SóProvas


ID
1740637
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TJ-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

                                                                Vamos acabar com esta folga

O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Haviabrasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo.
De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou‐se de lá e perguntou:
— Isso é comigo?
— Pode ser com você também — respondeu o alemão.
Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou‐se então um português que era maior ainda do que o turco.
Queimou‐se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos.
O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café. Levantou‐se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café levantou‐se um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar, como os outros:
— Isso é comigo?
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba! O alemão deu‐lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro.
Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.

(PONTE PRETA, Stanislaw. In: O melhor de Stanislaw Ponte Preta, 2. Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.)

O autor utiliza algumas expressões que caracterizam a linguagem coloquial, adequadamente utilizada no texto considerando‐se o gênero em análise. Dentre os comentários a seguir, caberia ao contexto e nível de linguagem utilizados no ambiente em que se desenvolve a maior parte dos fatos narrados:

Alternativas
Comentários
  • O mais coloquial das frases seria a letra D.

    Note que nas outras questões são utilizadas palavras mais formais ou difíceis

    A) "Ateve"

    B) "Aprofundavam", "Variavam"

    C) "Divagou", "Noutros"

    Portanto, letra D mais se encaixa na proposta coloquial

  • O absurdo é uma prova de portugês considerar correta uma sentença escrita de forma errada. "Ouvi ele"?????? Nem as crianças do ensino fundamental falam assim. 

     

  • Não dá para entender o que essa banca quer perguntar numa questão de português... impressionante!!!

  • questão subjetiva demais, o cara da banca quer q vc responda igual a ele? assim não dá.

  • MARQUEI POR EXCLUSÃO DAS OUTRAS. QUESTÃO MUITO SUBJETIVA

  • Que banca horrorosa!!!

    Não consigo entender o que ela quer...Nossa, como desanima!

  • Amigas, no comando, a banca pede marcar a opção que tem liguagem coloquial. A opção que registra uma característica da liguagem coloquial é a opção D porque apresenta o pronome do caso reto "ele" como objeto direto. É coloquial mas é um erro gramatical.

     

  • Não tem nada de errado com a questão. Ela pede a opção coloquial que se adequar ao contexto do texto. A letra D mostra exatamente como o povo fala....
  • Meu  subrinho de 8 anos, elaboraria uma questão melhor...

  • O problema da alternativa "d" é o "ouvi". Se fosse ler e não ouvir, tudo bem. O pronome "ele" é coloquial, mas ouvi, quando se lê? É demais!

  • Consulplan dando uma de FGV KKKK

     

  • QUE MERDA DE BANCA

  • Que banca é essa..... Questão muito subjetiva, cobrando a fala coloquial de maneira bem diferente da questão 36.

  •  Indiquem para comentário e resolvam (se possível) todas as questões de interpretação da banca. 

  • Considerei as letras b e d coloquiais, descartei a letra d pelo erro gramatical. Optei pela letra b. Ser coloquial não significa ser errado. Enfim... 

  • Resposta D

     

    O autor utiliza algumas expressões que caracterizam a linguagem coloquial, adequadamente utilizada no texto considerando‐se o gênero em análise. Dentre os comentários a seguir, caberia ao contexto e nível de linguagem utilizados no ambiente em que se desenvolve a maior parte dos fatos narrados:


    Passagens do texto:

    "O negócio aconteceu num café."
    "...um alemão forte pra cachorro..."
    "O alemão deu‐lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. "
    "Termina aí que é pros brasileiros..."

     

    “Gostei do assunto, porque quando ouvi ele, comecei a pensar em muitas coisas.”  (É a única que não utiliza linguagem culta)

  • Acho q a questao se afere à explicacao da forma do texto:o texto é narrativo certo? Como explicar p outra pessoa q vc quer q ela redija uma narracao? Fazer vc pensar em muitas coisas. 

  • O enunciado pede o comentário que caberia ao contexto e nível de linguagem utilizados.

    Todas as opções apresentam o tipo de linguagem utilizados, porém apenas o item D apresenta o comentário que cabe ao contexto. Ao começar a ler o texto, não é possível saber qual será a conclusão da história narrada, sendo assim, começamos a pensar em muitas coisas.

     

    Espero ter ajudado.

  • Atenção ao enunciado: "(...) utilizados no ambiente em que se desenvolve a maior parte dos fatos narrados".

    O fato ocorre num café. Fala de briga, com frases utilizadas no cotidiano. Logo, a alternativa que atende ao que o enunciado pede é a alternativa D. Não há nada de errado com a questão.

  • “Gostei porque ele se ateve ao tema do começo ao fim.”

    “Não gostei porque eles não aprofundavam os temas e variavam demais.”

    “Não gostei porque ele divagou demais e toda hora entrava noutros temas.”

    “Gostei do assunto, porque quando ouvi ele, comecei a pensar em muitas coisas.” - proposta coloquial


     

  • Creio que a D está certa por se adequar ao contexto: como é um texto que tem uma crítica humorística, faz vc pensar em muitas coisas
  • Gabarito: D

    A linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral.

    a) “Gostei porque ele se ateve ao tema do começo ao fim.”

    b) “Não gostei porque eles não aprofundavam os temas e variavam demais.”

    c) “Não gostei porque ele divagou demais e toda hora entrava noutros temas.”

    d) “Gostei do assunto, porque quando ouvi ele, comecei a pensar em muitas coisas.”

  • BOM, EU NÃO SEI VOCÊS ...

    QUAL LUGAR DO PLANETA AS PALAVRAS; DIVAGOU, NOUTROS, ATEVE, SÃO CONSIDERADAS LINGUAGEM CULTA?

    QUAL MANUAL DE PORTUGUÊS DÁ UM PESO MENOR PARA O USO DE ORAÇÃO ENTRE VÍRGULAS COM TERMOS EXPLICATIVOS DO QUÊ AO USO DE PALAVRAS CORRIQUEIRAS?

    VALHA-ME DEUS ESSA BANCA!

  • ouvi ele lembra ouvi ela, tem uma certa cacofonia aí, é por aí sei lá husahsua banca meio louquinha! mas que eu ri do brasileiro eu ri

  • Linguagem coloquial: só lembrar das palavras que usamos no dia a dia, deixe um pouco de lado a gramática correta..