Os estudos e pesquisas referentes à diversidade são muito recentes no Brasil. Segundo
Oliveira e Rodriguez (2004) surgem a partir dos anos 1990. Essa tendência surgiu como
ferramenta de melhoria das relações sociais que devem ir para irem além do que exige as
Ações Afirmativas.
O assunto da diversidade remete a um dos tópicos de maior interesse do ponto de vista
das políticas públicas no que diz respeito à experiência de reverter, institucionalmente, as
desigualdades na sociedade. Trata-se da questão da Ação Afirmativa (ALVES; SILVA,
2004).
A Ação Afirmativa está baseada “na compreensão de que os fenômenos sociais não
são naturais, mas resultado das diversas interações sociais.” Assim, haveria a necessidade de
intervenção política na reversão do quadro de desigualdade que se observa em uma dada
sociedade. Complementa sua definição ao afirmar ser um conjunto de políticas específicas
para indivíduos de grupos sociais que de certa forma sofrem exclusão social e são privados de
um tratamento igualitário no alcance de diversas oportunidades (ALVES; SILVA, 2004, p.
22).
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/97846/A%20percep%C3%A7%C3%A3o%20da%20diversidade%20na%20EAD%20do%20programa%20UAB1%20do%20curso%20de%20administra%C3%A7%C3%A3o%20da%20Universidade%20Fede.pdf?sequence=3
Sempre as organizações foram marcadas pela diversidade, porém, ganhou força nos EUA, principalmente, pós-guerra civil. Depois de todo aquele confronto entre brancos e negros. Os negros reivindicavam maior participação, igualdade de tratamento, por parte do estado. As empresas começam a pensar em incluir os negros em seu rol de funcionários, de forma mais igualitária. Os negros já trabalhavam e ocupavam cargos de altíssima complexidade, enquanto os brancos que assinavam os papéis que os negros descobriam. Essa filosofia da época é se começa falar em diversidade, respeito e valorização. Não se pode confundir gestão da diversidade ( ) com ação afirmativa ( ). São diferentes. Não se pode pensar na diversidade pensando apenas em negros e brancos, pois inclui todo tipo de diferença que podemos trabalhar, a favor dos objetivos estratégicos.
DIVERSIDADEà: refere-se a uma variedade de atributos de indivíduos e grupos. Segundo essa perspectiva, as organizações deveriam perceber as qualidades de seus consumidores e funcionários.
ABRANGÊNCIA DA DIVERSIDADEà: a diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende-se à idade, história pessoal e corporativa, formação educacional, função e personalidade. Inclui estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica, tempo de serviço na organização, status de privilégio ou de não privilégio e administração ou não administração. (Thomas).
AÇÃO AFIRMATIVAà: baseia-se na compreensão de que os fenômenos sociais não são naturais, mas resultado das diversas interações sociais; assim, haverá necessidade de intervenção política na reversão do quadro de desigualdade que se observa em uma dada sociedade.
Quando se estabelece cotas para que as mulheres entrem no mercado de trabalho. As empresas são obrigadas a definir cotas nos cargos mais altos. Existiu fenômeno no passado que a mulher foi subjugada e isso atrasou em relação aos homens. Coloca medidas diferenciadas no sentido de conseguir uma igualdade. A igualdade não é oferecer as mesmas condições, é oferecer condições diferenciadas para pessoas que estão em condições diferenciadas por fenômenos sociais não intencionais que aconteceram.
Ação afirmativa é um conjunto de políticas específicas para membros de grupos sociais atingidos por formas de exclusão social que lhes negam um tratamento igualitário no acesso às diversas oportunidades.
GESTÃO DA DIVERSIDADEà: pode-se utilizar da ação afirmativa. De forma genérica, entende-se por gestão da diversidade a adoção de medidas ADMINISTRATIVAS que garantam que os atributos pessoais, ou de grupo, sejam considerados recursos para melhorar o desempenho da organização. Nos processos de seleção e outros processos utiliza-se os atributos pessoais de determinado segmentos para melhorar o desempenho da organização.
Diz respeito a uma prática gerencial que pretende substituir ações afirmativas e práticas de Equal employment opportunity - acesso igualitário ao trabalho.
Fonte: Professora Kátia Lima/ Grancursos