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ID
1741531
Banca
FUNCAB
Órgão
FUNASG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O atual código de ética profissional dos assistentes sociais é uma revisão do código anterior, de 1986, que foi um marco na consolidação das conquistas profissionais, pois, coroou o rompimento com o conservadorismo. As lacunas revisadas pelo Código de 1993 estão localizadas nas dimensões:

Alternativas
Comentários
  • ÉTICA - a quebra com a questão da neutralidade

    PROFISSIONAL - o fato do profissional ultrapassar o papel da execução, sendo alocado em outros campos (gestão, planejamento de políticas sociais etc.)

  • o código era mais cientifico e menos normativo e ainda pregava a ideia de um profissional bom, neutro, ainda do bem e do mal, fonte dessa resposta??

  • A própria introdução do nosso código de ética traz essa discussão:

    A revisão do texto de 1986 processou-se em dois níveis. Reafirmando os seus valores fundantes - a liberdade e a justiça social -, articulou-os a partir da exigência democrática: a democracia é tomada como valor éticopolítico central, na medida em que é o único padrão de organização político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores essenciais da liberdade e da equidade. É ela, ademais, que favorece a ultrapassagem das limitações reais que a ordem burguesa impõe ao desenvolvimento pleno da cidadania, dos direitos e garantias individuais e sociais e das tendências à autonomia e à autogestão social. Em segundo lugar, cuidou-se de precisar a normatização do exercício profissional de modo a permitir que aqueles valores sejam retraduzidos no relacionamento entre assistentes sociais, instituições/organizações e população, preservandose os direitos e deveres profissionais, a qualidade dos serviços e a responsabilidade diante do/a usuário/a. A revisão a que se procedeu, compatível com o espírito do texto de 1986, partiu da compreensão de que a ética deve ter como suporte uma ontologia do ser social: os valores são determinações da prática social, resultantes da atividade criadora tipificada no processo de trabalho. É mediante o processo de trabalho que o ser social se constitui, se instaura como distinto do ser natural, dispondo de capacidade teleológica, projetiva, consciente; é por esta socialização que ele se põe como ser capaz de liberdade. Esta concepção já contem, em si mesma, uma projeção de sociedade - aquela em que se propicie aos/às trabalhadores/as um pleno desenvolvimento para a invenção e vivência de novos valores, o que, evidentemente, supõe a erradicação de todos os processos de exploração, opressão e alienação. É ao projeto social aí implicado que se conecta o projeto profissional do Serviço Social - e cabe pensar a ética como pressuposto teórico-político que remete ao enfrentamento das contradições postas à profissão, a partir de uma visão crítica, e fundamentada teoricamente, das derivações ético-políticas do agir profissional.

     

    Outras análises foram feitas no livro Ética e seviço social Fundamento ontológicos de Maria Lucia Silva Barroco, quando a autora analisa toda a conjuntura e processo de aprovação do novo código:

    O processo de debates éticos que teve início em 1992, culminando com a aprovação do novo código,um ano depois, foi marcado por um encaminhamento inédito na trajetória da reflexão ética profissional. (...)Como fruto desse processo,em 1992, pela primeira vez na história dos Congressos Brasileiros, a questão ética passa a compor o conjunto de painés temáticosno VII CBAS, em que verifica-se a ampliação do debate diversificado entre teses de fundamentação teórica, problematizações sobre a prática profissional, denúncias éticas...(p.199).