Questão 1750705

• Banca: FCC
• Órgão: TRE-AP
• Ano: 2015
• Provas: FCC - 2015 - TRE-AP - Analista Judiciário - Engenharia
• Disciplina: Engenharia Civil
• Assuntos: Edificação; Patologias; Revestimento

Nos revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas um dos fenômenos patológicos que podem ser observados em período breve após a aplicação do revestimento é a pulverulência, que pode ser causada, entre outros fatores, por

• A. presença de concreções ferruginosas na areia.
• B. matéria orgânica ou pirita na areia.
• C. excesso de desempenamento.
• D. oxidação da pirita presente como impureza do agregado.
• E. traço pobre em aglomerante.

Gabarito: E

Comentários

• Estado do que é pulverulento, isto é, coberto ou cheio de pó. Certos componentes como a massa corrida, reagem com a umidade, resultando em um pó branco sem coesão. A aparência é como se alguém tivesse jogado um punhado de farinha sobre a parede (FONTE: E-Civil).

• Um traco pobre em aglomerante quer dizer que o mesmo posui mais agregados (areia e brita/seixo) do que aglomerante (cimento)

  Quando se fala em revestimento, considera o agregado como sendo areia, então com mais areia do que cimento, essa areia não irá reagir com a água,  logo irá sobrar areia no revestimento e por isso fica um revestimento pulverulento.

• a) presença de concreções ferruginosas na areia. - VESÍCULAS

  b) matéria orgânica ou pirita na areia.- VESÍCULAS

  c)excesso de desempenamento. - FISSURAS MAPEADAS

  d) oxidação da pirita presente como impureza do agregado. - EMPOLAS PEQUENAS

  e) traço pobre em aglomerante. - PULVERULÊNCIA

  FONTE: NBR 13749

   

• NBR 13749

  Os fenômenos citados em A.2, juntamente com suas possíveis causas, podem ser observados em período breve após a aplicação do revestimento.

   

  Fenômenos:

   

  Fissuras Mapeadas: Podem formar-se por RETRAÇÃO DA ARGAMASSA, por EXCESSO DE FINOS NO TRAÇO, quer sejam de aglomerantes, quer sejam de finos no agregado, ou por excesso de desempenamento. Em geral, apresentam-se em forma de MAPA.

   

  Fissuras geométricas: Quando acompanham o contorno do componente da base podem ser devidas à retração da argamassa de assentamento. Fissuras na vertical podem ser devidas à retração higrotérmica do componente, interfaces de base constituída de materiais diferentes, locais onde deveriam ter sido previstas JUNTAS DE DILATAÇÃO.

   

  
  Vesículas: 

  As vesículas podem ser causadas por: 

   

  - Hidratação RETARDADA do ÓXIDO DE CÁLCIO não hidratado presente na cal hidratada (O INTERIOR DA VESÍCULA É BRANCO)

  
  - Presença de concreções ferruginosas na areia (o interior da vesícula é VERMELHO).

  
  - Matéria orgânica ou PIRITA NA AREIA (o interior da vesícula é PRETO).

   

   

  Pulverulência: 

  A pulverulência pode ser causada por:

  - EXCESSO DE FINOS NO AGREGADO
  - TRAÇO POBRE EM AGLOMERANTE
  - CARBONATAÇÃO INSUFICIENTE DA CAL, EM ARGAMASSAS DE CAL, DIFICULTADA POR CLIMA SECO E TEMPERATURA ELEVADA OU POR AÇÃO DO VENTO.

   

   

  Empolas pequenas:

   

  OXIDAÇÃO DA PIRITA presente como impureza no agregado, resultando na formação de gipsita, acompanhada de expansão (o agregado apresenta PONTOS PRETOS).

   

   

  Expansão e deslocamento do revestimento:

  Preenchimento de fissuras com GESSO, por ter endurecimento rápido; a gipsita formada na hidratação do gesso reage com o cimento da argamassa, formando a etringita , acompanhada da expansão.

   

   

   

  "TREINE enquanto eles dormem, ESTUDE enquanto eles se divertem, PERSISTA enquanto eles descansam e então VIVA O QUE ELES SONHARAM!"