi alterada nos anos 1990, com a liberalização da economia. Indiquei para comentário.

  • Concordo, A. Gusmão. Eu sempre culpo as questões que eu erro do IRBR pela data. 2007? Talvez ela não esteja muito precisa. (ou vai ver eu que errei mesmo)

  • After Independence, India adopted the Socialist model of development. This led to creation of , the elaborate licences, regulations and the accompanying red tape that were required to set up business in India.

    India's first attempt at economic liberalisation was carried out in 1966 as a pre-condition to an increase in foreign aid.

    The of 1991, initiated by then Indian prime minister in response to a balance-of-payments crisis, did away with the Licence Raj and ended many public monopolies, allowing automatic approval of in many sectors.

    ,https://en.wikipedia.org/wiki/Liberalism_in_India

  • A influencia era sim socialista. Mas quando eu vi o ano da prova de 2007, sabia que esse seria o viés da questao. No futuro nao sera assim a resposta.

  • No futuro, as questões serão sobre terraplana e comunismo em todos os lugares, menos na China.


ID
31576
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Seguindo uma tendência que a África e a Ásia levaram ao
extremo, também a América Latina teve sua trajetória marcada
pela radicalização política nas décadas seguintes à Segunda
Guerra Mundial. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens a
seguir.

Vitoriosa em 1959, a Revolução Cubana, comandada por Fidel Castro, assumiu, em 1961, o caráter socialista de inspiração marxista e aprofundou os processos de coletivização de terras, nacionalização de empresas e monopolização do poder político.

Alternativas
Comentários
  • Em 61, temendo uma influência soviética em Cuba, os EUA patrocinou uma invasão à ilha na Baía dos Porcos. A rápida reação militar cubana e o apoio da população ao governo resultaram na expulsão dos invasores. Atacado por uma potência, Fidel aproximou-se da outra: URSS; e definiu o novo regime cubano como comunista.

ID
31585
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre as numerosas transformações trazidas pela Segunda Guerra Mundial, destacou-se a emergência da África e da Ásia, assinalada pela libertação das antigas colônias localizadas nesses continentes. A respeito desse processo de descolonização, decisivo para a configuração da nova realidade mundial pós-1945, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: D

    A guerra da independência da Argélia, colônia francesa, durou de 1954 a 1962, deixando mais de 1 milhão de mortos. O conflito resultou em uma grave crise política na França, que culminou com a queda do governo e a tomada da Presidência pelo herói da II Guerra Mundial, Charles de Gaulle, em 1958. Quatro anos depois, ele negociou a paz.

    Fonte: Guia do Estudante - História (Editora Abril)

  • Com relação à questão "A", está errada pois Gandhi nunca foi primeiro ministro da Índia. Quando da independência do país, em 1947, Jawaharlal Nehru foi eleito pelo Partido do Congresso para assumir o posto inaugural de primeiro-ministro da Índia (1947 a 1964). Ghandi foi assassinado em 1948.

  • A) Gandhi nunca foi nomeado primeiro-ministro, mas sim Nehru.
    B) Pacificidade na Indochina e intervenção do CS estão errados.
    C) O Estado iraquiano moderno é fruto da IGM, após o desmembramento do Império Otomano. Sua independência formal com relação à Inglaterra se deu em 1932, portanto, bem antes da IIGM.
    D) CORRENTA
    E) O império colonial português foi um dos últimos...
  • Questão passível de anulação, pois a guerra de independência da Argélia durou pouco mais de 7 anos, e não 9 anos, como diz a questão.

ID
37102
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que concerne ao domínio de potências coloniais na Ásia, no início do século XX, julgue (C ou E) os próximos itens.

A China, civilização milenar e até então com estrutura política própria, foi dividida em protetorados sob domínio das potências ocidentais, ficando o imperador com sua autoridade restrita a Pequim e arredores.

Alternativas
Comentários
  • A China, desde a "guerra do Ópio" (1835-1842), já havia sido obrigada, diante do potencial de fogo dos ingleses, a assinar tratados desiguais nos quais ela concedia vantagens à Europa sem contrapartida. Para conseguir um desses tratado de 1860, tropas francesas e britânicas chegaram a destruir o Palácio de Verão de Pequim, um dos tesouros artísticos insubstituíveis da humanidade. Após o saque de Pequim, um inglês foi indicado para "assistir" a administração de toda a receita da alfândega chinesa. Vários portos foram abertos, mercadores estrangeiros receberam liberdade de movimento e imunidades diante da lei chinesa. Esse método violento de penetração adveio do fato de a China, diferindo da Índia, possuir unidade política com um imperador fazendo sentir sua autoridade sobre as províncias mais distantes. Basta dizer que, até antes da chegada dos europeus, ela recebia tributos da Coréia, Vietnã e de outras monarquias da região: Sião, Laos, Birmânia e Nepal. Era o império mais elaborado e mais antigo de todos os Estados monárquicos da Ásia Oriental. Por essas razões, a China sempre se recusara a admitir relações com o resto do mundo em posição de desigualdade. E manteve-se fechada a qualquer tipo de comércio com o Ocidente. Foi a Guerra do Ópio que mareou o início da preponderância ocidental na China. Mas o desmembramento da China aconteceu quando o Império, enfraquecido com os tratados desiguais, teve que enfrentar uma guerra com o Japão (1895). Foi "salvo" do desastre pela intervenção das potências européias. Como reconhecimento ao serviço prestado, as nações européias receberam concessões econômicas e territoriais. A partir daí, a China passou a ser um território dividido em áreas de influência das potências ocidentais. Não só a França e a Inglaterra penetraram no território Chinês, como também a Rússia, a Alemanha e a Itália. A penetração econômica se acelerou com a construção de estradas de ferro, concessão de minas, estabelecimentos industriais e bancos.
  • ERRADA.
    Ótimo texto do colega. Em síntese, não foi dividida em protetorados mas sim em áreas de influências do imperialismo europeu.
  • Gabarito: ERRADO

    "Na verdade, a China foi dividida em zonas de influências entre as potências, não em protetorados. As potências em questão são França, Grã-Bretanha, Rússia, Itália, Alemanha, EUA e o Japão, este último passara recentemente por um processo de ocidentalização. Depois, foi a imperatriz regente Tzu-hsi (ou Tsenhi) (1835-1908), viúva do imperador, que permaneceu no poder na hora da repartição, embora a China enocntrava-se enfraquecida politicamente na época. Enfraquecida politicamente, a imperatriz teve que ceder a entrada dos estrangeiros e a criação de esferas de influência." 

     

    Livro: Como Passar 1.200 Questões Comentadas

  • Os "Senhores da terra e da guerra" ("espécie" de Senhores Feudais chineses) mantinham-se ligados ao imperador,e, além disso, mantinham comércio com os países europeus, por isso, errado.

  • A China, desde a "guerra do Ópio" (1835-1842), já havia sido obrigada, diante do potencial de fogo dos ingleses, a assinar tratados desiguais nos quais ela concedia vantagens à Europa sem contrapartida. Para conseguir um desses tratado de 1860, tropas francesas e britânicas chegaram a destruir o Palácio de Verão de Pequim, um dos tesouros artísticos insubstituíveis da humanidade. Após o saque de Pequim, um inglês foi indicado para "assistir" a administração de toda a receita da alfândega chinesa. Vários portos foram abertos, mercadores estrangeiros receberam liberdade de movimento e imunidades diante da lei chinesa. Esse método violento de penetração adveio do fato de a China, diferindo da Índia, possuir unidade política com um imperador fazendo sentir sua autoridade sobre as províncias mais distantes. Basta dizer que, até antes da chegada dos europeus, ela recebia tributos da Coréia, Vietnã e de outras monarquias da região: Sião, Laos, Birmânia e Nepal. Era o império mais elaborado e mais antigo de todos os Estados monárquicos da Ásia Oriental. Por essas razões, a China sempre se recusara a admitir relações com o resto do mundo em posição de desigualdade. E manteve-se fechada a qualquer tipo de comércio com o Ocidente. Foi a Guerra do Ópio que mareou o início da preponderância ocidental na China. Mas o desmembramento da China aconteceu quando o Império, enfraquecido com os tratados desiguais, teve que enfrentar uma guerra com o Japão (1895). Foi "salvo" do desastre pela intervenção das potências européias. Como reconhecimento ao serviço prestado, as nações européias receberam concessões econômicas e territoriais. A partir daí, a China passou a ser um território dividido em áreas de influência das potências ocidentais. Não só a França e a Inglaterra penetraram no território Chinês, como também a Rússia, a Alemanha e a Itália. A penetração econômica se acelerou com a construção de estradas de ferro, concessão de minas, estabelecimentos industriais e bancos.

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ID
37105
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que concerne ao domínio de potências coloniais na Ásia, no início do século XX, julgue (C ou E) os próximos itens.

O Japão preservou sua independência ao promover modernização de grande envergadura, assimilando métodos e costumes ocidentais.

Alternativas
Comentários
  • Logo após a era Meiji o Japão se aproxima das potencias ocidentais e incorpora a sua cultura além de seus produtos,costume e formato de ordem,achando que assim levaria o Japão a era de avanços,mas quebrando toda uma ordem socio-cultural milenar!!!
  • De acordo com Eric Hobsbawm, o Japão, sendo o único país oriental a incorporar o imperialismo à sua política externa, tornou-se o único daquela região a vestir, na virada para o século XX (Belle Époque) a máscara de lobo, e a jogar fora a pele de cordeiro.

    HOBSBAWM, Eric J. Rumo à revolução. In: ______. A era dos impérios: 1875-1914. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. cap. 12, p. 383-416.


  • Preservou sua independência política, mas não tarifária, já que submeteu-se a tratado desigual com a Inglaterra, que ficou em vigor de 1858 a 1911.



ID
37108
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que concerne ao domínio de potências coloniais na Ásia, no início do século XX, julgue (C ou E) os próximos itens.

A tentativa de modernização promovida pela imperatriz Tsenhi, na Reforma dos Cem Dias, gerou tensões que provocaram sua deposição, tendo a Revolução de 1911, que proclamou a República, posto fim à dinastia Manchu na China.

Alternativas
Comentários
  • http://en.wikipedia.org/wiki/Empress_Dowager_Cixi
    eles deviam padronizar a transliteração dos nomes chineses. causa muita confusão!

    A Imperatriz viúva Cixi ou Tsenhi não detinha o governo formal da China, agindo mais como uma eminência parda por trás dos imperadores manchu da dinastia Qing. Além disso, a Reforma dos Cem Dias não foi promovida por ela mas pelo imperador Guangxu, esse sim caindo em desgraça com Cixi reassumindo o poder logo depois.

    Eu errei essa questão na prova. Tive que estudar depois pra aprender ¬¬
  • ERRADA, 
    A imperatriz Tsenhi (eu conhecia como Tzu Hsinão tentou promover a modernização, na verdade ela liderava os conservadores manchus que prejudicou a tentativa do imperador Kuang Hsu (GuangShu) e um grupo de radicais de fazer um programas de reformas. Após GuangShu foi substituído por Pu Yi que foi o último imperador, este teve uma trajetória incrível: Imperador, Refugiado na Embaixada Japonesa, Imperador do Estado Fantoche da Manchúria, Deportado para Sibéria, Internado no Campo de Camponeses para Criminosos de Guerra na China, Solto por Mao virou Jardineiro e após virou Bibliotecário.
  • Dinastia Qing foi a última da China 

  • Dinastia Qing e Manchu são a mesma coisa.

  • Gabarito: ERRADO

    "A Reforma dos Cem dias foi feita em 1898 pelo imperador Guangxu, sobrinho da imperatriz Tsenhi. Os seguidores da imperatriz, ala mais conservadora e xenófoba, promoveram um golpe ao cabo dos cem dias, o que tranferiu o poder efetivo para a imperatriz, embora Guangxu permanecesse o imperador de faot até sua morte em 1908, destituído de todos os seus privilégios. O imperador Pu Yi (1906-1967) assume, aos dois anos de idade, sendo forçado a abdicar em 1912, em decorrência da Revbolução que instaurou a República. Pu Yi foi o último imperaror da China e o último da Dinastia Qing (ou Manchu), no poder desde 1644."

     

    Livro: Como Passar nos Concursos da Diplomacia e Chancelaria 1.200 Questões Comentadas


ID
37111
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que concerne ao domínio de potências coloniais na Ásia, no início do século XX, julgue (C ou E) os próximos itens.

O novo poderio militar japonês ficou comprovado na guerra de 1904-1905 contra a Rússia.

Alternativas
Comentários
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Russo-JaponesaA Guerra russo-japonesa, em que estava em disputa a Manchuria e a Coreia ocorreu num momento em que o regime czarista enfrentava séria crise interna, com diversas revoltas contra o regime absolutista do czar explodindo em vários pontos da Russia. Esta, atacada por um exercito melhor preparado, sofreu uma derrota humilhante, o que ajudou a derrubar o czar e no sucesso da revolução de 1917.
  • Fatia considerável desse poderio é advinda do trata do cooperação militar assinado qm 1902 com a Inglaterra, que garantiu não só o armamento como também a instrução e treinamento das forças nipônicas por oficiais britânicos.
  • Graças à revolução Meiji e ao financiamento inglês (o objetivo da Inglaterra era fortalecer o Japão para conter a Rússia), o Japão passou de alvo do imperialismo a imperialista, chegando a vencer a Rusia na Guerra Russo-Japonesa.

ID
37114
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A ascensão econômica e política do Império Austro-Húngaro levou-o a confrontar os interesses ingleses nos Bálcãs. O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, permitiu que se atribuísse ao imperialismo britânico a responsabilidade pelo clima de tensão regional, e constituiu o marco inicial da guerra.

Alternativas
Comentários
  • A questão apresenta dois aspectos. Um factual e outro interpretativo. De fato, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando foi o estopim do conflito. Entretanto, atribuir ao imperialismo britânico os conflitos regionais é inverossímil. Na realidade, havia, à época, uma disputa geopolítica entre o Império Austro-Húngaro e a Rússia pela hegemonia na Sérvia, e não entre os Habsburgo e a Inglaterra, conforme enunciado.
  • A Àustria-Hungria afrontou os interesses, sim, mas da Sérvia, ao anexar a Bósnia-Herzegovina (1908), a qual administrava desde 1878. Sem esquecer que a Áustria-Hungria não estava de forma alguma em ascensão. Pelo contrário, a decadência rondava os Habsburgos há algumas décadas, já.
  • Além do mais, a Inglaterra só entra na Guerra após a invasão da Bélgica (neutra) pelos alemães.
  • a responsabilidade do assassinato  foi dada a Sérvia...
  • Quem tinha interesse nas Balcãs era o Império Russo 

  • A Inglaterra não tinha interesses imediatos nos balcãs, mas em outras regiões. Além disso, a Inglaterra só entrou no conflito depois que suas duas grandes aliadas, a Rússia e a França, entraram na guerra, e motivada pela invasão estratégia da Bélgica pela Alemanha, para atacar a França. Quem assassinou o arquiduque foi um estudante bósnio e a investigação concluiu que a responsabilidade era da Sérvia. Vários erros nesta alternativa.

  • A responsabilidade pelo assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, foi atribuída à Sérvia.

    Este assassinato e as acusações subsequentes daí decorrentes iriam desencadear as alianças político-militares então existentes no continente europeu, o que, em última instância, desencadearia a Primeira Guerra Mundial.

    Resposta: Errado


ID
37117
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A expansão econômica da Alemanha levou-a a competir com a Inglaterra e com a França.

Alternativas
Comentários
  • A alemanha, já unificada teve um progresso extraordinário. Seu comercio atingia mercados estrangeiros, produtos que antes era exclusivamente dos ingleses passam a ser comercializados pela Alemanha. A Inglaterra e a França preocupadas com o desenvolvimento da Inglaterra, firmam um acordo definindo suas intenções. A Alemanha sentindo-se prejudicada, reagiu contra tais imposições.
  • Sim, a rivalidade econômica entre Alemanha, de um lado, e Inglaterra e França, de outro, é considerada como uma causa subjacente da I GM. Para se ter ideia, em 1914, a Alemanha produzia mais ferro e carvão do que Inglaterra e França juntas. 
  • Em 1914, por exemplo, a Alemanha produzia mais ferro que a Inglaterra. O seu crescimento econômico foi apontado como fator desestabilizador responsável por desencadear a Primeira Guerra Mundial.

    Resposta: Certo


ID
37120
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Na França, o governo do presidente Poincaré, acossado por reivindicações nacionalistas, encontrou na guerra uma alternativa para desviar as atenções dos problemas internos.

Alternativas
Comentários
  • Na realidade foi o espirito de revanchismo, aliado aos compromissos dos tratados com a Inglaterra, que estimulou a entrada da França no confronto. Pois durante a guerra franco-prussiana, a França perdeu parte do seu território ao então nascente império alemão.

  • ERRADA.

    O território que o colega acima comenta é a Alsácia-Lorena na qual provia cerca de 80% do carvão e metais para o desenvolvimento Industrial Alemão.
  • Complementando os colegas, é importante ter em mente que depois da guerra o presidente Poincaré adotou uma posição intransigente em relação às demandas da Alemanha, e chegou a ocupar militarmente a região alemã do Ruhr.
  • Eu respondo questões com base no: "mas eu nunca ouvi falar disso, uai"

  • Errado

     

    É a tal da Belle Époque. 

  • Errado 

    A Revolução de fevereiro de 1848, ocorrida em França. Chamada de  Segunda  República  francesa  foi  proclamada  a  24  de  fevereiro  de  1848, inspirada por ideais humanitários e democráticos marcou uma mudaça de pespectiva uma vez que o  proletariado  passou  a  fazer  parte  do cenário político. ou seja, internamente tudo estava controlado, o problema foi o  revanchismo francês, um movimento político ocorrido na França com início em 1870, quando o país foi obrigado a ceder a Alsácia-Lorena (região rica em carvão e ferro) ao recém unificado Império Alemão, após a derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana, conforme previa o Tratado de Frankfurt em 1871. 

  • TODOS OS COMENTÁRIOS ANTERIORES ESTAO ERRADOS.

    ACOSSADO= AFLITO/INCOMODADO

    POINCARÉ ERA NACIONALISTA - REVANCHISTA- E CONTRA A PAZ NEGOCIADA

  • ERRADO. Presidente Raymond Poincaré, nacionalista que só, se reviraria no túmulo com tamanha infâmia dessa afirmação. "Lutaremos na guerra até a vitória!"


ID
37123
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

No início, a guerra reforçou a coesão nacional no Império Austro-Húngaro e na Rússia.

Alternativas
Comentários
  • Justo até porque a Austria que era protegida da Alemanha e quando o estudante Sérvio matou o principe Aqueduque Fransico Ferdinando,a Alemanha logo declarou Guerra a Servia,em contra partida a Sérvia que Era Protegida da Russia,junto com sua tutora declarou Guerra a Alemanha e assim dá-se inicio a 1ª Guerra Mundial!
    Bons Estudos!
  • ambos  os imperios eram heterogenios,  e estavam  sofrendo pressoes internas por causa dos naciolnalismos dos povos  que formavam tyais  imperios, com o  comeco  da guerra   temos um inimigo  comum que levara a uma maior  coesao  nacional .  Essa coesao se esfacelará com o desgaste progressivo da guerra,  e os nacionalismos e as nova conjuntura internacional levarao  ao surgimento  de "novos " paises
  • No século XIX, as grandes potências europeias tinham percorrido um longo caminho para manter o equilíbrio de poder em toda a Europa, resultando na existência de uma complexa rede de alianças políticas e militares em todo o continente por volta de 1900.[3] Estas começaram em 1815, com a Santa Aliança entre Reino da Prússia, Império Russo e Império Austríaco. Então, em outubro de 1873, o chanceler alemão Otto von Bismarcknegociou a Liga dos Três Imperadores (em alemão: Dreikaiserbund) entre os monarcas da Áustria-Hungria, Rússia e Alemanha. Este acordo falhou porque a Áustria-Hungria e a Rússia tinham interesses conflitantes nos Bálcãs, o que fez com que a Alemanha e Áustria-Hungria formassem uma aliança em 1879, chamada de Aliança Dua. Isto foi visto como uma forma de combater a influência russa nos Bálcãs, enquanto o Império Otomanocontinuava a se enfraquecer.[3] Em 1882, esta aliança foi ampliada para incluir a Itália no que se tornou a Tríplice Aliança.[13]

     

    fonte: wiki

  • No início as nações européias entraram na Guerra motivadas por forte sensação de nacionalimo. No livro "Canhões de Agosto", a época era retratada com diversas pessoas fazendo longas filas para se alistar e o dever de servir a pátria.  A "Mother Russia" passou no final da guerra por profundas transformações que incorreram nas revoluções de Fevereiro e de Outubro de 1917.

  • Cuidado com alguns comentários; o posicionamento dos países foi rápido, mas é importante não atropelá-los ou simplificá-los demais. O império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. Desde o assassinato do arquiduque, a Rússia havia sinalizado que declararia guerra à Áustria se ela tentasse humilhar a Sérvia.

    A Alemanha sempre se colocou ao lado da Áustria, mas houve uma real tentativa do chanceler alemão em evitar uma guerra entre potências, tanto que quando a Sérvia acertou partes do ultimato enviado pela Áustria, eles entenderam de que não havia motivos para o conflito, propuseram uma ocupação temporária no território, só para fazer cumprir o ultimato e as exigências austríacas (o que não foi aceito pelos Império Habsburgo). Depois, tentou impedir a entrada da Rússia na guerra. Só quando ficou claro que a Rússia se envolveria é que a Alemanha declarou guerra a este país.

  • Os comentários não têm muita relação com a afirmativa...o que ela trata é do sentimento do nacionalismo (coesão nacional) que de fato era pungente na época, como ocorria na Áustria, na Rússia...também (e mais ainda) na Alemanha e na França.

  • Falar em "coesão nacional" me dá uma ideia de o que se passava internamente nessas nações, e o que faltava internamente no império austro-húngaro e russo era coesão. A separação da Áustria e da Hungria depois do fim da primeira guerra e a revolução russa são provas disso.

  • Questão facilmente anulável... Coesão nacional na Áustria-Hungria é brincadeira...


ID
37138
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à Conferência de Yalta, que, realizada em fevereiro de 1945, reuniu Roosevelt, Stalin e Churchill.

Stalin buscava uma base territorial para promover, no imediato pós-guerra, ações desestabilizadoras contra governos da Europa ocidental.

Alternativas
Comentários
  • Apesar de ser chamado de mão de ferro Joseph Stalin desejava manter somente aquele território que compunha a URSS logo após a Revolução 17 e durante o periodo de Guerra,na verdade a URSS se preocupa militarmete logo após a criação da OTAN
  •  A conferencia de Yalta, veio a tratar em 45 com os maiores chefes de Estado do globo de como ficaria o mapa geopolítico da Europa, sendo determinado de que a europa oriental ficaria sob influencia direta da União Soviética

  • Stalin não desejava empreender ações desestabilizadoras em países da Europa Ocidental, ele apenas queria garantir uma "franja de proteção" no Leste Europeu, uma "buffer zone" para proteger a URSS do Ocidente. Lembre de que Stalin era defensor do "Socialismo em um só país."
    Socialismo em um só país. O Socialismo em um só país foi uma teoria apresentada por Stalin em 1924, elaborada por Nikolai Bucharin (1888-1938) em 1925 e logo adotada como política de Estado pela URSS. A teoria defendia que, por conta do fato de todas as revoluções comunistas na Europa, entre 1917-21, terem sido derrotadas, exceto a russa, a URSS deveria concentrar-se em fortalecer-se internamente. Essa teoria representou uma mudança em relação à postura do Marxismo defendida até então, de que o Socialismo precisava ser implantado globalmente (ex: teoria da revolução permanente de Trotsky, apoiada por Lênin). Em 1938, Stalin faz uma “interpretação” de Lênin, “demonstrando” que a teoria do “Socialismo em um só país” estava de acordo com Lênin; Lênin havia dito que “a vitória final só é possível na escala internacional com a ajuda dos trabalhadores de outros países”; Stalin diferencia a “vitória do Socialismo” (que Stalin considera a “vitória da construção socialista em um país”) da “vitória final do Socialismo”; a primeira poderia ocorrer internamente; a segunda só poderia ocorrer envolvendo


ID
37141
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à Conferência de Yalta, que, realizada em fevereiro de 1945, reuniu Roosevelt, Stalin e Churchill.

Roosevelt e Churchill, diante da pressão de Stalin, aceitaram formalmente a criação de uma área de influência soviética na Europa oriental.

Alternativas
Comentários
  • Foi uma aceitação tácita da influência soviética na Europa Oriental
  • Exatamente, a palavra "formalmente" invalida a questão. Lembrando que Roosevelt já estava bem doente nesta época (morreria pouco depois), o que para alguns foi o motivo dele não ter-se imposto frente às pretensões de Stalin.
    Questão bem ao gosto do Cespe.
  • A expressão Cortina de ferro refere-se à fronteira que, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, dividiu a Europa ocidental do leste Europeu, região dominada pela União Soviética. Em um dos discursos mais famosos do período da Guerra Fria, Winston Churchill, então primeiro-ministro britânico, afirmou que:

    “De Estetino, no [mar] Báltico, até Trieste, no [mar] Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Atrás dessa linha estão todas as capitais dos antigos Estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia, Berlim, Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste e Sófia; todas essas cidades famosas e as populações em torno delas estão no que devo chamar de esfera soviética, e todas estão sujeitas, de uma forma ou de outra, não somente à influência soviética mas também a fortes, e em certos casos crescentes, medidas de controle emitidas de Moscou."

  • A área de influência soviética na Europa oriental já estava criada naturalmente, decorrência da 2a Guerra Mundial.

    Não se pode falar em "aceitar" ou não esta área. Ela existia de fato, e não figurou como decisão política dos líderes mencionados.

  • Errado. Só em 1975 houve esse entendimento.  Conferência de Helsinki, certificava as fronteiras na Europa do leste e Europa Central posteriores a Segunda Guerra Mundial.

  • Relativos à Conferência de Yalta, que, realizada em fevereiro de 1945, reuniu Roosevelt, Stalin e Churchill.

    Roosevelt e Churchill, diante da pressão de Stalin, aceitaram formalmente a criação de uma área de influência soviética na Europa oriental.

    NÃO FOI APENAS FORMALMENTE

    A Conferência de Ialta, ou Conferência de Yalta, também chamada de Conferência da Crimeia, é composta por um conjunto de reuniões ocorridas entre 4 e 11 de fevereiro de 1945 no Palácio de Livadia, na estação balneária de Yalta, nas margens do Mar Negro, na Crimeia. Foi a segunda das três conferências em tempo de guerra entre os líderes das principais nações aliadas (a anterior ocorreu em Teerã, e a posterior em Potsdam) e as potências capitalistas comemoraram a vitória na reunião.

    Os chefes de governo dos Estados Unidos (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Ialta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste.

    Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final.

    Estes acordos são essenciais para a compreensão do mundo pós-guerra. Mesmo se suas interpretações pelos historiadores são diversas e variadas, vários deles estão de acordo sobre diversos pontos dos acordos. As diretrizes afirmadas nesta reunião determinaram boa parte da ordem durante a Guerra Fria,[2] precisando as zonas de influência e ação dos blocos antagônicos, capitalista e socialista.

    A Conferência de Helsinki, de 1975, foi o ponto culminante na política de distensão, conhecida como détente ou razryadka, durante a gestão de Brejnev, Honecker e Husák, respectivamente União Soviética, Alemanha Oriental e Tchecoslováquia no Leste Europeu, o tratado assinado em Helsinki, Finlândia; certificava as fronteiras na Europa do leste e Europa Central posteriores a Segunda Guerra Mundial, o tratado foi assinado por EUA, Canadá e todos os países europeus, exceto Albânia e Andorra.


ID
37144
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à Conferência de Yalta, que, realizada em fevereiro de 1945, reuniu Roosevelt, Stalin e Churchill.

Em Yalta, houve acordo quanto às zonas de ocupação da Alemanha derrotada.

Alternativas
Comentários
  • Berlin foi dividida lembra!?
  • Gabarito incorreto. A Conferência de Yalta definiu algumas novas fronteiras no Velho Continente, porém foi a Conferência de Potsdam que efetivamente trouxe à tona as formas pelas quais a Alemanha derrotada seria administrada pelos Aliados. Ou seja, o item está Errado.

  •  Para evitar confusão, sistematizando foram realizados alguns acordos no final da II Grande Guerra:

    1) Declaração de Cairo - 1943:  destinada a discutir o destino do Império Japonês. Participou Rossevelt, Churchill e Chiang Kai-Shek. Acordado que todos os territórios tomados à China pelo Japão fosse restituído à China (exceto a Coréia - Chôsen). Japão fosse despojado de todas as ilhas do Pacífico de que se apossaram desde 1914.

    2) Declaração de Teerã - 1943: Rossevelt, Churchill e Stalin concordaram com a paz nas nações com discursos do tipo:   que se "banisse por muitas gerações o flagelo e o terror da guerra" , haveria o dia "em que todos os povos da terra poderão vever livres, desconhecendo a tirania, e de acordo com os seus diferentes desejos e as suas próprias consciências".

    3) Acordo de Ialta (YALTA) - 1945. Rossevelt, Churchill e Stalin foram a Criméia. No final este haviam decidido um acordo sobre os planos para a derrota da Alemanha, tais como: rendição incodicional, métodos de controle das nações do Eixo e seus satélites após Guerra. Além disso  concordou-se que a sobre manter territórios incorporados à União Soviética em consequência do acordo de Ribbentrop-Molotv de 1939. Além de uma reorganização do países do leste europeu. 


    4) Declaração de Postdam: Stalin, Churchill (substituído após por Clement Attlee), Truman reuniram no subúrbio de Berlim (postdam). As cláusulas foram:
    - Alemanha privada de extensas partes do seu território
    - Prússia Oriental dividida em duas partes que do norte iria para Rússia e a do sul para Polônia (que recebeu a cidade livre de Danzig)
    - Poder militar alemão totalmente destruído.
    - Poder industrial reduzido e sistema econômico descentralizado
    - Pagamento de reparações sob forma de produtos
    - País dividido em quatro zonas de ocupação 

    FONTE: Burns, História da Civilização Ocidental.-

    No livro de Norman Lowe - História do Mundo contemporâneo afirma que em Yalta a Alemanha seria dividida em zonas de ocupação e em Postdam houve questionamentos eram se, ou quando as quatro zonas poderiam voltar a se juntar para formar um país unificado.



  • O gabarito NÃO está errado! Os fundamentos da divisão da Alemanha em zonas de ocupação e da criação dos setores de ocupação de Berlim foram estabelecidos em Yalta. Em Potsdam, esses acertos foram confirmados e admitiu-se a França como potência ocupante no Conselho Interaliado.


    (Demétrio Magnoli - O Mundo Contemporâneo; página 89) 

  • http://en.wikipedia.org/wiki/Yalta_Conference#Key_points
    De fato, em Ialta foi decidida a divisão da Alemanha em 4 zonas, como versa o Wikipedia em inglês: 
    Key points

    Key points of the meeting are as follows:

    Agreement to the priority of the unconditional surrender of Nazi Germany. After the war, Germany and Berlin would be split into four occupied zones. Stalin agreed that France might have a fourth occupation zone in Germany and in Austria but it would have to be formed out of the American and British zones.
  • Yalta confirma o que foi decidido em Teerã, ou seja, "Roosevelt propôs a criação de cinco Estado na Alemanha. Churchill concordou..." "A Conferência de Yalta, em fev. de 1945, consagrou a divisão que se desenhara anteriormente entre os aliados ocidentes e a União Soviética".
  • 1) Declaração de Cairo - 1943: destinada a discutir o destino do Império Japonês. Participou Rossevelt, Churchill e Chiang Kai-Shek. Acordado que todos os territórios tomados à China pelo Japão fosse restituído à China (exceto a Coréia - Chôsen). Japão fosse despojado de todas as ilhas do Pacífico de que se apossaram desde 1914.

    2) Declaração de Teerã - 1943: Rossevelt, Churchill e Stalin concordaram com a paz nas nações com discursos do tipo: que se "banisse por muitas gerações o flagelo e o terror da guerra" , haveria o dia "em que todos os povos da terra poderão vever livres, desconhecendo a tirania, e de acordo com os seus diferentes desejos e as suas próprias consciências".

    3) Acordo de Ialta (YALTA) - 1945. Rossevelt, Churchill e Stalin foram a Criméia. No final este haviam decidido um acordo sobre os planos para a derrota da Alemanha, tais como: rendição incodicional, métodos de controle das nações do Eixo e seus satélites após Guerra. Além disso concordou-se que a sobre manter territórios incorporados à União Soviética em consequência do acordo de Ribbentrop-Molotv de 1939. Além de uma reorganização do países do leste europeu. 

    4) Declaração de Postdam: Stalin, Churchill (substituído após por Clement Attlee), Truman reuniram no subúrbio de Berlim (postdam). As cláusulas foram:

    - Alemanha privada de extensas partes do seu território

    - Prússia Oriental dividida em duas partes que do norte iria para Rússia e a do sul para Polônia (que recebeu a cidade livre de Danzig)

    - Poder militar alemão totalmente destruído.

    - Poder industrial reduzido e sistema econômico descentralizado

    - Pagamento de reparações sob forma de produtos

    - País dividido em quatro zonas de ocupação 

  • Conferência de Yalta

    Em fevereiro de 1945, quando as forças do Eixo já estavam praticamente abatidas, as forças aliadas reuniram-se para reafirmar o princípio de autodeterminação dos povos e o favor à expansão de regime de caráter democrático na Conferência de Yalta. As zonas de influência previamente conversadas em Teerã tiveram confirmação e, desse modo, já era possível reconhecer previamente o desenvolvimento de uma ordem bipolar protagonizada pelos Estados Unidos e a União Soviética.


ID
37147
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à Conferência de Yalta, que, realizada em fevereiro de 1945, reuniu Roosevelt, Stalin e Churchill.

Ao perseguir sua hegemonia na Europa oriental, a URSS buscava proteção contra eventuais ações militares vindas do Ocidente.

Alternativas
Comentários
  • Como os Ocidentais haviam o Tratado do Atlântico Norte em contrapartida Moscou assina o Tratado de Varsóvia na Polônia baseado na troca de auxilios e de suposta união militar contra qualquer tipo de invasão dos ocidentais caitalistas!!!
  •  Como os Ocidentais haviam o Tratado do Atlântico Norte em contrapartida Moscou assina o Tratado de Varsóvia na Polônia baseado na troca de auxilios e de suposta união militar contra qualquer tipo de invasão dos ocidentais capitalistas!!! Fortificando a URSS e as nações adjacentes que criou o grande bloco vermelho do século anterior

     

     

  • A conferência de Ialta tem mais a ver com a aceitação por parte dos EUA e Inglaterra de que o Leste Europeu seria zona sob influência soviética (acho....)
  • "Only now is it clear, on the basis of declassified Soviet documents, that Moscow's main reason for imposing its control over Eastern Europe was to ensure its survival as a major power, not to promote 'world revolution'. As one Soviet spymaster recalled, 'For the Kremlin, the mission of Communism was primarily to consolidate the might of the Soviet state. Only military strength and domination of the countries on our borders could ensure us a superpower role' ".

    The End of the European Era
    1890 to the Present
    David Clay Large.
  • Ocidente : os capitalistas dominavam

    Oriente: os socialistas dominavam.

    Gabarito: E.

  • OcidenteOCapitalistas

    OrienteOrussos = Socialistas

    Gabarito: CERTO

    "O sucesso nunca chega da noite pro dia"


ID
37162
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à vitória comunista na China em 1949, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O Partido Comunista, liderado por Mao Tsé-tung (Mao Zedong), assumiu a vanguarda do movimento revolucionário.

Alternativas
Comentários
  • Correto!!! até hj a não é conhecida por Republica Popular da China!

ID
37165
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à vitória comunista na China em 1949, julgue (C ou E) os itens seguintes.

A revolução chinesa somente se tornou possível com o apoio ativo, desde 1936, da União Soviética à estratégia de luta armada do Partido Comunista chinês.

Alternativas
Comentários
  • As internacionais Comunistas aconteciam neste proposito,de partidos comunistas de diversos países se auxiliassem,com certeza o Partido Comunista Russo,aquele que tinha liderado a Revolução Bolchevique de 1917,com certeza sendo o unico que atingira seus objetivos mantinha a moral de esta auxiliando os outros e foi o acontecido,mas logo ´Tsé-tung,desvinculou-se e segurou ao seu modo as redeas dos poder politico na nova China Comunista!!!
  • Na verdade, a URSS apoiava inicialmente o partido de Chiang Kai-shek (KMT), pois Stalin não acreditava na força de um movimento operário camponês.
  • "Mesmo sem a ajuda da maior potência comunista, a União Soviética, dirigida na época por Stalin, as forças de Mao conseguiram a vitória. Em 1º de outubro de 1949, conquistaram o poder e proclamaram a República Popular da China, sendo instalada a Conferência Consultiva do Povo, que elaborou o programa do novo governo, presidido por Mao Tse-tung, sendo Zhou Enlai Presidente do Conselho e Ministro do Exterior."

     

    fonte:wiki


ID
37168
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à vitória comunista na China em 1949, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O movimento revolucionário contou sobretudo com o apoio da classe operária urbana.

Alternativas
Comentários
  • Houve a famosa Caminhada de Um Ano no interior da China,onde a militancia vez a sua Revolução na extremidade Campo - Cidade e não o contrario como haviam feito os outros países e inclusive como as escrituras Marxistas vinha profetizando!!!
  • Enquanto o Partido de Kuomitang contava com o apoio da classe média urbana, quase 90% dos chineses moravam no campo e apoiavam o comunismo.

ID
37171
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à vitória comunista na China em 1949, julgue (C ou E) os itens seguintes.

A despeito da crise ocorrida em 1960, o regime comunista chinês manteve laços políticos estreitos com a União Soviética.

Alternativas
Comentários
  • No inicio a relação da China com a Russia era estreita,até que veio a Revolução Cultural de Mao Tse Tung e ai a China se desvíncula de Moscou!!! é no entanto que até os dias atuais a China se mantem Socilista-Comunista ideologicamente,mas mescla sua politica ainda aa pequenos passos com politicas neoliberais,organizando a economia interna da China e integrando-a no mercado mundial é no entanto que hj a economia chinesa vem crescendo cada vez mais,sendo uma forte candidata a potência mundial,destronando inclusive os EUA

  • O primeiro plano quinquenal chinês duraria de 1953 a 1958, contudo Stalin morre em 1953. Khruschev conduz a desestalinização, querendo coexistência pacífica com os EUA. Em 1956, Mao começa a se afastar e denunciar o revisionismo de Khruschev. Em 1960 rompe relações com a URSS.
  • * Cisma sino-soviético dos anos 1960: rompimento de relações diplomáticas entre os maiores países socialistas (China e URSS), em virtude de:

    a) recusa da URSS de passar tecnologia nuclear à China;
    b) crítica de Mao Zedong ao revisionismo de Krushev, que era a coexistência pacífica.
    c) fracasso das propostas desenvolvidas na China que tentavam seguir o modelo soviético. Assim, a China busca um socialismo com suas próprias características.

ID
83719
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.

Em 1944, representantes de 44 países - entre os quais o Brasil - reuniram-se em Bret t on Woods com o objetivo de criar mecanismo s q u e livrassem o mundo de crises globais, a exemplo da decorrente da Primeira Guerra e, em especial, da Grande Depressão dos anos 30.

Alternativas
Comentários
  • Questão CERTA.
    Dureante 3 semanas de julho de 1944, do dia 1º ao dia 22, 730 Delegados, de 44 países do mundo (então em Guerra) reuniram-se no Hotel Mount Washigton, em Bretton Woods, New Hampshire, EUA, para definir uma Nova Ordem Econômica Mundial. A reunião centrou-se ao redor de 2 figuras chaves: Harry Dexter White - Secretário-Assistente do Departamento do Tesouro dos EUA - e Lord Keynes - mais famoso economista da época, que representava os interesses da Grã-Bretanha. Acertou-se nesta reunião que dali em diante, na era que surgiria das cinzas da Segunda Guerra Mundial, que haveria um fundo encarregado de dar estabilidade ao sistema financeiro internacional, bem como um Banco responsável pelo financiamento da reconstrução dos países atingidos pela destruição e pela ocupação. Referido fundo era o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o referido Banco era o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), ou simplesemente Banco Mundial (Wold Bank), os quais seriam, supostamente, os pilares da Paz.
    Ademais, na mesma reunião, foi estabelecido que o dólar passaria a ser a principal moeda de reserva mundial, abandonando-se o padrão-ouro. Ou seja, criou-se uma paridade fixa entre as moedas do mundo e o dólar, que poderia ser convertido em ouro pelo Banco Central Estadunidense a qualquer instante. Assim, todos os países participantes fixaram o valor de sua moeda em relação ao ouro. Isso garantiu uma estabilidade monetária razoável durante 25 anos; até que e, 1971, o acordo deixou de vigorar, porque o então Presidente Richard Nixon, unilateralmente abandonou o plano, não mais permitindo a conversão automátiva de dólar em ouro. Muitas razões o levaram a tomar essa decisão, mas a principal dela foi o acúmulo de déficit em razão dos gastos dos Eua com a Gerra do Vietnã.

ID
83722
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de
tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se
estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial,
seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento
econômico e de transformação social, anos que provavelmente
mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que
qualquer out ro período de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie
de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que
acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi
uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito,
para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes
anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a
década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da
década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de
ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e
problemático, mas não necessariamente apocalíptico.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adaptações).

Em face das info rmações apresentadas no texto acima e
considerando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX,
contingenciadores da política internacional praticada no período,
julgue os itens seguintes.

No pós-Segunda Guerra e ao longo dos anos 50 do século XX, coincidindo com a " era de ouro" mencionada no texto, o sistema de Bretton Woods funcionou sem maiores atropelos. Contudo, na década de 60, ele começou a ser fortemente pressionado em função, sobretudo, do déficit em conta corrente que o s E UA passaram a registrar, processo acelerado em larga medida pelas despesas com a guerra no Vietnã.

Alternativas
Comentários
  • e no governo Nixon finalmente se abandonou o sistema que atrelava o dólar americano as reservas de ouro. Foi o fim do padrão estabelecido em Breton Woods.
  • Exatamente, pois em 1971, em meio a gastos governamentais cada vez mais descontrolados, devidos inclusive a guerra do Vietna, os EUA abandonaram o padrão-ouro.
  • Para matar a questão

    https://www.youtube.com/watch?v=NCqpP5Gxads

  • Certo: a Guerra do Vietnã durou de 1955 a 1975. Desde o início da década de 1960, observava-se que a ordem econômica internacional trazia consigo uma contradição: ao mesmo tempo que o crescimento econômico estava atrelado ao fornecimento de liquidez internacional em dólares americanos, esse processo gerava a perda de ouro na economia americana. A estabilidade do sistema de Bretton Woods dependia na habilidade do governo norte-americano de converter $35 em uma onça de ouro. The American ability to fulfill this commitment began to diminish as the postwar dollar shortage was transformed into an overabundance of dollars, also known as the dollar glut.


ID
83749
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Uma " curva inesperada da história", como diz o texto ao se referir à forma pela qual o século XX chegou ao fim, pode ser identificada na desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e no desmonte do denominado socialismo real do Leste europeu , sacramentando a morte de um sistema bipolar de poder mundial que vigorou, com maior ou menor intensidade, desde o pós-Segunda Guerra.

Alternativas
Comentários
  • A chamada crise do socialismo real foi tão importante que levou Fukuyama a proclamar o "fim da História"

ID
83752
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

A moderna industrialização, a partir da Revolução Industrial inglesa, desvelou uma nova realidade histórica que o texto indica como visceralmente oposta ao que existia antes, tornando obsoletas as " formas de vida e sociabilidade consolidadas durante milênios". Essa diferença manifesta-se, por exemplo, de modo " escancarado e estridente", na mudança do locus tradicional da vida social - homens e mulheres fogem ou são expulsos do mundo agrário e rural para as cidades.

Alternativas
Comentários
  • Questão confusa: o texto fala do século XX, e a assertiva tenta forçar uma relação com a Revolução Industrial inglesa (séculos XVIII e XIX). Tenho dúvidas quanto a esse gabarito, acho que CERTO e ERRADO seriam igualmente defensáveis nessa.  
    (Veja como divulgar a Campanha Nota Justa)
  • Quem lembra da abertura das Olimpíadas de Londres 2012...

    HOuve a encenação dessa fase na Inglaterra.
  • que texto enorme dessa questão...

  • Questão bizarra demais, se você responder sem ler o texto, acerta. O texto fala de século XX e a questão de revolução industrial, aff.

  • CERTO.

    A Revolução Industrial mudou os padrões de vida da sociedade. Um exemplo é a medição da hora de trabalho pelo relógio e substituição da manufatura pela maquinofatura e produção de larga escala. Para que a Revolução fosse consolidada, a mão de obra era imprescindível e, para tanto, usou-se o excedente urbano daqueles cercamentos ingleses, no caso da Inglaterra. Com o tempo, cada vez mais êxodo rural foi ganhando força, tornando a cidade o polo da vida contemporânea.

  • Ao promover uma mudança significativa nos meios de produção, o sistema fabril motivou o êxodo rural.

    REVOLUÇÃO AGRÍCOLA

    O efeito no campo foi significativo também, com mudanças importantes na escala da produção e nos preços.

    O avanço industrial modernizou as técnicas agrícolas, o que motivou o barateamento da produção.

    Aliado a um aumento populacional significante no século XVIII, a modernização no campo causou situações de subemprego.

    As condições de vida no campo tornaram-se dificultosas, notadamente em períodos de estiagem ou de má colheita.

    URBANIZAÇÃO

    Dessa forma, os efeitos da industrialização no meio rural também motivaram a saída das pessoas e acelerou o processo de urbanização. 

    A urbanização é um dos efeitos da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no fim do século XVIII.

  • famosa questão, salada de frutas.

  • Não intendi nada dessa questão, só sei que acertei. Questão antagonica!


ID
83755
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Liberalismo e socialismo, " as duas grandes utopias da modernidade", como afirma o texto, encontraram seus limites à mesma época, ainda que por motivos e caminhos distintos. Com efeito, a crise social, política e econômica verificada nas décadas de 20 e 30 do século XX destruiu as bases do Estado liberal - substituído pelos mo d el os totalitários fascistas - e eliminou todo e qualquer apoio ideológico ao stalinismo soviético.

Alternativas
Comentários
  • ...e eliminou todo e qualquer ap o io ideológico... é o mesmo que dizer "tudo, todos, geral".
    Sendo CESPE, desconfie.
  • É preciso lembrar que a crise social, econômica e política vivida nas décadas de 1920 e 1930 inspirou apoio tanto aos regimes de orientação nazista e fascista quanto ao regime comunista stalinista.


ID
83758
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Quando o texto fala no direito assumindo " progressivamente a condição de um idioma universal" ao longo do século XX, certamente se refere, entre outros aspectos, ao surgimento da Li g a d a s Nações e da Organização das Nações Unidas (ONU), ambas criadas a partir de pressupostos ideal i s t as e razoavelmente apartadas do jogo d e interesses e de manipulação do poder por parte dos Estados nacionais.

Alternativas
Comentários
  • A Liga das Nações foi criada a partir de pressupostos idealistas; a ONU, a partir de pressupostos realistas.

  • Quem estudou Teoria de Relações Internacionais sabe que a ONU não foi criada nem sob princípios considerados "realistas", menos ainda "idealistas". Na verdade sua concepção remonta a conceitos da Escola liberal: a partir daquele momento, um regime internacional composto por regras regulariam as interações e relações de poder entre os atores, tornando-as pacíficas e cooperativas. Por sua vez, o descolamento entre essas regras e a postura dos atores (ou seja, agir com base em preceitos realistas - postura típica dos EUA em tantas ocasiões ao longo do século XX) nada tem a ver com as intenções originárias do órgão, mas sim com a natureza eternamente conflitiva da experiência humana.

  • O erro da questão está em dizer que os pressupostos eram idealistas e que estavam apartadas do jogo de interesses e de manipulação do poder por parte dos Estados Nacionais.

    Basta lembrar dos países que compoem o Conselho de Segurança da ONU.


ID
83761
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Exemplos de violência não faltam neste século XX, classificado também no texto como o tempo " do medo e das tragédias injustificáveis". Entre eles, podem ser destacados os artefatos nucleares e os fascismos, síntese incontrastável do que Hannah Arendt definiu como a banalização do mal.

Alternativas
Comentários
  • Questão CORRETA. 

  • certo - banalização do mal


ID
83764
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Os dois grandes conflitos mundiais do século XX tiveram origens e motivações distintas. Enquanto a Grande Guerra de 1914 teve, desde o início, caráter mundial, em função sobretudo do colonialismo europeu que estendia seus tentáculos por vários continentes, a Segunda Guerra circunscreveu-se ao palco europeu, malgrado ter contado com a participação de países americanos e asiáticos.

Alternativas
Comentários
  • Pelo gabarito: Errado.
    Comentário: A 1a e 2a Guerras tiveram origens e motivações semelhantes, o colonialismo europeu.
  • Eu entendo que elas tiveram motivacoes semelhantes sim. Há quem diga, inclusive, que a Segunda Guerra foi a continuação da primeira. Duas dessas motivacoes seriam o próprio imperialismo ou o nacionalismo. Porém, além disso, podemos dizer que a Primeira Guerra, na verdade, comecou como conflito exclusivamente europeu, e depois ganhou caráter mundial. A Segunda Guerra, ao contrário do que é afirmado, tornou-se um conflito de grande caráter global, após a cisao entre o conflito europeu e o asiático, depois de Pealr Harbor.
  • Vários erros a meu ver:

    Os dois grandes conflitos mundiais do século XX tiveram origens e motivações distintas. Enquanto a Grande Guerra de 1914 teve, des d e o início, caráter mundial, em função sobretudo do colonialismo europeu que estendia seus tentáculos por vários continentes, a Segunda Guerra circunscreveu-se ao palco europeu, malgrado ter contado com a participação de países americanos e asiáticos.

    1) Muitos autores, como Burns, falam da IIGM como continuidade da IGM, diante do fracasso da LDN e das negociações de paz em superarem o nacionalismo e o expansionismo das potências - inclusive agravados no pós-Grande Depressão.

    2) A IGM, embora circunscrita ao território europeu, passou a ser mundial com a adesão do JAP (1914) e dos EUA (1917)

    3) A IIGM até 1941 pode ser dividida entre as guerras na Europa e no Pacífico. Em 1941, com o ataque à Pearl Harbour e a adesão dos EUA considera-se que o conflito passa a ser GLOBAL. Então, não ficou restrita ao território europeu (continente asiático e no norte da África tbm!)

  • General MacArthur revirou-se no túmulo com essa questão. 

  • IMPERIALISMO

  • Típico gabarito de pura opinião

  • Creio que o erro da questão esteja aqui: "malgrado ter contado com a participação de países americanos e asiáticos"

ID
83767
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

A guerra fria assinalou a fase de confronto entre as d u as superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial, t en do seu clímax após o anúncio da Doutrina Truman, pel a qual os Estados Unidos da Amér ica (EUA) se dispunham a apoiar os países que resistissem ao comunismo.

Alternativas
Comentários
  • A Doutrina Truman desdobra-se em Plano Marshall, orientado à reconstrução da Europa Ocidental. A reação da URSS, liderada por Stálin, foi ao reinício do processo de militarização das fronteiras, o recrudescimento da política de espaços na Europa Oriental o aceleramento do projeto de desenvolvimento da bomba atômica.  (Sombra Saraiva, Relações Internacionais. Dois Séculos de História. VII).

    Ou seja, após o anúncio da Doutrina Truman, a Guerra Fria atinge seu clímax.

  • Considero essa questão um pouco mal elaborada já que o clímax seria a Doutrina Truman. Inegavelmente, tal doutrina traz em seu bojo a disputa contra o Socialismo real da URSS. No entanto, localizaria o clímax de toda a guerra fria em eventos como o bloqueio de Berlim ocidental e a Crise dos mísseis em Cuba. 
  • Doutrina Truman é igual ao Plano Marshall??? Onde está as semelhanças e diferenças? ou não existe?
  • A Doutrina Truman é tida como o início da Guerra Fria e não o seu clímax. O anúncio da DT dá início à chamada fase quente (1947-1955).  O período mais quente dessa fase foi o Bloqueio de Berlim. Interessante é que uma das fases mais quentes ( a crise dos mísseis) marca o período subsequente, a coexistência pacífica. Difícil saber o que o examinador quer. 
  • Caro Daniel, seguem breves comentários acerca de seus questionamentos.

    Embora haja íntima relação entre os dois termos, tratam-se de aspectos diversos da política norte-americana no Pós-2ª GM.

    A Doutrina, elaborada em 1947 pelo Presidente Harry Truman, orientava a políltica externa dos EUA. Servia como diretriz de atuação das relações internacionais dos EUA naquele período. A principal característica da Doutrina era evitar a expansão do comunismo. Essa doutrina norteou a adoção de estratégias para alcançar seu objetivo. 

    O Plano Marshall, referência ao secretário de Estado George Marshall, foi o principal instrumento da Doutrina Truman. Consistia em fornecer ajuda econômica aos países destruídos pela guerra. Dessa forma, os EUA garantiam o sistema capitalista nesses países, bem como, sua influência sobre eles. 

    Em linhas gerais, portanto, o Plano estava contido na Doutrina. Executava o que havia sido pensado. 
  • O incio é a doutrina Truman. O ápice é a Crise dos Mísseis. Questão mal redigida e passível de anulação.
  • Ah tá, o ápice foi o discurso do Thumam... Não foi a crise dos mísseis não né? Chuva radioativa na sua cabeça... morrer de câncer por causa da radiação... derreter em virtude de explosão de 1000ºC... Guerra do Vietnam pipocando... Afeganistão... Regimes ditatoriais... Revolução Cubana... O livro do examinador estava faltando algumas páginas, só pode. 

  • O ápice foi a crise dos mísseis em 1962.  Concordo com o Wilson, deve estar faltando páginas no livro de história desse examinador. 

  • Acho que o examinador considerou como climax o primeiro evento mais importante de embate...

  • QUESTAO CORRETA. 

  • Finalmente entendi a banca. Interpretação de texto: "clímax após o anúncio da Doutrina Truman" não significa "climax logo após o anúncio da Doutrina Truman", nem "climax com o anúncio da Doutrina Truman". Bloqueio de Berlim, Crise dos Mísseis, qualquer evento marcante na escalada de tensões da Guerra Fria, todos aconteceram após o anúncio da Doutrina Truman. Antes que não foi. Questão mal redigida, mas há lógica para sustentar o gabarito.

  • Questão CORRETA com base no livro "A Era dos Extremos", de Eric Hobsbawm, que na p. 226 diz:

    "Provavelmente o período mais explosivo foi aquele entre a enunciação formal da Doutrina Truman, em março de 1947 (“Creio que a política dos Estados Unidos deve ser a de apoiar os povos livres que resistem a tentativas de subjugação por minorias armadas ou por pressões de fora”), e abril de 1951, quando o mesmo presidente americano demitiu o general Douglas MacArthur, comandante das forças americanas na Guerra da Coréia, que levou sua ambição militar longe demais. Esse foi o período em que o medo americano de uma desintegração social ou revolução social nas partes não soviéticas da Eurásia não era de todo fantástico — afinal, em 1949 os comunistas assumiram o poder na China.

    Por outro lado, os EUA com quem a URSS se defrontava tinham o monopólio das armas nucleares e multiplicavam declarações de anticomunismo militantes e agressivas, enquanto surgiam as primeiras fendas na solidez do bloco soviético com a saída da Iugoslávia de Tito (1948). Além disso, de 1949 em diante a China esteve sob um governo que não apenas mergulhou imediatamente numa grande guerra na Coréia, como — ao contrário de todos os outros governos — se dispunha de fato a enfrentar um holocausto nuclear e sobreviver. Qualquer coisa poderia acontecer. Assim que a URSS adquiriu armas nucleares — quatro anos depois de Hiroxima no caso da bomba atômica (1949), nove meses depois dos EUA no caso da bomba de hidrogênio (1953) — as duas superpotências claramente abandonaram a guerra como instrumento de política, pois isso equivalia a um pacto suicida. Não está muito claro se chegaram a considerar seriamente a possibilidade de uma ação nuclear contra terceiros — os EUA na Coréia em 1951, e para salvar os franceses no Vietnã em 1954; a URSS contra a China em 1969 —, mas de todo modo as armas não foram usadas. Contudo, ambos usaram a ameaça nuclear, quase com certeza sem intenção de cumpri-la, em algumas ocasiões..."

  • CORRETO!


ID
83770
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

O fato de a URSS de Stálin ter conseguido fabricar a bomba atômica, mas não a d e hidrogênio, impediu que durante a fase d e tensão mais pronunciada da guerra fria houvesse um equilíbrio entre as superpotências em t ermos de poder de destruição do inimigo, o que levou o governo de Moscou a manter uma atitude de prudente cautela em momentos críticos, como os ocorridos na Coréia (1951), Vietnã (1954) e Cuba (1962).

Alternativas
Comentários
  • A URSS produziu a bomba de hidrogênio, em 1953, depois dos EUA (1949). A bomba de hidrogênio é mais destrutiva que a bomba atômica. Ainda, EUA e URSS entraram em choque sobre as áreas de influência na Ásia. A Guerra da Coreia , entre 1950 e 1053, as duas superpotências jogaram todos os seus esforços na demonstração de poder mundial na Coreia. (Sombra Saraiva, VII).


ID
83776
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Exemplos marcantes d e g u erras localizadas - de que foi pródigo o século XX, como lembra o texto - são as ocorridas no Oriente Médio, salientando o caráter estratégico da região, na qual se mesclam motivações de ordem religiosa, geopolítica e econômica, esta diretamente ligada às abundantes reservas de petróleo lá existentes

Alternativas

ID
86854
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não podemos comparar o mundo do final do breve
século XX ao mundo de seu início, em termos de
contabilidade histórica de mais e menos. Tratava-se de um
mundo qualitativamente diferente em pelo menos três
aspectos.

Primeiro, ele tinha deixado de ser eurocêntrico.
Trouxera o declínio e a queda da Europa, ainda centro
inquestionado de poder, riqueza, intelecto e civilização
ocidental quando o século começou. A segunda
transformação foi mais significativa. Entre 1914 e o início
da década de 1990, o globo foi muito mais uma unidade
operacional única, como não era e não poderia ter sido em
1914. Na verdade, para muitos propósitos, notadamente em
questões econômicas, o globo é agora unidade operacional
básica, e unidades mais velhas como as economias
nacionais, definidas pelas políticas de Estados territoriais,
estão reduzidas a complicações das atividades
transnacionais. A terceira transformação, em certos
aspectos a mais perturbadora, é a desintegração de velhos
padrões de relacionamento social humano, e com ela, aliás,
a quebra dos elos entre as gerações, quer dizer, entre
passado e presente.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 23-4 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima, julgue os itens
seguintes, relativos ao processo histórico do mundo
contemporâneo.

Seguindo a trajetória ascensional da economia capitalista ao longo do século XIX, a Europa exerce incontrastável supremacia mundial quando do início do século XX. Ao comandar a expansão imperialista, especialmente em termos de neocolonialismo, as principais potências européias dividem o globo segundo seus interesses, muitas vezes justificando sua ação dominadora por meio de um construto ideológico - a missão civilizadora do branco europeu sobre povos e regiões considerados atrasados.

Alternativas
Comentários
  • Hobsbawn, na introdução de "Era dos Extremos', continua o excerto acima, afirmando que "a impressão de um velho mundo eurocêntrico ou ocidental em pleno declínio era superficial" (pág. 24).

  • Apenas como complemento de informação, na última parte da assertiva, a "ação dominadora por meio de um construto ideológico..." pode ser remetida ao poema de Kipling "O Fardo do Homem Branco", de 1899, em que o poeta afirma que o homem branco (tanto europeus como americanos) deviam dominar o mundo, tratando isso como uma missão, um fardo: o de civilizar os povos mais selvagens e bárbaros.
  • Acho estranho a afirmação de que "dividem o globo"... mas CESPE é isso mesmo.
  • Acredito que está ERRADA a afirmação "a Europa exerce incontrastável supremacia mundial quando do início do século XX", pois os EUA já estavam suplantando a hegemonia britânica do séc XIX na virada do século.

  • Gabarito: CERTO

     

    Outra questão similar a apresentada:

     

    (CACD/IRBr/CESPE/2015) Seguindo a marcha de afirmação da Revolução Industrial, o século XIX testemunhou a consolidação do capitalismo como um sistema que estende seu domínio sobre as demais formas de organização da economia. Como já previa o Manifesto Comunista, de 1848, ele se universa lizou, incorporando as mais diversas regiões do planeta. Esse processo de expansão é comumente denominado imperialismo e tem no neocolonialismo sua face mais visível. Relativamente a esse cenário que desvela, sob o ponto de vista econômico, a contemporaneidade, julgue (C ou E) o item seguinte.

     

    A expansão imperialista do século XIX encontrou unidade e consistência na ideia, disseminada à exaustão, de que a expansão seria benéfica para os povos por ela atingidos: assim, levar o progresso e propagar a civilização seria missão e direito; e a incompreensão dos beneficiários seria o “fardo do homem branco", na conhecida expressão de Kipling. CERTO


ID
86857
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não podemos comparar o mundo do final do breve
século XX ao mundo de seu início, em termos de
contabilidade histórica de mais e menos. Tratava-se de um
mundo qualitativamente diferente em pelo menos três
aspectos.

Primeiro, ele tinha deixado de ser eurocêntrico.
Trouxera o declínio e a queda da Europa, ainda centro
inquestionado de poder, riqueza, intelecto e civilização
ocidental quando o século começou. A segunda
transformação foi mais significativa. Entre 1914 e o início
da década de 1990, o globo foi muito mais uma unidade
operacional única, como não era e não poderia ter sido em
1914. Na verdade, para muitos propósitos, notadamente em
questões econômicas, o globo é agora unidade operacional
básica, e unidades mais velhas como as economias
nacionais, definidas pelas políticas de Estados territoriais,
estão reduzidas a complicações das atividades
transnacionais. A terceira transformação, em certos
aspectos a mais perturbadora, é a desintegração de velhos
padrões de relacionamento social humano, e com ela, aliás,
a quebra dos elos entre as gerações, quer dizer, entre
passado e presente.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 23-4 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima, julgue os itens
seguintes, relativos ao processo histórico do mundo
contemporâneo.

A Grande Guerra de 1914 resulta, entre tantos e múltiplos fatores, das disputas interimperialistas - notadamente aquelas que colocam frente a frente duas forças econômicas, a declinante Grã-Bretanha e a ascendente Alemanha - e do peso ponderável do nacionalismo, em particular daquele conduzido e manipulado pelos Estados. Quando o conflito chega ao fim, uma Europa em crise assiste à emergência mundial dos Estados Unidos da América (EUA) e à quase generalizada decadência dos regimes políticos liberais.

Alternativas
Comentários
  • boa síntese da primeria guerra mundial.

    Quanto ao aspecto do liberalismo político, realmente houve uma grande queda, dando lugar ao estado intervencionismo até meados de 70, onde começar a imperar o neoliberalismo.

  • É realmente exato falar em declínio da ING?
  • Essa questão é simplesmente uma perfeita aula do que foi a IGM em uma perspectiva macroscópica.
  • A Grã-Bretanha vivia um momento de grande instabilidade interna e aumento da militância. Houve uma onda de greves em 1911 e 1912. Milícias organizaram-se na Irlanda e tudo levava a crer que a Inglaterra caminhava para uma guerra civil. Os historiadores inclusive cogitam se a GB teria tido algum tipo de conflito mais sério caso a guerra não estourasse em 1914. (BURNS, Edward Mcnall. História da Civilização Ocidental, pp. 653-655)
  • Não concordo com o gabarito dessa questão. Não se pode dizer que havia generalizada decadência do sistema liberal. A própria questão contradiz isso ao afirmar da elevação dos EUA como potência. 

    Isso sem dizer que na América Latina não havia decadência do regime liberal. Não vejo como afirmar de generalizada decadência do sistema liberal. 

    Discordo desse gabarito. 
  • Cuidado com a interpretação errônea da frase! Quando se fala em "uma EUROPA em crise assiste (...) à quase generalizada decadência dos regimes políticos liberais" está se referindo à decadência do liberalismo político no espaço europeu - o que é realmente verídico, haja vista que no pós-guerra inúmeros Estados adotaram regimes ditatoriais de extrema direita: Portugal, Espanha, Hungria, Polônia, Iugoslávia,Turquia, Grécia, Bulgária - isso sem falar dos mais conhecidos casos, Alemanha (1933) e Itália (1922).

  • M.M.M.T., daí a se dizer no enunciado "a declinante Grã-Bretanha" é muito passional do examinador.

  • Também não entendi "declinante"

     

  • ´"A Grande Guerra de 1914 resulta, entre tantos e múltiplos fatores, das disputas interimperialistas - notadamente aquelas que colocam frente a frente duas forças econômicas, a declinante Grã-Bretanha e a ascendente Alemanha - e do peso ponderável do nacionalismo, em particular daquele conduzido e manipulado pelos Estados. Quando o conflito chega ao fim, uma Europa em crise assiste à emergência mundial dos Estados Unidos da América (EUA) e à quase generalizada decadência dos regimes políticos liberais."

    Falso. O item provavelmente faz alusão à ascensão de governos autoritários (por alguns considerados "fascistas"), mas essa tomada de poder só aconteceu, nos casos mais primevos, quatro ou cinco anos após o final das hostilidades (Mussolini na Itália em 1922 e Primo de Rivera na Espanha em 1923). O socialismo, de forma semelhante, só prevaleceu no antigo Império Russo, todos os outros levantes socialistas da época foram derrotados. Em verdade, o final da Primeira Guerra Mundial foi o triunfo do liberalismo, com o ocaso das monarquias europeias (resquícios de uma ordem política pré-liberal). Impossível falar em "quase generalizada decadência" do liberalismo durante os chamados Roaring Twenties.

  • Também discordo do gabarito. Não dá para dizer que a Inglaterra estava em declínio. O Burns afirma que essa rivalidade entre Inglaterra e Alemanha provavelmente é exagerada: "Em 1914 a Inglaterra não corria perigo de ser reduzida ao nível de uma potência industrial de terceira categoria. É verdade que o seu comércio exterior já não crescia tão rapidamente como o da Alemanha, mas assim mesmo crescia. Durante os quarenta anos subsequentes à guerra franco-prussiana, o comércio alemão expandiu-se na proporção de 130%, enquanto para a sua rival o crescimento não passou de 40%".

    Por mais que o crescimento da Inglaterra não estivesse tão acelerado quanto o da Alemanha, como se pode dizer em declínio com um aumento de 40%?

  • Sim, houve esse entendimento de que as democracias liberais não conseguiriam corrigir os problemas sociais, agravados com a 1ª GM; por isso, o apoio (das elites, burguesia) a governos fortes e autoritários (regimes totalitários) vistos como capazes de recompor a ordem capitalista e afastar lutas proletários-socialistas, como a da Rev Russa.

  • Achei estranho dizer que a Grã-Bretanha declinava. Meio dúbia essa questão.

ID
86860
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não podemos comparar o mundo do final do breve
século XX ao mundo de seu início, em termos de
contabilidade histórica de mais e menos. Tratava-se de um
mundo qualitativamente diferente em pelo menos três
aspectos.

Primeiro, ele tinha deixado de ser eurocêntrico.
Trouxera o declínio e a queda da Europa, ainda centro
inquestionado de poder, riqueza, intelecto e civilização
ocidental quando o século começou. A segunda
transformação foi mais significativa. Entre 1914 e o início
da década de 1990, o globo foi muito mais uma unidade
operacional única, como não era e não poderia ter sido em
1914. Na verdade, para muitos propósitos, notadamente em
questões econômicas, o globo é agora unidade operacional
básica, e unidades mais velhas como as economias
nacionais, definidas pelas políticas de Estados territoriais,
estão reduzidas a complicações das atividades
transnacionais. A terceira transformação, em certos
aspectos a mais perturbadora, é a desintegração de velhos
padrões de relacionamento social humano, e com ela, aliás,
a quebra dos elos entre as gerações, quer dizer, entre
passado e presente.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 23-4 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima, julgue os itens
seguintes, relativos ao processo histórico do mundo
contemporâneo.

A contínua incorporação do conhecimento científico ao sistema produtivo contemporâneo, cujos passos iniciais foram dados ainda em meados do século XIX, quando o capitalismo mais e mais passava a ser controlado pelos capitais financeiros, adquire prodigiosa dimensão ao longo do século XX. A Era de Ouro da economia contemporânea, entre o pós-Segunda Guerra e o início da década de 70, amplia o processo de mundialização dos mercados, deixando para trás o que Hobsbawm chama de estágio de "economias nacionais" comandadas por Estados territoriais.

Alternativas
Comentários
  • Os passos iniciais da incorporação do conhecimento científico ao método produtivo foram dados bem antes de meados do séc XIX. A máquina a vapor de James Watt foi criada em 1777, por exemplo.

  • Está certa, mas se estivesse me geografia estaria errada. Para a banca de Geo, o comando dos Estados "territoriais" continua tão forte quanto dantes.


ID
86863
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não podemos comparar o mundo do final do breve
século XX ao mundo de seu início, em termos de
contabilidade histórica de mais e menos. Tratava-se de um
mundo qualitativamente diferente em pelo menos três
aspectos.

Primeiro, ele tinha deixado de ser eurocêntrico.
Trouxera o declínio e a queda da Europa, ainda centro
inquestionado de poder, riqueza, intelecto e civilização
ocidental quando o século começou. A segunda
transformação foi mais significativa. Entre 1914 e o início
da década de 1990, o globo foi muito mais uma unidade
operacional única, como não era e não poderia ter sido em
1914. Na verdade, para muitos propósitos, notadamente em
questões econômicas, o globo é agora unidade operacional
básica, e unidades mais velhas como as economias
nacionais, definidas pelas políticas de Estados territoriais,
estão reduzidas a complicações das atividades
transnacionais. A terceira transformação, em certos
aspectos a mais perturbadora, é a desintegração de velhos
padrões de relacionamento social humano, e com ela, aliás,
a quebra dos elos entre as gerações, quer dizer, entre
passado e presente.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 23-4 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima, julgue os itens
seguintes, relativos ao processo histórico do mundo
contemporâneo.

O mundo que o século XX deixa para o XXI é, em linhas gerais, uma aldeia global, possível também pela acelerada revolução das comunicações e dos transportes. Nessa perspectiva, a globalização em marcha na atualidade corresponde a uma ruptura histórica com o capitalismo que a precedeu, tamanhas e fundas as diferenças entre o modelo econômico gestado pela Revolução Industrial e o praticado, em escala planetária, nos dias de hoje.

Alternativas
Comentários
  • Não se trata de uma ruptura, mas si da continuidade de um processo de acumulação capitalista.
  • Pelo gabarito, errado, pelo fato de não haver ruptura.
  • Há dois erros na questão:

    1- A ideia de "aldeia global" de Marshall Mcluhan, embora tenha sido de grande repercussão e discussão, é ideia ultrapassada.

    2- O capitalismo que expõe a produção em massa é um desdobramento do capitalismo advindo da Revolução Industrial. Não há uma ruptura, mas a especialização e diversificação dos meios de produção e da energia utilizada.

  • O conceito de aldeia global foi criado na década de 1960 pelo filósofo canadense Marshall Mcluhan.

    Milton Santos - o conceito de aldeia global é uma fábula, pois nos faz crer que as facilidades do mundo globalizado estão ao alcance de todos.

    Na verdade, a globalização acentua as desigualdades entre as diferentes regiões do mundo.

  • Aldeia Global é muito emocionado. Mas calma que um dia a gente chega lá.

  • globalização e capitalismo jantam juntos.

ID
86866
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não podemos comparar o mundo do final do breve
século XX ao mundo de seu início, em termos de
contabilidade histórica de mais e menos. Tratava-se de um
mundo qualitativamente diferente em pelo menos três
aspectos.

Primeiro, ele tinha deixado de ser eurocêntrico.
Trouxera o declínio e a queda da Europa, ainda centro
inquestionado de poder, riqueza, intelecto e civilização
ocidental quando o século começou. A segunda
transformação foi mais significativa. Entre 1914 e o início
da década de 1990, o globo foi muito mais uma unidade
operacional única, como não era e não poderia ter sido em
1914. Na verdade, para muitos propósitos, notadamente em
questões econômicas, o globo é agora unidade operacional
básica, e unidades mais velhas como as economias
nacionais, definidas pelas políticas de Estados territoriais,
estão reduzidas a complicações das atividades
transnacionais. A terceira transformação, em certos
aspectos a mais perturbadora, é a desintegração de velhos
padrões de relacionamento social humano, e com ela, aliás,
a quebra dos elos entre as gerações, quer dizer, entre
passado e presente.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 23-4 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima, julgue os itens
seguintes, relativos ao processo histórico do mundo
contemporâneo.

A "desintegração de velhos padrões de relacionamento social", mencionada no texto e característica marcante do atual momento histórico, pode ser representada, entre outros possíveis aspectos, pela erosão das sociedades e religiões tradicionais, pelo fim da utopia pregada pelo socialismo real e pela exacerbação de um individualismo associal absoluto.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia dizer porque a questão está correta ao mencionar uma "erosão das religiões tradicionais"? O Islamismo, por exemplo, é uma religião tradicional e continua em expansão.
  • Também não entendi esse gabarito. Mais do que a questão da "erosão das religiões tradicionais", o que me incomodou foi a "exacerbação de um individualismo associal absoluto". Que absurdo! O mundo nunca teve tantas ONGs ligadas a causas sociais, ou tantas pessoas engajadas nessas causas, só para citar um exemplo. As pessoas continuam sendo seres sociais, são membros de religiões, torcidas organizadas, grupos de apoio, etc. Não tem como falar em individualismo associal absoluto. 
    (Veja como divulgar a Campanha Nota Justa)
  • Segundo Hobsbawn, a terceira transformacao "ficou muito evidente nos países mais desenvolvidos da versao ocidental de capitalismo, onde predominam os valores de um individualismo associal absoluto, tanto nas ideologias oficiais como nas nao oficiais, embora muitas vezes aqueles que defendem esses valores deplorem suas consequencias sociais. Apesar disso, encontravam-se as mesmas tendências em outras partes, reforcadas pela erosao das sociedades e das religioes tradicionais e também pela destruicao, ou autodestruicao, das sociedades do "socialismo real". Essa sociedade, formada por um conjunto de indivíduos egocentrados, sem outra conexao entre si, em busca apenas da própria satisfacao (o lucro, o prazer ou seja lá o que for), estava sempre implícita na teoria capitalista".

    Este trecho esta no livro Era dos Extremos, páginas 24 e 25 e é a continuacao do texto apresentado na questao.

    PS: Meu teclado nao tem til nem cê-cedilha. Desculpem os erros.

ID
86869
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de
1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia
de dois gigantes sobre o mundo. Os EUA e a União Soviética (URSS)
assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só
foi abalado no final da década de 60 e início da de 70.

Existiram, no entanto, nuances no sistema condominial de poder.
Da relação quente da Guerra Fria (1947-1955) à lógica da coexistência
pacífica (1955-1968), as duas superpotências migraram da situação de
desconfiança mútua para uma modalidade de convivência tolerável.
Da corrida atômica do final da década de 40 e início da de 50 às
negociações para um sistema de segurança mundial sustentado no
equilíbrio das armas nucleares, os dois gigantes evoluíram nas suas
percepções acerca da avassaladora capacidade destrutiva que
carregavam.

José Flávio Sombra Saraiva. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria
à coexistência pacífica. In: José Flávio Sombra Saraiva (org.). Relações
internacionais: dois séculos de História - entre a ordem bipolar e o policentrismo
(de 1947 a nossos dias). Brasília: IBRI, 2001, p. 19 (com adaptações).

Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as
relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir.

À medida que os acontecimentos da Segunda Guerra apontavam para o término do conflito, com a derrocada militar das forças do eixo nazi-fascista, delineavam-se os contornos do novo sistema de poder mundial que doravante vigoraria, algo cada vez mais presente nas reuniões de cúpula dos aliados, a exemplo do ocorrido em Teerã, em novembro de 1943, Yalta, em fevereiro de 1945, e Potsdam, em julho de 1945.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Certo

    Conferência de Ialta, também chamada de Conferência da Crimeia, é composta por um conjunto de reuniões ocorridas entre 4 e 11 de fevereiro de 1945 no Palácio Livadia, na estação balneária de Ialta, nas margens do Mar Negro, na Crimeia. Foi a segunda das três conferências em tempo de guerra entre os líderes das principais nações aliadas (a anterior ocorreu em Teerã, e a posterior em Potsdam).

    Os chefes de Estado dos Estados Unidos da América (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Ialta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste.

    Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final.

    Estes acordos são essenciais para a compreensão do mundo após-guerra. Mesmo se suas interpretações pelos historiadores são diversas e variadas, vários deles estão de acordo sobre diversos pontos dos acordos. As diretrizes afirmadas nesta reunião determinaram boa parte da ordem durante a Guerra Fria, precisando as zonas de influência e ação dos blocos antagônicos, capitalista e socialista. Contudo, em 1991, após a queda da União Soviética, o ambiente internacional entrou em um período de transição, abandonando estes preceitos.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Ialta


ID
86872
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de
1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia
de dois gigantes sobre o mundo. Os EUA e a União Soviética (URSS)
assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só
foi abalado no final da década de 60 e início da de 70.

Existiram, no entanto, nuances no sistema condominial de poder.
Da relação quente da Guerra Fria (1947-1955) à lógica da coexistência
pacífica (1955-1968), as duas superpotências migraram da situação de
desconfiança mútua para uma modalidade de convivência tolerável.
Da corrida atômica do final da década de 40 e início da de 50 às
negociações para um sistema de segurança mundial sustentado no
equilíbrio das armas nucleares, os dois gigantes evoluíram nas suas
percepções acerca da avassaladora capacidade destrutiva que
carregavam.

José Flávio Sombra Saraiva. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria
à coexistência pacífica. In: José Flávio Sombra Saraiva (org.). Relações
internacionais: dois séculos de História - entre a ordem bipolar e o policentrismo
(de 1947 a nossos dias). Brasília: IBRI, 2001, p. 19 (com adaptações).

Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as
relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir.

A mesma linha idealista que presidiu a criação da Liga das Nações após a Grande Guerra de 1914, guardadas as naturais singularidades de um outro momento histórico, está presente na Conferência de São Francisco (1945), da qual surgiu a Organização das Nações Unidas (ONU). A existência de uma Assembléia Geral com poder deliberativo, em que todos os Estados se igualam no direito à voz e ao voto, e de um Conselho de Segurança com razoável simetria entre seus membros, reforça o clima de concórdia que, pouco mais de duas décadas antes, embalara os 14 pontos do presidente Wilson.

Alternativas
Comentários
  • A linha realista presidiu a criação da ONU.

    " A Carta de São Francsico, assinada em 25 de junho, tornou-se um dos grandes instrumentos de regulação do novo tempo das relações internacionais. Em seus 19 capítulos e 111 artigos, firmava-se o primado do realismo sobre o idealismo que marcara a Sociedade das Nações." José Flávio Sombra Saraiva. Relações Internacionais. Dois séculos de história. Entre a preponderância europeia e a emergência americano-soviética (1815-1947).
     

  • Além do realismo, não podemos dizer sobre a razoável simetria no Conselho de Segurança, no qual apenas 5 países específicos tem veto.
  • CASCA DE BANANA: "reforça o clima de concórdia que".

  • Diferente do que afirma a questão, apenas 5 dos 15 membros permanentes possuem poder de veto: os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Rússia (Estado sucessor da União Soviética) e a República Popular da China.

  • Diferente do que afirma a questão, apenas 5 dos 15 membros permanentes possuem poder de veto: os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Rússia (Estado sucessor da União Soviética) e a República Popular da China.


ID
86875
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de
1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia
de dois gigantes sobre o mundo. Os EUA e a União Soviética (URSS)
assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só
foi abalado no final da década de 60 e início da de 70.

Existiram, no entanto, nuances no sistema condominial de poder.
Da relação quente da Guerra Fria (1947-1955) à lógica da coexistência
pacífica (1955-1968), as duas superpotências migraram da situação de
desconfiança mútua para uma modalidade de convivência tolerável.
Da corrida atômica do final da década de 40 e início da de 50 às
negociações para um sistema de segurança mundial sustentado no
equilíbrio das armas nucleares, os dois gigantes evoluíram nas suas
percepções acerca da avassaladora capacidade destrutiva que
carregavam.

José Flávio Sombra Saraiva. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria
à coexistência pacífica. In: José Flávio Sombra Saraiva (org.). Relações
internacionais: dois séculos de História - entre a ordem bipolar e o policentrismo
(de 1947 a nossos dias). Brasília: IBRI, 2001, p. 19 (com adaptações).

Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as
relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir.

A bipolaridade do pós-Segunda Guerra, também conhecida como o período da Guerra Fria, apresenta, entre outras, uma singularidade em relação a sistemas de poder mundial que a antecederam. Além de evidenciar uma situação de confronto entre duas superpotências situadas fora do tradicional eixo de poder europeu, a URSS e os EUA, também serviu - pelo menos em termos retóricos - ao embate travado entre dois sistemas distintos, o capitalista e o socialista.

Alternativas
Comentários
  • Questão certa!

    Mais do que duas nações, Estados Unidos e União Soviética representaram o antagonismo entre dois modos de organização da sociedade, da economia e das relações políticas. Sendo assim, a chamada “guerra fria” simboliza o enfrentamento dessas duas ideologias fomentadas pelo suporte ideológico dos valores de ordem socialista e capitalista. Além disso, devemos destacar que a “guerra fria” ganha esse nome por não observarmos um confronto direto entre soviéticos e norte-americanos.

  • acertei a questão, mas fiquei bolada com "em termos teóricos"

  • Para acertar essa, tem que passar por cima do fato de que a União Soviética (antes Rússia) não pode ser exatamente considerada uma potência não tradicional.


ID
86878
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de
1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia
de dois gigantes sobre o mundo. Os EUA e a União Soviética (URSS)
assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só
foi abalado no final da década de 60 e início da de 70.

Existiram, no entanto, nuances no sistema condominial de poder.
Da relação quente da Guerra Fria (1947-1955) à lógica da coexistência
pacífica (1955-1968), as duas superpotências migraram da situação de
desconfiança mútua para uma modalidade de convivência tolerável.
Da corrida atômica do final da década de 40 e início da de 50 às
negociações para um sistema de segurança mundial sustentado no
equilíbrio das armas nucleares, os dois gigantes evoluíram nas suas
percepções acerca da avassaladora capacidade destrutiva que
carregavam.

José Flávio Sombra Saraiva. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria
à coexistência pacífica. In: José Flávio Sombra Saraiva (org.). Relações
internacionais: dois séculos de História - entre a ordem bipolar e o policentrismo
(de 1947 a nossos dias). Brasília: IBRI, 2001, p. 19 (com adaptações).

Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as
relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir.

No período correspondente à coexistência pacífica, tal como concebido pelo texto, a crise dos mísseis - como ficou conhecido o episódio de instalação desses artefatos pela URSS em Cuba, descoberto pelos EUA, que reagiram vigorosamente - acirrou o quadro de confronto entre as duas superpotências e foi visto por muitos como causa de um iminente e aterrador embate nuclear, que não se concretizou. O estratégico recuo de Kennedy, ante a firme decisão de Krushev de não retirar os mísseis, pôs fim ao contencioso.

Alternativas
Comentários
  • Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis estadunidenses da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba, em 1962.

  • Apesar da posição inicial firme e embativa, Kruschev aceitou a retirada dos mísseis com a garantia de que os EUA retirariam artefatos semelhantes que tinham instalados na Turquia.

  • Vale ressaltar outro erro, o fato de que a crise ocorreu em 62 e a coexistência pacífica estima-se que durou até a ascenção de Fidel em 59.


ID
86881
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de
1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia
de dois gigantes sobre o mundo. Os EUA e a União Soviética (URSS)
assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só
foi abalado no final da década de 60 e início da de 70.

Existiram, no entanto, nuances no sistema condominial de poder.
Da relação quente da Guerra Fria (1947-1955) à lógica da coexistência
pacífica (1955-1968), as duas superpotências migraram da situação de
desconfiança mútua para uma modalidade de convivência tolerável.
Da corrida atômica do final da década de 40 e início da de 50 às
negociações para um sistema de segurança mundial sustentado no
equilíbrio das armas nucleares, os dois gigantes evoluíram nas suas
percepções acerca da avassaladora capacidade destrutiva que
carregavam.

José Flávio Sombra Saraiva. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria
à coexistência pacífica. In: José Flávio Sombra Saraiva (org.). Relações
internacionais: dois séculos de História - entre a ordem bipolar e o policentrismo
(de 1947 a nossos dias). Brasília: IBRI, 2001, p. 19 (com adaptações).

Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as
relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir.

A expressão "assenhoraram-se dos espaços", utilizada pelo autor para definir o comportamento das superpotências que construíram um "sistema condominial de poder", também pode ser entendida em sentido ainda mais literal. Trata-se da corrida espacial empreendida por ambas, que, além de refletir o evidente avanço tecnológico da época, servia aos propósitos de dominação global que as impulsionava.

Alternativas
Comentários
  • caros, alguém pode me auxiliar a identificar o erro dessa questão? 

  • A corrida espacial, entre EUA e URSS, não ocorreu no período a que o texto se refere.
  • Olá, pessoal!

    O gabarito foi corrigido para "C".

    Bons estudos"
  • Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir. => O enunciado aborda as relações internacionais após a Segunda Guerra Mundial, não o IMEDIATO pós-guerra, por isso é correto sim falar da corrida espacial como "assenhorear-se dos espaços".
    ALTERNATIVA CORRETA.
  • ERA VARGAS?

  • O gabarito deveria ser ERRADO, pois a questão é muito subjetiva, "assenhoraram-se os espaços", onde em geografia espaços são locais modificados pelo homen, se a questão quis fazer alusão ao espaço cideral, pela conquista espacial, a frase não poderia estar no plural, só é possível tal interpretação com a frase no singular "assenhoraram o espaço"
  • Cespe mandando muito mal (como de costume). Está bem claro que "os espaços" não pode se referir ao Espaço Sideral. Obviamente o autor se refere às zonas de influência. 

  • Pensei do mesmo modo Fábio Marques. A questão peca em querer associar a corrida espacial entre URSS e EUA numa questão que nitidamente fala sobre a Doutrina Truman, Plano Marshall e o Pacto de Varsóvia.


ID
86887
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.

Tal como ocorria na Europa à mesma época, a Belle Époque, cronologicamente situada em princípios do século XX, correspondeu a um período de prosperidade no Brasil, com o país se urbanizando, promovendo inédita e relativamente expressiva desconcentração de renda, politicamente ampliando os níveis de participação da sociedade e, em termos de política externa, enfatizando as alianças com a América Latina.

Alternativas
Comentários
  • A Belle Époque foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa que começou no final do século XIX (1871) e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.

  • Questão ERRADA:

    Parei de ler em: ... promovendo inédita e relativamente expressiva desconcentração de renda...., etc.
  • É bom demais para ser verdade.


ID
87985
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Industrial começou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA E! Incorreta letra A:Beneficiou e muito, tanto que antes da Revolução Industrial era a maior potência naval  Incorreta letra B:População da França era maior, hoje em dia se levar em conta o Reino Unido é mais ou menos equivalente. Incorreta letra C: A Inglaterra tinha grandes reservas destes produtos mas só com a invenção da máquina a vapor por exemplo (na Rev. Industrial) começou a ser fartamente explorada.
  • O erro da alternativa C está no ferro. Hobsbawm deixa bem claro:Mas não existe um mercado desse tipo, por exemplo,  para pesados equipamentos de ferro ou vigas de aço. Ele só passa a existir no curso de uma revolução industrial.Ainda:A produção britânica de ferro, comparada à produção mundial, tendeu a afundar nas décadas seguintes.Já o carvão, este era fartamente explorado antes do início da Revolução, pois:(…) o carvão tinha a vatagem de ser não somente a principal fonte de energia industrial do século XIX, como também um importante combustível doméstico, graças em grande parte à relativa escassez de florestas na Grã-Bretanha.A lição que se tira é que, bem antes de 1780, com o advento do tear a vapor, já havia um amplo mercado para o carvão, diferentemente do aço; logo, aquele era fartamente explorado, mas não este.
    Sobre a alternativa E, lembrar que, até 1846, a Grã-Bretanha tinha graves problemas alimentícios (não conseguia importar trigo graças às protecionistas Corn Laws), carecia de florestas (daí a importância do carvão) e passou a importar toneladas de algodão das colónias. Ou seja: recursos agrícolas (trigo e algodão) e florestais (compensados pelo carvão) escassos.
  • D: Incorreta, pois a Inglaterra tinha um sistema fnanceiro, se não avançado, pelo menos atingindo o mínimo necessário para organizar a sua Revolução Industrial, isto é, não foi um sistema econômico precário que lançou as bases econômicas para a Revolução. De acordo com Hobsbawm, em A Era das Revoluções: “Nem havia qualquer difculdade quanto à técnica comercial e fnanceira pública ou privada. [...] por volta do fnal do século XVIII, a política governamental estava frmemente comprometida com a supremacia dos negócios. Velhas leis em contrário tinham de há muito caído em desuso e foram fInalmente abolidas – exceto quando envolviam a agricultura – em 1813-35.” (p. 81);

     

    E: Correta. De fato, Inglaterra teve de importar praticamente toda a matéria prima para alimentar a sua principal indústria, a têxtil. A sua estrutura agrária era dominada, desde a Revolução de 1689, por poucos proprietários, criando um sistema precário e fortemente desequilibrado. Considerando os recursos florestais, a escassez britânica em áreas de florestas foi que também motivou, em parte, a estruturação da indústria de minério de carvão.
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE

  • B: Incorreta. A população francesa superava a população britânica. De acordo com Edward McNall Burns, em História da Civilização Ocidental, volume 2: “Na Inglaterra, a população cresceu de aproximadamente 4 milhões de habitantes em 1600 para cerca de 6 milhões em 1700 e 9 milhões em 1800. A população francesa passou de 17 milhões em 1700 para 26 milhões um século depois.” (p. 514);

     

    C: Incorreta. Primeiro, considerando o ferro, a produção britânica, como afrma Hobsbawm, não parece ser importante: “em 1780, [...] a demanda civil da metalurgia permanecia modesta, e a militar, embora compensadoramente vasta graças a uma sucessão de guerras entre 1756 e 1815, diminui vertiginosamente depois de Waterloo. Certamente, não era grande o bastante para fazer da Grã-Bretanha um enorme produtor de ferro.” (p. 70-71). Portanto, não só a Indústria metalúrgica britânica não era extremamente desenvolvida, como tampouco representava uma fonte de riqueza para a Grã-Bretanha. O carvão, por outro lado, por ser uma das únicas e mais importante fonte de energia na época, movimentava a indústria de mineração desde o século XVI na Grã-Bretanha. Tratava-se de fato de uma importante indústria britânica antes mesmo da Revolução Industrial e, como afrma Hobsbawm, “a mineração não exigiu nem sofreu uma importante revolução tecnológica no período que focalizamos.” (p. 71);

  • GABARITO: E

     

    A: Incorreta, pois não se pode falar de um atraso econômico na Inglaterra antes da Revolução Industrial. Na Europa inteira, houve um período de avanço comercial durante o século XVIII, embora desigual e favorável apenas a uma pequena elite agrária. A Grã-Bretanha estava a frente desse crescimento, como afrma Hobsbawm, em A Era das Revoluções: “Mas parece claro que até mesmo antes da revolução a Grã-Bretanha já estava, no comércio e na produção per capita, bastante à frente de seu maior competidor em potencial, embora ainda comparável a ele em termos de comércio e produtos totais.” (p. 52). Edward McNall reforça essa ideia, em História da Civilização Ocidental, volume 2: “A economia inglesa havia progredido mais que a de qualquer outro país em direção à abundância.” (p. 524);
     

  • O erro da letra C está na palavra "ferro".

  • " Os recursos naturais encontrados na Grã-Bretanha também foram essenciais para que a
    industrialização avançasse. Havia, em solo inglês, grandes jazidas de carvão (fonte primária de energia para as fábricas) e de ferro (matéria-prima essencial para a produção de bens industriais). "  Manual do Candidato de HM da FUNAG . Achei a questão controvérsia .
     

  • 2. PORUQE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL COMEÇOU NA INGLATERRA:
    (...) Talvez devamos colocar no cabeçalho da lista de condições favoráveis o fato de ter sido a Inglaterra o país que mais lucrou com a Revolução Comercial. Ainda que a França tivesse, pelas alturas de 1750, um comércio exterior calculado em 200 milhões de dólares anuais, em confronto com os 160 milhões de dólares da Inglaterra, não se deve esquecer que a população francesa era, no mínimo três vezes maior do que a inglesa. Edward MacNall Burns. Históra da Civilização Ocidental.  2ª Ed. (Traduzida da 4ª Ed. Americana Ed. Globo, 1994, vol.)

  • Letra C errada; Para época o sistema financeiro não era precário, ao contrário, apesar de emitir valores baixos, para o período pode-se considerar organizado e impulsionador para os negócios.

  • Inglaterra era um país rico, tinha acumulado grande quantidade de ouro e prata nas expedições. Ouro vindo do Brasil, passando por Portugal pelo tratado Methuen , onde Portugal comprava todos produtos manufaturados da Inglaterra que por sua vez, comprava todo o vinho de Portugal.

  • A letra E, engana. Apesar de passar por uma revolução na agricultura (novas técnicas e máquinas), o problema de abastecimento alimentar, principalmente trigo (principal alimento), foi grave. Os preços, cobrados pela "gentry"( nobreza rural interessada no lucro) eram muito altos. Contribuiu a questão dos Cercamentos dos Campos, os quais levavam grandes áreas agrícolas a uma produção somente de lã para as recentes indústrias. Menor plantio de trigo, maior o seu preço. Havia grandes motins de fome nos campos ingleses. Valia até misturar ossos velhos à farinha de trigo para aumentar o lucro dos moleiros (aqueles que trabalhavam nos moinhos).


ID
87988
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Assinale a opção correta com relação às transformações institucionais introduzidas pela Revolução Francesa.

Alternativas
Comentários
  • A) em 1791, a Constituição francesa determinou voto censitário (só votavam os que pagavam impostos e possuíam dinheiro ou propriedades); não votavam mulheres, desempregados etc.B) o Código Civil só veio em 1804 (Código Napoleônico)C) a separação entre Igreja e Estado só veio com a Constituição, em 1791D) a venda de cargos públicos e títulos de nobreza já ocorria antes da Revolução, como consequência das necessidades financeiras para financiamento de guerras, pagamento da máquina administrativa e manutenção do alto padrão de vida da corteE) correta! As origens do recrutamento militar universal e obrigatório remontam à Rev Francesa, conforme ordem baixada pela Convenção da Rev Francesa, de 1793, para defender-se das invasões de tropas dos reinos vizinhos.
  • A Constituição Civil do Clero na verdade ocorreu em  dezembro 1790 e foi assinado, a contragosto, pelo Luís XVI.
  • Sobre a parte da questão relativa ao sufrágio universal. Apesar de alguns governos franceses no período 1789-1799 terem adotado o voto censitário, os jacobinos, durante a Convenção Montanhesa (1793-1794) estabeleceram o sufrágio universal, que voltou a ser censitário na Convenção Termidoriana (1794-1795). Assim sendo, não seria o sufrágio universal um legado da Revolução Francesa, visto que aí apareceu pela primeira vez? 

    Corroborando com essa ideia, questão da prova de 2006 do IRBr (questão 10653 desse site) aponta como resposta correta "b) Entende-se a Revolução Francesa como um processo que não se esgota rapidamente, com períodos de maior ou menor intensidade do fervor revolucionário. De todas as fases desse processo, a Convenção Nacional, dominada pelos jacobinos, foi a que conferiu caráter mais radical à Revolução, de que são exemplos o fim da monarquia, a adoção do sufrágio universal e o grande número de execuções de adversários."

    Minha dúvida paira na expressão "independente de renda" do item a). É certo que na Convenção Jacobina (ou montanhesa), o voto passou a ser universal, mas havia alguma restrição à renda?

  • Mônica, o sufrágio universal (independente da renda dos cidadãos) foi previsto pela Constituição Jacobina de 1793, mas foi abolido pelos Girondinos, antes que pudesse ser implementado, com a Constituição Liberal de 1795.

  • Para os não assinantes,

    Gabarito: E


ID
87991
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Do ponto de vista da importância diplomática do Congresso de Viena (1814/1815), julgue C ou E.


Permitiu, como exercício pleno de diplomacia parlamentar, ativa participação de todos os delegados presentes na Conferência

Alternativas
Comentários
  • O objetivo do Congresso era de reorganizar as fronteiras européias após a derrota da França napoleônica.

    O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado.

    A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.

    O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.

    A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.

    A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.

    Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.

  • Edward Burns salienta que chamar esse corpo de “congresso” é uma impropriedade do termo, pois na realidade jamais ocorreu uma sessão plenária de todos os delegados. Como na Conferência de Versalhes, mais de uma centena de anos depois, as decisões vitais foram realmente tomadas por pequenas comissões.  
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO

  • "Le Congrès ne marche pas, il danse!"

    O congresso nunca teve uma sessão plenária de fato: as sessões eram informais entre as grandes potências. O anfitrião, Francisco II, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, oferecia entretenimento para manter os convidados ocupados. [Wikipedia]

  • mas o enunciado fala em controle concentrado, então A está certa

  • Dei uma pesquisada e encontrei a definição abaixo sobre "diplomacia parlamentar", o que parece revelar um (ou o) erro da questão:

    "Apesar de não existir uma definição consensual de “Diplomacia Parlamentar”, podemos afirmar que se trata do conjunto de atividades internacionais levadas a cabo por um Parlamento, através dos seus Deputados e dos seus Serviços, de forma autónoma em relação ao poder executivo sem, no entanto, ultrapassar as suas competências próprias nem pôr em causa a política externa do país.

    A noção de Diplomacia Parlamentar é bastante recente, no entanto a sua prática não o é. Podemos recuar até ao final do século XIX, altura em que tiveram lugar as primeiras ações daquilo que poderemos denominar por Diplomacia Parlamentar"

    Ou seja, o Congresso de Viena NÃO É um exemplo de exercício de diplomacia parlamentar.


ID
88015
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Quanto aos vários sentidos de que se revestiu historicamente a noção de liberalismo político, assinale a opção incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Liberalismo político idealizado por Locke, montesquieu, smith entre outros tem foco no indíviduo , ou melhor, o estado da natureza sem intervenção estatal.O individuo do status quo.

    Locke ao contrário de Hobbes(leviatã), era o indíviduo contra o estado.

    Letra A Errado.

  • na verdade o liberalismo politico é uma emulação do liberalismo  economico do seculo xix . o liberalismo economico era assente na harmonia de interesses do individuo com a sociedade, e bastante difundido entre economistas liberais que o teorizaram à exuastão, tal percepcao ja estava bastante abalada ao final do sec xix com acirramento da competicao intercapitalista e intracapitalista. Essa harmonia de interesses pode ser traduzida em uma ordem natural, logo fortalecendo o status quo, a ordem ,  a liberdade , etc.  o liberalismo politico que teve seu ápice apos 1gm e traduzida nos acordos de paz ( inclusive na LdN) emulou a harmonia de interesses : o que era bom para uma nação seria bom para o conjunto de nações ( segundo a teoria não poderia ser diferente e muitos politicos a advogaram com paixao). tal visão , bastante utópica, das relações internacionais foi contraposta pela escola do realismo politico que se fortalecerá ao do sec xx.  para maiores detalhes ver livro edward carr 20 anos de crise
  • Continuo sem entender. Se o liberalismo político prima pela liberdade do indivíduo, pelo constitucionalismo e entidades democráticas em detrimento do absolutismo e do Antigo Regime até então instaurado, entendo que é clara a "rejeição sistemática do status quo"- letra A - pelos seus defensores. E justo essa é a incorreta. Alguém consegue desenhar, por favor? rs

    (obs. perfeito o comentário, muito obrigada, Daniel!)
  • Em ''Era do Capital'' Hobsbawm assume a posição de que as novas classes burguesas liberais deixaram de ser uma força revolucionária após 1848, passando a ser defensora do status quo, passando mesmo a erigir prédios neobarrocos e a comprar casas no campo, imitando a aristocracia que ela ajudara a derrubar. Também é interessante lembrar que as classes mais elevadas atraiam-se por códigos morais religiosos severos, parar afirmarem sua superioridade sobre as classes inferiores.

    Como o enunciado diz ''historicamente'' de modo genérico, não podemos afirmar que o liberalismo, em todo o seu desenvolvimento histórico, advogava a rejeição sistemática do status quo.
  • INCORRETA!

  • Errada: rejeição sistemática ao status quo. Isso porque, uma vez no poder, aqueles que até então tinham um discurso liberal tornaram-se conservadores. Assim, nem sempre houve uma rejeição sistemática do status quo. - Comentário feito com base na explicação do Professor Daniel de Araújo.


ID
88063
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à evolução da Guerra Fria, julgue C ou E. 


( )Desde sua criação, o bloco comunista consolidado no Pacto de Varsóvia manteve-se coeso, sem crises internas.


( ) Após o fracasso da intervenção americana no Vietnã, o apoio abrangente do Bloco Ocidental a Israel na Guerra do Yom Kippur (1973) demonstrou a unidade do Ocidente.


( ) Entre os principais chefes de Estado que fundaram o Movimento dos Não Alinhados, na Conferência de Bandung, encontravam-se Nehru (Índia), Sukarno (Indonésia), Nasser (Egito), Tito (Iugoslávia) e Fidel Castro (Cuba).


( ) Mais do que em razão de disputas territoriais no subcontinente indiano, três guerras sucessivas (sino-indiana, em 1962, e indo-paquistanesas, em 1965 e 1971) evidenciaram a intensidade da Guerra Fria naquela região.

Alternativas
Comentários
  • eh justamente o contrário os 14 pts de wilson eram contra as revoluções socialista e a favor das reconstruções européias.

  • Copiando comentário do Cleberson Holz Holzschuh, na questão Q29349, em 06 de Agosto de 2010, às 12h46

    Conforme o Livro Introdução à História Contemporânea, de Geoffrey Barraclough, pag. 78,  ".....Mas, apesar dessa rivalidade, Wilson e Lênin tinham uma coisa em comum: a rejeição por ambos do sistema internacional existente. Ambos rejeitavam a diplomacia secreta, as anexações, a discriminação comercial; ambos se alhearam do equilíbrio de poder; ambos denunciaram o "peso morto do passado". Eram "os campeões revolucionários da época", "os profetas da nova ordem internacional".

  • Lenin havia feito um discurso de paz em novembro de 1917, após a Revolução Russa se concretizar . O discurso propunha a retirada imediata da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais.

    Woodrow Wilson apresentou seus 14 pontos um anos depois, em 8 de Janeiro de 1918 . Entretanto, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objetivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após a queda do regime russo , os bolcheviques  divulgaram tratados secretos entre os Aliados. 

    Fonte : pt.wikipedia.org/wiki/Quatorze_Pontos

    É equivocado dizer que havia uma coincidência ideológica, W.W virou o founding father do internacionalismo liberal ( ou idealismo), corrente que propunha a cooperação entre os estados e o afastamento da guerra . Enquanto que Lenin, estava buscando a concretização de uma paz - após a Revolução de Outubro - ( paz selada no Tratado de Brest-Litovsk   ), pois já havia muita convulsão interna na Rússia e precisava-se lidar com a consolidação da revolução ( sem que a Rússia se envolvesse na I GM )


ID
88117
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na Península Ibérica, a transição de regimes autoritários (Salazarismo, em Portugal, e Franquismo, na Espanha) para a democracia realizou-se em processos quase simultâneos, na década de 70 do século passado. Acerca desse tema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D (realmente questão que requer muita atenção e compreensão do contexto da época)
    Adicionando mais informações dos comentários abaixo. 
    A) Errada pois, ainda: Na Espanha foi um descontentamento pela burguesia conservadora (alto clero, aristrocracia rural, e parte do exército). 
    D) Correta. Também é chamada de Revolução de 25 de abril que foi apoiado principalmente pelos militares descontentes com a política colonial, em destaque o general  Antônio de Spíndola
    E) Errada. O Juan Carlos de Bourbon simplesmente foi coroado. 
  • Ótimos comentários.
    Eu errei, pois achava que a Revolução dos Cravos tinha como motivações exclusivas as questões internas, concernentes à miséria do povo, aos expurgos e à censura das liberdades individuais. Não sabia que a guerra colonial também era razão de descontentamento e que, ainda, os fatores internos e externos, nesse contexto, estavam relacionados.
    Contudo, achei esse trecho que ratifica e detalha a alternativa D:
    " Em 1968 Salazar sofreu um derrame cerebral e foi substituído por seu ex-ministro Marcelo Caetano, que prosseguiu com sua política. A decadência econômica e o desgaste com a guerra colonial provocaram descontentamento na população e nas forças armadas. Isso favoreceu a aparição de um movimento contra a ditadura...A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. A população saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento". fonte - site historiadomundo.com
  • Errei pelas mesmas razões do colega acima.

    Agora, uma coisa é inevitável: ao ler a alternativa d, de imediato vem à cabeça a canção "Grândola, Vila Morena"...

ID
96001
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história começa na Terra: Jake Sully (Sam Worthington) é um soldado que perdeu os movimentos, mas mesmo com essa deficiência aceitou o convite para trabalhar em exploração de minas no Planeta Pandora. Pandora é um local exuberante e hostil. O ar é fatal para os humanos. Existem plantas e criaturas predadoras e perigosas. Os nativos são humanóides azuis com mais de três metros, os Na´vi. Essas adversidades impedem que os exércitos tradicionais tenham sucesso na proteção das minas. Um programa de clones denominado AVATAR, que combina o DNA de humanos e de Na'vi foi criado. O resultado é o clone de um Na'vi que pode preservar a percepção de um humano. O irmão de Jake Sully foi o doador original e controlador de um desses avatares. Mas ele foi morto e a corporação responsável pelo projeto chama Jake para ir a Pandora pilotar o tal corpo, já que ele tem o DNA que combina. Em troca, ele poderá andar novamente. Essa parte do enredo do filme AVATAR que está construído sobre o significado de dois termos essenciais para a história: Pandora e AVATAR. Esses termos referem-se, respectivamente, ao mito

Alternativas
Comentários
  • James Cameron faz uma analogia óbvia em Avatar, ao denominar seu Planeta remoto com o nome de Pandora. Na mitologia grega, Pandora foi a primeira mulher e a origem de todos os males, ao abrir sua famosa caixa. Em Avatar, o planeta Pandora é um idílio, um Éden que vem a ser ocupado, explorado e devastado pelos terráqueos. A natureza que Cameron idealizou para Pandora, com suas plantas exuberantes, suas montanhas que desafiam a gravidade, seus animais puros, remetem inequivocamente ao Paraíso. Mas os terráqueos, “abrem a caixa” de Pandora e destravam a insanidade, a guerra e muita dor. Na Mitologia, Pandora abre a caixa por curiosidade, em Avatar, é a ganância que tudo dispara. Jake Scully, consciência humana em pele Na´vi é a única Esperança. Tal como na Mitologia, pois a Esperança, segundo algumas interpretações, é a única coisa que é mantida na caixa de Pandora, quando esta consegue fechá-la novamente.
  • Alternativa E

    "Avatar significa manifestação corporal de um ser super poderoso, na religião hindu. Avatar é um ser supremo, imortal. A divindade Vishnu que é adorada pelos hindus, tem muitos avatares, e já sofreu segundo eles muitas encarnações. Em outras religiões também é usado este termo lembrando as encarnações de outras divindades."

    Fonte: http://www.significados.com.br/avatar/



  • O primeiro termo, Pandora, faz referência ao mito grego de Pandora, que foi a primeira mulher, criada por Zeus, como forma de punir a ousadia do titã Prometeu de ter roubado o segredo do fogo. Como filha primogênita de Zeus, Pandora, recebeu de presente um colar que era de Prometeu, e guardou-o em uma caixa. Nessa mesma caixa, ela também guardou sua mente e as lembranças de seu primeiro namorado. Já o segundo termo, Avatar, deriva do sânscrito e significa “aquele que descende de Deus" ou “encarnação". Assim, avatar seria qualquer espírito que ocupe um corpo de carne e osso.

    Assim, a letra correta é a letra E.
  • Caixa de Pandora é um artefato da mitologia grega, tirada do mito da criação de Pandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A "caixa" era na verdade um grande jarro dado a Pandora, que continha todos os males do mundo. Pandora abre o Jarro, deixando escapar todos os males do mundo, menos a "esperança"


ID
99904
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-PB
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em meados do século XIX, um movimento popular conhecido por "Ronco da Abelha" propagou-se na Paraíba e em outras províncias do Nordeste. Esse movimento representou uma reação contra

Alternativas
Comentários
  • Em 1850, o Brasil passou a adotar o registro de nascimento e de óbito, através da lei 586 de 6 de setembro daquele ano. A população interiorana não foi bem informada dessas exigências e passou a interpretar que o governo estava levantando dados para escravizar o povo. Por conta disso, no interior da Paraíba, ocorreu em 1852, começando pela Vila de Ingá, uma revolta que ficou conhecida como O Ronco da Abelha.

ID
196768
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em relação ao período da Guerra Fria, leia as afirmativas abaixo:

I. No quadro internacional, a oposição entre socialismo e capitalismo foi levada ao extremo após 1945, numa bipolarização política, ideológica e militar que afetou o mundo contemporâneo.
II. E 1947 o presidente norte americano Harry Truman afirmou que os Estados Unidos se posicionariam a favor das nações livres que desejassem resistir às tentativas de dominação. Sua meta era combater o comunismo e a influência soviética.
III. O Plano Marshall, criado pela URSS, era um organismo encarregado de conseguir a união dos principais partidos comunistas europeus, além de afastar da supremacia norte-americana os países sob sua influência, gerando o bloco da "Cortina de Ferro."
IV. O Muro de Berlim, construído em 1961, tornou-se o símbolo da separação da Alemanha e também da Guerra Fria e a sua derrubada, em 1989, em meio ao colapso do socialismo real, tornou-se um marco do final do período da Guerra Fria.
V. A URSS teve seu processo de mudança garantido por Mikhail Gorbatchev, que lançou, em 1985, um amplo plano de transformações, sintetizado na política da Perestroika e da Glasnost.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA B

    Itens I, II, IV e V: CORRETOS
    Item III. ERRADO: O Plano Marshall, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial.

  • As duas potências - EUA e URSS - desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
  • Fácil hein,galerinha,se errarem,voltem a estudar e Lerem...


ID
204091
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O pensador Raymond Aron definiu a Guerra Fria como um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível. Um período em que a opinião pública mundial acompanhou o conturbado relacionamento entre os Estados Unidos e a União Soviética. Sobra a guerra Fria, leia as proposições abaixo e, a seguir, assinale alternativa correta:

I. Em 1947, o presidente norte americano Harry Truman, num discurso no Congresso, afirmou que os Estados Unidos se posicionariam a favor das nações livres que desejassem resistir às tentativas de dominação. A meta de Truman era combater o comunismo e a influência soviética, oficializando a Guerra Fria.

II. O Plano Marshall foi um programa de investimentos e de recuperação econômica para os países europeus em crise após a 2ª Guerra Mundial.

III. Criado pela China Comunista, o COMECON foi o organismo encarregado de conseguir a união dos principais partidos comunistas europeus, além de afastar da supremacia norte americana os países sob sua influência, gerando o bloco da "cortina de ferro".

IV. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada em abril de 1949, reunindo países da Europa Ocidental e os Estados Unidos numa aliança militar. Seu principal objetivo era fazer frente à União Soviética e a seus aliados da Europa Oriental.

V. A derrubada do Muro de Berlim, em 1989, pode ser considerada como um marco do final do período da Guerra Fria.

Alternativas
Comentários
  • ITEM D

    Apenas a opção III está incorreta, pois o COMECON (Council for Mutual Economic Assistance - Conselho para Assistência Econômica Mútua) foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas. O aparecimento do COMECON surgiu no contexto europeu após o final da Segunda Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente Europeu e surgiu como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que visava apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental.

  •  Adicionado informação do comentário da usuária. 

    COMECON foi extinta em 1991.

  • Desculpem-me por discordar da banca e dos colegas que comentaram previamente esta mesma questão. Ocorre que a primeira alternativa, se não está errada de todo, peca pela má utilização do termo "oficializando". Ora, "oficializar uma guerra" nada mais é do que declará-la - justamente o que não ocorreu no caso da Guerra Fria. Afirmar que Truman oficializou a Guerra Fria é justamente negar-lhe a sua principal característica: a de jamais ter sido declarada, a de ter sido uma guerra de bastidores.
    Desta forma, a alternativa "I" não deveria figurar como correta, a não ser que o referido termo fosse substituído por "dando início à" ou "evidenciando", e.g..
  • A um erro na questão, pois o Canadá faz parte da OTAN.
  • Alternativa E

    O objetivo de Truman era esse mesmo, combater o comunismo e a influência soviética. Estava lançada DOUTRINA TRUMAN, que foi a resposta dos Estados Unidos ao avanço do comunismo na europa depois da segunda guerra mundial.
    O plano Marshall foi um programa que fazia parte da Doutrina Truman, uma ajuda econômica aos países destruídos após a segunda gerra mundial.
    O comecon (conselho de ajuda economica mutua), foi criado pela URSS em 1949 c/ o objetivo de garantir auxílio mutuo entre países socialistas. A OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) também foi criada em 1949. Literalmente falando, os EUA esperando um guerra  futura, então criaram a OTA. O acordo era o seguinte: os Estados-mebros da OTAN se comprometiam em assegurar a sua defesa e que uma agressão a um ou mais aliados seria considerado uma agressão a todos.
    A queda do Muro de Belim significou o fim da Guerra Fria. O Muro que dividia Berlim e a separação das Alemanhas - uma capitalista e a outra socialista - constituíam os principais sí
    mbolos da Guerra Fria. 
  • COMECON FOI CRIADA PELA URSS!!!


ID
246457
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEJUS-ES
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Julgue os itens a seguir, acerca da história do estado do Espírito Santo.

Entre os europeus que colaboraram com o povoamento do estado, os que tiveram maior influência na formação do povo capixaba foram os alemães.

Alternativas
Comentários
  • O ERRO  ALEMÃES
  • Gabarito: E
    Na verdade, o maior número de imigrantes para o ES veio da Itália (cerca de 75%), seguido de Alemanha, Espanha e Portugal, conforme o gráfico abaixo:
     

    (Fonte: Projeto Imigrantes do Espírito Santo, http://www.ape.es.gov.br/imigrantes/html/estatisticas.html)
  • Origem do termo Capixaba

    Segundo os estudiosos da língua tupi, capixaba significa, roça, roçado, terra limpa para plantação. Os índios que aqui viviam chamavam de capixaba sua plantação de milho e mandioca. Com isso, a população de Vitória passou a chamar de capixabas os índios que habitavam na região e depois o nome passou a denominar todos os moradores do Espírito Santo.

    Vasco Fernandes Coutinho 

    Nascido em Portugal (1490), tornando-se destaque nas conquistas portuguesas na áfrica e na ásia, Vasco Coutinho foi o primeiro capitão-donatário da Capitania do Espírito Santo (1535). Uma vez estabelecido, fundou as vilas de Vila Velha e Vitória e colaborou ativamente para o desenvolvimento da agricultura com a distribuição de terras para cultivo (sesmarias) e na construção de engenhos para a produção de açúcar. 

    fonte: https://www.es.gov.br/historia/povo-capixaba


ID
275479
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Após as primeiras décadas, marcadas pelo esforço de
garantir a posse da nova terra, a colonização começou a tomar
forma. Como aconteceu em toda a América Latina, o Brasil viria a
ser uma colônia cujo sentido básico seria o de fornecer ao comércio
europeu gêneros alimentícios ou minérios de grande importância.
A política da metrópole portuguesa consistirá no incentivo à
empresa comercial, com base em uns poucos produtos exportáveis
em grande escala e na grande propriedade. Ao lado da grande
empresa colonial e do regime de grande propriedade, acrescentamos
um terceiro elemento: o trabalho compulsório.

Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo:
Edusp, 2008, p. 47-8 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto acima e o quadro geral vigente
no período colonial brasileiro, julgue os próximos itens.

A colonização do Brasil decorreu da expansão comercial e marítima europeia do início da Idade Moderna e subordinou-se às exigências de um nascente capitalismo de base comercial.

Alternativas
Comentários
  • Causas da expansão da colonização do Brasil

    Vasco da Gama explorou as costas do Oceano Índico, abrindo as portas do Oriente à colonização portuguesa. Com o objetivo de obter a hegemonia comercial na região, os portugueses entraram em luta com os mercadores árabes, os antigos senhores dos mares, conseguindo infligir-lhes sérias derrotas. Calecute, Egito e Veneza uniram-se contra Portugal, porém esta aliança foi derrotada em 1509.

    Em 1510 Afonso de Albuquerque conquistou Goa, na Índia, que logo se transformou na principal possessão portuguesa na Índia. O controle português das rotas marítimas entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo foi assegurado com a tomada da ilha de Socotorá e da cidade de Ormuz.

    Ao Sião e às ilhas de Samatra e Java foi posteriormente imposto o protetorado português, com o domínio na região de Malaca na península da Malásia. Com tal domínio, os exploradores portugueses puderam chegar às ilhas de Sonda, à China e ao Japão. Portugal passou a ter um controle tão grande do Índico que era necessário a quem quisesse atravessá-lo solicitar um salvo-conduto às autoridades portuguesas.

    As conquistas no Oriente, somadas à existência dos entrepostos comerciais da África, fizeram nascer o primeiro grande império colonial da Europa moderna, que se estendia por 20.000 km de costas, do cabo Bojador, no Oceano Atlântico, às ilhas Molucas, no Oceano Pacífico.

    Ineficaz, porém, foi a forma do monopólio da exploração do império. Em vez de povoar os territórios, o que era humanamente impossível devido à vasta extensão e ao escasso número de pessoas para o fazer, Portugal se impunha militarmente: para manter a logística, dispendia boa parte do que lucrava com o comércio das especiarias, sobretudo a pimenta.

    Como se isso não bastasse, a concorrência começou a mudar com a entrada no comércio dos espanhóis, franceses, ingleses e neerlandeses atraídos pelos lucros obtidos com a revenda das especiarias na Europa.

    Desta forma, por volta de 1570 já se encontravam decadentes as estruturas coloniais portuguesas na Ásia e na África.

  • CAPITALISMO COMERCIAL

    Características do capitalismo comercial:

    - Foi estrutura da transição entre a ordem feudal e o capitalismo adulto da época comtemporânea;

    - A burguesiac cristalizou seu poder ecônomico não tendo contra partida  no plano social e político;

    - Foi a época dos Estados Absolutos e de contínuo e variado e intervencionismo estatal na economia ( mercantilismo ) 

    - Dado o despotismo dos reis e a manutenção dos privilégios feudais, o período ficou conhecido como antigo regime;

    - Combinou expansionismo, como exploração colonial e ampliação do comercial, e o progressivismo capitalista, com resquícios feudais.

  • Segue uma outra questão do CESPE que pode ajudar a responder este item:

     

    Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    Ponto de partida para a montagem do sistema colonial que envolveu o continente americano, ao longo da Idade Moderna, a expansão ultramarina européia dos séculos XV e XVI expressa, a um só tempo, o aprofundamento do colapso da ordem feudal e o surgimento de uma nova realidade econômica, social, política e cultural - o sistema capitalista - que se afirmaria plenamente mais tarde, com a Revolução Industrial. Relativamente a esse assunto, assinale a opção correta.

     

    a) O pioneirismo português explica-se por motivos econômicos. Apesar das dificuldades derivadas da ausência do Estado nacional, lacuna que os portugueses somente conseguiram preencher no século XIX, a força de sua burguesia mercantil impulsionou as grandes viagens em busca de colônias.

     

     b) Embora o Oriente oferecesse reduzido atrativo comercial, já que sua produção em muito se assemelhava à européia, a região atraía os mercadores ocidentais pela possibilidade de fornecer mão-de-obra escrava a ser utilizada nas novas colônias americanas.

     

     c) O ciclo denominado de Grandes Navegações decorre, entre outras razões, do processo de transformação vivido pelo Ocidente europeu na Baixa Idade Média e marcado pela reativação da atividade comercial, pela crescente monetarização da economia e pelo reflorescimento da vida urbana.

     

     d) A descoberta e a conseqüente colonização da América, com os expressivos ganhos materiais daí advindos, foram decisivas para que o expansionismo europeu passasse ao largo do continente africano e, a rigor, se concentrasse no Novo Mundo.

     

     e) Infere-se do texto que o sistema colonial introduzido na América foi de tal forma determinado pelas condições e necessidades do nascente capitalismo europeu, ao ponto de inviabilizar, nas colônias, a existência de uma dinâmica interna própria na organização de sua economia.

     

  • A colonização do Brasil decorreu da expansão comercial e marítima europeia do início da Idade Moderna. SIM

    A expansão marítima portuguesa interessava:

    - à Monarquia, que buscava seu fortalecimento;

    - à nobreza, interessada em conquista de terras;

    - à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos;

    - À burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.

    A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:

    1415 - tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África.

    1420 - ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico.

    1434 - chegada ao Cabo Bojador.

    1445 - chegada ao Cabo Verde.

    1487 - Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas.

    1498 - Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute).

    1499 - viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.

    Subordinou-se às exigências de um nascente capitalismo de base comercial. SIM

    O Capitalismo Comercial é conhecido como a primeira fase do Capitalismo. Sua gestação começou no Renascimento Comercial dos séculos XIII e XIV. Porém, o Capitalismo Comercial ganhou força no início no século XV com o desenvolvimento da burguesia comercial europeia. As grandes navegações e conquistas marítimas dos séculos XV e XVI foram de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo neste momento.

    Principais características

    - Os locais  onde o capitalismo comercial mais se desenvolveu foram: cidades italianas de Gênova e Veneza, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Inglaterra e Países Baixos;

    - Impulso comercial através das conquistas de territórios na África e América, principalmente por Portugal e Espanha. Estes países colonizaram e exploraram colônias, retirando recursos naturais (principalmente ouro). Um dos exemplos foi a exploração feita por Portugal em sua principal colônia, o Brasil.

  • Capitalismo de Base comercial???? Idade Moderna???? Ta certa essa questão ???????

  • Está certo sim!! O Burns utiliza essa expressão  capitalismo comercial. 

  • Questão totalmente CORRETA

    início do capitalismo ocorreu no século XIII, a partir da desestruturação do sistema feudal, que por sua vez modificou o setor produtivo e as relações de trabalho, nesse momento houve o renascimento comercial que ficou caracterizado pela transição do feudalismo para o capitalismo. (Vale realçar que não estamos falando do capitalismo atual e sim a fase inicial do mesmo.)

    início da Idade Moderna ocorreu no século XIV, aconteceu com a tomada da cidade de Constantinopla pelos Turcos-Otomanos  em 1453 (que evidentemente também é marco do fim da idade média) .

    expansão comercial e marítima europeia ocorreu nos séculos XV e XVI

    A Colonização do Brasil, ocorreu entre os séculos XVI e XIX.

     

     

  • A colonização do Brasil decorreu da expansão comercial e marítima europeia do início da Idade Moderna. SIM

    A expansão marítima portuguesa interessava:

    - à Monarquia, que buscava seu fortalecimento;

    - à nobreza, interessada em conquista de terras;

    - à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos;

    - À burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.

    A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:

    1415 - tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África.

    1420 - ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico.

    1434 - chegada ao Cabo Bojador.

    1445 - chegada ao Cabo Verde.

    1487 - Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas.

    1498 - Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute).

    1499 - viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.

    Subordinou-se às exigências de um nascente capitalismo de base comercial. SIM

    O Capitalismo Comercial é conhecido como a primeira fase do Capitalismo. Sua gestação começou no Renascimento Comercial dos séculos XIII e XIV. Porém, o Capitalismo Comercial ganhou força no início no século XV com o desenvolvimento da burguesia comercial europeia. As grandes navegações e conquistas marítimas dos séculos XV e XVI foram de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo neste momento.

    Principais características

    - Os locais onde o capitalismo comercial mais se desenvolveu foram: cidades italianas de Gênova e Veneza, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Inglaterra e Países Baixos;

    - Impulso comercial através das conquistas de territórios na África e América, principalmente por Portugal e Espanha. Estes países colonizaram e exploraram colônias, retirando recursos naturais (principalmente ouro). Um dos exemplos foi a exploração feita por Portugal em sua principal colônia, o Brasil.

  • início do capitalismo ocorreu no século XIII, a partir da desestruturação do sistema feudal, que por sua vez modificou o setor produtivo e as relações de trabalho, nesse momento houve o renascimento comercial que ficou caracterizado pela transição do feudalismo para o capitalismo. (Vale realçar que não estamos falando do capitalismo atual e sim a fase inicial do mesmo.)

    início da Idade Moderna ocorreu no século XIV, aconteceu com a tomada da cidade de Constantinopla pelos Turcos-Otomanos  em 1453 (que evidentemente também é marco do fim da idade média) .

    expansão comercial e marítima europeia ocorreu nos séculos XV e XVI

    Colonização do Brasil, ocorreu entre os séculos XVI e XIX.

  • Pensei que fosse no fim da idade media

  • Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. São apontados como fatores fundamentais para este pioneirismo:

    Posição geográfica privilegiada;

    Paz interna: enquanto outras nações guerreavam, houve uma coordenação central portuguesa para as estimular e organizar as incursões marítimas. Estas incursões se mostrariam essenciais para suprir a falta de mão de obra, de produtos agrícolas e metais preciosos no país.

    Presença de uma forte burguesia mercantil;

    Centralização política: com a Revolução de Avis, Portugal foi a primeira nação a criar um Estado-nacional associado aos interesses mercantis.

    Resposta: Certo


ID
283588
Banca
FUNIVERSA
Órgão
IPHAN
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Constituem o patrimônio cultural brasileiro

I obras, objetos, documentos e edificações destinados a manifestações artísticas e culturais.
II criações artísticas, científicas e tecnológicas.
III modos de criar, fazer e viver.
IV sítios de valor paisagístico.
V formas de expressão.

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Comentários
  • Letra E

    CF/88, Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

  • Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

     

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.


ID
283897
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Brusque - SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia com atenção o texto.

No dia 30 de novembro de 2009, data em que os acontecimentos históricos que deram origem à Novembrada completaram 30 anos, esses acontecimentos foram relembrados pela imprensa do Brasil e, de modo especial, de Santa Catarina.

Sobre a Novembrada é correto afrmar:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA : Letra 'B'

    O 30 de novembro de 2009 marca exatos 30 anos do episódio em que, pela primeira vez, um presidente da República — um general, e em plena ditadura militar — partiu para a confrontação direta com populares.

    O episódio, que ficou lembrado dali em diante como Novembrada, aconteceu em Florianópolis. Até hoje é lembrado como o primeiro sinal do enfraquecimento do regime militar, que de fato caminhou para o ocaso cinco anos depois. Foi um marco histórico na campanha pela redemocratização do Brasil.
     



    Um manifesto organizado por 30 estudantes na Praça XV de Novembro — onde ficava a então sede do governo do Estado, o Palácio Cruz e Sousa — foi um dos fatores que desencadearam a ira do presidente João Baptista Figueiredo.

    Mas não foram eles os únicos a protestarem. No caminho entre o aeroporto Hercílio Luz e o Centro da Capital, o presidente foi recepcionado por um "panelaço" de donas de casa, que batiam nas panelas reclamando que não tinham o que comer.

    Na Praça XV, juntavam-se aos estudantes familiares das vítimas do Massacre de Anhatomirim, inconformados com a inauguração de uma placa em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto, o presidente que deu origem ao nome Florianópolis, acusado de ter ordenado o traumático fuzilamento dos seus opositores federalistas.

    Muita gente simples também queixava-se das condições de vida à época. Os taxistas (muitos deles com ponto na praça e nas redondezas) estavam inconformados com um novo aumento dos combustíveis.

    Irritado com os protestos e palavras de ordem, o presidente, que participava de ato oficial dentro do palácio, resolveu ir à sacada. Dali, gesticulou de maneira polêmica com a mão direita. Os manifestantes entenderam o gesto como um insulto, e xingaram a mãe do presidente.

    — Minha mãe não está em pauta — repetia um transtornado Figueiredo, que intempestivamente, e contrariando todos os conselhos (inclusive o do então governador Jorge Bornhausen), desceu à Praça para tirar satisfação com os manifestantes.

    Mantendo a programação, o presidente ainda tomou um café no Senadinho, onde voltou a ser ofendido e criticado pela população da Capital.

    No saldo final, sete estudantes foram presos, com base na lei de Segurança Nacional. A placa em homenagem a Floriano foi arrancada de seu pedestal, e vandalizada de todas as maneiras pelos manifestantes.

  • A Novembrada é o nome pelo qual ficou conhecida a grande manifestação popular durante os anos de chumbo do Regime Militar implantado em 1964 no Brasil, ocorrida no movimentado centro de Florianópolis em 30 de novembro de 1979. Vivia-se o período da "Abertura". Cogitava-se que o presidente que sucederia General João Figueiredo seria civil, mas escolhido em eleições indiretas. Em tal dia, o General Figueiredo foi à capital Catarinense para participar de solenidades oficiais, como o descerramento de uma placa em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. Além disso , conhecer o projeto de criação de uma indústria siderúrgica para posterior liberação de recursos financeiros necessários à sua implantação. A recepção ao presidente-general foi organizada pelos Arenistas Esperidião Amim e Jorge Bornhausen (ambos ainda participantes no meio politico nacional)que tentaram de todas as formas camuflar o ambiente hostil que se formou na cidade. Funcionários públicos foram constrangidos a ir à praça recepcionar o presidente e também a comprar ingressos para a churrascada organizada pelos Arenistas. Traçou-se um paralelo entre o atual General presidente e o Marechal de Ferro, que deu o nome à cidade . Ao Marechal Floriano vinha sendo atribuída a prática, à sua época, das mesmas arbitrariedades que as do regime militar vigente. Este enfoque histórico era difundido nos meios estudantis locais, granjeando adeptos para uma proposta da troca do nome "Florianópolis" pela denominação anterior - "Desterro". Embora seja corrente afirmar que a placa em Homenagem a Floriano Peixoto foi o estopim, muitos participantes da manifestação deixam claro atualmente que o descontentamento era mesmo pela ditadura, levando em conta o constante aumento do custo de vida, em especial dos combustiveis.
    Após ser recepcionado no Palacio Cruz e Sousa, Figueiredo dirigiu-se ao "Senadinho", tradicional ponto de encontro no centro da cidade. Neste pequeno trajeto entre o Palacio e o café, Figueiredo foi hostilizado e dispôs-se a discutir. Na praça 15 de Novembro, Figueiredo foi recepcionado por uma manifestação estudantil, com cerca de 4 mil pessoas, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina. A manifestação foi abafada pela Polícia Militar, resultando em muita confusão e violência e na prisão de sete estudantes que foram indiciados pela Lei de Segurança Nacional. Nas semanas que seguiram várias manifestações foram organizadas exigindo a libertação dos estudantes presos. Algumas contaram com até 10 mil pessoas (número bastante relevante se comparado com o total da população florionopolitana na época).

ID
287482
Banca
INSTITUTO CIDADES
Órgão
UNIFESP
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em novembro desse ano de 2009 a “queda” do muro de Berlim completa vinte anos. Durante décadas o muro representou, de maneira explícita, a realidade da Guerra Fria. A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial. A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Sobre esse período o historiador Eric Hobsbawm, na sua renomada obra A era dos extremos, afirma que “os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial (...). A URSS controlava uma parte do globo (...). Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Na Europa, linhas de demarcação foram traçadas (...). Havia indefinições, sobretudo acerca da Alemanha e da Áustria, as quais foram solucionadas pela divisão da Alemanha segundo as linhas das forças de ocupação orientais e ocidentais e a retirada de todos os ex-beligerantes da Áustria”.

É possível afirmar que, na Europa, com o fim da Segunda Guerra Mundial,

Alternativas
Comentários

ID
329029
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“No ano de 1947, a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a criação de um Estado judeu na Palestina. Os dois países que concentravam a bipolaridade de forças na época, EUA e URSS, eram favoráveis, assim como a opinião pública internacional após o genocídio nazista ocorrido na 2ª Guerra Mundial.” O enunciado está se referindo à criação de que país (ES) ou organização?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito a


ID
346822
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando aspectos marcantes da Antiguidade Oriental e da
Antiguidade Clássica — Grécia e Roma —, julgue os itens
seguintes.

A Grécia antiga é considerada o berço da civilização ocidental graças a uma cultura voltada para a valorização do ser humano, de que a filosofia seria exemplo significativo.

Alternativas
Comentários
  • Grécia e Mesopotâmia, berço da civilização!

  • Fica contraditório falar em valorização do ser humano, se os gregos excluíam grande parte de seu povo. Entretanto, temos que seguir o que os relatos históricos nos dizem.

  • GABARITO: CERTO

    O pensamento atual é que não houve um "berço" único, mas várias civilizações que se desenvolveram independentemente, sendo o Crescente Fértil (Egito Antigo, Mesopotâmia), a Índia Antiga e a China Antiga as mais antigas.

    A questão fala que a Grécia é o berço da civilização ocidental porque foi justamente na Grécia que nasceu a democracia, os jogos olímpicos, a politica, o teatro, a filosofia, e a base dos grandes princípios científicos e matemáticos.

    A democracia foi estabelecida pela primeira vez em Atenas é um tanto primitiva comparada com a de hoje. Somente os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e nascidos na cidade participavam da politica, excluindo as mulheres, os escravos e os metecos (estrangeiros).

  • bizu vt´

    certo

  • Gabarito : Certo.


ID
346825
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando aspectos marcantes da Antiguidade Oriental e da
Antiguidade Clássica — Grécia e Roma —, julgue os itens
seguintes.

O império formado pelos gregos apresentava grande extensão territorial, dominando povos que viviam na Europa e na Ásia.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva refere-se aos ROMANOS 

  • Os grandes Dominadores eram os Romanos, eles dominavam os territórios e levavam os homens como escravos para trabalhar em suas construções.

  • Os gregos não criaram império nenhum. Alexandre era Macedônio e não grego. O grande império referido é o Império Macedônio.

  • errado

    a grecia nunca formou nenhum imperio pois ela era indepente politica e militarmente uma das outras cidades

  • BIZU: OS TERRITÓRIOS DOS GREGOS ERAM PEQUENOS.

  • Era os romanos

  • IMPÉRIO = ROMA

    TEMPLOS = GRÉCIA

  • IMPÉRIO = ROMA

    TEMPLOS = GRÉCIA

  • Na grécia tinha cidade estado: Cada cidade-estado era autônoma e exercia a sua administração de modo independente.

  • IMPÉRIO = ROMA

    TEMPLOS = GRÉCIA


ID
346828
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando aspectos marcantes da Antiguidade Oriental e da
Antiguidade Clássica — Grécia e Roma —, julgue os itens
seguintes.

Roma destacou-se no campo das artes e da literatura, mas pouco produziu em termos de direito (elaboração e aplicação de leis), além de ter sido alvo fácil de inimigos em face de sua reduzida capacidade militar.

Alternativas
Comentários
  • isso foram os gregos

  • O principal legado dos Romanos, foram as criações das leis, com seus Imperadores,foi lá também, a criação dos primeiros senados.

    Vale a pena ressaltar um acontecimento histórico: um imperador chamado Calígola que colocou o seu Cavalo -Incitátos- como Senador .

    E sua capacidade militar nao era reduzida, como afirma a questão.

     

  • Em Roma, principalmente no período republicano, foi onde começou surgir as revoltas contras os Patrícios os quais detiam todo o poder na sociedade romana. Os irmãos Tibério e Caio Graco possuem grande participação na busca de direitos para os plebeus, pois eles representavam essa classe. E é nesse período que eles conseguem os direitos sociais que naquela época eram reservados aos nobres como: participar da política, de magistraturas em cargos públicos e de casamentos entre a plebe/patrícios.

  • MAS POUCO PRODUZIU EM TERMOS DE DIREITO , TRIBUTOS , PUNIÇÕES SÓ ISSO JÁ BASTA PRA SABER QUE TINHA LEIS VIGENTES NAQUELA ÉPOCA . ERRADO

  • Principais legados dos romanos para as civilizações posteriores:

    Direito romano.

    Conforme enfatizado pelo Professor Doutor César Fiúza, o “Direito Romano é a mais importante fonte histórica do Direito nos países ocidentais, e, ainda, a maioria dos institutos e princípios do Direito Civil nos foi legada pelo gênio jurídico dos romanos” (FIUZA, 2006, p. 160)

    Línguas derivadas do latim.

    Alfabeto e números romanos. ...

    Arquitetura e Engenharia. ...

    Artes Plásticas.

  • Sobre o exercito ta certo ???

  • Além do legado do Direito Romano, o império de Roma tinha um grande e forte exército.

    -exército romano era constituído por legiões, formadas por efetivos de cerca de 5 a 6 mil homens. Havia ainda uma cavalaria de cerca de 120 cavaleiros e uma forte artilharia composta de balistas, bestas e onagros, armas de guerra que serviam para arremessar pedras, flechas e dardos.-

  • Gabarito : Errado.

    Roma foi importante para o direito.

    Quem leu a Bíblia em atos sabe que Paulo antigo Saulo tem cidadania romana e era muito respeitado naquela época.


ID
346831
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando aspectos marcantes da Antiguidade Oriental e da
Antiguidade Clássica — Grécia e Roma —, julgue os itens
seguintes.

Na Antiguidade, muitas civilizações surgiram e prosperaram junto a grandes rios, como foram, entre outros, os casos da Mesopotâmia (Tigre e Eufrates) e do Egito (Nilo).

Alternativas
Comentários
  • Gab: CERTO

  • O desenvolvimento da civilização egípcia antiga deveu-se, em larga medida, à existência do rio Nilo, o que se assemelha à relevância dos rios Tigre e Eufrates no florescimento da Mesopotâmia. GABARITO CERTO! RUMO A POLICIA MILITAR DE ALAGOAS!!!
  • Jose Carlos bizu muito bom, valeu!! nos veremos no CFAP!!!

  • Essa resposta tem na bíblia. Glória a Deus

  • Na Mesopotâmia, o Eufrates adotava Tigres.

    O Egito tinha o Nilo.

  • CERTO

    Os rios, por exemplo o NILO, servia para tomar a água, pescar e meio de navegação de transporte. Isso ajudou na evolução populacional.

    PMAL 2021

  • Questão simples, as primeiras civilizações e seus rios.

  • vibraaaaaaaaaaaaaaaa


ID
346834
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando aspectos marcantes da Antiguidade Oriental e da
Antiguidade Clássica — Grécia e Roma —, julgue os itens
seguintes.

Em meio à profusão de povos politeístas, os antigos hebreus notabilizaram-se pela crença em um único Deus, o que também ocorreria com os árabes, após Maomé, a partir da Idade Média.

Alternativas
Comentários
  • Por volta do século VI, na Península Arábica, que fica entre o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico, viviam tribos de origem semítica, povos nômades que procuravam se estabelecer nas regiões litorâneas ou nos oásis.

    Meca era sua cidade mais importante, onde estava localizado o templo de Caaba, santuário que possuía trezentos e sessetas ídolos. Uma vez ao ano os árabes faziam peregrinação a Meca, favorecendo, também, o comércio da cidade.

    O fundadador do Islamismo foi Maomé, que nasceu na cidade de Meca e, aos quarenta anos, teve uma visão  do anjo Gabriel onde lhe teria sido revelada a existência de um só Deus: Alá. A partir de então, Maomé passou a pregar a nova doutrina monoteísta, baseada no cristianismo, no judaísmo e em religiões árabes - até então os árabes eram politeístas.

  • Os Hebreus foram os primeiros a seguirem uma religião monoteista (um único Deus), eles pregavam o Judaísmo e o seu Deus era Iavé, ou por outros também conhecido como Jeovah.

    Os Hebreus foram escravisados pelos Romanos, Posteriormente Moisés com o objetivo de levá-los a terra prometida, Canaã, formou um pequeno exército e com a ajuda de algumas demonstrações divinas salvou o povo Hebreu dos maus tratos dos Romanos. O ÊXEDO.

    #conhecimentoliberta 

    PM_AL_2018 -  PRF

     

  • A religião do Egito se situava assim : politeísta (vários deuses), porém AMENOFIS IV , a fim de diminuir o poder e autoridade sacerdotal, criara o monoteísmo. Agora todos teriam apenas um Deus -ATON- . Claro que isso não deu certo, porém quem curtiu o monoteísmo foram os hebreus que sua religião tem fortes raízes com a reforma religiosa da época

  • GABARITO : CERTO

    O islamismo surgiu no século 6 na Arábia, região do Oriente Médio que era habitada na época por cerca de 5 milhões de pessoas. “Eram grupos tanto sedentários como nômades, organizados em tribos e clãs. A população era na maioria politeísta, mas existiam algumas tribos judaicas e algumas de tradição cristã”, diz o teólogo Fernando Altemeyer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

    Fonte: Super Interessante

  • eu não concordo com esta assertiva pois para mim ela se relaciona aos hebreus do antigo EGITO , se relacioanasse com os tempos romanos aiw sim seria da idade média . O TEMPO DE MAOMÉ E HEBREUS DO EGITO FOI ANTES DE CRISTO.

  • Hebreus eram um povo monoteísta.

    Árabes eram um povo monoteísta, após Maomé, a partir da Idade Média.

  • CERTO

    Eu aqui lembrando da novela os 10 mandamentos "pelos amado de pitá" kkkk

    PMAL 2021

  • Errei a questão por achar que Maomé estava inserido no período dos Tempos Modernos.

  • PMAL 2021

  • Uma questão que acertei com raciocínio, e por saber o que monoteísta.

    APMBB


ID
346840
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere ao processo histórico europeu a partir do período
medieval, julgue os itens seguintes.

A economia medieval europeia assentava-se na agricultura de mercado, produzindo excedentes a serem comercializados mediante grandes lucros.

Alternativas
Comentários
  • Economia mediaval, podemos falar do sistema feudal no qual havia uma produção voltada para o consumo interno.

  • As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média.

  • gab: errado 

    economia era a agricultura, porém para consumo proprio. (subsistência)

  • Sem geração de excedentes, a produção voltava-se para o consumo imediato.

  • ISSO É IDADE MODERNA JÁ !

  • Agricultura de subsistência.

  • GABARITO - ERRADO

    - ECONOMIA FEUDAL

    É o sistema econômico que ascendeu durante a antiguidade tardia e se estabeleceu como força dominante até o início da modernidade. Baseado na produção agrícola de subsistência, no trabalho servil e na pouca troca comercial, assim como a baixa utilização da moeda.

  • GAB E

    Reforçando :

    A Talha: era a obrigação de o servo dar, a seu senhor, uma parte do que produzia. Essa parte, em geral, correspondia à metade. 1/ 3 da parte

    A Corvéia: era a obrigação que o servo tinha de trabalhar de graça alguns dias por semana no manso senhorial, ou seja, no cultivo das terras reservadas ao senhor.

  • errado

    a produção era autossuficiente


ID
346843
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere ao processo histórico europeu a partir do período
medieval, julgue os itens seguintes.

Na Europa, a Baixa Idade Média correspondeu ao renascimento da vida urbana e ao surgimento de nova classe social, denominada burguesia.

Alternativas
Comentários
  • CERTO- Baixa Idade média é o período da crise do feudalismo e o surgimento da burguesia.

  • O termo “burguesia” designa a classe social dominante do sistema capitalista e está formada por proprietários de bens ou capitais.

    A burguesia surge no fim da Idade Média, com a expansão do comércio e das cidades medievais.

    A palavra tem origem em “burgos”, que significava “fortaleza” ou “pequenas cidades”.

    O conceito de burguesia foi mudando com o tempo: na Idade Média eram os comerciantes; e durante a Revolução Industrial, os banqueiros e empresários.

    https://www.todamateria.com.br/burguesia/

  • Baixa Idade Média é considerada o período do auge do feudalismo no medievo. Esse ápice deu-se entre os séculos XI e XIII, sendo o período anterior a isso de formação, e o posterior, de decadência e formatação de uma nova organização política, econômica e social na Europa Ocidental

    Insta:@missaopmal

  • Guerreiros, vi alguns comentários a respeito da existência ou não de crescimento na Baixa idade média.

    De fato, HOUVE CRESCIMENTO nesse período, logo em seu início, entre os séculos XI e XIII.

    Contudo, no FINAL da Baixa Idade média, veio o declínio através da fome, Peste negra, Guerras...

    1) ALTA idade média: DESENVOLVIMENTO do FEUDALISMO

    2) BAIXA idade média:

    1. Crescimento (séc. XI ao XIII)
    2. DECLÍNIO: (séc. XIII ao XV)
    • Fome
    • Peste negra
    • Guerras

    FONTE: Alfacon

    Força e fé!

  • GABARITO - CORRETO

    O renascimento foi impulsionado pelas Cruzadas.

    As Cruzadas foram responsáveis por iniciar o renascimento comercial. De forma resumida, com as conquistas de terras no Oriente Médio, e volta da peregrinação a Jerusalém, várias rotas comerciais foram restabelecidas e fortalecidas.

    Com isso, as cidades que estavam na vanguarda dessas trocas, intensificou suas rotas e frota mercantil, que por sua vez, foram responsáveis por alimentar grande parte do comércio do continente Europeu.

    Em outras palavras, a Itália foi porta de entrada para a recuperação do "brilho" das cidades europeias, que há muito tempo estavam em decadência. Agora, essas mesmas cidades ganham importância comercial, e as pessoas que lá já estavam estabelecidas, começam a tirar vantagem desse desenvolvimento. Falamos dos Burgueses.

    Burgueses que observando o fluxo comercial crescente, criaram corporações mercantis para maximizar os lucros do comércio, fazendo com que seu próprio grupo, fossem os detentores de um poder que se acumulava. Poder esse, fundamental nas mudanças sociais que viriam.

    Os Burgueses, dado poder crescente, intensificam o comércio, e aceleram o processo de decomposição econômica dos feudos.

    Agora, todo pouco excedente comercial dessas terras eram comprados pelas cidades, essas cidades ganham importância, crescem, "roubam" mais pessoas desses feudos que se veem na "obrigação" de aumentar as taxas sobre os remanescentes. O que apenas acelera esse processo.

  • Assertiva correta, tendo em vista que: com o inicio da Baixa Idade Média veio o declínio do sistema feudal e o inicio da casse burguesa.


ID
346846
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere ao processo histórico europeu a partir do período
medieval, julgue os itens seguintes.

No início da Idade Moderna, as grandes navegações inscreveram-se no marco da expansão comercial europeia, com a conquista de largas porções da África, da Ásia (Índias) e a descoberta de um mundo novo, a América.

Alternativas
Comentários
  • Gab: CERTO

     

  • IDADE MODERNA > 1453 - 1789

  • infelizmente os portugueses nós colonizaram custava ser os ingleses
  • GABARITO - CERTO

    A colonização veio através do sistema mercantilista.

    Mercantilismo foi o sistema econômico que permitiu a manutenção do poder do Reis absolutistas e o Estado que ele regia.

    Esse sistema econômico tinha alguns pressupostos. A sobreposição do comércio a produção, uma vez que ele era mais lucrativo.

     O metalismo: a busca por acumulação de metais de alto valor, já que esses eram o que definia a riqueza.

     Com o desenvolver desse sistema, outros aspectos se consolidaram.

     A balança comercial favorável: ferramenta de acumulação de riqueza, ou seja, o pais deveria nas relações comerciais, acumular mais metais do que se gastava. Para isso, as barreiras alfandegárias foram utilizadas largamente. O que, na prática, auxiliava o desenvolvimento próprio das forças produtivas, que no futuro seriam a base da revolução industrial.

     O desenvolvimento desse sistema econômico, se deu em paralelo às colonizações e dominações, o que significou um ciclo virtuoso de incentivo.

  • as grandes navegações------------------- movimento que deu origem a globalizaçao

    primeiros paises a explorar as terras

    portugal---------------------------pedro alvares cabral, descobriu as terras brasileiras

    espanha------1942---------- cristovao colombo, acreditou ter chegado as indias, porem, ele tinha chegado a um territorio novo, o qual foi nomeado de america, em homenagem a americo vespucio

  • Gabarito : Certo.


ID
346849
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere ao processo histórico europeu a partir do período
medieval, julgue os itens seguintes.

Renascimento e Reforma Religiosa integram o contexto de transformação profunda que, na Europa, marcou a passagem da Idade Média aos Tempos Modernos.

Alternativas
Comentários
  • Sim, o renascimento e a reforma protestante são contexto da idade moderna.

    Gab- C

  • Gabarito (C)

    A Idade Moderna é a divisão convencionada pelos historiadores para caracterizarmos a sociedade europeia entre os séculos XIV e XVIII. 

    Este período caracteriza-se por:

    Formação das monarquias nacionais,

    A expansão marítima,

    A colonização da América,

    Renascimento Cultural,

    Reforma Religiosa.

    Bons estudos!

  • GABARITO - CERTO

    REFORMA PROTESTANTE - Foi um movimento religioso, político e econômico que criticava as bases e os dogmas da Igreja Católica.

    A Reforma Protestante, ocorreu concomitantemente a renascença e à constituição das monarquias nacionais. Nesse sentido, a Reforma veio para basilar culturalmente os novos Estados, reformulando a interpretação católica, que drenava poder desses nascentes Estados.

    Causas:

    • Indulgências - Prática da Igreja Católica de vender perdões.
    • Usura - Financiamento/Empréstimos para financiar negócios, cobrando juros. Prática proibida pela igreja.
    • Opulência - A vida pecaminosa marcada pela luxúria e riqueza dos representantes da Igreja.

    Reformas:

    Lutero -

    • Todos podem interpretar as palavras de Deus.
    • O servo do Senhor não precisa de que um padre fale em nome de Deus, basta ler.
    • A fé é quem salva.
    • Luteranismo

    Calvino -

    • Feita para burguesia
    • A fé está intrinsecamente ligada ao esforço e desenvolvimento material.
    • Puritanismo
  • Gabarito : Certo.


ID
346855
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A contemporaneidade iniciou-se, entre fins do século
XVIII e ao longo do XIX, sob o impacto de dupla revolução: a
econômica, representada pela Revolução Industrial, e a política,
com a Revolução Francesa de 1789 e as Revoluções Liberais
Burguesas de 1820, 1830 e 1848. A moderna industrialização
consolidou o capitalismo como sistema econômico dominante,
expandindo-se rapidamente (imperialismo e neocolonialismo).
Disputas entre potências levaram às duas guerras mundiais do
século XX. O Brasil, independente em 1822, foi a única monarquia
americana e manteve a escravidão até 1888. Proclamada a
República, o país não deixou de ser elitista e socialmente
excludente (República Velha). A Era Vargas iniciou a
modernização do país. Entre 1945 e 1964, o Brasil viveu
conturbado processo de democratização, interrompido por um golpe
de Estado. Depois de 21 anos, a nação recuperou o sentido da
democracia e procura avançar em termos de direitos sociais, o que
a Constituição de 1988 procura expressar.

Considerando as informações do texto acima e a História
Contemporânea mundial e brasileira, julgue os itens de 104 a 114.

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo mergulhou na bipolaridade americano-soviética, época de muita tensão, conhecida como Guerra Fria.

Alternativas
Comentários
  • ceerto

  • A famosa guerra sem armas !

  • EUA( CAPITALISMO) X URSS (SOCIALISMO)

    GAB: CERTO

  • A Guerra Fria foi o conflito que as duas grandes potências emergentes após a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética, travaram em busca da superioridade mundial. O termo “Guerra Fria” foi cunhado pelo assessor presidencial norte-americano Bernard Baruch, em 1947. Na ocasião, o profissional se referiu à crescente rivalidade entre os países que nutriam ideais diferentes. 

    A opção pelo uso da palavra “fria” remete à característica particular desse confronto: EUA e URSS não se enfrentaram com armas. A Guerra Fria envolveu embates econômicos, diplomáticos, sociais e principalmente ideológicos, dividindo o mundo em grandes blocos sob a influência de ambas as nações.

  • Estranho essa parte de tensão ..

    Cespe 2013) - > A Guerra Fria ficou caracterizada por certa estabilidade, além de padrões previsíveis de confrontos. Os Estados Unidos da América e a União Soviética enfrentavam-se indiretamente por meio de seus satélites e zonas de influência, mas, paradoxalmente, evitavam que conflitos locais fugissem ao controle e alcançassem proporções mundiais.

    Creio que caberia recurso

  • Certissima, essa guerra fria se deu justamento porque as duas potências tinham em verdades que, caso eles começacem uma guerra bélica, nada sobraria dos dois paises.


ID
346870
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A contemporaneidade iniciou-se, entre fins do século
XVIII e ao longo do XIX, sob o impacto de dupla revolução: a
econômica, representada pela Revolução Industrial, e a política,
com a Revolução Francesa de 1789 e as Revoluções Liberais
Burguesas de 1820, 1830 e 1848. A moderna industrialização
consolidou o capitalismo como sistema econômico dominante,
expandindo-se rapidamente (imperialismo e neocolonialismo).
Disputas entre potências levaram às duas guerras mundiais do
século XX. O Brasil, independente em 1822, foi a única monarquia
americana e manteve a escravidão até 1888. Proclamada a
República, o país não deixou de ser elitista e socialmente
excludente (República Velha). A Era Vargas iniciou a
modernização do país. Entre 1945 e 1964, o Brasil viveu
conturbado processo de democratização, interrompido por um golpe
de Estado. Depois de 21 anos, a nação recuperou o sentido da
democracia e procura avançar em termos de direitos sociais, o que
a Constituição de 1988 procura expressar.

Considerando as informações do texto acima e a História
Contemporânea mundial e brasileira, julgue os itens de 104 a 114.

As Revoluções Liberais Burguesas, a começar pela grande Revolução Francesa, derrubaram o Antigo Regime, ou seja, voltaram-se contra o absolutismo, a intolerância e os privilégios sociais.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

  • Certo,

    LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.

  • discordo do gabarito! As revoluções burguesas na Inglaterra foram muito antes de acontecer a francesa, tendo como consequência direta a revolução industrial inglesa.

  • São consideradas revoluções burguesas as revoluções inglesas do século XVII (Puritana e Gloriosa) e a Revolução Francesa de 1789.

  • GABARITO - CERTO

    Do iluminismo, a Revolução Francesa utilizou vários preceitos, entre eles: LiberdadeIgualdade e a negação da Idade Média ou/e do Antigo Regime.

    A Revolução Francesa, foi um marco para história, ela rompeu com os dogmas medievais de forma universalista, ou seja, todos nascem iguais em direitos e não só os franceses ou os parisienses.

    As causas são muitas, mas há algumas que podemos destacar: superconcentração de impostos na camada mais pobre, privilégios para a nobreza e clero, desigualdade e miséria sem contar a sociedade estamental. Além de causas estruturais, havia as conjunturais: Crise econômica devido a gastos e investimentos equivocados, fome se alastrando e crise política devido a ingerência dos governantes.

    Com a revolução em curso, diversas medidas foram tomadas para equilibrar a balança social. Inicialmente, o fim dos privilégios, depois a divisão dos poderes, o direito a voto, cientificismo na organização estatal. Aplicam a reforma agrária e criam vários espaços públicos que antes eram reservados a nobreza.

    Por fim, a Revolução Francesa foi um grande marco, dando o start na era contemporânea, aplicando diversas mudanças na sociedade que hoje acreditamos serem naturais.


ID
346873
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A contemporaneidade iniciou-se, entre fins do século
XVIII e ao longo do XIX, sob o impacto de dupla revolução: a
econômica, representada pela Revolução Industrial, e a política,
com a Revolução Francesa de 1789 e as Revoluções Liberais
Burguesas de 1820, 1830 e 1848. A moderna industrialização
consolidou o capitalismo como sistema econômico dominante,
expandindo-se rapidamente (imperialismo e neocolonialismo).
Disputas entre potências levaram às duas guerras mundiais do
século XX. O Brasil, independente em 1822, foi a única monarquia
americana e manteve a escravidão até 1888. Proclamada a
República, o país não deixou de ser elitista e socialmente
excludente (República Velha). A Era Vargas iniciou a
modernização do país. Entre 1945 e 1964, o Brasil viveu
conturbado processo de democratização, interrompido por um golpe
de Estado. Depois de 21 anos, a nação recuperou o sentido da
democracia e procura avançar em termos de direitos sociais, o que
a Constituição de 1988 procura expressar.

Considerando as informações do texto acima e a História
Contemporânea mundial e brasileira, julgue os itens de 104 a 114.

A independência do Brasil situou-se no contexto da primeira onda revolucionária liberal europeia do século XIX.

Alternativas
Comentários
  • Gab: CERTO

  • a onda foi liberal o regime não > monarquico hereditário e centralizador de D. Pedro I

    errei por achar que se referia ao regime

  • A contemporaneidade iniciou-se, entre fins do século

    XVIII e ao longo do XIX, sob o impacto de dupla revolução: a

    econômica, representada pela Revolução Industrial, e a política,

    com a Revolução Francesa de 1789 e as Revoluções Liberais

    Burguesas de 1820, 1830 e 1848.

    • A independência do Brasil situou-se no contexto da primeira onda revolucionária liberal europeia do século XIX.

    Certo

    Mata logo a questão pela data 1820, haja vista que a Independência do Brasil foi em 1822.

  • Primavera dos Povos é o nome que se dá a uma série de movimentos revolucionários de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848. Com a  de 1789, os ideais libertários espalharam-se por toda a Europa, assustando as monarquias absolutistas europeias. Nesse cenário é que se institui o , em 1815, que buscava uma restauração da antiga ordem vigente (pré-1789). Monarquias que haviam sido abolidas foram restauradas, e políticas repressoras voltaram a ser aplicadas à população.

  • A Revolução Liberal do Porto eclodiu em 1820 e foi organizada pela burguesia portuguesa inspirada em ideais liberais.

    Era contraditória, pois o liberalismo era só para Portugal, para o Brasil, as corte portuguesas pregavam o reestabelecimento do pacto colonial.

    Fiquei em dúvida no tocante à "primeira onda", pois, antes já havia ocorrido a revolução burguesa na Inglaterra (séc. XVII), a independência dos EUA e a revolução francesa (séc. XVIII). Mas esses movimentos foram pontuais e, em que pese sua relevância e a disseminação dos ideais, criaram base para uma verdadeira onda revolucionária que viria ocorrer posteriormente na Europa no século XIX (1920, 1930 e 1948).

  • s, José Bonifácio, Brasileiro q viveu a revolução francesa, junto c D. Pedro I e sua Esposa, Leopoldina, viram nessa onda de Independência da monarquia a chance de livrar o Brasil do controle político de alguns Portugueses q queriam rebaixar o Brasil a colônia, lembrando q nessa época Brasil era a Capital de Portugal e tinha corte aqui, msm q o pai de D. Pedro I tivesse voltado p Portugual sob ameaça, D. Pedro e seus filhos estavam aqui no BRA.

ID
346882
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A contemporaneidade iniciou-se, entre fins do século
XVIII e ao longo do XIX, sob o impacto de dupla revolução: a
econômica, representada pela Revolução Industrial, e a política,
com a Revolução Francesa de 1789 e as Revoluções Liberais
Burguesas de 1820, 1830 e 1848. A moderna industrialização
consolidou o capitalismo como sistema econômico dominante,
expandindo-se rapidamente (imperialismo e neocolonialismo).
Disputas entre potências levaram às duas guerras mundiais do
século XX. O Brasil, independente em 1822, foi a única monarquia
americana e manteve a escravidão até 1888. Proclamada a
República, o país não deixou de ser elitista e socialmente
excludente (República Velha). A Era Vargas iniciou a
modernização do país. Entre 1945 e 1964, o Brasil viveu
conturbado processo de democratização, interrompido por um golpe
de Estado. Depois de 21 anos, a nação recuperou o sentido da
democracia e procura avançar em termos de direitos sociais, o que
a Constituição de 1988 procura expressar.

Considerando as informações do texto acima e a História
Contemporânea mundial e brasileira, julgue os itens de 104 a 114.

Diferentemente da Segunda Guerra Mundial, movida por disputas imperialistas, a Primeira Guerra foi motivada pelo expansionismo japonês.

Alternativas
Comentários
  • A Primeira Guerra Mundial foi motivada por uma grande disputa pelo mercado mundial.

    Com isso os países da Europa começaram a investir em tecnologia de guerra. Além disso, foi desenvolvido uma política que ficou conhecida como política de aliaças. Foram assinados acordos militares que dividiram os países europeus em dois blocos, que mais tarde dariam início a primeira Guerra Mundial. A divisão colocava de um lado a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, que formavam a Tríplice Aliança, e do outro a Rússia, França e Inglaterra, compondo a Tríplice Entente.

  •  

    GAB - E

  • O imperialismo das grandes potências europeias (principalmente), na África e na Ásia, foi o principal fator para desencadear a primeira Guerra. Gerando: conflitos entre as potências, nacionalismos, alianças (triplice entente e triplice aliança) e corridas armamentistas entre os países.

  • A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL TEVE COMO FATOR DECISIVO O NACIONALISMO E O IMPERIALISMO. IMPERIONALISMO DEVIDO A EXPANSÃO E DISPUSTAS POR TERRITÓRIOS. E O NACIONALISMO É QUE CADA PAÍS QUERIA DEFENDER CADA VEZ MAIS SUA INDUSTRIALIZAÇÃO,OU SEJA;HAVIA UMA OMPETIÇÃO DE PODER INDUSTRIAL.

  • Expansionismo Alemão e Austro-húngaro .

  • O Atentado de Sarajevo foi o incidente que, em 28 de junho de 1914, vitimou o arquiduque ... Francisco Fernando era um defensor dos Estados Unidos da Grande Áustria, um projeto federalista

    dentre outras disputas por territorios das potencais, a morte do arquiduque FRANCISCO FERNANDO, FOI OS ESTOPIM PARA AS POTENCIAS DECLARAREM GUERRAS UMAS AS OUTRAS

  • Pela Alemenha que queria aumentar seu poder territorial e seus inimigos eram contra.

  • ERRADO

    ALEMANHÃ GOSTA DE TRETA.