Colega Vanessa IPD, vou tentar responder sua pergunta (vai ficar um pouco grande mas espero que te ajude)
Em outra questão (Q564897) eu tentei fazer um comparativo para mostrar como o CESPE pode cobrar o mesmo assunto falando de maneiras diferentes. Essa questão falava justamente do papel dos arquivos nacionais e inclusive foi aplicada nesse mesmo concurso (MPOG), porém, para cargos diferentes, com a exigência do mesmo tipo de formação: arquivistas.
Bom, vou colar aqui o comparativo para ver se te ajuda:
"Um fator inibidor da implementação de programas de gestão de documentos pela administração pública foi o papel histórico dos arquivos nacionais, que privilegiavam os documentos de caráter histórico permanente." CERTO
Vamos fazer um comparativo com essa questão:
"As dificuldades de implantação do programa de gestão de documentos estão relacionadas ao papel histórico dos arquivos nacionais. Essas instituições eram reconhecidas por uma atuação mais passiva de custódia dos documentos." (CERTO)
A primeira parte (negrito) está dizendo a mesma coisa, correto? Agora, na segunda questão, o que seria essa "atuação mais passiva de custódia de documentos" (sublinhado)? Ao meu ver, essa afirmação está dizendo, em outras palavras, o que a segunda parte da primeira questão disse. Atuação passiva em relação à custódia é justamente essa vontade/iniciativa/atividade/função/procedimento de guardar tudo o que é permanente.
A fonte para a afirmação dessa questão é o texto do José Maria Jardim (vou colocar o link)
"Quais seriam os fatores inibidores que comprometeriam a adoção das funções de gestão de documentos pelas instituições arquivísticas?
- limitações de ordem legal;
- escala e complexidade dos governos nacionais, impossibilitando que o único organismo exerça funções executivas em todo este campo;
- tradições administrativas que impedem uma reorganização radical dos sistemas vigentes;
- o papel histórico dos arquivos nacionais, cuja gênese identifica-se com uma atuação mais passiva de custódia dos documentos de valor permanente para a pesquisa retrospectiva."
Link: http://arquivar.com.br/site/wp-content/uploads/2007/09/O-Conceito-e-a-Pratica-de-Gestao-de-Documentos.pdf
O prof. dr. José Maria Jardim é um dos maiores estudiosos do contexto arquivístico brasileiro. Em seu trabalho
O Contexto e a Prática da Gestão de Documentos, ele cita alguns elementos que dificultam a gestão de documentos na Administração Pública:
- limitações de ordem legal;
- escala e complexidade dos governos nacionais, impossibilitando que o único organismo exerça funções executivas em todo este campo;
- tradições administrativas que impedem uma reorganização radical dos sistemas vigentes;
- o papel histórico dos arquivos nacionais, cuja gênese identifica-se com uma atuação mais passiva de custódia dos documentos de valor permanente para a pesquisa retrospectiva.
Ou seja, segundo o professor, os arquivos nacionais são vistos apenas como depósitos de documentos permanentes, não lhes sendo atribuída participação mais ativa nas demais fases da gestão de documentos. Quando há esta participação, geralmente limita-se a atividades de caráter mais estratégico, de planejamento, como a elaboração de orientações gerais, por exemplo.
Gabarito do professor: Certo
Autor: Mayko Gomes , Professor de Arquivologia
O prof. dr. José Maria Jardim é um dos maiores estudiosos do contexto arquivístico brasileiro. Em seu trabalho O Contexto e a Prática da Gestão de Documentos, ele cita alguns elementos que dificultam a gestão de documentos na Administração Pública:
- limitações de ordem legal;
- escala e complexidade dos governos nacionais, impossibilitando que o único organismo exerça funções executivas em todo este campo;
- tradições administrativas que impedem uma reorganização radical dos sistemas vigentes;
- o papel histórico dos arquivos nacionais, cuja gênese identifica-se com uma atuação mais passiva de custódia dos documentos de valor permanente para a pesquisa retrospectiva.
Ou seja, segundo o professor, os arquivos nacionais são vistos apenas como depósitos de documentos permanentes, não lhes sendo atribuída participação mais ativa nas demais fases da gestão de documentos. Quando há esta participação, geralmente limita-se a atividades de caráter mais estratégico, de planejamento, como a elaboração de orientações gerais, por exemplo.
Gabarito do professor: Certo