“A epopeia, a tragédia, assim como a poesia ditirâmbica e a
maior parte da aulética e da citarística, todas são, em geral,
imitações. Diferem, porém, umas das outras, por três aspectos:
ou porque imitam por meios diversos, ou porque imitam
objetos diversos ou porque imitam por modos diversos e não
da mesma maneira. Pois tal como há os que imitam muitas
coisas, exprimindo-se com cores e figuras (por arte ou por
costume), assim acontece nas sobreditas artes: na verdade,
todas elas imitam com o ritmo, a linguagem e a harmonia,
usando estes elementos separada ou conjuntamente. Por
exemplo, só de harmonia e ritmo usam a aulética e a citarística
e quaisquer outras artes congêneres, como a siríngica;
com o ritmo e sem harmonia, imita a arte dos dançarinos,
porque também estes, por ritmos gesticulados, imitam caracteres,
afetos e ações."
(Aristóteles, Poética. São Paulo: Abril Cultural, 1984)
A partir do texto, pode-se concluir que, segundo Aristóteles,