SóProvas


ID
1787347
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

De acordo com determinado segmento da doutrina especializada, os governos devem optar por políticas cujos ganhos sociais superem os custos pelo maior valor e devem evitar políticas em que os custos excedam os ganhos. Esse método de avaliação das políticas públicas corresponde ao modelo

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. Será que a banca copiou de um site?

    Modelos de Tomada de Decisão

    Existem diversas maneiras de se considerar soluções em resposta aos problemas públicos. Destacam-se os modelos: Racional (H. Simon), Incremental (Lindblom), Análise misturada (Etzioni) e Irracional (Cohen, March e Olsen).

    Modelo Racional

    Este modelo baseia-se no pensamento de que a racionalidade é imprescindível para a tomada de decisão. Considera as informações perfeitas, as trata com objetividade e lógica e não considera as relações de poder. No modelo racional, primeiro se estabelece um objetivo para solucionar o problema, depois se explora e define as estratégias para alcançar o objetivo, estimando-se as probabilidades para tal, e por fim, a estratégia que parecer cabível é escolhida.


  • http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/134-politicas-publicas/1208-fases-das-politicas-publicas#.VpzLcrYrJH0

  • O conhecimento de mundo é importante! rsrs

  • CORRETO LETRA D.


    a) sistêmico: a política pública é resultado da manifestação do sistema político, as demandas e forças externas são os inputs, o sistema político é o meio de processamento e a política pública é o output. O sistema político é formado por estruturas inter-relacionadas para alocar autoritariamente valores para a sociedade.


    b) institucional: enfatiza o papel do Estado dando pouca atenção na relação entre a estrutura das instituições públicas e o conteúdo da política pública.


    c) de processo: foco no processo político, políticas são estruturadas sequencialmente por identificação de situação-problema, formulação de agenda, legitimação, implementação e avaliação.


    d) racional: cumprimento eficiente de metas predefinidas de políticas públicas. Os cálculos entre custo e benefício se constituem nos parâmetros decisórios para a escolha da alternativa mais eficiente.


    e) incremental: busca garantir gradualmente o equilíbrio entre entorno social e organizacional. As ações são flexíveis e sedimentadas em bases históricas. Os objetivos não são claros.


    Augustinho Paludo.


  • A questão trata dos Métodos/modelos de Análise/Formulação de Políticas Pública

    Institucional  : Instituições como padrões estruturados de comportamento/ Capacidade de influenciar a formulação das políticas públicas. 

    Processual/ do Processo: Foco no processo político/Ciclo de políticas( identificação do problema, agenda, legitimação, implementação e avaliação)

    Racional: Eficiência/Cálculos de custo e beneficio

    Sistêmica: Manifestação do sistema político  p/ atender as necessidades e forças originadas na sociedade/ Transformar demandas em decisões impositivas

    Incremental Obtençao gradual do equilibrio por meio de mudanças paulatinas nas diretrizes; De modo flexivel c/ bases históricas.

     

    Atenção!!

     

    Outras não abordadas, mas que podem aparecer em questões.

    Neoinconstitucionalista: Os atores são dirigidos por deveres e papeis institucionais; As instituições além de estruturarem políticas pautam o comportamento de atores sociais

    Grupos de interesse: Políticas como resultado da articulação organizada de individuos c/ interesses convergentes; Utilizam a influência e poder de pressão 

    Método racional-compreensivo: Ampla análise prévia dos problemas considerando as preferências mais relevantes da sociedade.

    Método Mixed-Scanning: Políticas estruturantes seguem a lógica racional e as de curto prazo na lógica incremental

    Modelo lata de lixo: Soluções não vinculadas a um problema especifico, quando surge o problema, procura-se nessa "lata de lixo" uma solução compatível

    Paludo

  • avaliação é o último estágio do processo de gerenciamento de programas e projetos. É nesse
    momento que avaliamos o resultado dos esforços da organização, e dos gestores e funcionários,
    na obtenção dos diversos objetivos.


    O foco do processo de avaliação no setor público deve estar em garantir a qualidade da gestão,
    fornecendo informações que de maneira sistematizada irão permitir uma melhor tomada de
    decisões, aprimorando o desempenho dos programas e políticas públicos.


    Critérios usados para avaliações


    Economicidade

    Refere-se ao nível de utilização dos recursos (inputs).


    Eficiência Econômica
    Trata-se da relação entre inputs (recursos utilizados) e outputs  (produtividade).


    Eficiência Administrativa
    Trata-se do seguimento de prescrições, ou seja, do nível de conformação da execução a métodos preestabelecidos.


    Eficácia

    Corresponde ao nível de alcance de metas ou objetivos preestabelecidos.


    Equidade
    Trata da homogeneidade de distribuição de benefícios (ou punições) entre os destinatários de uma política pública.


    Os indicadores de inputs mostram os esforços realizados, os indicadores de outputs e outcomes ou resultados medem as realizações


    Indicadores de Input (entradas do sistema)
    São relacionados a gastos financeiros, recursos humanos empregados ou recursos materiais utilizados.


    Indicadores de Output
    São relacionados à produtividade de serviços ou produtos, como a quantidade de buracos tapados nas estradas, quantidade de lixo
    coletado, quilômetros de estradas construídas, número de pessoas
    atendidas em um posto de saúde etc.


    Indicadores de Resultado
    São relacionados aos efeitos da política pública sobre os policytakers e à capacidade de resolução ou mitigação do problema para o qual havia sido elaborada. São operacionalizadas por meio de médias ou percentuais de satisfação de usuários/cidadãos, qualidade dos serviços,
    acessibilidade da política pública, número de reclamações recebidas etc.


    Padrões ou parâmetros, que fornecem uma referência comparativa aos indicadores:


     Padrões absolutos

    metas qualitativas ou quantitativas estabelecidas anteriormente à implementação da política pública;


     Padrões históricos

    valores ou descrições já alcançadas no passado e que facilitam a comparação por períodos (meses, anos) e, por consequência, geram informações sobre declínio ou melhora na política pública;


     Padrões normativos

    metas qualitativas ou quantitativas estabelecidas com base em um benchmarking ou standard ideal

     

    A análise custo-benefício (ACB) busca comparar, como o próprio nome diz, os benefícios que
    recebemos contra os custos que tivemos. Assim, todo projeto ou política que possa ser analisado
    de forma econômica monetária (dinheiro), podemos utilizar este tipo de análise.

     


    A análise custo-efetividade: Sua particularidade radica em comparar os custos com a
    potencialidade de alcançar mais eficaz e eficientemente os objetivos não expressáveis em moeda.

  • "os governos devem optar por políticas cujos ganhos sociais superem os custos pelo maior valor e devem evitar políticas em que os custos excedam os ganhos."

    Ou seja, tem que ser eficiente! Em política pública o modelo que busca a eficiência é o modelo racional compreensivo. Neste modelo a boa política é aquela que apresenta o meio mais adequado (eficiente) para alcançar os fins/objetivos desejados.

    No modelo racional a política pública resulta do cumprimento eficiente de metas e metodologias racionalmente pré definidas.

    RESPOSTA LETRA C

  • Gab: letra D

    O modelo racional que procura tomar as decisıes mais eficientes, em que os ganhos superem os custos, sem se preocupar com questões polÌticas.

  • Segundo PALUDO (2013), política pública é um “conjunto de meios, decisões e ações, que congregam diferentes atores e concentram esforços, utilizados pelos governos com vistas a mudar uma realidade, efetivas direitos e atender necessidades público-sociais". Ademais, segundo o Guia de Políticas Públicas: gerenciando processos da Escola Nacional de Administração Pública, as “políticas públicas são formuladas a fim de garantir o apoio de grupos politicamente poderosos em detrimento dos interesses públicos de longo prazo, que são pouco representados no sistema político".

    Para tanto, o processo de criação de políticas públicas consiste em cinco atividades essenciais: definição de agenda, formulação, tomada de decisão, implementação e avaliação. Para melhor entendermos a questão em análise, cabe uma breve explicação sobre a etapa de Avaliação de políticas públicas.

    Essa etapa está relacionada à análise do grau em que uma política pública está atingindo os seus objetivos. Segundo Paludo (2013): a avaliação “consiste na mensuração e análise, a posteriori, dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas públicas". Assim, a avaliação nos possibilita decidir quanto à manutenção, encerramento ou aperfeiçoamento da política pública.

    Segundo o Guia de Políticas Públicas: gerenciando processos – Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), existem cinco tipos principais de avaliações:

    Avaliações de esforços - são tentativas de medir a quantidade de insumos do programa – pessoal, espaço do escritório, comunicação, transporte e assim por diante –, todos calculados em termos dos custos monetários que eles envolvem;

    Avaliações de desempenho - examinam os produtos do programa – como o número de leitos hospitalares ou vagas nas escolas, ou o número de pacientes atendidos ou crianças ensinadas –, em vez de insumos. Seu principal objetivo é simplesmente determinar o que a política pública está produzindo;

    Avaliações de processo - examinam os métodos organizacionais, incluindo as regras e procedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo normalmente é ver se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente;

    Avaliações de eficiência - tentam avaliar os custos de um programa e julgar se a mesma quantidade e qualidade de produtos poderia ser alcançada de forma mais eficiente, ou seja, a um custo menor; e

    Avaliações de eficácia - comparam o desempenho de um determinado programa aos seus objetivos propostos, a fim de determinar se o programa está atingindo suas metas e/ou se as metas precisam ser ajustadas em função do cumprimento do programa.

    Por outro lado, segundo Augustinho Paludo (2013), as avaliações podem ser sistêmicas, institucional, de processos, racional e incremental. Exatamente as abordadas pela questão em análise.

    Modelo Sistêmico: a política pública é resultado da “manifestação do sistema político, as demandas e forças externas são os inputs, o sistema político é o meio de processamento e a política pública é o output. O sistema político é formado por estruturas inter-relacionadas para alocar autoritariamente valores para a sociedade";

    Modelo Institucional: “enfatiza o papel do Estado na concepção e implementação das políticas públicas, com relativamente pouca atenção na relação entre a estrutura das instituições públicas e o conteúdo da política pública";

    Modelo Processual: tem “foco no processo político, visto como atividades políticas são
    estruturadas sequencial e logicamente em fase de identificação de situação-problema,
    formulação de agenda, legitimação, implementação e avaliação";

    Modelo Racional: resultado de um cumprimento eficiente de metas predefinidas. “A eficiência da política pública resultaria do cálculo do nível de satisfação ou insatisfação gerado para elevar valores social, política e economicamente demandados pela sociedade". Os cálculos sobre as relações entre custos e benefícios se constituem nos parâmetros decisórios para escolha de alternativas mais eficientes;

    Modelo Incremental: busca garantir “gradualmente a obtenção de equilíbrio dinâmico com o entorno social e organizacional por meio de mudanças paulatinas nas diretrizes". As ações são flexíveis e sedimentadas em bases históricas.

    Em face do exposto, podemos afirmar que o modelo de avaliação em que os governos escolhem políticas mais justas e benéficas para a sociedade, ou seja, políticas cujos custos não excedam os ganhos, é o modelo racional, letra “D".

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA “D".

    FONTES:
    Guia de Políticas Públicas: gerenciando processos. Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, 2014.
    PALUDO, Augustinho. Administração Pública. 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.