Prof. Heber Carvalho - Estratégia Concursos
A inflação funciona também como um imposto sobre as pessoas que detêm moeda, reduzindo o poder aquisitivo das pessoas e aumentando a arrecadação do governo. Deixe-nos explicar melhor: em regimes inflacionários, o governo deve a todo o momento emitir mais moeda
(senhoriagem) a fim de que os agentes possam realizar as suas transações. Imagine uma situação em que a inflação mensal de um país tenha sido, por exemplo, de 30% ao mês. Se a autoridade monetária deste país não emitir mais moeda, com certeza, faltará dinheiro na economia, devido ao fato de que os mesmos bens e serviços exigem, para o seu consumo, 30% a mais de moeda. Acontece que, quando o governo emite moeda, tal emissão, por si só, provoca inflação.
Por sua vez, quando o governo emite a moeda, o dinheiro “fabricado”, obviamente, não é distribuído aos cidadãos, ele fica sob a posse do governo para ele gastar com o quiser (receita de senhoriagem). Desta forma, nós temos o seguinte: em virtude da inflação, o governo emite moeda, e tal emissão de moeda provoca duas coisas: perda de poder aquisitivo da população (via aumento da inflação) e aumento de recursos à disposição do governo (em virtude da emissão monetária). A esse mecanismo de transferência de renda da população para o governo, os economistas dão o nome de imposto inflacionário. Milton Friedman, o principal estudioso do “monetarismo”, prêmio Nobel de Economia em 1976, disse de forma bastante apropriada: "Inflação é a única forma de taxação que pode ser imposta sem legislação".
Gab: Certo
RESOLUÇÃO:
Certo.
Não é à toa que a inflação é um fenômeno concentrador de renda.
Quem não dispõe de mecanismos adequados para proteção de seu poder de compra tende a perdê-lo ao
longo do tempo quando há alta inflação.
O fim da hiperinflação em 1994 fez com que diminuísse muito a riqueza transferida do setor privado
(especialmente das classes de baixa renda) ao setor público.
Resposta: C