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ID
178618
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na elaboração de políticas sociais, não se pode dominar o cálculo intuitivo junto com a improvisação, pois isso se constituiria em imediatismo na análise da realidade e na intervenção social. No que se refere a esse tema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ....letra E.

    Definir o objetivo, os programas que serão desenvolvidos e as metas a serem alcançadas ajuda na elaboração das linhas de ação a serem aplicadas. 
    No processo de formulação de políticas públicas, a primeira providência a ser tomada quando uma situação é vista como problema – e, por isso, é incluída na agenda governamental – é definir as linhas de ação que serão adotadas para resolver a questão.

    A definição, no entanto, gera um embate político entre grupos que vão ver as linhas de ação como sendo favoráveis ou contrárias a seus interesses. Nesse momento deve ser definido o objetivo da política pública, quais serão os programas desenvolvidos e as metas a serem alcançadas. Ao final do processo de definição destes três itens, várias propostas de ação serão rejeitadas.

    Essa escolha, além de ter que se preocupar com a repercussão junto aos grupos sociais, deve levar em conta o que pensa o corpo técnico da administração pública, inclusive no que se refere aos recursos – materiais, econômicos, técnicos, pessoais etc.

    Um bom processo de elaboração de políticas públicas segue, em geral, os seguintes passos: 
    Conversão de estatísticas em informação relevante para o problema; 
    Análise das preferências dos atores; 
    Ação baseada no conhecimento adquirido. 
    Para facilitar a elaboração de propostas, o responsável pela preparação da política pública deve ser reunir com os atores envolvidos no contexto no qual ela será implantada e pedir a eles que apontem a melhor forma de proceder. Também deve ser definido um caminho alternativo, caso a forma apontada antes seja inviável. 
    Este procedimento proporciona à autoridade uma série de opiniões que pode servir como base para apontar o caminho desejado pelos segmentos sociais, auxiliando na escolha e contribuindo com a legitimidade da proposta.

  • ESSA QUESTÃO FOI RETIRADA DESSA ENTREVISTA:

    Como o senhor explicaria o conceito de plano a um menino?

    Acho que responderia o menino com outra pergunta: Que você quer ser quando crescer? Se você está disposto a pensar no assunto e a explorar as possibilidades para decidir sobre sua própria vida, então você faz um plano que lhe permitirá lutar melhor por um objetivo. Se o menino reponde à minha pergunta dizendo que quer ter a profissão “de papai” ou que será o que “Deus quiser”, está escolhendo um caminho de imitação, ou um caminho pelo qual viverá o que as circunstâncias impuseram. 

    Creio que esse é um bom ponto de partida para que todos entendam o planejamento como uma ferramenta de liberdade. Ganho liberdade à medida que penso e enumero possibilidades futuras, porque me liberto da cegueira ou da prisão de não saber que posso escolher ou, pelo menos, tentar escolher. Em contrapartida, se estiver inconscientemente dominado pela única possibilidade que hoje o presente permite-me ver – e que me parece óbvia – este caminho passará a ser o único possível e imaginável. No primeiro caso sou capaz de criar meu futuro; no segundo, aceito com resignação e passividade o que o destino me oferecer.

    Portanto, a liberdade de escolha é que permite que se perceba o profundo sentido democrático e libertário do planejamento. Nem todas as liberdades têm o mesmo valor. A liberdade não é abstrata. É concreta, refere-se a coisas que têm o maior ou menor valor. Posso escolher a liberdade menor de trafegar com meu carro sem respeitar os sinais de trânsito e, com isto, perder a liberdade maior de continuar vivo e o direito de ter minha vida respeitada pelos outros. Cada liberdade tem um valor para mim e um valor diferente para os outros. Por isso, o único planejamento legítimo é o planejamento democrático descentralizado, que minimiza a imposição de valores. 

    http://www.redepesquisas.com.br/index.php/blog/47-planejamento-estrategico/69-entrevista-o-que-e-planejamento-com-carlos-matus.html

  • Carlos Matus (npud H u e r t a , 1996:14) nos diz q u e "o planejamento não é mais que a tentativa de viabilizar a intenção que o h o m e m tem de governar a si próprio c ao f u t u r o : de impor às circunstâncias a força da razão h u m a n a " . Neste e n f o q u e , o planejamento é a ferramenta para pensar c agir dentro de uma sistemática analítica própria, e s t u d a n d o as situações, prevendo seus limites e suas possibilidades, p r o p o n d o se objetivos, definindo-se estratégias
     

    BAPTISTA, 2007

  • É urgente a necessidade de revisão da forma como se vem operando o planejamento em algumas (talvez, a maioria) das instituições que têm a responsabilidade da gestão pública no país, para que o ato de planejar se inscreva como um momento de liberdade e de criação.