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a)crianças que vivenciaram um apego seguro não vivenciam o desapego.
ERRADO. Crianças que vivenciaram um apego seguro são, ao contrário, capazes de afastar-se da figura de apego, pois tem nela uma base segura para a exploração do ambiente.
b)o desapego é característico das crianças que desenvolveram um falso-self, tal como formulado por Winnicott.
ERRADO. O falso-self é desenvolvido devido à mãe insuficientemente boa ou a um ambiente desprovido de cuidados maternos e não gera o desapego.
c)as etapas do desapego são desespero e desapego.
ERRADO. As etapas são 1) PROTESTO 2) DESESPERO 3)DESLIGAMENTO.
d)as etapas do desapego são protesto e desapego.
ERRADO. Vide alternativa acima.
e)o processo de desapego guarda semelhança com o conceito de depressão anaclítica de René Spitz.
CORRETO. Privação emocional PARCIAL > Depressão anaclítica. Privação emocional COMPLETA> Marasma ou Hospitalismo. Esse tipo de depressão infantil e precoce foi descrita pela primeira vez por Spitz, que a via como um quadro de perda gradual de interesse pelo meio, perda ponderal (de peso), comportamentos estereotipados (tais como balanceios) e, eventualmente, até a morte.
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Resposta: O processo de desapego guarda semelhança com o conceito de depressão anaclítica de René Spitz.
O conceito de depressão anaclítica de Spitz faz referência a separação da mãe por até 05 meses, ou seja, um tipo de privação da mãe ou de cuidados insuficientes (quantitativamente).
A teoria do desapego guarda semelhança porque faz referência ao afastamento da mãe / bebê, ou seja, assim como na teoria de Spitz.
Amigos, bons estudos!
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O histórico do bebê que traz sinais de insuficiência do crescimento relacionado com extrema privação afetiva é diferencial entre o Autismo e a Depressão Anaclítica que é um evento de depressão infantil precoce representando severo prejuízo no desenvolvimento físico, psíquico de crianças vítimas de abandono e/ou negligência e crianças emocionalmente frágeis que relacionam as rupturas naturais com a mãe como a perda da figura materna com frustrações precoces e graves, que podem ser ocasionadas pela descontinuidade dos cuidados maternos que podem ser originados por luto materno, psicopatologia materna, hospitalização logo após o nascimento, o desmame
precoce que para o infante pode significar a perda com a qual existia um laço indissolúvel criado pela amamentação. Descrita inicialmente por Spitz em 1940, que analisou crianças que vinham com quadro de perda gradual de interesse pelo meio, perda ponderal, esteriotipias e até a morte.
Uma condição necessária para para o desenvolvimento da depressão anaclítica é que, antes da separação, a criança tenha estado em boas relações com a mãe, pois foi observado que crianças que tinham história de negligências, maltratos, descuido, com suas mães não apresentavam sinais de Depressão Anaclítica, (SPITZ, 1991).
Antes do 1o semestre de vida fala-se em respostas depressivas evidenciadas pelo bebê, somente após esse período é que a Depressão Anaclítica se instala, geralmente segue com quadro clínico transitório podendo ser traduzido futuramente por excessiva dependência de gratificação narcísica exterior e perda da auto-estima, resultante da necessidade insatisfeita de afeto, (Kovacks, 1997).
Stern, 1991, evidenciou que a fome no bebê compromete sua respiração pois ela é vivida com angústia e desespero, porém tem o lado positivo em que o bebê é obrigado a tentar conectar o mundo exterior, da mesma maneira ocorre quando ele está com cólica, inadaptação térmica.
A criança para Winnicott seria um ser indefeso e desintegrado que tem a percepção de modo desorganizado aos estímulos exteriores, descreveu a importância do (OT) objeto transicional (objeto que a criança demonstra prazer em sua compania, levando consigo todo o tempo – pano, bichinho, travesseiro), em que através dessevínculo ela cria a intermediação do seu “eu” interior e o meio em que ela se encontra, na ausência do objeto transicional encontraremos a criança depressiva, triste, sem estímulopara desenvolver seu “eu emocional”, cabendo a mãe a tarefa de apresentar o meio àcriança, e um facilitador é o (OT) e afirmou que:
..."Sem ter alguém dedicado especificamente às suas necessidades, o bebê não consegue estabelecer uma relação eficiente com o mundo externo. Sem alguém para dar-lhe gratificações instintivas e satisfatórias, o bebê não consegue descobrir seu próprio corpo nem desenvolver uma personalidade integrada".
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1 - Fase de protesto por ocasião da separação: a criança chora, agita-se, procura seguir seus pais. Permanece inicialmente inconsolável, mas após dois a três dias as manifestações ruidosas se atenuam.
2 - Fase de desespero: vem logo a seguir, e a criança recusa-se a comer, a ser vestida, permanece retraída, nada mais pede às pessoas à sua volta. Parece encontrar-se em um estado de grande luto.
3 - Fase de desligamento: não mais recusa a presença das enfermeiras, aceita seus cuidados, a alimentação, os brinquedos. Se neste momento a criança revê a mãe, pode não mais reconhecê-la. O mais comum é que grite ou chore, rejeitando-a