-
GABARITO: CERTO
A teoria de Keynes é baseada no princípio de que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. Quanto maior a renda, maior a porcentagem desta é poupada. Assim, se a renda agregada aumenta em função do aumento do emprego, a taxa de poupança aumenta simultaneamente; e como a taxa de acumulação de capital aumenta, a produtividade marginal do capital reduz-se, e o investimento é reduzido, já que o lucro é proporcional à produtividade marginal do capital. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao investimento, o que faz com que a demanda (procura) efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego se reduza para um ponto de equilíbrio em que a poupança e o investimento fiquem iguais. Como esse equilíbrio pode significar a ocorrência de desemprego involuntário em economias avançadas (onde a quantidade de capital acumulado seja grande e sua produtividade seja pequena), Keynes defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para aumentar a procura efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter o pleno emprego. É importante lembrar que Keynes nunca defendeu o carregamento de déficits de um ciclo econômico para outro, nem muito menos operar orçamentos deficitários na fase expansiva dos ciclos.
-
Quando a Poupança > Inv, acontece uma retração da economia, para ter um novo equilibrio e com isso ocorre um desemprego involuntário.
-
Segundo
Oliver e Gennari, no livro titulado História do Pensamento Econômico, um
elemento do credo neoclássico de então era a tese segundo a qual o desemprego,
via de regra, era voluntário, ou seja, os trabalhadores, ao interferirem no
livre jogo das forças de mercado com seus sindicatos, greves e reivindicações
salariais, provocariam o aumento do desemprego quando não aceitavam o salário
de mercado. Caso aceitassem, seriam todos empregados, na medida em que os
salários estariam de acordo com as forças de oferta e demanda por mão-de-obra.
A história demonstra que se os trabalhadores aceitassem qualquer nível de salário
no afã de prover seu sustento e o de sua família, entretanto o desemprego só
fazia aumentar. Com essa e outras ideias fundamentais, a “revolução" keynesiana
alargou as fronteiras do pensamento econômico, por exemplo, com a tese de que o
equilíbrio poderia se dar abaixo do pleno emprego, ou seja, que poderia haver desemprego involuntário,
o que colocou em cheque um dos pilares do pensamento hegemônico antes da
publicação, em 1936, da obra mais importante de Keynes, a Teoria geral.
....
Keynes
entende que o emprego depende da demanda efetiva e ela está relacionada ao
volume de investimento e ao poder de compra ou consumo efetivamente existente.
No entanto, os investimentos em novas fábricas e novos empreendimentos, isto é,
em formação bruta de capital fixo, só se darão se as expectativas de lucros dos
empresários excederem o prêmio pago pelo dinheiro emprestado, isto é, a taxa de
juros. Ocorre que,
[...]
quando o preço a pagar pelo dinheiro se eleva, muitos tipos de negócios novos,
que se poderiam empreender a taxas de juros mais baixas, não serão realizados.
Por conseguinte, um aumento das taxas de juros tende a reduzir a procura efetiva
e, em tempos normais, a ocasionar
desemprego.
Assim,
Keynes demonstrou que o Estado é agente indispensável no controle da Economia,
com o objetivo de conduzir ao pleno emprego.
Gabarito: Correto.
-
Para Keynes, o nível de emprego é determinado pelo mercado de produtos, através da demanda efetiva (composta por gastos com investimento e consumo), e não no próprio mercado de trabalho. Isto é, ao contrário dos clássicos, para quem o produto dependia do emprego, para Keynes, é o emprego que depende do produto. Dada esta ideia principal – a de que o mercado de trabalho é determinado pelo mercado de bens, o qual depende da demanda efetiva -, Keynes define que o desemprego involuntário acontece quando, dado um certo aumento dos preços, tanto a oferta de mão-de-obra como a demanda por trabalho sob determinado salário nominal aumentam mais que o volume de emprego disponível. Neste sentido, para Keynes, o que faz com que o desemprego seja involuntário é justamente o fato de que seus postos de trabalho não são um fim em si mesmo, mas sim motivados por um outro mercado, o de bens e serviços. Assim, numa situação de desequilíbrio, mesmo que a massa de trabalho aceitasse ter seus salários nominais reduzidos, é possível que não houvesse postos de trabalho o suficiente para todos.
Fonte: https://roselisilva.wordpress.com/2017/04/10/keynes-e-o-desemprego/
-
Certo.
Para a teoria keynesiana, o desemprego pode ser involuntário, porque os trabalhadores desempregados não conseguem empregos mesmo se oferecendo para trabalhar por menores salários que os vigentes no mercado, pois não é o salário real elevado que está determinando o desemprego, mas sim a demanda efetiva muito baixa. Dessa forma, justificam-se ações governamentais, exógenas ao “livre mercado”, para tirar a economia do equilíbrio indesejado e levá-la ao equilíbrio de pleno emprego, ou também para manter a economia próxima a este estado. Além disto, mesmo que os mecanismos automáticos do mercado tirassem a economia da recessão, as políticas poderiam se justificar para acelerar este processo.
Fonte: https://www.ufrgs.br/fce/wp-content/uploads/2017/02/TD08_2003_dathein.pdf