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ID
1726618
Banca
Quadrix
Órgão
CFP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder às questões abaixo.

Personalidade versus conhecimento

Durante o processo seletivo, companhias dão mais valor
à avaliação 
pessoal dos candidatos do que a
competências na área de atuação

14 de maio de 2012 - Márcia Rodrigues, de O Estado de S. Paulo 

      O aquecimento econômico, que vem gerando uma verdadeira caçada de profissionais qualificados, não impede as empresas de dar prioridade à avaliação do perfil psicológico dos candidatos, antes mesmo de pesar a experiência técnica durante os processos seletivos. É o que aponta pesquisa da Catho Online com 46.067 entrevistados entre candidatos e profissionais da área de recursos humanos.
      De acordo com o levantamento, 52,1% das empresas pesquisadas aplicam algum tipo de teste no processo seletivo. Destas, 71,7% valorizam a avaliação da personalidade, aptidão e as competências dos candidatos em testes psicológicos ou de análise de comportamento durante a seleção. O conhecimento técnico também é analisado no currículo, em entrevistas ou em testes situacionais - quando a empresa simula um conflito do dia a dia da função para ver se o candidato consegue solucioná-lo - , mas somente depois da aprovação do perfil comportamental.  
      "Normalmente, as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas e são demitidas por problemas de comportamento. Por isso, é natural que as companhias deem prioridade a este tipo de avaliação. Afinal, é muito mais fácil oferecer um curso técnico para aprimorar os conhecimentos do profissional na área e, assim, suprir a sua deficiência, do que 'moldar' a personalidade de alguém", comenta diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Luiz Edmundo Rosa.
      A gerente de recursos humanos da rede hoteleira Grupo Salinas, Eliana Castro, concorda com Rosa. Para ela, em muitos casos é importante avaliar se a personalidade do candidato se encaixa com a dos demais funcionários da equipe para não prejudicar o clima amistoso no ambiente de trabalho.
      "Há candidatos que nós desencorajamos o chefe do setor a contratar, porque sua personalidade destoa dos demais da equipe. Claro que não eliminamos o candidato logo de cara, mas é algo que conta ponto", diz Eliana.
      Recém-contratadas pelo grupo hoteleiro de Alagoas, Natalia Pinto Rabelo, de 22 anos, e Karina Sencades, de 32 anos, passaram por vários testes antes de obterem a efetivação.
      Por ser psicóloga, Karina, que assumiu o cargo de consultora de recursos humanos em março, não passou por testes psicológicos, já que não se aplica este tipo de exame em profissionais da área. "Mas passei por entrevistas, provas situacionais e de competência, que também ressaltam características que possibilitam ao recrutador traçar meu perfil psicológico", conta Karina.
      Natália, contratada este mês como assistente de vendas, fez testes de personalidade, passou por três entrevistas e ainda pela prova situacional. "De todos os testes, o mais difícil foi a simulação de um problema corriqueiro da função. 'Tirei de letra' as entrevistas e o teste psicológico."
(www.estadao.com.br)

A palavra "que", em destaque no primeiro parágrafo, no contexto em que aparece, pode ser classificada morfologicamente como:

Alternativas
Comentários
  • pronome relativo: o qual, a qual, os quais, as quais

  • No texto o  "que" inicia uma Oração subordinada adjetiva explicativa sendo, portanto, um pronome relativo.

    Toda oração subordinada adjetiva é iniciada por um pronome relativo.

  • São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.

  • Tá retomando aquecimento econômico, portanto só pode ser pronome relativo.

  • Podemos observar que o "que" está retomando o termo aquecimento econômico citado anteriormente. Destarte, trata-se de um pronome, mais especificamente, relativo.

    Para exercitar, vou encontrar a função sintática do "que". Para isso é preciso isolar a oração em que o pronome ralativo aparece. Temos:

     O aquecimento econômico, / que vem gerando uma verdadeira caçada de profissionais qualificados, / não impede as empresas... 

          ORAÇÃO PRINCIPAL                        ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICTIVA                       ORAÇÃO PRINCIPAL

    Agora basta substituir, na oração subordinada, o termo "que" por seu antecedente. A função sintática que o termo antecedente exercer é a mesma que o "que" exerce. Temos assim:

    que vem gerando uma verdadeira caçada de... >>> o aquecimento econômico vem gerando uma verdadeira caçada de....

    Como podemos observar, o termo antecedente exerce a função de sujeito da oração. Portanto, o "que" também exerce essa função.

  • Pronome relativo

    Concorda sempre com o antecedente. EX: Os textos que li são excelentes.

    Os pronomes relativos são: quequem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (equivalendo a em que), quanto (quanta, quantos, quantas) e cujo (cuja, cujos, cujas) e podem ser precedidos ou não por preposições.

    Ex.:

    - A casa ''Onde '' Maria Eugênia e Rafaela moram é muito moderna.

    -A pessoa a quem entreguei os documentos é a recepcionista.

    Os pronomes relativos podem ser facilmente substituídos pelo relativo "o qual" e suas variantes, preposicionadas ou não. Esse artifício não se aplica aos pronomes cujocujacujos e cujas, que são sempre pronomes relativos.

    Ex.: O rapaz de quem lhe falei não é aquele?

    O rapaz do qual lhe falei não é aquele?

    Ex.: Vivo com seres cujos sentidos são facilmente detectáveis.

    Ex.: A rodovia cuja pavimentação deteriora a flora...

    Obs.: o pronome "cujo", e suas variações, não concorda com o antecedente, mas sim com o consequente. EX: Este é o livro cujas folhas estão amareladas.

  • ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICTIVA