Texto 4
MAIS UM ATAQUE DISFARÇADO CONTRA A NOSSA AMAZÔNIA
A intenção de domínio sobre a Amazônia, com seus 830 mil
quilômetros quadrados, dos quais mais de 65 por cento nosso,
aparece seguidamente, sob os mais incríveis disfarces. A iniciativa
parte sempre de alguma ONG, ligada a poderosos grupos
internacionais, que surge como salvadora da Pátria, para
“preservar" a floresta e suas riquezas. Já se viu esse filme. Quem
não lembra quando uma ONG conseguiu transferir para o Japão a
propriedade do nome “Cupuaçu"? Agora surge mais um desses
ataques, escamoteados sob boas intenções e com apoio de
governos vizinhos. O presidente da Colômbia, Juan Manoel
Santos, caiu na catilinária da ONG, Fundação Gaia Internacional e
mandou ao Congresso projeto criando um “corredor ecológico"
dentro da Amazônia, que ligaria os Andes ao Oceano Atlântico.
Esse corredor seria intocado e suas riquezas eternamente não
violadas. Assim, aparentemente, seria uma ideia positiva, não
fosse a Gaia uma entidade bancada por dinheiro de várias
Nações, todas elas muito aflitas para botar a mão em alguma
coisa próxima dos 230 trilhões de dólares das riquezas que a
maior floresta do mundo comporta.
O presidente colombiano (isso mesmo, do país que até
recentemente era dominado pelo narcotráfico e ainda se
mantém como um dos maiores exportadores de cocaína do
mundo), não consegue resolver seus problemas internos, mas
quer interferir nos vizinhos, impondo um corredor, inclusive
dentro do Brasil, onde ninguém entraria. Como ninguém? Claro
que a exceção seria para as ONGs internacionais; para
representantes da Igreja, que viriam “catequizar" os índios e para
outros estrangeiros. A proibição seria para os brasileiros, que não
poderiam usar parte do seu território. Nosso governo, até agora,
não chiou contra esse crime. O que, aliás, não é surpresa alguma!
(Correio de Notícias, 21/07/2015)
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