elisle (1999, in TENÓRIO, 2003) explica que a criança exposta a situação ameaçadora ou hostil, da qual não possa fugir, vivencia um impasse existencial o qual ela enfrenta recorrendo à única alternativa de defesa de que dispõe: a introjeção. A experiência é, ao mesmo tempo, ameaçadora e indispensável, uma vez que fugir dela pode significar a rejeição ou a perda do amor dos pais, de quem depende de forma absoluta. A criança, então se submete passivamente à experiência tóxica. Delisle nomeia experiências tóxicas “engolidas sem mastigação” de microcampos introjetados. Essas estruturas precisam ser mantidas como fundo, sob o risco de serem revividos caso venham à tona. Para evitar isso, o Self mobiliza os mecanismos de interrupção do contato. Apesar de permanecerem no fundo, esses microcampos estão sempre ameaçando vir à tona, uma vez que são situações inacabadas ou gestalten abertas.