McDougall (1989, 1994) compreende o fenômeno da
somatização como um mecanismo mental de defesa e emprega o termo “potencialidade
psicossomática”, isto é, qualquer indivíduo, neurótico ou psicótico, pode
somatizar se um certo limiar de conflito ou de dor psíquica é ultrapassado. Nos
fenômenos psicossomáticos ocorreria a expulsão de alguns aspectos, afetivos e
cognitivos, da realidade psíquica para fora da psique, deixando o indivíduo sem
conhecimento dos mesmos. Os pacientes somatizadores muitas vezes “não têm
palavras para dar nome a seus estados afetivos ou não conseguem distinguir um
estado afetivo do outro. p.346
Volich, Ferraz e Ranna (orgs). Psicossoma IV – Corpo, história e pensamento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008