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ID
1814287
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação à teoria macroeconômica e ao debate entre clássicos e keynesianos, julgue o item que se segue.

No modelo macroeconômico de Keynes, o equilíbrio de mercado é do tipo walrasiano.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    O equilíbrio geral walrasiano refere-se à noção de equilíbrio na qual há igualdade entre oferta agregada e demanda agregada nos mercados de bens e de fatores. Esse equilíbrio é garantido por um vetor de preços responsável pela igualdade.


    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_equil%C3%ADbrio_geral

  • Completando o comentário da nossa amiga Hermione, "O equilíbrio geral walrasiano refere-se à noção de equilíbrio na qual há igualdade entre oferta agregada e demanda agregada nos mercados de bens e de fatores". O equilíbrio de Walras se dá num mercado eficiente, onde todos os fatores são utilizados, diferentemente de Keynes quem diz que o equilíbrio ocorre quando Oa=Da, e não necessariamente num mercado eficiente (pleno emprego), o que até pode acontecer, mas é mais difícil. Rsposta: Errada.

  • A economia não é dificil, o que dificulta é  economia de palavras na questão. 

  • CUIDADO! O COMENTÁRIO DE CARLOS TEM ERROS.

    O pleno emprego é o ponto eficiente do mercado de trabalho, em que odos os fatores de produção são usados e o ponto de equilíbrio para Keynes (equilíbrio agregado). No pleno emprego, todos os postos de trabalho estão ocupados, mas ainda há desempregados (desemprego natural), formando o exército de reserva. Essa é a particularidade da análise keynesiana! O desemprego ZERO é impossível, pois, do contrário, não haveria exército de reserva. A Teoria Geral de Keynes parte do entendimento marxista de que a condição normal da economia é o equilíbrio com capacidade ociosa (impossível desemprego zero), pois é o desemprego (existência de exército de reserva) que obriga o trabalhador a aceitar um SALÁRIO menor que a AGREGAÇÃO DE VALOR que seu trabalho gera (como pensavam os clássicos).

    A novidade de Keynes é que ele rejeita o segundo postulado clássico do Mercado de Trabalho (de que só haveria desemprego voluntário), demonstrando a diferença entre salário real e salário nominal. A reação do pensamento convencional, naquilo que ficou conhecido como síntese neoclássica, buscou demonstrar que as proposições fundamentais da economia clássica ainda poderiam ser recuperadas por intermédio de uma estrutura analítica denominada Walrasiana. Mais especificamente, o que estes autores buscaram mostrar é que o modelo proposto pela macroeconomia keynesiana era válido somente no curto prazo, onde as flutuações econômicas eram explicadas, principalmente, pela rigidez de preços e de salários.

  • Questão interessante que versa sobre macroeconomia/ história do pensamento econômico, trazendo dois economistas de diferentes escolas do pensamento econômico: Walras e Keynes.

    Léon Walras (1834-1910), economista e matemático francês, pertence à escola neoclássica e é o formulador da teoria do Equilíbrio Geral ou, como aponta o enunciado, equilíbrio walrasiano. O Equilíbrio Geral preconiza que todos os mercados tendem ao equilíbrio simultaneamente, isto é, o sistema econômico encontrará todos os preços que equilibram todos os mercados simultaneamente e não haverá fator de produção ocioso.

    Alfred Marshall (1842-1924), também um neoclássico, já foi crítico dessa suposição irrealista de Walras e formulou a teoria do Equilíbrio Parcial, privilegiando a análise de equilíbrio em mercados específicos.

    Keynes (1883-1946), que foi influenciado por Marshall, foi ainda mais longe na crítica ao neoclássicos - erroneamente chamados por Keynes de "clássicos". O economista britânico não admitia a existência do Equilíbrio Geral e discordava da ideia que o desemprego sempre seria voluntário - preconizada pelos neoclássicos, uma vez que a insuficiência de demanda afetaria a oferta e o emprego, causando desemprego involuntário crônico.


    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • Walras é da escola neoclássica.

    Errado