SóProvas


ID
1764571
Banca
FGV
Órgão
PGE-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3 – Carta do Leitor – Aposentadoria

O governo federal tem que escolher se quer mesmo fazer uma regra de aposentadoria para valer ou vai fazer outra pequena e de duvidosa justiça para todos. Se vai ser para valer, terá que acabar com a curiosa aberração que é a aposentadoria para mulher ser antecipada em cinco anos; absurdo inexistente em praticamente todo o mundo, além do que, no Brasil, elas vivem em média 8 anos a mais que os homens. A dupla jornada, antiga alegação, hoje é compartilhada com seus maridos e companheiros e não serve mais. O governo terá também que acabar com a aposentadoria de cinco anos menos para professores, uma vez que não há razão para esse benefício. Independentemente de sexo ou profissão, todos têm que pagar pelo mesmo número de anos. (O Globo, 9/10/2015)

A carta do leitor, transcrita no texto 3, mostra exemplos de linguagem coloquial; o segmento abaixo que exemplifica essa variedade de linguagem é:

Alternativas
Comentários
  • complicado...já vi questão da FGV em que a coloquialidade era exemplificada pelo uso do "que" como preposição em lugar do "de"...

  • A linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registradas ou tem outro significado.
    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_coloquial

  • Para valer= válida

  • Diria que o coloquislismo tá na regência do verbo TER.

    TER  ---> DE

    Ter "que" tá gramaticalmente errado, apesar de todos falarem assim.

  • Se formos pensar que após o verbo ter, tem que vir DE ao invés de QUE, seguido de verbo no infinitivo, teremos que anular a questão A, C e D, não acredito que esse tenha sido o critério para a alternativa A estar certa, indiquem para comentário, galera.

  • Questão relaciona o sentido dos verbos. Ao questionar se a lei vai ser para valer, o autor quer saber se o governo almeja de verdade uma lei justa, correta, séria, etc. Não se ela será válida. O restante dos verbos (e de outras classes gramaticais) das alternativas em destaque está no sentido literal.

  • por que usa-se o DE junto do verbo TER ??? 

  • Linguagem coloquial nesse tipo de questão tem a ver com o subjetivismo das palavras. Sentido figurado. Como foi no caso da letra A em relação ao verbo "valer". Não está no seu sentido real, objetivo e sim subjetivo, com outro significado.

  • A palavra "valer" não está empregada no seu sentido culto, mas sim, representando outro significado. Ex.: regra de aposentadoria  para gerar resultados.

  • É uma carta de leitor do Globo, está quase toda escrita em linguagem coloquial...por que eliminar a D ? eu marquei essa, pensando no "pagar pelo mesmo número de anos". Mas fiquei na dúvida entre a A e a D e marquei a errada pra variar. 

  • Também pensei na questão do 'de' e do 'que' vindos depois do verbo ter.

    Porém, achei a letra a) muito clara e a marquei.

    Além disso, alguns gramáticos aceitam o 'de' ou o 'que' como corretos no emprego do verbo 'ter', mas confesso que não sei se a FGV segue ou não esse pensamento.

  • Vamos solicitar o comentário galera. O professor comenta as questões com maior número de solicitações.

  • A expressão "para valer" marca a maneira coloquial. Só se usa na fala, não na escrita formal. Não há dúvidas.

  • Vai fazer no sentido utilizado não é coloquial?
  • Gabarito A

    linguagem coloquial, informal ou popular é umalinguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagemformal não estão registradas ou tem outro significado.

    Nesse caso a palavra "para valer" justifica a linguagem coloquial.

    Vamos na fé !

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  •  "A dupla jornada, antiga alegação, hoje é compartilhada com seus maridos e companheiros e não serve mais." Em qual brasil será que esse leitor vive?

     

    Gostaria de falar por 5min com a esposa dele pra saber se ele compartilha ou "ajuda em casa" (o que é muito diferente). A realidade é que, sim, hoje muitos maridos "ajudam", o que não elimina a jornada dupla, apenas a torna mais suportável.

     

    #desabafo

  • Ter de – expressa uma idéia de obrigatoriedade, de necessidade, de dever.
    Tenho de estudar para a prova amanhã. (Tenho necessidade em estudar)

    Ter que – expressa uma idéia de “algo para”, “coisas para”.
    Ele tem muito que estudar. (Ele tem muitas matérias para estudar)
     

    Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/ter-que-ou-ter-de.htm 

     

    Força, minha gente!

  • o "de" antes do "que" é facultativo, de acordo com os gramáticos e expressa funçao comparativa, sendo assim sua retirada não prejudica o entendimento da frase, ou seja, não é contra a norma culta da lingua.

  • e a letra D? "pagar" não está sendo utilizado de forma coloquial?

  •  a) “O governo federal tem que escolher se quer mesmo fazer uma regra de aposentadoria para valer";  ==> linguagem coloquial

  • quando vi o "tem que" já marquei a questão depois que percebi o "pra valer" concretizando a resposta.

  • Como é que "paga anos"?? FGV não é pra amadores!!