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Questões de História Econômica e Economia Contemporânea


ID
7627
Banca
ESAF
Órgão
CGU
Ano
2004
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

É de conhecimento geral que, por várias razões históricas, o Estado assumiu em vários países de industrialização tardia ou subdesenvolvidos uma função central na promoção do desenvolvimento econômico, inclusive no Brasil. Identifique a opção falsa.

Alternativas
Comentários
  • Só ver que a B e a D se contradizem.


ID
8716
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Do ponto de vista da eficiência econômica e da competitividade dos produtos brasileiros nos mercados doméstico e internacional, há enormes entraves fiscais que precisam ser eliminados. Aponte a opção falsa no que concerne a esses entraves fiscais.

Alternativas
Comentários
  • O efeito da tributação que onera as operações fiscais.
  • Explicando melhor, um sistema tributário é considerado regressivo quando a participação dos tributos sobre a renda e a riqueza dos indivíduos acresce na relação inversa destas, que em linguagem simples quer dizer, paga mais (em termos relativos) quem ganha menos. Um sistema tributário é dito progressivo, quando esta participação aumenta na mesma proporção da renda e da riqueza, ou seja, paga mais quem ganha mais.[1] Assim, a regressividade é o reverso da progressividade, razão por que é adequada uma explicação desta, para entender-se os efeitos perversos daquela.

    Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/20574/o-modelo-regressivo-de-tributacao-no-brasil#ixzz2RZpgP2lD
  • O que não faz sentido nessa questão é considerar a letra "c" correta. Praticamente o produto exportado não sofre tributação, é isento ou imune de todos impostos.


ID
9970
Banca
ESAF
Órgão
CGU
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Entre as principais medidas implementadas e que tiveram impactos positivos com relação ao ajuste fiscal realizado pelo governo federal para dar suporte às políticas macroeconômicas durante a segunda metade dos anos 90, identifi que a única medida não-pertinente.

Alternativas
Comentários
  • Questão, ao meu ver, polêmica.

    Acertei a questão, porém lembrem-se que os partidos da base de FHC eram PSDB, PFL (hoje DEMo) e a uma parcela do PMDB, que variava ao sabor do vento. Dos maiores partidos, apenas o PT não era da coalição do governo. Mesmo assim entendi que não havia um pacto de governabilidade entre os partidos majoritários.
  • Realmente nunca existiu um pacto FORMAL de governabilidade. Por isto a questão está correta. Mesmo que os diversos partidos fossem "cooptados" para formar uma base aliada, isto não define um pacto formal... quando muito um informal!
  • Independentemente se existiu ou não um pacto entre os partidos, o mesmo não teria relação aos impactos do ajuste fiscal realizado, pois deveria mencionar maiores detalhes como aprovação de orçamento etc; no entanto, na data proposta ainda não existia aprovação de Orçamento. Portanto a única alternativa mais errada é esta.

  • Nessa questão ele não queria o item errado, mas o menos correto, ou seja: a governabilidade é condição necessária pra qualquer ajuste fiscal e sempre será, porém essa não é uma medida econômica e sim política. A Esaf sendo Esaf mais uma vez. 


ID
9982
Banca
ESAF
Órgão
CGU
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Programa Nacional de Desestatização - PND foi instituído pela Lei n. 8.031 de 12.04.90, quando a privatização tornou-se parte integrante das reformas econômicas iniciadas pelo governo brasileiro. Indique a opção incorreta com relação ao PND.

Alternativas
Comentários
  • Lennilson eles devem retificar isso ... não é possível que isso seja verdade! 12 anos? oO'!

  • Acredito que há mecanismos legais e vocabulário apropriado, até mesmo, para situações como esta. Os usuários deste site, se não utilizam linguagem culta, no mínimo, estão buscando o aprimoramento no seu uso.  Por fim, existem países muito pequenos geograficamente e países compostos por apenas um habitante. A postagem do dia 18 é explícita dessa situação.

  • Espero que sim, Leonardo. É ATÉ PASSAR!
  • Boa-noite, Álvaro Rodrigues. Depreco-lhe perdão pela linguagem imprópria e calamitosa empregada por mim outrora (na postagem do dia 18/08/2014, como citou). Está escorreito na sua redação. Apesar dessa conjuntura que nos sujeitamos em determinados certames nessa seara do concurso público, não nos podemos rebaixar aquele linguajar escárnio que digitei. Senti uma animosidade, até porque 12 anos de experiência é algo ´´razoável´´ de se pedir em um concurso publico, assim como reservar vagas para os afrodescendentes, já que ´´todo branco nasce rico´´ (sou a exceção). Só peço que cite a pessoa diretamente e poste uma foto sua, amigo, é legal ver os rostos dos futuros aprovados! Abração e não tenho nenhuma mágoa de vocÊ! Força, sucesso e honra nessa caminhada. E lembre-se: É ATÉ PASSAR!
  • Alguém sabe se já teve concurso da AEB?


ID
25390
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TSE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da crise do Estado do Bem-Estar, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra B está correta


     Comentando a letra C

    "o diagnóstico da governabilidade para a América Latina (Ivo, 2001),3 que resultou em recomendações para reformas e ajustes do Estado, aponta como fatores determinantes: a crise fiscal, provocada por demandas sociais crescentes; o excesso de democracia, que provocou uma crise de autoridade; e o provincianismodos Estados nacionais (Cf. Ivo, 2001, p. 48-49). Mais tarde, em 1981, a conferência internacional da OCDE ressaltou, de novo, as conseqüências negativas das políticas de bem-estar para o crescimento econômico, entendendo que o estancamento econômico, a inflação e o crescente desemprego eram efeitos secundários, diretamente ligados aos excessivos encargos dos estados nacionais." FONTE: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792007000200001 IVO, Anete, Metamorfoses da questão democrática: governabilidade e pobreza. Buenos Aires: CLACSO, 2001.  



    Não só na teoria, mas principalmente, na prática, o Estado do Bem-Estar se abateu sim, ainda que sobre o tal "tecido" político latino-americano. Sucumbimos à esse modelo assistencialista do Estado e o Laissez-faire bateu às nossas portas e o aderimos rapidamente!


    *Abraço.


ID
27844
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Os economistas da chamada "vertente ou linha desenvolvimentista" de pensamento econômico no Brasil sugerem que a(o)

Alternativas
Comentários
  • (A) monetaristas(B) monetaristas(C) lembre-se de Henrique Meirelles, atual presidente do BC e de seus antecessores sem ideologismo barato: tudo monetarista(D) lembre-se dos anos FHC, novamente sem ideologismo de botequim: houve enormes déficits na conta-corrente, ou seja, grande importação de poupança. Quem comandava a economia? Pedro Malan e Gustavo Franco, monetaristas de carteirinha.(E) em outras palavras, os captais expeculativos que entram via investimento de portfólio (na conta de capital) deveriam ser restritos.
  • Na década de 90 o Brasil foi contagiado por inúmeras crises mundiais (Mexico, Russia, Asia, Argentina, etc). Segundo os desenvolvimentistas, desde 1995, a fragilidade das contas externas brasileiras é fruto de três fatores principais:

    i) o elevado déficit em conta corrente
    ii) a excessiva abertura da conta de capitais
    iii) um nível de reservas internacionais em geral bastante inferior ao recomendável

ID
27877
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) e as reformas implementadas em 1964 e nos anos imediatamente subseqüentes, no Brasil,

Alternativas
Comentários
  • O Paeg (Programa de Ação Econômica do Governo) foi um plano de combate à inflação e reformas institucionais, elaborado pelos ministros Roberto Campos (Planejamento) e Octávio Bulhões (Fazenda) e colocado em prática durante a gestão do presidente Castello Branco (1964-66).A causa essencial da crise econômica, de acordo com os elaboradores do plano, estava na aceleração inflacionária que afetava o país desde o início dos anos 1960. A inflação gerava um ambiente de insegurança no meio empresarial, reduzindo os investimos e o ritmo de crescimento do país.Essa inflação era decorrente de um excesso de demanda para uma oferta limitada de bens. O excesso de demanda tinha basicamente três causas, a saber: monetização dos déficits públicos, expansão do crédito privado e majorações salariais superiores aos aumentos de produtividade. O combate à inflação seria feito por meio de ajuste fiscal, de uma política monetária restritiva e de contenção salarial.A estabilidade de preços foi relativamente bem sucedida. Em 1964, a inflação foi de 92,1%, no ano seguinte já cairia para 34,2% e continuaria caindo nos anos seguintes até se estabilizar em torno de 19%.Por conta do forte impacto que teria nos rumos da economia brasileira nas próximas décadas, as reformas institucionais (financeira e tributária) promovidas pelo Paeg costumam ser consideradas mais importantes que o programa de estabilização dos preços. A reforma financeira criou duas importantes instituições dentro do Sistema Financeiro Nacional (doravante, SFN): o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (Bacen). O primeiro teria por função estabelecer as diretrizes básicas de política monetária e cambial, o segundo executaria essas políticas, bem como fiscalizaria as demais instituições financeiras do sistema.Fonte:http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_mkt_6mod/analise_conj_economica_nacional/pdf/aula03.pdf
  • O PAEG (1964-1967) – Governo Castelo Branco, tinha como objetivo:
     

    1. Acelerar o ritmo de desenvolvimento interrompido no biênio

    2. Conter o processo inflacionário.

    3. Atenuar os desníveis setoriais e regionais.

    4. Assegurar uma política de investimentos e oportunidades de emprego.

    5. Corrigir a tendência de déficits descontrolados no balanço de pagamentos.
     

    Principais medidas de combate da inflação:
     

    • Arrocho salarial.
    • Redução do déficit publico através de novas formas de financiamento do setor público e reajustes das tarifas públicas (inflação corretiva).
    • Indexação da economia (fator que ,a posteriori, mostrou-se como um dos grandes causadores da inflação brasileira).

    As reformas empreendidas foram:
     

    1. TRIBUTÁRIA: introdução da correção monetária, transformação dos impostos em cascata em imposto sobre valor adicionado. Ex. IPI, ICM, ISS. Surgimento de fundos parafiscais (FGTS, PIS, PASEP) ocasionando um aumento de receita.
    2. MONETÁRIA-FINANCEIRA: Criação do Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central, Sistema Financeiro da Habitação (SFH), Banco Nacional de Habitação (BNH).
    3. SETOR EXTERNO: melhorar o comercio exterior, atrair capitais estrangeiros, buscar integração com os centros financeiros internacionais.

    Portanto o PAEG foi bem sucedido ao reduzir a inflação, mas considera-se como um resultado fundamental as suas reformas estruturais e institucionais que serviram de formação das bases para o milagre econômico.
    Resposta: D

     


ID
27880
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Assinale, entre as opções abaixo, a que NÃO corresponde a uma das principais características da política de industrialização brasileira no Pós-Guerra.

Alternativas
Comentários
  • Basta lembrar a qualidade dos produtos daquela época, ou do, então presidente, Collor chamando os automóveis nacionais de carroças.Alternativa errada: E
  • O pós-guerra é um pouco antes da Era Collor né?! Mas mesmo assim, não tinha competição, nao tinha qualidade.
  • a preocupação do estado sempre se concentrou em proteger a indústria nacional, caso se quisesse produtos baratos e de qualidade, baixariam as tarifas de importação (o que não ocorreu!), por isso a alternativa E está ERRADA


ID
27883
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O período de 1974-78 foi de adaptação da economia brasileira e mundial à enorme alta dos preços do petróleo. Nesse período houve mudanças importantes, tais como:

Alternativas
Comentários
  • Petrodólares são as divisas (em geral, dólares) originárias da exportação de petróleo. Em 1973, com a crise do petróleo e a súbita elevação do seu valor, os países exportadores desse produto receberam um crescente fluxo de divisas. Dadas as limitações de suas economias internas, estes países utilizaram essas divisas no mercado financeiro internacional, gerando um período de grande liquidez financeira, o que tornou popular o termo.

    fonte: wikpedia
  • a) a redução dos gastos com petróleo só foi feita a partir do governo FIgueiredo em 80

    b) aumento das taxas de juros no mundo, pra atrair os petrodólares

    c)  correto, com o petróleo mais caro, as importações ficaram mais caras, o que causou déficit na conta corrente. Isso foi um pouco mitigado pela entrada dos petrodólares (investimento dos países produtores de petróleo)

    d) retração econômica mundial

    e) queda nas exportações (devido à retração mundial)
  • Gabarito: Letra C
    Justificativa: Os países importadores de petróleo incorreram em défict em seus balanços de transações correntes. Para conter estes déficts, foram realizados empréstimos, cuja origem era o próprio dinheiro oriundo da venda deste mesmo petróleo que causara o défict inicial. Veja como exemplo o caso de Brasil: altos gastos com importação -> déficts em transações correntes -> empréstimos para suprir o défict em transações correntes -> o dinheiro proveniente do empréstimo vinha dos próprios países exportadores do petróleo. Daí o termo "reciclagem" dos petrodólares.
    Bons estudos.
  • a) houve um aumento dos gastos brasileiros com petróleo. O que ocorreu foi uma dimunição no volume, pois o Pró-alcool e a prospecção de petróleo por parte da Petrobrás reduziram o volume da demanda por importação do petróleo.

    b) No exterior realmente houve uma redução da taxa de juros devido a grande liquidez provocada pela oferta dos petrodólares. Mas no Brasil as taxas de juros aumentaram devido a alta da inflação no período.

    c) Está correta. Os países que importavam petróleo tiveram déficits em seus balanços de trasaçoes correntes. Para cobrir esses déficits, esses países realizavam empréstimos cuja origem era o próprio dinheiro vindo da venda deste petróleo.

    d) Não houve expansão econômica mundial e sim, uma crise mundial.

    e)As exportações brasileiras aumentaram mas não foram suficientes para compensar os gastos com as importações de petróleo.

ID
27886
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em 1984 a inflação no Brasil atingiu percentuais acima de 200% a. a.. Alguns economistas defendiam o ponto de vista de que tal situação era causada pelo chamado "conflito distributivo". Segundo os proponentes desse diagnóstico,

Alternativas
Comentários
  • Inflação inercial e conflito distributivo: As análises econômicas do período em estudo apontavam sempre para a existência de uma inflação inercial, ou seja, uma inflação onde os mecanismos de indexação tenderiam a propagar a inflação passada para o futuro. Isso provocava uma série de conseqüências, dentre elas, as oscilações do salário real. De acordo com uma interpretação estilizada do processo inflacionário brasileiro, o salário real dependeria exclusivamente do padrão de distribuição de renda, que seria rígido no curto prazo. Mudanças na regra de indexação afetariam apenas a taxa de inflação, não alterando o nível do salário real. Um choque de oferta causaria apenas uma constante elevação da taxa de inflação e constante queda no salário real, o que chamamos de conflito distributivo de rendas. Atualmente, sabemos que a inflação inercial vivida da época poderia ter sido eliminada com fixação de preços relativos com base nos preços médios e a supressão dos mecanismos de indexação que atrelavam a inflação futura à inflação passada.Agora daí assumir a letra (B) como certa é quase que saltar um abismo de conhecimento.
  • "No diagnóstico destes economistas, a inflação se originava de um processo de reajuste de salários e preços que não teria fim.

    Isso porque os trabalhadores viam os preços aumentando e exigiam reajustes. Os emrpesários, por sua vez, para concederem o reajuste precisavam remarcar os preços para não verem suas margens de lucro esmagadas.

    Assim sendo, o que era proposto era um "pacto social", em que os empresários se comprometeriam a não ajustar os preços e os trabalhadores a não exigirem reajustes.

    A grosso modo, era isso!

    Assim, sendo, um pacto entre a sociedade, com o governo representando o interesse de todos de maneira equilibrada, poderia dar fim ao processo inflacionário.

    A crítica a esta proposta poderia ser feita em forma de metáfora: num estádio lotado, você não consegue fazer todos sentarem ao mesmo tempo e parmanecerem assim."


ID
27889
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Segundo a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), vários problemas justificavam um esforço de industrialização baseado em proteção aduaneira e ações estatais na América Latina. Marque a opção que NÃO foi considerada um desses problemas.

Alternativas
Comentários
  • a) correto
    De acordo com a CEPAL o argumento da indústria nascente justica a interveção estatal com objetivo de proteger esta industria.

    b)correto
    O baixo crescimento da demanda internacional por produtos primarios é relacionado ao argumento da deteriorização dos termos de trocas. O baixo crescimento da demanda por produtos primarios, em função de sua baixa elasticidade-renda, resulta na dificuldade de obtenção de divisas para importação de bens de capital pelas economias atrasadas.

    c) correto
    O argumento da deteriorização do termos de trocas elaborado por Prebish é uma das bases do pensamento cepalino.

    d) errado
    A teoria cepalina não faz referencia a existencia de governo autoritarios como uma restrição a industrialização. Na verdade, cabe ressaltar que a experiencia da brasileira no II PND, por exemplo, foi realizada em um governo autoritário.

    e)correto
    De acordo com a corrente cepalina, a escassez de capital empresarial em paises atrasado justifica a intervenção estatal no setor.

ID
27928
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Os programas federais de transferência de renda - como o Fome Zero e o Bolsa-Família - tornaram-se importantes no Brasil. A respeito deles, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Se os programas como Fome Zero e Bolsa Família não conseguirem focalizar todas as famílias beneficiadas. Essas continuaram abaixo do patamar estabalecido.

    Resposta Correta : letra E
    • a) em seu conjunto, implicam em transferências anuais, diretas para os pobres, de cerca de 10% do PIB.

    São programas de baixo custo. O Bolsa Família, por exemplo, transfere hoje 0,46% PIB.


    • b) visam beneficiar pessoas que ganham menos de dois salários mínimos - o seu público-alvo - melhorando a distribuição de renda.
    • O público alvo são os pobres e extremamente pobres. Hj ganham menos que 140 e 70 reais per capita. 

    • c) poderiam ser substituídos pelo redesenho do sistema fiscal do país, aumentando substancialmente a progressividade dos impostos.
    De fato, seria possível trabalhar a desigualdade social através da progressividade (tributar mais quem tem maior capacidade de pagar) e usar a arrecadação maior advinda das classes mais favorecidas para investir nas classes menos favorecidas. Porém, a progressividade por si só não garante a transferência de renda. O Brasil adotava a progressividade em diversos tributos, porém nada garantia que a arrecadação fosse destinada a fins sociais. Daí a  necessidade de criar programas objetivos e transparentes de distribuição de renda.

    • d) atendem também às carências não vinculadas diretamente à renda, como saneamento, serviços de saúde, transporte e educação.
    • Essa foi uma pegadinha da banca, pois o PBF prevê as "condicionalidades", isto é, condições de permanência das famílias no programa, mediante ao acesso desses serviços (educação e saúde). O erro da questão está em dizer que essas carências não estão vinculadas à renda.
    • e) programas como o Bolsa-Família, de grande clientela potencial, costumam ter problemas de focalização, isto é, de garantir que os beneficiados tenham renda abaixo do patamar estabelecido.
    • Verdade. Existem muitas fraudes. Além de pessoas que trabalham no mercado informal, sendo difícil verificar sua renda. Hoje o Governo tem trabalhado com busca ativa para incluir as pessoas no Programa. Além disso, há o problema da emancipação: muitas famílias, ao longo do tempo, melhoram suas condições e saem da linha de pobreza. Se não houver um controle de desligamento dos emancipados, o programa perde também sua focalização. 

    • "O discurso da focalização, por sua vez, se ampara na  justificativa da busca do bom desempenho pelo Estado, o qual se relaciona aos conceitos de eficácia, eficiência e efetividade, donde “eficácia é a capacidade de realizar objetivos,  eficiência é utilizar produtivamente os recursos, e efetividade é realizar a coisa certa para transformar a situação existente” (REIS, 2007).   (...) Combater a pobreza e a desigualdade requer a identificação e o conhecimento do público que se pretende atender, o qual, muitas vezes, não é alcançado pelas ações do governo, ao mesmo tempo em que cidadãos com necessidades menos urgentes são equivocadamente contemplados. A focalização é uma tendência que tem respondido bem à dificuldade que os setores mais vulneráveis. (...) Para o exercício da focalização em políticas públicas, é crucial o desenvolvimento de estruturas que concentrem informações acerca do perfil socioeconômico das famílias pobres, bem como de suas necessidades prioritárias. O Governo Federal tem investido na criação de instrumentos, índices, bancos de dados e outras ferramentas que auxiliam na identificação, focalização, avaliação e monitoramento das políticas públicas, como é o exemplo de alguns indicadores sintéticos, como o Cadastro Único (CadÚnico), o IDF (Índice de Desenvolvimento da Família) e os diagnósticos e registros do acompanhamento das famílias produzidos pelos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), além dos dados nacionais do IBGE e PNAD. " 

      http://www.ipc-undp.org/publications/mds/39M.pdf

ID
31363
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise deflagrada nos Estados Unidos da América no último trimestre
de 1929 afetou as políticas econômicas implementadas e o desempenho
da economia brasileira. Acerca desse tema, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

A queda de renda nos Estados Unidos da América reduziu proporcionalmente a quantidade demandada de café brasileiro e provocou redução no volume de exportações brasileiras desse produto.

Alternativas
Comentários
  • Acho que o erro está na palavra "proporcionalmente".
  • O comentário abaixo está correto.

    A queda de renda dos Estados Unidos NÃO reduziu proporcionalmente a quantidade demandada. Reduziu MAIS DO QUE PROPORCIONALMENTE.

    A elasticidade renda da demanda é maior do que 1, i.e., nesse caso, a queda da renda dos EUA trouxe uma redução da quantidade demandada MAIS DO QUE proporcional, pois o café, como produto de sobremesa, é um bem de luxo, o que implica elasticidade renda da demanda maior do que 1.
  • De acordo com Celso Furtado, em seu "Formação Econômica do Brasil", "... a grande elevação da renda real per capita, ocorrida nos EUA nos anos vinte, deixou inalterável o consumo de café nesse país, não obstante os preços pagos pelo consumidor se tenham mantido estáveis. Durante os anos de depressão, os preços pagos pelo consumidor chegaram a baixar cerca de 40%, sem que o consumo apresentasse qualquer modificação significativa" (Capítulo XXXI).

    Assim, acredito que se pode considerar errado o item mais pela baixa elasticidade-preço da demanda, que seria menor que 1.
  • Minha intuição diz que o erro está na palavra "proporcional". Pelo fato do café não ser um bem essencial, ele é o primeiro a ser cortado da cesta de consumo caso haja uma queda na renda. Portanto, sua elasticidade-RENDA é alta (queda na renda acarrenta numa queda MAIS QUE PROPORCIONAL da quantidade). A Elasticidade-preço pode ser um indicador, mas não é essencial para se dar um veredito. É preciso ver também o papel do câmbio.
  • O Café é um bem inelástico e, respeitada as diferenças, causa uma certa "dependência" assim como o cigarro, o que explica, ao meu ver, sua inelasticidade. Concluimos que sua elasticidade em modulo é menor que 1

  • ERRADO.

    Com a crise de 1929, o preço do Café despencou. Mas não significa que os EUA compraram proporcionalmente menos em relação a sua renda, na verdade não reduziram drasticamente o consumo e sim gastaram muito menos (valor do café bem menor). O café já era um produto dependente dos norte-americanos, logo mais inelástico.

    Para compensar essa redução dos preços do café houve a crise de superprodução que foi negligenciada por Washington Luiz e "solucionada" por Getúlio Vargas.
  • Segundo Celso Furtado, o café tinha baixa elasticidade-renda, de modo que a alteração substancial da renda dos americanos não implicava alteração equivalente em seu consumo.
  • O erro se encontra na palavra "proporcionalmente", tendo em vista que o café era um produto de elevada elasticidade-preço da demanda. Portanto a quantidade demanda do produto brasileiro teve uma uma queda mais acentuada. 
  • Segundo Celso Furtado, as características da procura do café, cujo consumo não baixa durante depressões nos países de elevadas rendas, não ocasionariam sozinhas a tremenda baixa do preço do café. Contudo, somado à crise interna de supersafras, o preço baixou. Nos Estados-Unidos, o preço pago por libra do café foi de 47,9 para 32,8 centavos. Assim, as organizações intermediárias transferiram suas perdas devido à crise ao produtor, que já estava debilitado. No caso de não ser mais necessária a preocupação com os preços do café (devido a política de proteção do governo), abria-se a oportunidade de exportar mais, e assim fora feito entre 1929 e 1937, quando a exportação subiu 25%. Ainda assim, parte da produção ficava sem possibilidade de ser posta no mercado. Ainda, durante os anos da depressão, os preços pagos pelo consumidor chegaram a baixar 40%, sem que o consumo apresentasse qualquer variação significativa. Em 1933 esse consumo era exatamente igual ao de 1929. Nos anos seguintes a 1933, cresce a renda dos consumidores. Somando-se, há dois efeitos positivos (queda do preço e aumento de renda) que, no fim, não aumentaram o consumo significativamente nem entre 1931, 33 e 37.

  • achei estranho afirmar que houve uma queda proporcional, dado que o café não é um bem de luxo ou parecido que estão mais vulneráveis ao aumentos ou diminuição da renda...

    Bons estudos...


ID
31366
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise deflagrada nos Estados Unidos da América no último trimestre
de 1929 afetou as políticas econômicas implementadas e o desempenho
da economia brasileira. Acerca desse tema, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

Os efeitos da crise mundial sobre o comércio externo brasileiro não permitiram ao Governo Provisório qualquer interferência no mercado cambial brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • É evidente que foi possível interferir no cambio. A política de "proteção do café" adotada nesta época, por um lado, forçava o mercado externo, o que buscava elevar o quantum das expo9rtações de café, e por outro, promovia a desvalorização da moeda nacional, o que tornava o café mais competivito (contribuindo para forçar o quantum) e protegia o setor externo (os fazendeiros de café), pois este recebia mais em moeda nacional. Este mecanismo logou socializar as percas. Este esquema levaria ao desequilíbrio externo, ao qual buscou-se solucionar com a política de "industrialização por substituição de importações". Nunca é demais lembrar, que a política de "proteção do café" foi completada pela compra, por parte do Estado, dos invendáveis estoques de café, os quais foram destruidos para que não forçassem, para baixo, ainda mais os preços do produto. Para a compreensão mais refinada deste processo, sugiro a leitura a última parte do "Formação Econômica do Brasil" de Celso Furtado!

  • O historiador Boris Fausto assinala ao menos duas medidas do governo provisório em relação ao mercado cambial brasileiro: em um primeiro momento revogou o monopólio cambial do Banco do Brasil, política que havia sido aplicada nos últimos meses da presidência de Washington Luís, e posteriormente reintroduziu está prática, já com Oswaldo Aranha como Ministro da Fazenda, em 1931. Portanto, a afirmativa está errada.

     

    "Em setembro daquele ano [1931], os pagamentos relativos à dívida pública externa foram suspensos e se reintroduziu o monopólio cambial do Banco do Brasil. A última medida tinha sido decretada nos últimos meses da presidência de Washington Luís e revogada pelo governo revolucionário. O monopólio significava que os exportadores deveriam trocar a receita em moeda estrangeira no Banco do Brasil. O banco ofereceria também a moeda para pagar as importações, estabelecendo um critério de prioridade das consideradas essenciais." (Boris Fausto, História do Brasil, 286)


  • Houve o Controle Cambial com fim de promover a industrialização


ID
31369
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise deflagrada nos Estados Unidos da América no último trimestre
de 1929 afetou as políticas econômicas implementadas e o desempenho
da economia brasileira. Acerca desse tema, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

No Brasil, a manutenção de uma política de defesa do setor cafeeiro, a despeito das alterações introduzidas em sua implementação na década de 1930, contribuiu para minorar os efeitos adversos da crise de 1929 sobre a renda nacional.

Alternativas
Comentários
  • Esta foi a política contracíclica de Vargas, adotada não por estratégia para se evitar uma depressão, mas como forma de agregar os cafeicultores, então grupo mais poderoso do país, ao complexo emaranhado de sustentação política de Vargas. Alguns autores chegam a descrever esta ação do governo Vargas como política keynesiana antes de Keynes, pois Keynes só publicaria seu "Teoria geral do emprego, do juro e da moeda" em 1936.
  • Na obra História do Brasil (Ed. EdUSP, 13ª edição, pág. 333 ), Boris Fausto diz que:

    "O governo Vargas não abandonou e nem poderia abandonar o setor cafeeiro. Tratou porém de concentrar a política do café em suas mãos."
  • Segundo Furtado, a política de defesa do setor cafeeiro nos anos de depressão concretiza-se, inconscientemente, num verdadeiro programa de fomento da renda nacional, motivo pelo qual o Brasil já apresentava sinais de recuperação em 1933, antes mesmo dos EUA.
  • A crise afetou a disponibilidade de moeda forte na economia brasileira e derrubou o preço do café, ameaçando a sobrevivência econômica dos produtores brasileiros. Dada a importância do café na pauta de importações brasileira, o governo entendeu como fundamental a intervenção no mercado para evitar a falência dos produtores, ao comprar os excedentes das safras, e consequentemente permitir a continuidade das vendas ao mercado externo e entrada de divisas. Conforme nos ensina o professor João Daniel Lima de Almeida:

    "(...) o café representava em 1930, mais de 70% dos dólares que entravam no país. Com 20 milhões de libras emprestadas dos ingleses, o governo comprou a safra paulista abaixo do preço tradicional para desespero dos produtores, evitando, entretando, sua falência. (...) 
    O que fazer com o café adquirido? (...) Decidiu-se, então, por incinerar a produção em um total de 78 milhões de sacas ao final de uma década, segundo nos ensina Delfim Neto, pesquisador clássico do tema. Era o equivalente a três vezes o consumo anual do produto e, ao mesmo tempo, uma grande virada na economia política brasileira, já que, ao comprar abaixo do preço, pagando em moeda nacional em crescente desvalorização, o governo federal desestimulava o ciclo de superprodução que as intervenções anteriores haviam favorecido. Por outro lado, ao queimar parcela significativa da produção, evitava que o preço caísse ainda mais e garantia que os recursos em dólares continuassem entrando no país, não raro, sob controle do próprio governo, desestimulando importações” (Manual do Candidato: História do Brasil, 380)


ID
31372
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise deflagrada nos Estados Unidos da América no último trimestre
de 1929 afetou as políticas econômicas implementadas e o desempenho
da economia brasileira. Acerca desse tema, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

Durante o período de recessão mundial, as atividades voltadas para o mercado interno brasileiro não cresceram, dada a inexistência de capacidade ociosa para o aumento da produção, entre outras condições desfavoráveis.

Alternativas
Comentários
  • A indústria de bens leves voltada para o mercado interno cresceu consistentemente durante a década de 40, isso mesmo apesar da dificuldade de se importar bens de capital neste período (como de se importar qualquer outro bem neste período) por conta do fraco desempenho das exportações nacionais. Sendo assim, admite-se que o crescimento da produção foi fortemente baseado na capacidade ociosa acumulada no período anterior.
  • Questão ERRADA!


    O período de recessão que se seguiu após a crise de 1929 teve grandes implicações para a economia brasileira.

    Teve início o Processo de Substituição de Importações (PSI), que visava desenvolver o mercado interno, tornando
    a economia brasileira menos exposta aos choques externos.


    Conforme Gremaud, Vaconcellos e Toneto Jr. (2007):

    "O processo de industrialização por substituição de importações caracterizava-se pela idéia de "construção nacional", ou seja,
    alcançar o desenvolvimento e a autonomia com base na industrialização" (p.373).



    GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JR. Economia Brasileira Contemporânea. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007.




    Deus seja louvado!
  • É justamente o oposto do que diz a questão, nos termos da teoria dos choques adversos.
  • O historiador Marcelo Paiva Abreu nos apresenta ideia contrária à afirmativa. Com o impacto da crise, o Estado passou a intervir na economia e incentivar a produção industrial voltada para o mercado interno. Como podemos conferir em:

    “Na esteira da crise, aumentou consideravelmente o peso do Estado na economia (...) a partir do final dos anos 1930 começou a ganhar corpo o Estado produtor de bens e serviços, em muitos casos, por meio de sociedades de economia mista, das quais o governo federal era acionista majoritário. A crise externa acarretou forte desvalorização cambial que, conjugada à modesta redução do nível de atividade econômica e ao controle de importações em muitos momentos da década de 1930, gerou forte reorientação da demanda em benefício de produtores domésticos em concorrência com importações.” (História do Brasil Nação, v.4, 179)


ID
31375
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos ao impacto das duas guerras mundiais na economia brasileira.

Alterações na relação de preços entre bens produzidos internamente e bens importados incentivaram a produção para o mercado interno nos dois períodos de guerra.

Alternativas
Comentários
  • Em particular, a Primeira Guerra Mundial, período de crise do setor externo, era vista como fase de expansão da atividade industrial pelo bloqueio das importações que atendiam ao mercado brasileiro.

  • Completando: Teoria dos Choques Adversos - a indústria surgiu no Brasil como uma resposta às dificuldades de importar produtos industriais em determinados períodos. Como exemplo, poderíamos citar a Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão dos anos 30.


ID
31378
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos ao impacto das duas guerras mundiais na economia brasileira.

As guerras não provocaram alterações na pauta de exportações brasileiras, apesar do aumento das receitas de exportações durante os conflitos.

Alternativas
Comentários
  • Os maior produto de exportação do Brasil nas duas grandes guerras era o café, com destino aos EUA e à Europa. Com o conflito, houve uma redução das exportações e, por consequência, QUEDA nas receitas com exportações. Questão ERRADA
  • Com base no comentário do colega abaixo, há de se ressaltar, entretanto, que durante a 2a. Guerra Mundial, houve um incremento no saldo da Balança comercial brasileira, decorrente da queda nas importações em proporçoes maiores que a queda nas exportações.
  • Houve redução e modificação da pauta de exportações.
  • Segundo Amaury Gremaud, em Formação Econômica do Brasil, "durante a Segunda Guerra Mundial, houve mesmo AUMENTO E DIVERSIFICAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES, em parte dirigida aos países em guerra". 
    Ou seja, a primeira parte da questão está errada, enquanto a segunda está correta. 

ID
31381
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos ao impacto das duas guerras mundiais na economia brasileira.

Empréstimos de consolidação da dívida externa com banqueiros estrangeiros contribuíram para a manutenção de uma taxa cambial relativamente estável durante a Primeira Guerra Mundial, embora em um nível médio de paridade abaixo daquele em vigor no período 1906-1913, que antecedeu a guerra.

Alternativas
Comentários
  • A questão provavelmente se refere ao 2º fundig loan, onde os efeitos positivos foram menores que os do primeiro.
  • Alguem sabe explicar mais?
  • Embora a expansão de crédito dos anos iniciais da República tenha constituído estímulo à iniciativa empresarial nacional, entende-se que a principal razão para a "substituição de importações" no período de 1895 a 1899 está nas relações, defasadas e ampliadas, entre a taxa de câmbio e a inflação interna gerada pelo grande aumento na oferta monetária. Tal defasagem parece ter favorecido, num primeiro momento, as importações em geral de tecidos, mas também de bens de capital, para, a seguir, por meio de desvalorização real do câmbio, estimular as compras internas de bens de consumo. Portanto, o primeiro surto de substituição de importações se devia principalmente ao mecanismo cambial, embora este não fosse determinado propriamente por uma crise externa.

    Ao estudar a evolução da indústria têxtil brasileira, os períodos caracterizados por desvalorização da moeda nacional corresponderam a fases de crescimento da produção; por outro lado, períodos de intensificação do investimento coincidiram com fases de câmbio relativamente alto. Desse modo, a crise externa, que conduz à queda do câmbio, tinha efeito positivo sobre a produção industrial e negativo sobre o investimento. A expansão das exportações, ao contrário, elevando o câmbio, favorecia o investimento mas limitava o crescimento das exportações pelo barateamento relativo dos importados.

  • "O resultado natural foi a assinatura, em outubro, de um novo funding loan de 15 milhões de libras com os banqueiros do governo, para fazer frente ao pagamento de juros dos empréstimos federais até 1917, suspendendo-se as amortizações até 1927. O funding loan de 1914 (..) serviu para aliviar o balanço de pagamentos e contribuiu de forma decisiva para que se pudesse estabilizar a taxa de câmbio em torno de 20 a 25% abaixo da paridade de pré-guerra ao longo de todo o conflito" A ordem do progresso.

  • Até 1914, o câmbio era fixo e mantido, artificialmente, supervalorizado. No início do conflito mundial, o Brasil abandona o padrão-ouro e adota o câmbio flexível; a consequência natural dessa flexibilização é que, como o câmbio estava supervalorizado, o câmbio sofra uma desvalorização ao longo do conflito. O que a questão está cobrando, além desses fatos mencionados, é que o candidato entenda que os empréstimos estrangeiros (2o Funding Loan de out-1914) ajudaram a moeda brasileira a desvalorizar menos do que ela teria desvalorizado caso o Brasil não tivesse logrado realizar essa consolidação com novo empréstimo.


    Outro fator que também ajudou a segurar a desvalorização (fez com que a desvalorização fosse menor do que poderia ter sido) ao longo da guerra foi o resultado superavitário da balança comercial brasileira (que passou a exportar mais para o exterior, por conta da oportunidade de suprir alguns produtos que estavam faltando no mercado internacional por conta da retração produtiva/comercial em países beligerantes); como o câmbio era flutuante e o Brasil era superavitário na balança comercial, a maior entrada de moeda estrangeira (entrava mais com as exportações e não saíam pagamentos da dívida, pois vigorava um período de rolagem dos juros por três anos, conforme acordado no 2o Funding Loan) havia uma pressão contrária para valorizar a moeda nacional.

       dez-1906 a ago-1914: câmbio fixo com padrão-ouro; deveria estar valorizando porque Brasil está com superávit no BP (superávit comercial com preço do café subindo; vendas de borracha até 1910; ainda não paga dívida até 1911;); Brasil abandona o PVC em 1912, por pressão dos EUA; Brasil abandona a conversibilidade e fecha a Caixa de Conversão (ago-1914) logo após o início da GM;

        ago-1914 a 1918: câmbio flutuante; houve desvalorização do mil-réis e a moeda permaneceu desvalorizada durante o conflito; ela só voltará a valorizar a partir de 1919;

  • Questão CORRETA. 

  • Só para lembrar: Durante a Primeira República ocorreram três funding loans:

    Campos Sales(1898-1902): início das negociações ainda com Prudente de Moraes. O que previa:

    Empréstimo de 10 milhões de libras, prazo 50 anos, carência 13 anos

    contrapartidas: zerar déficit, criação de impostos (selo e consumo), queima pública 13% papel moeda em circulação, alfândega do Rio como garantia

    Hermes da Fonseca (1910-1914): (mencionado na questão): feito quando vence o primeiro funding (governo brasileiro adora gastar sem controle)

    Empréstimo de 10 milhões de libras, alfândegas de todo o país como garantia

    Washington Luis (1926-1930): empréstimo de 18 milhões de libras, prazos entre 20 e 40 anos

    Cenário de rápido endividamento externo a partir de 1925 agravado pela crise de 1929.

    Na década de 30, Vargas decreta moratória e dívida só é renegociada em 1943.

    Maior parte do estoque dessas dívidas ainda era em Libras, dólar a partir de 1940.

  • Certo.

    O Primeiro Funding Loan (1898) brasileiro permitiu a suspensão do pagamento da dívida externa brasileira, o que levou o país a um período de relativa estabilidade. Quando Rodrigues Alves (1902-06) e Afonso Pena (1906-10) assumem, o Brasil estava passando por um bom momento econômico. Isso se deu por meio da repentina melhora da posição externa do país em virtude do rápido crescimento das exportações de borracha e do início do grande boom de investimentos europeus na periferia que, com breves interrupções, duraria até as vésperas da guerra. 

    Fonte: A Ordem do Progresso (cap. 2)


ID
31384
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos ao impacto das duas guerras mundiais na economia brasileira.

No Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, a introdução de uma política de câmbio flexível e a suspensão de qualquer controle de importação provocaram significativa desvalorização cambial da moeda nacional.

Alternativas
Comentários
  • Durante a 2a Guerra Mundial, a queda drástica das importações e o incremento das exportações causaram um aumento nas reservas cambias do pais, de US$74 milhões no inicio da guerra, para US$708 milhões em 1945. Em fevereiro de 1945 o governo criou um regime cambial sem restrições, exceto por limitações quanto a remessa de lucros. As importações não sofreram restrições quantitativas e a moeda estrangeira estava livremente disponível para a maioria das transações de capital. A moeda brasileira foi mantida com o mesmo valor do período anterior a guerra e não mudou até 1953, enquanto os preços subiram 285% de 1945 a 1953. Em 1945 a taxa de cambio havia sido super valorizada em relação ao dólar, visto que durante o período de 1937-1945 os preços no Brasil haviam aumentado 80% mais que nos EUA. A continua super valorização da moeda brasileira pode ser atribuída a várias metas políticas governamentais. Em 1º lugar os formadores da política econômica estavam ansiosos em gastar as reservas cambiais acumuladas durante a guerra a fim de atender a demanda reprimida por importações. Em 2º, visto que a inflação era uma preocupação primordial, foi considerada justificada a existência de um déficit no balanço de pagamentos financiados por reservas cambiais passadas a fim de manter os preços baixos. Havia também o receio de impacto inflacionario adicional causado pela desvalorização. Porém dentro de 1 ano do Governo Dutra as reservas acumuladas durante o período de guerra havia desaparecido, resultado da febre de importação. Logo durante a 2a guerra, não houve desvalorização cambial, e a política cambial durante o período não era flexível. Referencia: BAER, Werner. A Economia Brasileira. 4 ed. São Paulo: Nobel, 199
  • Entre abr-1939 e jan-1946, o Brasil trabalha com um câmbio composto por três taxas de câmbio, o que configura, claramente, uma forma de controle cambial. A questão está errada, porque havia, sim, um controle de importação via controle cambial: taxas de câmbio diferentes priorizavam seletivamente produtos importados diferentes.


    Pode-se dizer, contudo, que, entre 1939-46, houve, sim, certa flexibilização do controle cambial (quando comparado ao período anterior), pois, após as negociações da Missão Aranha (fev-1939), o Brasil institui um regime de relativa liberdade cambial por meio do Decreto-Lei 1201 (abr-1939), que acaba com o monopólio cambial do Bando do Brasil e instaura o “controle de câmbio por cooperação”, com três taxas de câmbio (oficial, livre e livre-especial), as quais permanecerão praticamente inalteradas até o início do governo Dutra.

  • Câmbio flexível só foi adotado no Brasil no governo FHC

    "inicialmente, gostaria de comentar sobre o contexto externo. Desde sua introdução em 1999" http://www.bcb.gov.br/Pec/ApPron/Apres/10AnosDeCambioFlutuantevf.pdf


ID
31387
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da história econômica do Brasil é importante para se entender a situação da economia brasileira. Com relação a esse tema,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

Na República Velha, a desvalorização cambial usada para proteger, em moeda nacional, os lucros do setor cafeeiro repassava, por meio da inflação, ao conjunto da sociedade as perdas do setor cafeeiro, o que resultou no que Celso Furtado denominou de socialização das perdas.

Alternativas
Comentários
  • A "socialização das perdas" é o termo utilizado por Celso Furtado, em seu "Formação Econômica do Brasil", para explicar a transferência de renda que ocorria daqueles que importavam bens para aqueles que exportavam café. Em outras palavras, em virtude do câmbio desvalorizado pelo governo, os exportadores eram favorecidos, em detrimento do aumento do valor das importações de bens essenciais (que possuem baixa elasticidade-renda da demanda), como alimentos.

    A inflação, nesse sentido, corroía os salários das classes menos favorecida, enquanto a renda dos agroexportadores era mantida.

    Cf., principalmente, o capítulo XXVIII de "Formação Econômica do Brasil", de Celso Furtado, publicada em várias edições.
  • Não entendi o porquê da inflação ser o instrumento de socialização do prejuízo.
  • Desvalorização cambial = encarecimento do valor das importações, ou seja, inflação dos bens importados.
    Os bens mais atingidos eram os considerados essenciais, pois possuem baixa elasticidade-renda da demanda.

  • CERTO

    "Um argumento muito comum para se demonstrar o controle do Estado pelos interesses cafeeiros é o da política cambial, posta em prática pelos governanetes republicanos. Afirma-se que essa política consistia deliberadamente em desvalorizar o mil-réis, para sustentar a renda da cafeiculturaem moeda nacional. A afirmativa vem acompanhada da noção de que, por meio desse mecanismo, ocorreu o que o economista Celso Furtado chamou de "socialização de perdas". Ou seja: desvalorizando a moeda nacional para favorecer a cafeicultura exportadora, o governo encarecia as importações que deveriam ser pagas pelo conjunto da população. Desse modo, as perdas do setor cafeeiro seriam socializadas, isto é, divididas por toda a sociedade".

    História do Brasil - Boris Fausto


ID
31390
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da história econômica do Brasil é importante para se entender a situação da economia brasileira. Com relação a esse tema,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

No pós-guerra, a política econômica adotada pelo governo Dutra foi marcada por políticas fiscais e monetárias mais flexíveis conjugadas com políticas mais restritivas para o comércio exterior.

Alternativas
Comentários
  • Justificativa para alteração/anulação de itens do gabarito:

    64.2 (NORTE e SUL) – Como, ao longo do governo Dutra, o comércio exterior não obedeceu a uma política uniforme, a expressão “No pós-guerra” (mera referência introdutória) dá margem a imprecisão quanto ao período a ser considerado na avaliação do item. Em vista disso, a banca examinadora decide pela sua ANULAÇÃO.

    http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2008/arquivos/IRBR_2008_JUSTIFICATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO__2_.PDF


ID
31393
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da história econômica do Brasil é importante para se entender a situação da economia brasileira. Com relação a esse tema,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

De 1956 a 1963, as elevadas taxas de crescimento econômico coexistiram com reduções substanciais do deficit público e da inflação.

Alternativas
Comentários
  • A política econômica do governo JK é, claramente, inflacionada pelos excessivos gastos públicos, financiados por emissão monetária.
  • Apenas para ratificar o comentário do colega, este período foi chamado de "Crescimento com Endividamento".
  • Para financiar o Plano de Metas e a construção de Brasília, JK incorreu em grandes déficits públicos, que foram financiados por emissão de moeda e deram início ao processo inflacionário que só foi debelado satisfatoriamente com o Plano Real. Questão ERRADA
  • ERRADA


    Justamente o baixo crescimento econômico, especialmente, no último ano foi umas das razões utilizadas para realizar o Golpe Militar de 1964.


    De fato, ao fim de 1963 a indústria cresceu só 1%, a agrucultura 0,1% em contraponto a população aumentou 2,9%.
  • A questão está errada, inicialmente, por falar em elevadas taxas de crescimento econômico do período, o que não é verdade, já que, para se ter ideia, em 1963 não houve crescimento. Também erra em falar de redução substancial do déficit público no período, eis que o Governo JK, por exemplo, é nitidamente reconhecido por seus altos déficits públicos.

ID
31396
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da história econômica do Brasil é importante para se entender a situação da economia brasileira. Com relação a esse tema,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

Para aumentar a eficiência e a competitividade do sistema financeiro, a reforma do período 1964-1967, além de permitir a captação direta de recursos externos pelas empresas privadas nacionais, modificou a legislação, para facilitar remessas de lucros para o exterior, contribuindo, assim, para ampliar a abertura da economia ao capital externo.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Giambiagi et al (2005), O PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), de 1964, e as "reformas estruturais" , de 1964-67, permitiram sanear a economia e o caos vindo do governo anterior à Revolução de 1964.

    Mais especificamente à ampliação do grau de abertura da economia ao capital externo, os sucessivos governos militares efetuaram as seguintes mudanças:

    1) Regulamentação de alguns tópicos da Lei n° 4131/62, de forma a permitir a captação direta de recursos externos por empresas privadas nacionais;

    2) Resolução n° 63 do BACEN, que regulamentou a captação de empréstimos externos pelos bancos nacionais para repasse às empresas domésticas;

    3) Mudança na legislação sobre investimentos estrangeiros, de modo a facilitar as remessas de lucros ao exterior.

    GAMBIAGI, et al. "Economia Brasileira Contemporânea". RJ: Ed. Campus, 2005, p.79.
  • complementando: esse período foi importante para o surto de crescimeto no período pós 1967, também conhecido como "milagre econômico"
  • Quanto à atração do capital estrangeiro, as ligações com o sistema financeiro internacional foram feiras por dois mecanismos: a Lei 4131, que dava acesso direto das empresas ao sistema financeiro internacional, e a Resolução 63, que possibilitava a captação de recursos externos pelos bancos comerciais e de investimento para o repasse interno. Esta última siginificava a colagem do sistema financeiro nacional ao internacioanal e o início do processo de internacionalização financeira do Brasil
  • Reforma tributária e financeira para buscar o equilíbrio das contas públicas

  • 1964-1967: Castelo Branco

    A partir dessa informação já é possível chegar à resposta...


ID
31399
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que diz respeito à análise da economia brasileira contemporânea, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Após o aumento da taxa de juros em 1979 - vindo principalmente do aumento da "prime rate" nos EUA - e da crise mexicana, em 1982, o Brasil teve dificuldade para conseguir financiar sua dívida externa. A partir do Plano Bresser (1987), com as sucessivas desvalorizações cambiais, há certa melhora nas transações correntes, apesar de ser visível o déficit da balança de serviços, em virtude das remessas de rendas (juros, lucros, etc.).

    Cf., principalmente, GAMBIAGI, et al. "Economia Brasileira Contemporânea". RJ: Ed. Campus, Cap. 4 e 5.
  • (A) Entre o final da década de 1959 e julho/1994, a inflação pode ser classificada de qualquer forma possível, menos de "controlada". (com exceção de 2 ou 3 meses isolados durante a implantação dos inúmeros choques heterodoxos da segunda metade da década de 1980)(B) Correta(C) A política monetária, principal razão do fracasso do Plano Cruzado, foi EXPANSIVA.(D) Efeito Tanzi às avessas ocorre quando há um aumento da taxa de inflação e os gastos do governos não estão plenamento indexados, o que resulta em uma redução do valor real dos gastos.(E) O Governo Collor liberou geral o comércio internacional, inclusive as barreiras não-tarifárias.
  • A) Não houve aumento expressivo de salários. Houve aumento da massa salarial - mais pessoas trabalhando -, mas havia uma prática de "achatamento" de salários;
    B) Correta: Na virada dos anos 80 há aumento dos juros da dívida externa. O FED, em 1979-82, aumenta sua alíquota. Como as dívidas externas do país estavam fixadas em juros flutuantes, qdo a alíquota de referência mundial se altera,  valor da dívida externa tb sofre modificações... Juros mais altos, dívidas mais altas;
    C) O Plano Cruzado é um plano heterodoxo. Não houve adoção de PM restritivas. A alternativa estaria correta se estivesse escrito "à falta" de adoção de...;
    D) Foi apenas o efeito Tanzi: considerando-se a desvalorização da moeda com qual os tributos são pagos, quanto maior for a inflação nesse período menor será a arrecadação real do governo;
    E) Alterou-se as barreiras não tarifárias. O presidente, à época, seguia algumas receitas do Consenso de Washington, ou seja, liberalização, privatização, Estado mínimo, etc.
  • COMENTÁRIO SOBRE O ITEM D
    O Efeito-Tanzi, também conhecido como Efeito Olivera-Tanzi, consiste na diminuição, em termos reais, do valor dos tributos que o governo arrecada em decorrência das taxas de inflação elevadas na economia. Isso ocorre devido à existência de uma defasagem de tempo entre o fato gerador do imposto e o seu recolhimento aos cofres públicos. No início dos anos 90 do século XX, havia altas taxas de inflação no País, e, para evitar que a arrecadação tributária fosse reduzida, o governo brasileiro indexava as receitas, protegendo-as; no entanto, as despesas não eram indexadas. Por causa disso, o orçamento era aprovado de início com um grande déficit nominal que, ao longo do ano, era corroído pela inflação, encerrando o exercício com um déficit operacional pequeno. Esse fenômeno foi denominado de "Efeito-Tanzi às avessas" pelo economista brasileiro Edmar Bacha. Ao contrário do Efeito-Tanzi, o Efeito-Bacha - nome pelo qual também é conhecido o Efeito-Tanzi às avessas - era benéfico para as contas públicas!
    Finalizando, o item (d) está incorreto porque o "Efeito-Tanzi às avessas" retrata uma relação NEGATIVA entre a inflação e o déficit fiscal: quanto maior a inflação, MENOR o déficit fiscal.
  • b) Não seria déficit em Conta Financeira? Por que déficit em Conta Corrente?

  • Oi, Leila, a conta corrente do balanço de pagamentos contabiliza a balança comercial, a balança de rendas, a balança de serviços e as transferência unilaterais (segundo a metodologia do BPM5). Quando o Brasil recebe empréstimos ou investimentos estrangeiros, isso é contabilizado na Conta Financeira. No entanto, posteriormente, o Brasil é obrigado a pagar juros ou a remeter lucros para o exterior, o que, por sua vez, é contabilizado no Balanço de Rendas (salários, aluguéis, juros e lucros). Como os juros internacionais explodiram após o choque do petróleo de 1979, o Brasil acaba tendo déficits na conta corrente do BP, ou seja, o Brasil se torna um importador de poupança externa. Contudo, ao mesmo tempo, diante da precariedade da economia e das contas públicas, ninguém investia aqui, então o país é obrigado a queimar reservas internacionais. 

  • O erro da questão D é que no início da década de 90 houve efeito-Tanzi convencional.

    Com o Plano Real, houve efeito-Tanzi às avessas, que pressionava o déficit fiscal do governo, mesmo com a queda persistente da inflação.


ID
37000
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos a regimes cambiais.

Nos anos 90 do século XX, em alguns países da América Latina, foram usadas âncoras cambiais como instrumento de estabilização de preços.

Alternativas
Comentários
  • Basta lembrar do Plano Real (1994) e da Conversibilidade Argentina (1991). Questão CORRETA.
  • A âncora cambial é um mecanismo de política econômica através do qual o governo fixa a taxa de câmbio com o objetivo de reduzir o aumento dos preços. Em geral, a cotação da moeda local é fixada em relação à moeda de referência (como aconteceu, por exemplo, com o real frente ao dólar norte-americano no início do Plano Real). Este foi o instrumento utilizado pela equipe econômica brasileira até o ano de 1999, quando US$ 1 passou a valer R$ 1,21, taxa definida para a conversão. O objetivo era conter a inflação.


ID
37015
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que se refere à industrialização brasileira antes da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

Há consenso entre os historiadores econômicos a respeito dos efeitos favoráveis do encilhamento sobre a indústria brasileira.

Alternativas
Comentários
  • Nada na História é consenso de um só ponto de vista!!!
  • Há consenso na História?

    Com relação à afirmação do colega quanto a não haver nunca consenso entre nós historiadores, cabe-me, com a devida vênia, retificar: nós historiadores admitimos consenso em uma série de assuntos, apesar de discordamos em muitos outros. Mas é fato que as ciências humanas apresentam menos consenso do que as ciências naturais, o que não reduz a História a uma simples literatura. Há consenso entre nós quanto ao aumento do poder político dos setores não cafeeiros durante a Era Vargas, para citar um exemplo.

    Encilhamento (1889-1891)

    Quanto ao fenômeno conhecido como Encilhamento, trata-se de uma política econômica adotada durante o governo do presidente Deodoro da Fonseca (1889 - 1891) pelo então ministro da fazenda Ruy Barbosa. As medidas econômicas procuravam basicamente aumentar a liquidez na economia (“colocar mais dinheiro em circulação”) permitindo que alguns bancos emitissem moeda (“fabricassem dinheiro”). O efeito foi o que hoje chamaríamos de "bolha especulativa". Empresas desconhecidas adquiriram um preço muito superior ao que elas valiam de fato. Quando a bolha estourou (1890), os efeitos da crise econômica foram sentidos por toda a sociedade.

    Quanto aos efeitos do Encilhamento

    No entanto, quanto aos efeitos do Encilhamento na economia, o assunto não é consensual. A historiografia tradicional reforça o lado negativo desse acontecimento. Já historiadores revisionistas mais recentes ganharam certa notoriedade no meio acadêmico defendendo a tese de que, apesar dos problemas imediatos gerados pela crise, as políticas de Barbosa teriam gerado efeitos positivos a médio e longo prazos se considerarmos a absoluta falta de liquidez na economia brasileira antes das ações de Ruy Barbosa. Não cabe aqui entrar no mérito da questão. Apenas nos cabe concluir que o assunto não é consensual.

    Conclusão:

    Portanto, nunca houve um consenso sobre os efeitos positivos do Encilhamento e, por conta de estudos revisionistas contemporâneos, não se pode dizer que há mais um consenso quanto aos efeitos negativos também.
  • Há consenso sim entre os historiadores econômicos sobre o Encilhamento. Um consenso de que ele foi um verdadeiro desastre. "O encilhamento ocorreu durante o governo provisório de Deodoro da Fonseca (1889-1891). O Minístro da Fazenda Rui Barbosa, na tentativa de estimular a industrialização do Brasil, adotou uma política baseada em créditos livres aos investimentos industriais garantidos pelas emissões monetárias. A especulação financeira desencadeada, a inflação e os boicotes através de empresas-fantasmas e ações sem lastro desencadearam, em 1890, a Crise do Encilhamento. O ato de encilhar refere-se às apostas que seriam o modo com que os especuladores atuavam na Bolsa de Valores com as empresas fantasmas. Esta crise causou o aumento da inflação, crise na economia e aumento da dívida externa. A política econômica executada por Joaquim Murtinho conteve a emissão da moeda e procurou estimular o crescimento industrial do país." Fonte: Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Encilhamento)
  • Há 2 pontos cruciais na questão.1) o consenso;2) os "efeitos FAVORÁVEIS".Há consenso, mas os efeitos do encilhamento foram DESFAVORÁVEIS à indústria brasileira, contrariamente ao que afirma a questão.ERRADA, portanto.
  • Com a devida vênia aos colegas, permitam-me discordar em parte. Há correntes que defendem que os efeitos do encilhamento não foram de todo um desastre. Isso porquê, ante um cenário de extrema falta de liquidez e recessão, a emissão de moeda foi importante para aquecer a economia e gerar renda ao setor produtivo de então. Contudo, isso não abona o movimento especulatório posterior.

    Não é minha intenção entrar no mérito desta análise exposta nem dizer se com ela estou de acordo. Simplesmente apontar a falta de consenso mesmo sobre os efeitos desfavoráveis do plano de Barbosa, pois de fato tal linha de raciocínio existe entre os historiadores econômicos.
  • Caros,

    só gostaria de apontar que há um erro em alguns dos comentários: o encilhamento consiste no período de crise que se segue à aplicação da lei bancária de 1890, promovida por Rui Barbosa. O encilhamento não consiste nas políticas em sí, nem nas politicas de Murtinho, mas no conjunto de desastres advindos da primeira. 
    A crise foi ruim para a industrialização porque gerou desvalorização do mil réis, isso é, encareceu a importação de bens de capitais, gerou caos no mercado de capitais, o que atrapalha sobremaneira os investimentos e, por fim, desencadilhou a falência de muitas empresas pioneiras na industrialização.

    é isso

    abraços
  • NÃO há consenso. O Encilhamento é um dos períodos mais controversos entre os historiadores.

  • Parei de ler em há consenso

  • Falou Há conseso, geralmente ta errada.

  • O encilhamento foi uma das maiores crises que o país já passou.

    Não há nada de favorável nesse episódio...


ID
37018
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que se refere à industrialização brasileira antes da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A produção industrial cresceu significativamente entre os anos 1915 e 1917 a despeito das dificuldades enfrentadas, pelo país, na importação de máquinas e equipamentos, em razão da Primeira Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • Há duas correntes que explicam a industrialização brasileira no século XX, a Teoria dos Choques Adversos (a partir das duas Guerras Mundiais, que dificultaram a importação de produtos europeus, fazendo com que eles passasem a ser produzidos internamente) e a Industrialização Induzida por Exportações (em que a industrialização se deu paralelamente ao crescimento da economia cafeeira). Sugiro, como leitura, o livro "Economia Brasileira Contemporânea" de Amaury Patrick Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos e Rudinei Toneto Junior. Essa questão está no capítulo 13.
  • CORRETA.

    Cresceu, apesar das (despeito de) dificuldades de importação de bens de capital (máquinas e equipamentos).

    O que ocorreu:
    • A tonelagem das importações entre 1914-1918 cai 55%. Sem concorrentes a indústria nacional decola.
    • Com a decolagem, nos anos de 1920 supre 50% da demanda em tecidos, sapatos, artigos de alumínio, esmalte, lâmpadas, pianos etc.
    • Os principais investidores são provenientes dos fazendeiros de café, com grande influência dos imigrantes e estrangeiros aqui do Brasil (alemães, italianos,). Os mais famosos eram o Francisco Matarazzo, Grupo Votoramtim, Demiro Govéia (hidroelétrica), Percival Farquhar (Light and Power, Via Brazil Railway Company, Madereira-Mamoré)
  • Questão correta, pois de acordo com a teoria dos choques adversos, a dificuldade de se importar em momentos de crise favorecia a indústria nacional de seus concorrentes externos e aumentava a sua rentabilidade. Assim, nos momentos de crise também se desenvolvia o setor industrial.
  • Certo.

    No governo Venceslau Brás (1914-1918), o Brasil vivenciou um surto industrial. Isso foi motivado principalmente pela capacidade industrial ociosa que já existia no país e pela escassez de produtos (a guerra teve efeito negativo sobre a oferta mundial de manufaturados).

  • Correto. Isso se explica pela existência de ociosidade no setor, não sendo necessário expandir o capital para aumentar a produção (bastando o uso mais intenso dos fatores já instalados).


ID
37021
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que se refere à industrialização brasileira antes da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A crise de 1929 proporcionou maior influxo de investimentos estrangeiros no Brasil.

Alternativas
Comentários
  • "A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo." Num ambiente assim, nunca que haveria capital para investimento, muito mais investimento em outros países. Questão escandalosamente ERRADA. Fonte: Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o)
  • Embora os efeitos da crise não tenham atingido o Brasil com a mesma intensidade, principalmente pelo fato de que o principal produto da exportação brasileira era inelástico, o fluxo de investimentos externos sofreu considerável declínio no período.
  • ERRADA.
    Quase todos os países sofreram com a Crise de 1929 - Grande Depressão. Um exemplo de país que não sofreu diretamente foi a URSS. Logo, o países afetados teriam que cuidar de seus problemas internos primeiramente antes de continuar seus investimentos no exterior. Tal como a Crise de 2008, O Brasil é dos países que superam mais depressa a depressão: já tem, em 1933, a produção que ultrapassa a de 1929. A Inglaterra só faz isso em 1934, Alemanha em 1935, Itália em 1935 e EUA em 1939. Fato relacionado ao fomento da industrialização com substituições das importações.
  • Houve, de fato, um maior influxo de investimentos estrangeiros no Brasil. Contudo, segundo Furtado, a política de defesa do setor cafeeiro nos anos de depressão concretiza-se, inconscientemente, num verdadeiro programa de fomento da renda nacional, motivo pelo qual o Brasil já apresentava sinais de recuperação em 1933, antes mesmo dos EUA.
  • CUIDADO com o significado das palavras, o cespe costuma explorar esse tipo de deficiência dos candidatos usando palavras de pouco uso.
    "A crise de 1929 proporcionou maior influxo de investimentos estrangeiros no Brasil."
    Traduzindo:
    "A crise de 1929 proporcionou maior influência de investimentos estrangeiros no Brasil."
    Influxo não é a mesma coisa que fluxo. Porém a questão não deixa de estar errada. Essa é uma das vantagens das questões de certo ou errado, se você errar duas vezes pode ser que acerte!
  • Sou obrigado a discordar do colega Rafael Campelo, que faz uma afirmação errônea.

    Influxo = ato de influir.
    Influir é DIFERENTE de influenciar.
    influir = Fazer correr fluido para dentro de.

    O termo "influxo de capitais" é corriqueiramente utilizado no "economês" e tem justamente o sentido de fluir, de movimento de capitais.

    A questão está errada pq a crise provocou uma escassez mundial de capitais, que afetou, inclusive, o Brasil.

  • Significado de Influxo

    s.m. Influência física ou moral; ação de influir, de exercer domínio ou de expressar poder em relação a algo ou alguém. 
    Figurado. Afluência; movimentação do que se direciona para o mesmo lugar.
    Figurado. Estímulo; o que causa impulso.
    Preamar; excesso de água proveniente da maré.
    (Etm. do latim: influxus.us)

    Sinônimos de Influxo

    Influxo é sinônimo de: estímulo, impulso, afluência, inspiração, preamar

    Antônimos de Influxo

    Influxo é o contrário de: refluxo, vazante

  • Crise globais geralmente tendem a reduzir os investimentos estrangeiros em qualquer país.

     

    Resposta: ERRADO.

  • Qual seria uma incapacidade civil superveniente?


ID
37024
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que se refere à industrialização brasileira antes da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A desvalorização cambial provocada pela crise de 1929 encareceu as importações de máquinas e equipamentos, o que resultou em declínio considerável da produção da indústria brasileira na década de 30 do século XX.

Alternativas
Comentários
  • Resumidamente, houve desvalorização cambial no período, pois a caixa de conversão (cambial)  "quebrou"; contudo, não resultou declínio considerável da produção. A década de 30 é marcada pela expansão industrial, influenciada pela capacidade ociosa; esta irá ajudar o aumento da produção para o abastecimento interno.
  • A crise de 29 dificultou e encareceu os mais variados tipos de exportações( no brasil, a impossibilidade de exportar o café foi o pilar da crise).
  • Questão errada, pois de acordo com a teoria dos choques adversos, a dificuldade de se importar em momentos de crise favorecia a indústria nacional de seus concorrentes externos e aumentava a sua rentabilidade. Assim, nos momentos de crise também se desenvolvia o setor industrial.
  • A primeira parte da questão está certa. Máquinas e equipamentos ficaram mais caros. Entretanto, houve crescimento industrial para o mercado interno, sobretudo subsituição das impotações (que de um modo geral ficaram mais caras). Esse processo na verdade, decola de vez com o governo Vargas e depois com o JK.
  • Uma desvalorização da moeda (que é diferente de uma desvalorização cambial) favorece exportações e dificulta importações, o que (em teoria) iria dificultar a importação de bens de capital pela industria. No entanto, até 1930 predominava a economia cafeeira, com pouquíssima industrialização no Brasil, logo não existia industria para ser declinada por esse processo. Após 1930, foi o inicio do processo de industrialização por substituição de importações.
  • O colega Geraldo Jorge está equivocado.

    No Brasil, o termo "desvalorização cambial" é utilizado do ponto de vista do valor do Real. Desvalorização cambial = desvalorização do Real. E isso ocorreu após a crise de 1929 - não só ocorreu como foi deliberadamente provocado pela política econômica de GV, que buscava caminhos para sair da crise - um deles foi "aumentar a competitividade" dos produtos brasileiros no exterior - a "desvalorização cambial" tem esse efeito.

  • Errado.

    Houve desvalorização do mil-réis e houve queda das importações, mas foi justamente por conta disso que o governo apostou no incremento da produção da indústria para fazer frente à crise. 

    Para preservar as poucas reservas em moeda forte que o Brasil tinha em caixa, o governo Vargas impôs um rígido controle sobre o câmbio e passou a administrar com rigor as remessas de lucro por empresas estrangeiras. Faltava moeda forte para pagar as importações, essenciais ao atendimento da demanda interna e ao desenvolvimento do país. Houve uma acentuada queda na compra de produtos do exterior, também desestimulada pela desvalorização da moeda brasileira.

    A estratégia do governo Vargas para enfrentar a crise baseou-se principalmente na substituição das importações, por meio do desenvolvimento da indústria local, e na intervenção do Estado na economia.

     

    https://historiablog.org/2009/01/03/a-crise-de-1929-e-o-brasil/

  • Geralmente, desvalorizações cambiais IMPULSIONAM a indústria, pois fica mais cara importar, fazendo com que a população interna consuma os produtos internas. De igual forma, fica mais barato exportar, fazendo com que os demais países consumam mais o produto interno.

     

    Resposta: ERRADO.


ID
37027
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em Formação Econômica do Brasil, Celso Furtado analisa os efeitos diretos e indiretos da crise de 1929 sobre a economia brasileira. Segundo o autor, a política de defesa do setor cafeeiro implementada no período teria favorecido a rápida recuperação da economia: "É, portanto, perfeitamente claro que a recuperação da economia brasileira que se manifesta a partir de 1933 não se deve a nenhum fator externo e sim à política de fomento seguida inconscientemente no país e que era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros".

Com relação à economia brasileira no período posterior à crise de 1929, assinale a opção que apresenta afirmativa consistente com a análise de Celso Furtado acima resumida.

Alternativas
Comentários
  • A política de valorização do café consistia, grosso modo, na manutenção de altos lucros para o setor cafeeiro. Para tanto, o governo lançava mão de várias ferramentas, sejam elas a estocagem do café, a fim de contrair a oferta ao mercado externo (e assim manter um alto patamar de preços), ou a manutenção de um câmbio competitivo - ou seja, um câmbio pouco valorizado, a fim de manter atraentes os preços do produto brasileiro no mercado internacional.

    Logo, a manutenção de câmbio pouco valorizado dificulta a importação, ante o alto valor dos produtos estrangeiros. Isso incentivou, colateralmente, a produção brasileira de manufaturados, desenvolvendo-se uma industrialização por substituição de importações, surgida como subproduto de uma política de valorização de bem agrícola - no caso o café.
  • CORRETA LETRA E:

    Numa rescritura histórica:

    Problema
    1) Com a Grande Depressão, que afetou sobretudo o café, produto primário responsável por 60% a 75% das exportações (EUA são o grande comprador). De 1928-1931 o preço do café cai de 5 libras para 1,9 libra a saca.
    2) Washigton Luíz, presidente da época, liberal, ortodoxo, recusa-se a intervir para salvar o café que contribui ainda mais para queda. O algodão e açúcar, voltados muito mais para o mercado interno sofrem bem menos.

    Solução
    3)Getúlio Vargas, par forçar a alta dos preços em 1931 começa a: queimar cerca de 78 milhões de sacas (iguais a toda safra atual de 4 anos). Decreta também 3 moratórias sucessivas das dívidas dos cafeicultores, cancela metade das suas hipotecas e limita os juros sobre elas. Investe dinehiro públuco na estocagem de café que antes era financiada por empréstimos externos.
    4)Ao mesmo tempo, Getúlio, desencoraja o plantio de novos cafezais, taxa as exportações e através do Conselho Nacional do Café, impõe pela 1ª vez o controle federal sobre a política cafeeira.
  • Correta a letra "E", visto que com a desvalorização da moeda nacional (socialização do prejuízo) impunha redução das importações, incentivando, pois, a demanda por produtos produzidos internamente.
  • A alternativa errada mais marcada foi a A, portanto vamos ver aqui por que ela está incorreta.

    O  problema da A está em afirmar que o principal objetivo da política de defesa do café de Vargas era "manter relativamente estável a demanda agregada pelos bens produzidos internamente". O objetivo era aumentar a demanda interna por bens produzidos internamente, não mantê-la estável, como a questão afirma.

    Note que o PIB é composto por absorção/demanda interna (C + I + G) e absorção/demanda externa (X-M). Se as exportações líquidas (a demanda externa por produtos nacionais) caíram, a única forma de sustentar a produção nacional (e portanto a economia nacional e o PIB brasileiro) era compensando a queda na demanda externa com um aumento na demanda interna. É por isso que o objetivo era AUMENTAR a demanda por bens produzidos internamente, e não simplesmente MANTER estável essa demanda. 

ID
37030
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Graças ao crescimento acelerado dos preços na primeira metade dos anos 80 do século XX, o combate à inflação transformouse em meta prioritária da política econômica do governo Sarney (1985- 1989), dando origem a três planos de estabilização consecutivos: o Plano Cruzado, o Plano Bresser e o Plano Verão. Os três planos mostraram-se incapazes de reduzir as taxas de inflação, que apresentaram variação negativa somente no ano de 1986. A taxa anual de crescimento dos preços, medida pelo IGP, praticamente dobrou de 1985 a 1987 e de 1987 a 1988. O fracasso desses planos tem sido atribuído, em especial, a interpretações errôneas e(ou) incompletas das verdadeiras causas da inflação.

Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta acerca dos planos econômicos citados.

Alternativas
Comentários
  • Em Março de 1985 e após 21 anos de regime militar, instalou-se no Brasil a chamada Nova República. Durante a campanha eleitoral tinha-se enfatizado por várias vezes a necessidade de um pacto social, que possibilitasse conciliar a pressão por aumentos do salário real com a meta de reduzir a taxa de inflação. Apesar disto, a política económica seguida pelo governo, de carácter ORTODOXO, foi um imediato corte nos gastos públicos e um aperto na política monetária,com a intenção de facilitar as negociações que então se faziam com o FMI, o que levou ao esquecimento do pacto social, que jamais chegou a ser materializado. Uma vez que as políticas monetária e fiscal restritivas poderiam levar algum tempo a produzir uma queda na taxa de inflação, que tinha alcançado 12% ao mês, foi determinado um congelamento de preços para o mês de Abril, junto a um esquema de minidesvalorizações cambiais diárias, pré-fixadas a cada mês.A proposta do choque HETERODOXO, apoia-se no pressuposto de que uma política antiinflacionária eficaz deve agir directamente sobre a tendência inflacionária, uma vez que os choques deflacionários não têm um significativo impacto sobre as taxas de inflação elevadas, levando isso sim, a pesados custos reais, como a recessão e o desemprego. Também não seria suficiente a simples extinção dos mecanismos de indexação, uma vez que isto teria tendência anão afectar o movimento inercial da inflação, uma vez que os agentes continuariam a comportar-se defensivamente e a tentar recompor os seus picos de renda real.Fonte:http://www2.egi.ua.pt/xxiiaphes/Artigos/a%20Fernandes%20onEstabiliz..PDF
  • Caro Rodrigo,

    Ao promover a abertura comercial, se expôs a competitividade de nossas estatais, com sua defasagem tecnológica. Logo, as privatizações no governo Collor foi consequência natural dessa abertura.

    Já no governo FHC, as privatizações tiveram continuidade, bem como houve o fechamento de determinados órgãos sob a alegação de "tapar os ralos do orçamento".

    Nada de absurdo!
  • CORRETA LETRA C:

    Razões de erro nas outras assertivas:

    A) Na verdades, os aumentos de preços - inflação - , o diagnóstico foi a Inflação Inercial. A inércia inflacionária decorre da existência de contratos com cláusulas de indexação. Numa economia indexada, a tendência inflacionária torna-se a própria inflação do período anterior e pode ser agravada, ocasionalmente, por flutuações decorrentes a choques de oferta (safras agrícolas, petróleo etc.) ou de choques de demanda (descontrole fiscal). 

    B) Principalmente no início, o plano foi um sucesso. Inclusive, teve aumento de 20% nos postos de trabalho - queda no desemprego, e explosão de consumo (muitos lucros a indústria).

    D) O Plano verão era híbrido, continha elementos ortodoxos (redução de despesas de custeio, reforma administrativa, limitações a emissões de títulos e restrição de crédito) e heterodoxas (congelamento de preços e salários).

    E) O pico da inflação, na verdade, o ano terminou com a maior inflação da história, com 1.764,9%
  • Apenas um comentário acerca de Ortodoxia e Heterodoxia:
    Ortodoxia - de acordo com o pensamento ortodoxo, a inflação é decorrente do processo de emissão monetaria devido aos déficits públicos, o que eleva a demanda e força a alta de preços. Assim, para combater a inflação, deve-se estancar a emissão de moeda, o que so pode ser conseguido com a retração da demanda, quer do setor privado, pela elevação de impostos, quer do setor público, pela queda nos gastos públicos. Assim, o combate inflacionário é conseguido mediante uma política recessiva.
    Heterodoxia - para estes, a inflação não decorre de excesso de demanda provocado pela emissão monetária. A emissão monetária é vista muito mais como uma decorrência da inflação do que como causa. Assim, a inflação poderia ser combatida sem o apelo ao controle da demanda, isto é, não haveria necessidade de uma política recessiva. O congelamento de preços e salários é um tipo de medida (política de rendas) característico dessa corrente.
  • a) Para os formuladores do Plano Cruzado, os aumentos de preço resultavam basicamente do excesso de oferta de moeda. Para reverter o processo inflacionário, avaliavam que a principal medida a ser tomada seria dotar o Banco Central de independência. ERRADA. O diagnóstico era de uma inflação inercial juntamente com um excesso de demanda agregada.  b) A política inflacionária do Plano Cruzado reduziu as expectativas de lucro dos empresários, provocando redução substancial na produção industrial com consequências adversas no nível de emprego. ERRADA. Não houve redução na produção industrial, pelo contrário, o Plano Cruzado previa uma série de incentivos para a indústria a agricultura continuarem produzindo, apesar dos controles de preço.  c) O diagnóstico da inflação que fundamentou o Plano Bresser atribuía a inflação em vigor não só à indexação geral da economia, mas também a um excesso de demanda. Com base nesse diagnóstico, o plano propunha tanto medidas políticas antiinflacionárias ortodoxas quanto heterodoxas. CERTO! Do lado da heterodoxia, econtramos os congelamentos de salários e aluguéis por 3 meses. Do lado da ortodoxia, encontramos o reconhecimento da necessidade de realizar ajustes nos gastos governamentais e restrição de linhas de créditos às empresas estatais.  d) O Plano Verão foi um plano estritamente ortodoxo de combate à inflação. ERRADO! · Proposta ortodoxa: redução dos gastos públicos e elevação da taxa de juros, Proposta heterodoxa: uma reforma monetária que criou o Cruzado Novo, fruto do corte de 3 zeros do cruzado.  e) O severo ajuste fiscal ocorrido em 1989 contribuiu para o relativo sucesso do Plano Verão. As taxas de inflação foram substancialmente reduzidas em 1990. o Plano Verão foi o último do governo Sarney terminou seu mandato com a marca taxa de inflação em 80% ao mês. Em março de 90, no início do governo Collor, atingiu 5000% ao ano.

ID
37033
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação às políticas econômicas implementadas no Brasil, nos anos 90 do século XX, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Que gabarito absurdo!!As privatizações ocorreram no governo FHC,o governo Collor representou sim uma grande mudança com relação a abertura econômica aos mercado internacional,mas daí dizer que enfatizou o processo de privatização não concordo.Alguém analisaria este item de outra forma?
  • O forte intervencionismo do Plano Collor I (principalmente o congelamento dos ativos financeiros) e seu fracasso exerceu forte impacto na opinião do setor privado e na mídia. Marcílio Moreira, o então novo ministro, assumiu declaram-se contra qq tipo de tratamento de choque - surgindo assim o Plano Collor II. Uma das preocupações de curto prazo da nova equipe econômica era a garantia da continuidade do processo de privatização e da abertura da economia. De fato, as privatizações começaram em outubro de 1991 e, no final do ano, cinco empresas estatais haviam sido vendidas, produzindo uma receita de 0,5% do PIB. 
    O Plano Collor II é caracterizado pela eterna busca pela austeridade, que consistiu em tentativas de administrar melhor os fluxos de caixa e conter as despesas das empresas estatais.
  • CORRETA ASSERTIVA A:

    MOTIVOS DE ERROS DAS OUTRAS ASSERTIVAS:

    B) O diagnóstico, principal,  foi justamente o desajuste das contas públicas. Houve, também, interesse na desindexação porém só na segunda fase do plano com a implantação da URV (Unidade de Valor Real).

    C)  Na Contas dos Balanços de Pagamentos, a Balança Comercial (fob) foi, em US$ milhões,  -3466, -5599, -6753, -6757 respectivamente de 1995 a 1998. Decaindo expressivamente a partir do ano seguinte, com positividade em 2001: +2650. Em 2003 já atingia +24824.

    D) Sim, em 1999 o câmbio deixou de ser fixo para ser flutuante, porém iniciou uma desvalorização da moeda brasileira.

    E) Houve uma tentativa do Plano Collor I em realizar um congelamento mas, devido ao descrédito dos congelamentos instituído nos Planos Cruzado, Bresser e Verão, este congelamento foi amplamente não respeitado. 

  • Concordo com o Rodrigo!

  • Foi no governo do presidente Fernando Collor de Melo (1990-1992) que o Brasil viu nascer seu primeiro programa de privatizações, com a constituição do Programa Nacional de Desestatização (PND).

    https://oglobo.globo.com › Economia

     


ID
42454
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O PIB real do Brasil cresceu muito rapidamente durante o período de "Milagre Econômico" (1968-1973). Tal crescimento

Alternativas
Comentários
  • Letra E

    Essa questão não é de Administração Geral; está mal classificada.

    Nos idos da década de 70, de fato o Brasil ainda não era a potência petrolífera que é hoje em dia e havia carência de investimentos nas indústrias de base e infraestrutura (bens de capital, basicamente). Entretanto, a letra D é de certo modo um complemento da resposta correta, pois o país endividou-se, gerando nos anos 80 o ápice da dívida externa (o que somado à inflação exorbitante, crise fiscal e incapacidade de gerar poupança pública, culminou com o adoção do Plano Real, em 1994).
  • Eu discordo da resposta ser a Letra E.


    "Após a prolongada queda do Crash de 1971, a partir de 1973 o crescimento da economia brasileira diminuiu e em 1974 ocorreu o primeiro choque do petróleo, quando seu preço foi elevado abruptamente de US$3,37 para US$11,25 por barril. A crise do petróleo provocou uma aceleração da taxa de inflação no mundo todo e principalmente no Brasil, onde passou de 15,5% em 1973 para 34,5% em 1974. O corte nas importações foi uma das medidas adotadas para a diminuição do gasto. Isso prejudicou o Brasil em dois sentidos: na perda de mercado externo e em não poder restringir suas próprias importações. O crescimento diminuiu no período 1974-1979 passando a 6,5% em média; na época do "milagre" as taxas de crescimento eram, em média, superiores a 10% anuais, tendo alcançado picos de 13% anuais.A balança comercial brasileira, a partir de 197425 , apresentou enormes défices causados principalmente pela importação de petróleo, que ultrapassaram os 4 bilhões de dólares ao ano. A capacidade de geração de divisas tornou-se insuficiente para sustentar o ritmo do crescimento. Houve dois tipos de inflação, a oficial, que servia de índice, e a verdadeira, que se deduzia pela alta taxa de juros, chegando a superar em 50% os índices governamentais. No final dessa década, a inflação chegou a 94,7% ao ano; em 1980 já era de aproximadamente 110 %, e em 1983 alcançou o patamar de 200%." (Fonte: Wikipedia)

    Houve uma aceleração impactante na taxa de inflação nesse período que esteve entre 15% e 20%, ao final do "Milagre" estava em torno dos 94%.

    Essa pergunta é questionável, pois, nessa época além da aceleração da taxa de inflação também houve crescimento da dívida externa do país. Logo, as letras A e D também estão corretas.



ID
42457
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O processo de substituição de importações na economia brasileira

Alternativas
Comentários
  •                      a)  ocorreu apenas a partir de 1960.             de 1930 e fim da década de 1970.
    • b) levou à implantação no Brasil de indústrias substitutivas das importações.
    • c) esgotou-se por volta de 1960, logo após o governo Kubitschek.   de 1930 e fim da década de 1970.
    • d) causou crises constantes de deficits do balanço comercial.  contribuiu positivamente para dinamizar o crescimento da produção interna
    • e) fez com que as regiões mais atrasadas do país crescessem mais rapidamente. as regioes atrasadas, estao atrasadas até hoje
  • A industrialização por substituição de importações (ISI) verifica-se empiricamente quando ocorre crescimento da produção industrial com expansão da demanda interna, simultaneamente a uma redução do coeficiente de importações da indústria (participação relativa das importações no produto industrial). De um modo geral, a SI contribuiu positivamente para dinamizar o crescimento da produção interna, principalmente nas fases iniciais da industrialização. No caso do Brasil, foi particularmente importante entre o início da década de 1930 e fim da década de 1970.

    Ao final desse período, porém, sua contribuição para o crescimento da produção industrial já era apenas marginal. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para 1975-80, o crescimento da produção da indústria de transformação nesse período foi explicado principalmente pelo aumento da demanda interna (77,3%), tendo a expansão das exportações contribuído com 14,4% e a substituição de importações com apenas 8,3%. Mas esta última era ainda relativamente importante em indústrias específicas, tais como produtos metalúrgicos, equipamentos mecânicos, elétricos e de comunicações e celulose/papel. Daí por diante, a substituição de importações praticamente deixou de ser relevante como fonte de crescimento da produção industrial.

    Isto leva a duas ponderações importantes:

    1) que a demanda interna tem papel preponderante como fonte de variação do produto industrial. Seu efeito dinamizador, entretanto, pode ocorrer em presença tanto de uma intensificação da SI (redução do coeficiente de importações) quanto de uma redução da SI (aumento do coeficiente de importações) ou mesmo de um processo neutro de SI (coeficiente de importações constante); e

    2) a SI e a expansão das exportações como fontes de crescimento não são processos excludentes, mas sim simultâneos e vinculados, sendo a SI geralmente um esforço prévio de construção de uma base industrial e de aprendizado tecnológico.

  • ALTERNATIVA B

    a política de substituição de importações foi implementada com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro e resolver os problemas de dependência de capitais externos.

     


     Suas principais idéias são "Produzir internamente tudo aquilo que antes era importado ou aquilo que iriámos importar".



ID
47479
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O pensamento econômico foi construído com a contribuição de inúmeros autores, que tiveram seus nomes associados às teorias que defenderam e a determinadas formas de relação entre Estado e atividade econômica. A seguir, são citados cinco autores, as questões às quais seus nomes são associados e ao papel que atribuíam ao Estado. Apenas uma série é correta.

Alternativas
Comentários
  • Adam Smith é pai do liberalismo, então intervencionismo não pode combinar com ele.
  • a)ERRADA! Adam Smith foi um dos primeiros autores a defender que o mercado deve regular as relações entre as pessoas e não o Estado tal como Thomas Hobbes e Locke. Nada de intervencionismo.
    b)ERRADA! Apesar de as teorias de controle de natalidade serem inspiradas em Malthus, até onde eu sei ele não diz que o Estado deva intervir.
    c)ERRADA! A teoria de marxiana nada tem haver com melhoria do bem-estar ou se o Estado deve ou não intervir na economia. A questão central de Marx é a perenidade do capitalismo e sua condição estrutural de gerar desigualdade, desemprego e crise.
    d)ERRADA! Keynes nada tem haver com TQM, pois esta pressupõe neutralidade da moeda. Uma das principais contribuições de Keynes é a capacidade da moeda de alterar variáveis reais como o nível de emprego.
    e)CORRETA! Schumpeter é conhecido pela sua tese de que a economia se move em ciclos, ou ondas de inovação, que ao mesmo tempo criam novas maneiras e mais eficientes de produzir e "destroem" toda a estrutura anterior a esta revolução tecnológica. Ele também tinha uma posição extremamente liberal: Dizia que em períodos de crise não se deve tentar salvar bancos ou empresas, mas sim deixa-los quebrar, pois este capital seria "ruim" ou "mal formado" e deveria dar lugar a novas empresas, mais saudáveis. intervir e tentar salvar a economia só posterga o problema, não resolve, segundo Schumpeter.

ID
47557
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Assinale a opção falsa com relação a alguns dos objetivos perseguidos pelo Estado desenvolvimentista no Brasil, ao longo de sua existência, tendo como meta a superação do seu atraso no processo de industrialização.

Alternativas
Comentários
  • Bem...primeira vez que comento!!!! Seguinte: afirmar que a alternativa C é a coreta só pode ser brincadeira!!!! Basta lembrar o protecionismo para com a indústria automobilística a vida inteira, ou mesmo as condições favoráveis as empresas de telecomunicações na década de 90.  O protecionismo as empresas estrangeiras sempre existiu no âmbito da indústria ou serviços....NA MINHA OPINIÃO, QUESTÃO QUE DEVERIA SER ANULADA!!!!
  • Na minha opinião a alternativa correta é a letra e, pois está totalmente errado que foram adotadas medidas para limitar as exportações em prol da industrialização nacional..muito mal feita a questão...a letra c é um absurdo, pois a lei de remessa de lucros instituída no governo castelo branco beneficiava sim as empresas estrangeiras....tenso....
  • Colegas,
    abaixo segue o recurso do prof. MARLOS FERREIRA (do ponto dos concursos) justificando o gabarito E. Mas a banca insistiu em manter a D.
    Segue:
    Rogo a gentileza de nova apreciação pela renomada banca examinadora em razão das assertivas C e E parecerem contraditórias. Se o país tinha na economia do pós-guerra, tendo o auge no Milagre econômico dos anos 70, como objetivo, o modelo de substituição de importações para que em médio prazo pudesse ser uma “potência exportadora”, não dependente dos rumos da economia internacional, do capital estrangeiro, parece contraditório a assertiva E.

    Embora não seja explícito a proteção às indústrias estrangeiras, alguns pontos dos diversos planos das décadas de 50 e 60 sinalizam o forte incentivo ao capital estrangeiro, a saber:

    No que tange ao Plano de Metas de Juscelino Kubischek,

    os incentivos dados ao capital estrangeiro iam desde a Instrução nº 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), que permitia o investimento estrangeiro direto sem cobertura cambial, até isenções fiscais e garantias de mercado (protecionismo para os novos setores) que atraíram muitas multinacionais para o País.

    No que concerne ao o PAEG (governo Castelo Branco),

    em relação ao comércio externo, buscou-se, por um lado, estimular e diversificar as exportações mediante uma série de incentivos fiscais (...)

    Fonte: GREMAUD, A. P. e outros. Economia Brasileira Contemporânea. São Paulo: Editora Atlas, 2006,

    Abreu, Marcelo. “A ordem do progresso”.

    Giambiagi, Fabio. “Economia brasileira contemporânea”. 
  • Questão sem noção, as alternativas B e E entram em contradição. Se o país busca diversificar as exportações, o resultado será um aumento das exportações...

ID
47566
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise das causas da queda da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada à combinação dos seguintes elementos, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Todas as alternativas são características do Plano Real, implementado em jul/94 e que conseguiu debelar a inflação crônica. A única exceção é (D), pois ocorreu justamente o inverso, ALTAS taxas de juros praticadas a partir de março de 1995.Alternativa D
  • Prezados;


    Essa aqui, podemos deduzir pelo nosso dia-a-dia....todos sabemos que os juros altos são uma marca do Brasil....sempre foi assim desde a década de 80....todo dia, vemos nos noticiários que o Brasil tem um dos juros mais altos do mundo...


    Simples assim....
  • Essa questão dá pra matar só com o conhecimento de notícias atuais do Brasil.
    Todo mês o governo fala: "Vamos aumentar os juros para conter a inflação" ou "Vamos abaixar os juros para incentivar o consumo"...

ID
47569
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em fins de 1974, o Governo Federal lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND). Com relação ao referido Plano, não se pode dizer que:

Alternativas
Comentários
  • a)CERTO. Alteraram-se as prioridades da industrialização do setor de bensde consumo duráveis para o setor de bens de capital e insumos básicos.b)CERTO. A dívida externa cresceu rapidamente no período. – US$ 15 bilhões entre 74/77 e mais US$ 17 bilhões em 78/79.c)ERRADO. A meta do II PND era manter o crescimento econômico em torno de 10% a.a., com crescimento industrial em torno de 12% a.a. Estas metas não conseguiram ser cumpridas, porém manteve-se elevado o crescimento econômico (média de 6,8% a.a. em 1974-79 frente a 11,2% a.a. em 1968-73 no caso do PIB e 6,5% a.a. e 13,3% a.a., respectivamente, no caso do produto industrial).d)CERTO. O sucesso do II PND dependia de grande volume de recursos na forma de financiamento de longo prazo. Grande parte destes financiamentos foram conseguidos com os petro-dólares. Outra parte veio das linhas públicas de crédito, o BNDES, que na época se chamava BNDE. o Brasil conseguiu dominar todo o ciclo produtivo industrial, contudo essa industrialização ocorreu a um preço alto, que fez a dívida externa explodir, o que acabou derrocando na Moratória, em 1986. A dívida externa passou de U$ 12,5 bilhões em 1.973(antes do II PND) para U$ 49,9 bilhões em 1.979.e)CERTO. Completando o que foi dito em a), a meta era a redução na participação das importações no setor de bens de capital de 52% para 40%, além de gerar excedente exportável em torno de US$ 200 milhões.
  • Só dando uma "reajeitada" no excelente comentário do Edson p ficar melhor de visualizar.

     

    a)CERTO. Alteraram-se as prioridades da industrialização do setor de bensde consumo duráveis para o setor de bens de capital e insumos básicos.

     

    b)CERTO. A dívida externa cresceu rapidamente no período. – US$ 15 bilhões entre 74/77 e mais US$ 17 bilhões em 78/79.

     

    c)ERRADO. A meta do II PND era manter o crescimento econômico em torno de 10% a.a., com crescimento industrial em torno de 12% a.a. Estas metas não conseguiram ser cumpridas, porém manteve-se elevado o crescimento econômico (média de 6,8% a.a. em 1974-79 frente a 11,2% a.a. em 1968-73 no caso do PIB e 6,5% a.a. e 13,3% a.a., respectivamente, no caso do produto industrial).

     

    d)CERTO. O sucesso do II PND dependia de grande volume de recursos na forma de financiamento de longo prazo. Grande parte destes financiamentos foram conseguidos com os petro-dólares. Outra parte veio das linhas públicas de crédito, o BNDES, que na época se chamava BNDE. o Brasil conseguiu dominar todo o ciclo produtivo industrial, contudo essa industrialização ocorreu a um preço alto, que fez a dívida externa explodir, o que acabou derrocando na Moratória, em 1986. A dívida externa passou de U$ 12,5 bilhões em 1.973(antes do II PND) para U$ 49,9 bilhões em 1.979.

     

    e)CERTO. Completando o que foi dito em a), a meta era a redução na participação das importações no setor de bens de capital de 52% para 40%, além de gerar excedente exportável em torno de US$ 200 milhões.


ID
47572
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O ajuste fiscal necessário para dar suporte às políticas macroeconômicas, durante a segunda metade dos anos 90, foi resultado dos seguintes fatores, nos quais não se inclui(em):

Alternativas
Comentários
  • (A) Na verdade, precatórios são títulos de dívidas que os estados/municípios são obrigados a pagar após perderem na justiça. O "uso" deles não dependem da vontade dos est/mun. Eles decorrem de imposição da justiça.

ID
48268
Banca
CESGRANRIO
Órgão
SFE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No período de 1968 a 1973, conhecido como fase do "milagre", a economia brasileira apresentou taxas elevadas de crescimento real do PIB, mas a tendência de aumento da inflação foi contida. Para tal, um fator importante foi a(o)

Alternativas
Comentários
  • (A) capacidade ociosa da economia >> CORRETO. Houve capacidade ociosa não pq a economia estava em crise (q é quando normalmente se tem capacidade ociosa na economia), mas pq em função do elevado investimento em capacidade produtiva, nunca se chegou a um ponto de estrangulamento da produção por falta de capacidade ociosa.(B) a contenção da demanda se dá através de uma política monetária RESTRITIVA.(C) primeiro, quiseram fazer o bolo crescer (aumentar o PIB/a renda) para depois distribuí-lo (a tal da redistribuição da renda para as classes de menor poder aquisitivo). Em tese, pq na prática, os dois choques do petróleo e a crise da dívida dos anos 1980's não permitiram chegar a esse estágio.(D) uma desvalorização cambial contribui para a contenção da inflação, mas não houve isso na época do milagre (houve no início da década de 1980).(E) na época, a expansão da economia se dava internamente. O crescimento mais vigoroso das exportações (para pagar os juros da dívida externa) começou no início da década de 1980.
  • Não concordo com o argumento feito à alternativa (D) no comentário anterior! Quando tratamos de desvalorização cambial, nos referimos a perca de valor de nossa moeda frente à uma moeda estrangeira mais forte (geralmente o Dólar estadunidense). Quando isso acontece, as importações ficam mais caras em moeda nacional. Portanto não é possível argumentar que isso ajuda a frear a inflação, pois a alta no preço dos importados pode contribuir para pressionar para cima os preços internos. A guisa de comparação, pode ser citada a experiência do Plano Real, onde um dos principais mecanismos de controle da inflação, foi justamente a "Ancôra Cambial" que valorizava a nossa moeda frente ao Dólar, barateando deste modo os importados e contribuindo para o controle inflacionário!
  • Nosso amigo Rodrigo se enganou na explicação da letra D. A desvalorização cambial atrapalha a contenção da inflação. Como ela promove as exportações, eleva a renda nacional e se torna em mais um componente de pressão sobre a escalada dos preços. Por isso a letra D está incorreta.


  • CORRETA LETRA A:

    Questão interessante a ser questionado num futuro CACD.

    Capacidade ociosa: Diferença entre o volume efetivo de produção e o que seria possível produzir com a capacidade instalada. Deste modo, a capacidade ociosa representa o quanto esta empresa poderia estar produzindo a mais para atingir sua capacidade de produção.
    Ou seja, na questão, quanto a economia teria capacidade de crescer.

    Caso fosse não-ociosa, o crescimento já estaria saturado, não haveria tanta capacadidade de desenvolver, logos as políticas governamentais estariam nm âmbito de desvalorização.
  • A desvalorização cambial é ruim para o controle da inflação. E houve desvalorização cambial nesse período, foram adotadas políticas de minidesvalorizações cambiais a partir de 68. Porém as defasagens entre as correções cambiais e a inflação evitaram que o câmbio se tornasse uma fonte autônoma de pressão inflacionária. Ou seja, o câmbio estava sobre valorizado.

    Causas que ajudaram a conter o aumento da inflação no período:
    - capacidade ociosa da economia, herdada de uma período de fraco crescimento
    - controle direto do governo sobre preços industriais e juros
    - política salarial
    - política agrícola
  • O crescimento do PIB foi possível gaças às reforms institucionais do PAEG (período pré-milagre que provocou alterações profundas no quadro institucional da Economia Brasileira, adaptando-se às necessidades de uma economia industrial) e à recessão do período anterior, que geraram uma capacidade ociosa no setor industrial e as condições necessárias para a retomada da demanda. 

ID
48271
Banca
CESGRANRIO
Órgão
SFE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Plano Nacional de Desenvolvimento II (II PND), anunciado em 1974, visou, fundamentalmente, a

Alternativas
Comentários
  • II Plano Nacional de Desenvolvimento - II PND (Governo Ernesto Geisel- 1974 / 1979)Enfatizava a necessidade de expansão das indústri­as de bens de produção, a fim de conseguir uma sólida infra-estrutura econômica para o progresso econômico-­industrial. O Governo assumiu o objetivo de fazer do Bra­sil uma potência mundial emergente. Nesse período, esti­mularam-se grandes obras no setor da mineração (explo­ração do minério de ferro da Serra dos Carajás; extração de bauxita através da ALBRAS e da ALUNORTE), e no setor energético (construção de usinas; ingresso do Brasil na era da energia nuclear marcado pelos acordos feitos com a Alemanha Ocidental para a instalação de oito reatores nucleares no Brasil. Os objetivos do II PND eram audaci­osos, e o País não dispunha de condições internas para custear os gigantescos investimentos planejados pelo Governo.Disponível em:http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_1966.html
  • Complementando nossa colega é importante ressaltar que o II PND ocorreu em seguida ao Milagre Econômico iniciado em 68. Durante o Período de 68 a 73 o Brasil cresceu a uma média de 11% ao ano com inflação baixa e equilíbrio nas contas externas. Nesse período o Brasil deu ênfase a produção de Bens Dúráveis e não aos Bens de Capital e Intermediário. Com o passar do tempo ocorreu uma dependência externa por Bens de Capital e Bens Intermediários como "Petroleo.  Ao final de 73 Os países membros da OPEP reduziram a oferta mundial de Petróleo, provocando o aumento de preços. Fato que faz o Brasil decidir por um AJUSTE ESTRUTURAL e redução da dependência externa por esses produtos. É a partir dessa decisão, de aprofundar o processo de substituição de importaçãoes, que nasce o II PND(Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico) de 75 a 79, durante a gestão de Geisel.

  • A produção no setor de bens duráveis crescia a um ritmo mais acelerado que nos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens intermediários (petróleo, fertilizantes, produtos químicos, etc.). Com o passar do tempo, esse desequilíbrio inter-setorial iria gerar um problema de dependência externa. Ou seja, o país, por não ter o setor de bens de produção (de capital e intermediários) suficientemente desenvolvido, dependia da importação desses produtos.
    Um dos objetivos do II PND era o de solucionar o problema de dependência externa decorrente do desequilíbrio inter-setorial. Por isso comportava uma série de investimentos no setor de bens de capital e de bens intermediários.
  • CORRETA ASSERTIVA C:

    O II PND, tinha como objetivo:
    1. Completar o processo de substituições das importações.
    2. Maior autonomia nos inumos básicos
    3. Maior autonomia na indúsria de bens de capital.

    O I PND, de 1966 - formuldo por Roberto Campos, tinha aí objetivo controlar a inflação e reequilibras as finanças.
  • Gabarito: Letra C
    Justificativa: O II PND significou uma alteração completa nas prioridades da industrialização brasileira do período anterior (Milagre econômico). De um padrão baseado no crescimento do setor de bens de consumo duráveis, com alta concentração de renda, a economia deveria passar a crescer com base no setor produtor de meios de produção - bens de capital e insumos básicos.
    O objetivo era alterar a estrutura produtiva brasileira de modo que, a longo prazo, diminuísse a necessidade de importações (pontos de estrangulamento) de insumos básicos de produção e fortalecesse a capacidade de exportar de nossa economia. Assim, após completada essa reestruturação, os problemas da balança de transações correntes estariam superados.
    Bons estudos.

ID
48274
Banca
CESGRANRIO
Órgão
SFE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Fundo Social de Emergência (FSE), aprovado em fevereiro de 1994, tinha como objetivo

Alternativas
Comentários
  • EMENDA CONSTITUCIONAL DE REVISÃO Nº 1, DE 1994 A Mesa do Congresso Nacional, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, combinado com o art. 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, promulga a seguinte emenda constitucional: Art. 1º Ficam incluídos os arts. 71, 72 e 73 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, com a seguinte redação: "Art. 71. Fica instituído, nos exercícios financeiros de 1994 e 1995, o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento financeiro da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos recursos serão aplicados no custeio das ações dos sistemas de saúde e educação, benefícios previdenciários e auxílios assistenciais de prestação continuada, inclusive liquidação de passivo previdenciário, e outros programas de relevante interesse econômico e social. Parágrafo único. Ao fundo criado por este artigo não se aplica, no exercício financeiro de 1994, o disposto na parte final do inciso II do § 9º do art. 165 da Constituição.
  • O comentário abaixo não está incorreto, mas em termos mais simples, o Fundo Social de Emergência era um mecanismo transitório de desvinculação de receitas que buscava reduzir a rigidez dos gastos da União advindas com a Constituição de 1988 (gastos mínimos com saúde, educação, transferência para estados e municípios).ALTERNATIVA EPara complementar: era transitório, mas posteriormente ele mudou de nome para FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO FISCAL e sobrevive até hoje, agora sob o nome de "DRU", Desvinculação de Receitas da União.
  • Plano Real, 1ª fase - ajuste fiscal - criação do PAI e do FSE

    - Plano de Ação Imediata: redefinia a relação da União com os estados e municípios e do BACEN com os bancos estaduais e federais

    - Fundo Social de Emergência: desvinculação de algumas receitas do governo federal, cujo objetivo era atenuar a excessiva rigidez dos gastos da União  ditada pela Constituição de 88
  • eu também chamo silvio silva  coincidencia demais!!!!!!!!!!

  • Com o objetivo de promover o ajuste fiscal, antes da implementação do Plano Real, foi criado o Fundo Social de Emergência (FSE), que quebrava a vinculação constitucional entre receita e despesa. A vigência do FSE, que iria até 1995, se estendeu até 1997 sob a denominação de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que, posteriormente, perdeu o caráter de fundo e passou a existir como Desvinculação da Receita da União (DRU). Apesar dessas medidas, o déficit fiscal permaneceu até o final da implementação do plano.


ID
67984
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Os principais pontos da reforma da Previdência Social brasileira, entre outros, são os seguintes, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Solução: Trata-se de regra que não consta no regime previdenciário atual.Colado http://www.cursoparaconcursos.com.br/arquivos/downloads/lauana/Comentarios_prova_AFRFB_EconomiaeFinancas.pdf
  • Aposentadoria por idade: é o benefício concedido ao segurado da Previdência Social que atingir a idade considerada risco social.
    A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. E para os trabalhadores rurais o limite de idade é de 60 (sessenta) anos de idade, para o homem e 55 (cinqüenta e cinco) anos para mulher, estes des que comprovada o exercício da atividade.

  • A Reforma Previdenciária refere-se apenas à previdência pública, ou seja, a previdência dos servidores públicos. Ela ocorreu com as Emendas Constitucionais 20/1998, 41/2003 e 47/2005. Provavelmente teremos mais reformas na previdência pública nos próximos anos. Em relação à questão, bastaria prestar atenção ao fato de que a alternativa "D" sugere que as mulheres se aposentem com idades superiores às dos homens, o que não faz muito sentido. De acordo com a Consituição Federal e suas alterações, podemos dizer hoje (fev/2011) que as aposentadorias por idade funcionam assim:

    CF, art. 40. III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e (60) sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

    Portanto, a redação correta da assertiva "D" seria:
    d) idade de referência para os atuais servidores sobe de 60/55 (H/M) para 65/60 (H/M), incluindo-se regras que desestimulam a aposentadoria precoce.

ID
67987
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação à descentralização fiscal no Brasil, indique a opção falsa.

Alternativas
Comentários
  • a)ERRADA, pois o FEF não se refere à descentralização fiscal, mas sim à desvinculação de aplicação de recursos pelo governo.A desvinculação de recursos surge inicialmente com a criação do Fundo Social de Emergência (FSE) em 1994, o qual liberava 20% de recursos vinculados constitucionalmente à área social para livre disposição pela área econômica do governo. Em 1997, o FSE se renova sob a denominação de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF). Em 2000, uma nova denominação: Desvinculação das Receitas da União (DRU). Apesar das variantes expressões, na essência, trata-se do mesmo: mecanismos que possibilitam o desvio de recursos do seu destino original, constitucionalmente determinado. Assim, o governo foi promovendo a desvinculação de receitas que legalmente estão atreladas ao financiamento da saúde, previdência e assistência social, comprometendo o custeio dessas áreas.
  • Solução: O Fundo de Estabilização Fiscal – FEF – na verdade causou uma maior centralização de recursos nas mãos do Governo Federal, na medida em que manteve uma parcela das receitas vinculadas nas mãos da própria União.Coladohttp://www.cursoparaconcursos.com.br/arquivos/downloads/lauana/Comentarios_prova_AFRFB_EconomiaeFinancas.pdf
  • Após a reforma pela Constituição de 88, o governo passou a ter menor participação na receita tributária nacional.
    O que nosso colega acima comentou realmente ocorre. O FEF acaba desvinculando receitas já existentes que seriam tranferidas para os Estados e Municípios através dos repasses da União.
    O FEF acabou sendo uma forma de retenção de 20% da receita tributária da União, incluindo os repasses dos impostos e dos fundos regionais. Em vez de termos uma política cada vez mais descentralizadora, o FEF acaba por regredir um pouco nesse ponto. Alguns economistas dizem que essa ação é necessária pois acaba por evitar possíveis políticas monetárias e de crédito mais restritiva com corte de gastos públicos. 
    Por outro lado, seria essa a melhor medida? Retirar receitas provavelmente destinadas a educação, infra-estrutura, saúde e outras para " tampar" possíveis incorreções na economia. 
    O governo rebate que o FEF acaba por não prejudicar os Estados e Municípios,, pois ele ajuda na estabilização dos preços e no crescimento da economia, aumentando a receita real do país. Além disso essa desvinculação não ocorreria de forma concreta pois as receitas com destinção já estabelecida não deixariam de chegar ao destino, mas os caminhos é que seriam outros.
    Realmente sempre haverá dúvidas a respeito do assunto, mas o importante para concurso é saber que O FEF CRIA UMA CENTRALIZAÇÃO FISCAL!!!!!
  • O Fundo de Estabilização Fiscal  teve a finalidade de promover nova centralização fiscal das receitas nas mãos da União,

ID
73177
Banca
FGV
Órgão
SEFAZ-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

As dificuldades financeiras da década de 80 impediram que o Brasil obtivesse recursos no mercado internacional para financiar os gastos do governo. Uma das soluções encontradas pelo governo, à época, foi o recurso ao imposto inflacionário.

A respeito das implicações da política adotada, analise as afirmativas a seguir:

I. A intensidade do uso desse instrumento foi um dos determinantes da hiperinflação observada no país à época.

II. O recurso ao imposto inflacionário teve efeitos distributivos na economia, pois corroeu o poder de compra dos mais ricos.

III. Para fugir da corrosão do poder de compra derivada do processo inflacionário, foi adotado, entre outras medidas, o gatilho salarial, que corrigia os salários nominais segundo um índice inflacionário.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • IMPOSTO INFLACIONÁRIO: transferência de renda do contribuinte para o governo, devido à inflação.Suponhamos que o governo emita moeda (fabrique dinheiro) num total igual a 10% do dinheiro em circulação (total de dinheiro nos bolsos mais depósitos nos bancos). Segundo os monetaristas, a inflação será, então, de 10% em época de estagnação (V. Ap.) 4. Assim, as pessoas perderiam 10% de seu dinheiro, devido à perda de seu poder aquisitivo, enquanto que o governo terá ganho esses 10%, materializado no dinheiro recém-emitido. Assim, houve um imposto inflacionário de 10 % pago por todos aqueles que tinham dinheiro em seu poder.
  • O recurso ao imposto inflacionário teve efeitos distributivos na economia, pois corroeu o poder de compra
    dos mais pobres, em sua maioria, sem acesso aos serviços bancários de correção monetária, diferente dos
    mais ricos. Por isto, a alternativa II é incorreta. As demais são corretas.

ID
76762
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BACEN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

. A crise econômica decorrente do grande aumento dos preços do petróleo, em 1973, teve como resposta, no Brasil, a adoção do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND). A execução de tal plano

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

     O II PND buscou superar os principais pontos de estragulamento da economia brasileira. Isso foi feito, com o intuito de se reduzir a dependência externa.

  • II PND tbm foi conhecido como "marcha foçada", em que se buscou manter o crescimento, mesmo com endividamento externo. Achava-se, na época, que a crise internacional seria passageira e que apostar na dependencia externa nao era crítico.

    Queria-se focar no fomento da industria de meios de producao, e nao somente no consumo.

ID
76765
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BACEN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

. O Plano Real de estabilização da economia brasileira, de , levou inicialmente ao(à)

Alternativas
Comentários
  • (A) Quem fazia isso eram os planos heterodoxos da década de 1980 e o Plano Collor. O Real não congelou nada.(B) Não houve congelamento do câmbio e sim uma "fixação" da paridade R$/US$. Isso quer dizer que ela poderia mudar livremente, mas o BC atuaria para mantê-la fixa.(C) As metas de inflação foram implantadas em 1999.(D) CORRETO(E) pelo contrário. houve forte expansão das IMPORTAÇÕES
  • d- certa- Após a substituição da URV pelo Real manteve-se a valorização da nova moeda  em relação ao dólar americano, levando a um aumento na entrada de produtos importados no Brasil e, a queda dos índices de inflação, sobretudo aqueles que sofrem grande influência dos produtos tradables.


ID
80527
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCU
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Aspectos culturais, históricos, sociais e políticos
evoluem ao longo do tempo, alterando a intensidade e a natureza
das demandas da sociedade por maior ou menor intervenção do
Estado na vida socioeconômica de um país. Em economias de
mesmo tamanho, as necessidades de atuação estatal sofrem a
influência de desigualdades regionais e sociais, cuja correção não
dispensa a ação coletiva voltada para a eliminação dos fatores
que concorrem para a preservação dessas disparidades.

Fernando Rezende. Finanças públicas. 2.ª ed.,
São Paulo: Atlas, 2001, p. 34-5 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial,
julgue os itens a seguir.

A chamada lei de Wagner preconiza que, em países industrializados, o setor público cresce sempre a taxas mais elevadas que o nível de renda, de tal forma que a participação relativa do governo na economia cresce com o próprio ritmo de crescimento econômico do país.

Alternativas
Comentários
  • Wagner (1890) foi um dos primeiros economistas a postular uma relação entre gastos públicos e crescimento econômico. A hipótese de Wagner, ou a Lei dos Dispêndios Públicos Crescentes, defende que o crescimento da renda per capita (ou o desenvolvimento econômico em termos gerais) exige a participação cada vez maior do governo na oferta de bens públicos. Essa hipótese estaria baseada nos seguintes aspectos:a) Os bens públicos são em grande parte bens superiores (parques, equipamentos escolares e hospitalares, auto-estradas, etc.). Com o aumento da renda haveria maior demanda por esses bens.b) Mudanças demográficas com a redução da taxa de mortalidade exigem, dos países, maiores gastos com a população idosa.c) Países com população jovem e com alta taxa de natalidade necessitam de maiores dispêndios em educação (formação do capital humano).d) Os programas de redistribuição de renda, seguridade social e segurodesemprego são responsáveis por aumento da importância das transferências nos orçamentos públicos.
  • A lei de Wagner, conhecida como a lei de expansão das atividades do Estado, prevê que em países desenvolvidos (urbanizados, industrializados, etc.), os gastos do governo deverão crescer exponencialmente mais que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
    O PIB representa o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada localidade em determinado período de tempo.
    O PIB reflete o nível de renda da economia de um país. Assim, pela lei Wagner, se a economia cresce (aumento do PIB), os gastos do governo também crescem.
  • Vejam:

    "de tal forma que a participação relativa do governo na economia cresce com o próprio ritmo de crescimento econômico do país."

    G cresce com o proprio (com o mesmo) ritmo de crescimento economico (Y) ?

    Não, cresce com ritmo mais acelerado.

    Na minhã visão, o item ficou prejudicado com essa afirmação.

    Wagner teria respondido "Errado" se tivesse feito a prova.

    Abs,

    SH.
  • Teoria de wagner
    A lei de Wagner afirma que a despesa pública é endógena e cresce com o rendimento e que esse crescimento é mais rápido do que o crescimento do rendimento, o que se traduz na elasticidade rendimento da despesa pública ser superior à unidade. Na realidade o crescimento da despesa dependia do aumento da industrialização, do desevolvimento económico e do crescimento da população, mas os economistas concentraram a sua atenção no Produto Interno Bruto e o resultado é a despesa pública crescer mais do que o crescimento do PIB.
     
    Wagner reconhecia 3 funções ao Estado:
    (i) Fornecer administração e protecção.
    (ii) assegurar estabilidade;
    (iii) fornecer o bem estar económico e social à sociedade.

    A primeira função exige lei e ordem (seguranaça, defesa e tribunais) e tende a crescer com a divisão do trabalho. O mecanismo indutor de causalidade era a divisão do trabalho. A divisão do trabalho leva à partição das funções comunitárias, forçando o Estado a tomar conta de funções anteriormente desenvolvidas pelas famílias. Neste processo a administração pública tenderá a ser maior e mais centralizada.

    FONTE: http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=230617
  • CERTO. A questão reproduziu o teor da Lei de Wagner (Adolf Wagner, economista alemão), que trata de razões para a expansão das despesas públicas nos países ocidentais. Para seguidores da teoria desse autor, o crescimento econômico nacional, por si só, seria um impulso à expansão dos gastos públicos, em razão de três causas principais: o crescimento das funções administrativas e de  segurança; as demandas por maior bem-estar social, especialmente as relativas a educação e saúde; e a maior intervenção do governo no processo produtivo.
  • Para Wagner, a missão central do Estado seria a garantia do bem estar da sociedade. O Estado deveria propiciar estabilidade institucional, administrando, protegendo, fomentando a ação humana, construtora de riquezas.

    Há inegável ligação entre a necessidade do aumento dos gastos públicos e a ampliação da economia industrial. É essa relação que embala a chamada lei do aumento das despesas do Estado, concebida e enunciada por Adolf Wagner.

    Constata-se que o desenvolvimento econômico exige a ampliação de despesas públicas (e da consequente arrecadação). Há uma demanda por serviços estatais, especialmente em áreas de infraestrutura, bem como em setores não menos básicos de saúde, educação, segurança. É por essa razão que também se constata o baixíssimo nível de demanda popular em áreas de extrema pobreza, onde todos são de tudo desprovidos. Na razão direta das necessidades básicas varia o nível de demanda da atenção estatal, paradoxo que Wagner constatou e confirmou a partir de suas reflexões em torno do industrialismo prussiano; exemplifica-se a premissa com o sistema de previdência social que os alemães organizaram ao longo da década de 1870.

    Os custos da administração pública aumentam substancialmente em ambientes históricos de verificável desenvolvimento econômico. Além da garantia do cumprimento de contratos e, por extensão, de alguma lei e ordem, o Estado deve oferecer bens e serviços, o que se faz também mediante o controle da ação de oligopólios e de monopólios.

    Fonte: https://www.conjur.com.br/2013-jun-23/embargos-culturais-lei-wagner-fonte-compreender-demandas-populares


ID
83953
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O estudo da fo rmação da economia brasileira é relevante para a
compreensão da situação econômica at u al. A respeito desse
assunto, julgue os itens a seguir.

O modelo agroexportador q ue predominou na economia brasileira durante o p eríodo 1900-1930 caracterizou-se pela existência de taxas elevadas de crescimento populacional, decorrente dos fluxos migratórios, e de taxas baixas de crescimento e volatilidade da produção.

Alternativas
Comentários
  • O erro se encontra em afirma que esse período foi caracterizado por taxas baixas de crescimento e volatilidade da produção, já que ocorreu justamente o contrário, por conta da superprodução decorrente da política de valorização do café.
  • Volatilidade é a "Qualidade daquilo que é sujeito a mudanças frequentes" que, em economia, pode ser equivalente a liquidez - facilidade de vender, de transformar em moeda.
  • Eu entendi assim: (taxas baixas de crescimento) *E* (volatilidade da produção). Por isso marquei o item como CERTO.

    Mas as interpretação correta, ao que parece é: taxas baixas de (crescimento *E* volatilidade da produção).

    Ou seja, por distributividade: (taxas baixas de crescimento) *E* (taxas baixas de volatilidade da produção). E por isso o item está ERRADO.

  • Errada

    Falar em baixo crescimento do PIB durante todo o período é errado. O período é bastante amplo. Durante Epitácio Pessoa, por exemplo, a expansão foi de 7,5%, enquanto que o seu sucessor, Artur Bernardes, dada a grande instabilidade política (42 meses em estado de sítio), teve crescimento de 3,7%. A primeira guerra mundial, que coincidiu com o governo de Wenceslau Bras, também fez cair o PIB.

     

    Acredito que a questão da volatilidade da produção está correta. O café alterava entre safras boas e outras ruins, afetadas por geadas por exemplo. Houve um surto industrial durante a primeira guerra mundial que elevou a produção de manufaturados, mas que teve retração com o fim da guerra.

  • Era de Ouro (1900-1930) foi de grande prosperidade, com investimentos diretos estrangeiros e crescimento médio do PIB de 4% a.a.


ID
83956
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O estudo da fo rmação da economia brasileira é relevante para a
compreensão da situação econômica at u al. A respeito desse
assunto, julgue os itens a seguir.

Na v isão de Celso Furtado, contrariamente ao que ocorreu no setor açu carei ro, cujas decisões de produção e comercialização eram d issociadas, na economia cafeeira, os interesses da produção e do comércio estiveram entrelaçados em razão de a vanguarda do café ser formada por empreendedores com experiên cia comercial, situação que permitiu ao país tirar proveito da expansão do comércio mundial..

Alternativas
Comentários
  • Celso Furtado faz claramente essa divisão, chegando a chamar os diretos de enegenho de ruralistas e os cafecultores de homens com experiência comercial. 

     

    “Se se compara o processo de formação das classes dirigentes nas economias açucareira e cafeeira percebem-se facilmente algumas diferenças fundamentais. Na época de formação da classe dirigente açucareira, as atividades comerciais eram monopólio de grupos situados em Portugal ou na Holanda. As fases produtiva e comercial estavam rigorosamente isoladas, carecendo os homens que dirigiam a produção de qualquer perspectiva de conjunto da economia açucareira. As decisões fundamentais eram todas tomadas partindo da fase comercial. Assim isolados, os homens que dirigiam a produção não puderam desenvolver uma consciência clara de seus próprios interesses. (...) A separação de Portugal não trouxe modificações fundamentais, permanecendo a etapa produtiva isolada e dirigida por homens de espírito puramente ruralista.

     

    A economia cafeeira formou-se em condições distintas. Desde o começo, sua vanguarda esteve formada por homens com experiência comercial. Em toda a etapa da gestação os interesses da produção e do comércio estiveram entrelaçados. A nova classe dirigente formou-se numa luta que se estende em uma frente ampla: aquisição de terras, recrutamento de mão-de-obra, organização e direção da produção, transporte interno, comercialização nos portos, contatos oficiais, interferência na política financeira e econômica. (...) Desde cedo eles compreenderam a enorme importância que podia ter o governo como instrumento de ação econômica. Essa tendência à subordinação do instrumento político aos interesses de um grupo econômico alcançará sua plenitude com a conquista da autonomia estadual, ao proclamar-se a República.” (Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil, p. 171)

     


ID
84448
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A política de abertura comercial em condições de sobrevalorização cambial teve como resposta um intenso processo de reestruturação da industrial brasileira na década de noventa. Esse processo acarretou:

Alternativas
Comentários
  • O governo Collor lançou a Política Industrial e de Comércio Exterior (PICE) que tinha vários objetivos entre eles expor a indústria brasileira à competição externa reduzindo paulatinamente as tarifas alfandegárias. Este processo acarretou o fechamento de linhas de produção consideradas não competitivas.
    Portanto, assertiva A correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Prezados;

    Complementando o comentário acima......


    Considerando um produto passível de importação como exemplo ilustrativo.

    Imagina você que R$ 1,00 = US$ 1,00 significa que posso compar um IPHONE importado por cerca de US$ 700,00 = R$ 700,00....para que a empresa nacional possa sobreviver tará que ofertar um produto similar por valor igual ou menor....assim, aquelas que não tinham essa capacidade, acabaram "quebrando". 
     Por isso, que em teoria econômica considera-se o câmbio, dentre outras de suas funções, também pode atuar como balizador da inflação.

    That´s it.

ID
84451
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise do padrão de financiamento, no início dos anos oitenta, provocou o rompimento completo do fluxo de capital estrangeiro para os países em desenvolvimento. Assim, esses países foram obrigados a entrar em uma política de geração de superávits da balança comercial, para fazer frente aos serviços da dívida externa. No Brasil, a política adotada NÃO se baseava:

Alternativas
Comentários
  • Prezados;


    Aqui vamos pela lógica....uma vez estabelecidas políticas recessivas, jamais poderia haver expansão do crédito e/ou redução das taxas de juros. Simples assim!


    "GRANDEZA É PRA QUEM DECIDE IR ATRÁS DELA"

ID
84454
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em 1999, o regime cambial brasileiro que vinha desde o início do Plano Real foi alterado. O novo regime implementado foi:

Alternativas
Comentários
  • 3a fase do Plano Real - Introdução da nova moeda.

                  Com a introdução da nova moeda, o governo deixou a taxa de câmbio flutuar já que a economia experimentava um contexto de fluxo positivo de capital externo para o Brasil o que fez a moeda valorizar-se até mais do que a relação 1:1, ou seja, o real valia mais do que o dólar.

    Portanto, assertiva C correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.
  • Prezados;


    Questão mal elaborada....aliás, banca muito fraca, confusa.....

    Bem....o câmbio no Brasil desde o ínicio do Plano Real, nunca deixou de ser flutuante....o que ocorreu é que este foi mantido sobrevalorizado a custa dos crescentes déficits comerciais e dos juros estratosféricos. A adoção das BANDAS CAMBIAIS em jan de 1999, apenas foi uma forma de limitar a variação cambial a patamares determinísticos, logo, não houve "novo regime" cambial implementado, apenas uma forma diferente de gerenciar as variações, o que constatamos após alguns meses, não deu certo....

    Mas...quem manda é banca né.....

    "GRANDEZA É PRA QUEM DECIDE IR ATRÁS"

ID
84457
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Plano de Metas adotado no governo Juscelino Kubitschek pode ser considerado o auge do modelo de Substituição de Importações no Brasil. Na sua elaboração, visava-se atacar os pontos de estrangulamento existentes e impedir o aparecimento de novos. Os setores que foram identificados como pontos de estrangulamento são:

Alternativas
Comentários
  • O plano de metas estava fundado em cinco pontos principais:

    - Transporte

    - Industria de base

    - Alimentação

    - Energia

    - Educação

  • Os investimentos delineado no Plano de Metas seriam nas seguintes áreas:
    Energia, transporte, indústria de base, alimentação e educação. Porém, destacam-se os setores de infraestrutura e de indústria de base com, respectivamente 71.3 e 22.3% dos recursos financeiros do plano. 
    As principais metas do plano seriam nos seguintes setores: energia elétrica, carvão, petróleo, ferrovias, rodovias, siderúrgica, cimento, indústria automobilística, indústria mecânica; e material elétrico pesado.



    Fonte: Orenstein e Sochaczewski, 1990 e Villela, 2005.

ID
84460
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Entre os fatores estruturais e cíclicos que contribuíram para a reintegração dos países ditos emergentes aos fluxos de capitais dos anos 90, é INCORRETO citar:

Alternativas
Comentários
  • Prezados;


    Obviamente que se os países desenvolvido aumentarem suas taxas de juros nominal e real, estes acabarão por "drenar" recursos dos mercados emergentes. Os agentes tomarão tão decisão como forma de se proteger do risco.

    SEMPRE EM FRENTE COM FORÇA E FÉ!
  • A volta do fluxo de recursos externos estava claramente associada ao amplo diferencial de juros. A taxa de juros nos países em desenvolvimento (emergentes) era maior do que em países desenvolvidos. (Gremaud et al, 2011).


ID
84466
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O neoliberalismo surgiu no pós-Segunda Guerra, como uma reação teórica e política ao Estado keynesiano. Essa visão NÃO se expressa:

Alternativas
Comentários
  • O neoliberalismo traz o argumento da eficiência a favor do livre comércio. Ou seja, da mínima intervenção do Estado na economia. Argumentam que o mercado deve funcionar livremente, sem intervenção - laissez-faire. Desse modo, as alternativas: B, C, D e E vão de acordo com os pressupostos neoliberais. Já as políticas sociais ativas relaciona-se ao arcabouço teórico keynesiano, ou seja, da interferência do Estado na economia - de modo a suavizar seus desvios.

ID
84478
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Um dos mecanismos utilizados para evitar crises cambiais e proteger a indústria nacional brasileira durante a vigência do modelo de substituição de importações foi o sistema de taxas múltiplas de câmbio que consistia:

Alternativas

ID
84481
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Assinale a alternativa INCORRETA sobre as teses da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) para explicar o atraso da América Latina em relação aos centros desenvolvidos.

Alternativas

ID
84508
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) instituído em 1965, pode-se afirmar:

Alternativas
Comentários
  • nao sei comentar letra por letra, ajudarei como posso.

    II PND foi lançado após o choque do petroleo de 73, logo nao é a letra A.

    Dentre as letras que sobraram, unindo bom senso com intencao NACIONAL da politica (pelo nome, sistema NACIONAL de credito rural, chega-se na letra D.

    bons estudos!

ID
87079
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise do processo histórico de formação da economia
brasileira é importante para o entendimento dos problemas
econômicos do Brasil. Com relação a esse assunto, julgue os
seguintes itens.

Contrariamente aos EUA, onde a dificuldade de importar manufaturas criou, desde cedo, a necessidade de fomentar a produção interna, na economia açucareira no Brasil, o fluxo de renda se estabelecia entre a unidade produtiva e o exterior, restringindo o crescimento do setor industrial.

Alternativas
Comentários
  • O primeiro modelo de colonização brasileira foi a industria do açucar, esta especiaria poderia ser vendida por Portugal, para o restante da Europa, por um valor muito menor que os árabes. Este modelo de industria canavieira se tornou o primeiro movimento economico da colônia ocupada.
    Fonte: Formação Economica do Brasil - Celso Furtado
  • RESOLUÇÃO:

    Correto.

    É uma questão de incentivos e uma relação de causa e efeito bastante natural e intuitiva.

    Como havia uma baixa relação inicial de comércio dos Estados Unidos com o exterior, simplesmente por não

    possuírem um produto de grande demanda externa como nós, para que pudessem consumir alguns produtos

    manufaturados, aos norte-americanos só restou a fomentação da produção interna.

    Por um longo período, essa não foi uma necessidade brasileira.

    A economia açucareira e, depois, a cafeeira, gerava as divisas (ouro ou qualquer coisa que fosse aceita no

    exterior) necessárias para que se pudesse realizar as importações.

    De maneira geral, havia mesmo uma relação direta entre a unidade produtiva e o exterior, ou seja, entre a

    fazenda açucareira e a produção externa.

    Resposta: C

  • ·     Por que os EUA se industrializaram no séc. XIX?

    ·     Classes dominantes:

    o  Brasil: Grandes agricultores escravistas

    o  EUA: Pequenos agricultores e um grupo de grandes comerciantes

    ·     Intérpretes dos ideais das classes dominantes:

    o  Alexander Hamilton (EUA): paladino da industrialização, advoga e promove uma decidida ação estatal de caráter positivo (estímulos diretos às indústrias)

    o  Visconde de Cairu (Brasil): crê supersticiosamente na mão invisível

    ·     Política inglesa – fomentar nas colônias do norte aquelas indústrias que não competissem com as da metrópole

    ·     Colônias – consciência da necessidade de fomentar a produção interna

    ·     Fatores insuficientes para explicar as transformações nos EUA na primeira metade do século XIX:

    o  Experiência técnica acumulada

    o  Lucidez de alguns de seus dirigentes

    o  Grande acumulação de capitais

    o  = Dependerá da exportação de produtos primários

    ·     Duas características básicas da primeira etapa da Revolução Industrial:

    o  Mecanização dos processos manufatureiros da indústria têxtil (Inglaterra)

    o  Substituição da lã pelo algodão (EUA)

    ·     Algodão – principal fator dinâmico do desenvolvimento da economia norte-americana na primeira metade do século XIX

    ·     Balança comercial dos EUA com a Inglaterra – deficitária nos primeiros decênios do século XIX

    ·     Déficits – transforma-se em dívidas de médio e longo prazos (bônus do governo)

    o  Corrente de capitais – política financeira do Estado e ação pioneira do governo na construção de uma infraestrutura econômica e no fomento direto de atividades básicas

  • Eu discordo do trecho "onde a dificuldade de importar manufaturas criou".


ID
87082
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise do processo histórico de formação da economia
brasileira é importante para o entendimento dos problemas
econômicos do Brasil. Com relação a esse assunto, julgue os
seguintes itens.

A redução do preço dos alimentos e dos animais de transporte nas regiões vizinhas, decorrente da lucratividade elevada e da mobilidade da empresa mineira, constituiu parte importante da irradiação dos benefícios econômicos da mineração.

Alternativas
Comentários
  • Mais importante que a inflação foi o fato do deslocamento do capital mineiro para regiões como São Paulo (que vendia alimentos), como para todo o sul (que produzia mulas e charque). neste sentido, foi irradiador de desenvolvimento regional (ainda que bastante desestruturado).

  • A redução do preço dos alimentos e dos animais de transporte nas regiões vizinhas, decorrente da lucratividade elevada e da mobilidade da empresa mineira, constituiu parte importante da irradiação dos benefícios econômicos da mineração.

    Alguém enxergou algum benefício nesta afirmação? reduzir o preço dos alimentos e dos animais - benefício só se for para o minerador, mas não para os fornecedores locais :) - Questão ERRADA!!


  • CASCA DE BANANA: "irradiação dos benefícios econômicos da mineração.".
  • Só eu tô vendo o erro da questão logo no início, "a redução"? Quando uma região demanda fortemente alguns produtos o preço faz é subir!
  • Essa questão foi retirada do livro de Celso Furtado, "A formação econômica do Brasil"

    No capítulo sobre "povoamento e articulação das regiões meridionais" (que na minha edição se trata do capítulo 13), ele explica que com a decadência da colônia devido desvalorização do açúcar há a necessidade de buscar por metais preciosos Brasil adentro -> trabalho bem executado, nesse sentido, pelos Bandeirantes

    Ao se encontrar ouro onde hoje é Minas Gerais, o centro do poder se desloca do Nordeste açucareiro para o Sudeste aurífero. Com a crescente especialização na mineração, a mão de obra para outras atividades é escassa, o que acarreta na diminuição da oferta de comida e outros produtos básicos. Agora... aonde as pessoas que vivem na região das minas vão conseguir esses produtos?

    Celso Furtado diz que no sul, principalmente -> isso leva à valorização do gado (que antes tinha baixa rentabilidade dependente da venda de couro para se manter) além da tendência ao deslocamento do gado Nordestino para mais próximo da região mineira também.

    Essa tendência é tão forte que foi necessária intervenção para manter os criadores de gado nordestino no nordeste, uma vez que se estes migrassem, ficariam mais longe dos engenhos de açúcar e acarretariam mais custos à uma indústria já decadente.

  • RESOLUÇÃO:

    É exatamente o contrário!

    O grande deslocamento de pessoas e recursos para as minas fez com que houvesse forte e rápida elevação

    da demanda principalmente por alimentos e animais de transporte nas regiões vizinhas às minas.

    E, como sabemos, forte elevação da demanda causa forte elevação dos preços, que gerou benefícios

    econômicos para as cidades vizinhas, que justamente ofertavam alimentos e animais de transporte.

    Resposta: E


ID
87085
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise do processo histórico de formação da economia
brasileira é importante para o entendimento dos problemas
econômicos do Brasil. Com relação a esse assunto, julgue os
seguintes itens.

O desenvolvimento da economia cafeeira no final do século XIX foi possível sem a existência de movimentos demográficos, em virtude do acentuado crescimento populacional observado no conjunto dos estados que compunham a região cafeeira.

Alternativas
Comentários
  • um exemplo de movimento demográfico no final do séc XIX é o tráfico negreiro interprovincial. 

  • Não esquecer também dos estrangeiros que para cá vieram atraídos por programas de fomento à imigração. Apesar de esses programas em grande parte não serem cumpridos, muitos europeus, em especial italianos, migraram para o Brasil e colaboraram com o desenvolvimento da economia cafeeira no final do séc XIX.
  • Errada, com o fim da escravidão, os cafeicultores precisavam de mão-de-obra para as lavouras e a solução foi o imigrante europeu. 

     

    "O fim da escravidão provocou sérios problemas em várias regiões econômicas do país, e obrigou os agricultores paulistas a encontrar alternativas de mão-de-obra para a crescente cultura cafeeira, que agora penetrava nas terras do interior da província e necessitava de cada vez mais mão-de-obra para a lavoura. A solução encontrada foi a importação de trabalhadores estrangeiros.O processo ficou conhecido por "Grande Imigração", e durou das duas últimas décadas do século XIX até as três primeiras do século XX."

     

    Fonte: artigo "CAFÉ, IMIGRAÇÃO E URBANIZAÇÃO NO INTERIOR PAULISTA" de Henry Marcelo Martins da Silva

  • RESOLUÇÃO:

    Errado!

    A força de trabalho brasileira lá por 1850 era composta basicamente por uma massa de escravos.

    A taxa de mortalidade dos escravos era superior à de natalidade, o que mostra condições de vida bastante

    precárias para tal população, que já era inicialmente insuficiente nas lavouras de café.

    A partir de então, houve dois grandes movimentos demográficos no Brasil.

    O primeiro foi um tráfico interno de escravos das regiões de menor renda para as áreas produtoras de café.

    O segundo e mais significativo foi a imigração europeia, subsidiada pelo governo, fato derivado

    principalmente da abolição da escravatura.

    Para você ter uma ideia da força deste movimento, o número de imigrantes europeus em São Paulo subiu de

    13 mil em 1870 para 184 mil na década de 80, chegando a 609 mil em 1890.

    Resposta: E

  • Errado

    Além da vinda de imigrantes, o próprio tráfico interprovincial é um movimento demográfico


ID
87088
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise do processo histórico de formação da economia
brasileira é importante para o entendimento dos problemas
econômicos do Brasil. Com relação a esse assunto, julgue os
seguintes itens.

No início do século XX, as exportações, ao viabilizar as importações que constituíam a base do consumo interno, determinavam o ritmo de expansão da economia brasileira.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta, pois no início do século XX o Brasil exportava praticamente apenas uma commodity para importar praticamente toda a estrutura da consumo de sua economia.
  • RESOLUÇÃO:

    Correto.

    A economia brasileira da época era basicamente agroexportadora, dependente especialmente do café.

    Lembre: MODELO DE ECONOMIA VOLTADA PARA FORA.

    Ora: se maior parte da renda era proporcionado pelas exportações de produtor primários, pode-se supor que

    estas determinavam o ritmo da expansão da economia brasileira.

    Isso porque eram as divisas geradas por estas exportações que davam ao país a capacidade de importar, seja

    para atender a demanda interna, seja para formar capital.

    Assim, reduções da demanda por exportações brasileiras representavam não apenas uma restrição à

    capacidade de consumo interna, mas também à possibilidade de haver expansão de outros setores.

    Resposta: C


ID
87091
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise do processo histórico de formação da economia
brasileira é importante para o entendimento dos problemas
econômicos do Brasil. Com relação a esse assunto, julgue os
seguintes itens.

A intensificação do processo de concentração da industrialização brasileira no pós-guerra explica-se, em parte, pela tendência de os salários monetários, corrigidos pela produtividade, serem mais baixos na região mais dinâmica, cujo centro era o estado de São Paulo, elevando, assim, a rentabilidade das inversões e o crescimento da produção industrial nessa região.

Alternativas
Comentários
  • O ano de 1930 é considerado por alguns autores como o da "Revolução Industrial" no Brasil. Efetivamente é o ano que marca o início da industrialização (processo através do qual a atividade industrial vai se tornar a mais importante do país) beneficiada pela Crise de 1929 e pela Revolução de 1930).
    A Crise de 1929 determinou a decadência da cafeicultura e a transferência do capital para a indústria, o que associado à presença de mão-de-obra e mercado consumidor, vai justificar a concentração industrial no Sudeste, especificamente em São Paulo.
    Esta fase, assim como a primeira, tem uma característica inicial de quase exclusividade de indústrias de bens de consumo não duráveis, definindo o período chamado de "Substituição de importações".

  • Para mim, a resposta está relacionada à teoria de Celso Furtado, em "Formação econômica do Brasil". Para ele, embora a produção acelerada no centro dinâmico tendesse a elevar os salários nessa região, isso acabava, também, por atrair mão de obra de regiões onde o processo de industrialização era incipiente. Esse exército de reserva acabava por aumentar a oferta de mão de obra e pressionar os salários para baixo, apesar da alta produtividade. Vi uma questão na prova de 2011 semelhante. 
  • A questão está correta porque menciona que os salários monetários eram mais baixos na região mais dinâmica quando corrigidos pela produtividade. Em termos absolutos, obviamente que os salários mais altos estavam em SP e isso atraía migrantes dos centros menos dinâmicos, pressionando para baixo (maior oferta) os salários.

  • Certo

    A chave é a expressão "corrigidos pela produtividade". Quando se compara relativamente com as áreas deprimidas, os salários em SP eram mais baixos.


ID
135895
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A economia cafeeira, no Brasil, cedo recebeu o infl uxo do intervencionismo do Estado. Sobre o ciclo do café, não se pode dizer que:

Alternativas
Comentários
  • Em 1932 o mundo ainda estava abalado pela crise de 1929, a exportação de café caiu vertiginosamente, e o governo comprava e queimava o café. Neste cenário, não seria inteligente incentivar a produção de mais café.

    Logo a falsa, gabarito da questão, alternativa D.
  • Se alguém puder, por favor, explicar por que a B) está correta.

     Na minha concepção - e de vários autores - café seria um de bem de consumo elástico, e não inelástico como afirma a alternativa.

     "Ex: Alguns produtos elásticos: café, carnes nobres (picanha, filé-mignon, etc), manteiga (que pode ser substituída por margarina), carro, calçados, celular, computador, geladeira, etc."


  • Caro Protetor Fatyga, nesse tipo de questão de multipla escolha, muitas das vezes, devemos "engolir" determinados entendimentos das bancas quando há posicionamentos "mais errados" na mesma questão. Assim, sem entrar no mérito sobre a sensibilidade do preço do café (que pelo seu exemplo me parece refletir a realidade atual e não a do período retratado pela questão), havia outros itens piores que poderíamos marcar. Isso é chato mesmo... mas todas as bancas fazem isso!


    Bom estudo e fique com Deus.

  • em 32 houve um decreto federal proibindo o plantio de café por 3 anos. decreto 22.121


ID
135898
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação ao desenvolvimento do setor industrial no Brasil, a partir da década de 1930, marque a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A década de 30 foi marcada por um período de substituição das importações. Era um modelo fechado, com o abandono do liberalismo econômico e crescente intervenção governamental na economia.
    Portando, incorreta a letra A.

    fonte: http://www.rep.org.br/pdf/13-9.pdf

ID
135901
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Desde a década de 1940, diversos governos utilizaram o planejamento como alavanca para o desenvolvimento nacional. Indique qual dos planos abaixo foi elaborado na fase do "milagre brasileiro".

Alternativas
Comentários
  • Resposta Letra B

    O I Plano Nacional de Desenvolvimento foi instituído pela Lei 5.727, promulgada em 4 de novembro de 1971. Na mesma época foi instituido o programa Metas e Bases para a Ação de Governo (1970-1974).
  • Na letra "d", o Plano de Metas refere-se a JK.
  • Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) foi implementando ANTES do acontecer o "Milagre Econômico". Foi em função deste, das políticas restritivas implementadas, que foi possível ocorrer o milagre.


ID
135904
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação à dívida externa brasileira, não é correto afi rmar:

Alternativas
Comentários
  • 1990 = Plano Collor !!

  • Observem a seguinte passagem retirada de texto do próprio site da fazenda nacional (páginas 73 e 74):

    http://www.stn.fazenda.gov.br/divida_publica/downloads/Parte%201_2.pdf

    "Nesse contexto internacional, Fernando Collor assumia, em 15 de março de 1990, a Presidência da República, advogando uma política liberalizante, o que tornava fundamental a retomada das linhas de crédito ao país. Assim, em outubro daquele ano, o Brasil iniciava novas negociações com a comunidade financeira internacional visando à regularização da situação creditícia do país. Em dezembro, foi baixada a Resolução do Senado Federal nº 82, de 18/12/1990, estabelecendo os parâmetros para as negociações da dívida pública externa. Em paralelo a essas negociações, parte dos pagamentos ainda não efetuados aos credores foi liberada. Em 8 de abril de 1991, firmou-se acordo de princípios referente à regularização dos juros devidos e não remetidos. Parcela desses recursos foi remetida em dinheiro, e outra parcela (US$ 7 bilhões) foi trocada por um novo título, emitido pelo governo brasileiro (Interest Due and Unpaid – IDU Bonds) em 20 de novembro de 1992. As negociações prosseguiram e, em 9 de julho de 1992 foi firmado novo acordo de princípios, que ficou conhecido como o Plano Brasileiro de Financiamento de 1992, tendo sido aprovado pelo Senado Federal por meio da Resolução nº 98, de 29 de dezembro de 1992. Em janeiro de 1993, o documento detalhado foi encaminhado à comunidade financeira internacional para que esta aderisse a ele. Em novembro do mesmo ano, foram firmados diversos contratos com os credores."

    Ou seja, foi aprovado pelo Senado Federal, e não pelo Congresso, e se chamou Plano Brasileiro de Financiamento, e não Plano Nacional de Financiamento.

    Neste link, encontram-se quase cópias dos demais quesitos desta questão.
  • Explicação para a letra D)  (está correta, não sendo o gabarito - portanto)

    O Plano Brady foi lançado em 89 nos EUA. Visava a renovação da dívida externa de países em desenvolvimento (através de nova emissões de "bônus" e reformas liberais no países que fizessem essa adesão).

    Inúmeros países aderiram ao Plano, dentre eles o Brasil em 1994 - Ministro Itamar Franco, presidente FHC.

  • Processo "recente" de endividamento: O Milagre conta mas JK não conta? Redação bastante imprecisa e dúbia nesse item, caberia recurso.   

ID
135907
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A partir de 1986, a economia brasileira passou por diversos planos de estabilização. Sabendo-se que o Plano Real foi anunciado em junho de 1994, como plano de estabilização da economia, indique a opção falsa com relação ao referido Plano.

Alternativas
Comentários
  • A URV servia para a conversão de cruzeiros reais (não cruzados) em reais
    Unidade Real de Valor ou URV (sigla pela qual se popularizou) foi a parte escritural da atual moeda corrente do Brasil, cujo curso obrigatório se iniciou em 1º de março de 1994. Foi um índice que procurou refletir a variação do poder aquisitivo da moeda, servindo apenas como unidade de conta e referência de valores. Teve curso juntamente com o Cruzeiro Real (CR$) até o dia 1º de julho de 1994, quando foi lançada a nova base monetária nacional, o Real (R$).
    Instituída pela Medida Provisória nº 434 (posteriormente transformada na Lei nº 8.888[1]), foi parte fundamental do Plano Real, contribuindo positivamente para a mudança de moeda, para a estabilização monetária e econômica, sem medidas de choque como confiscos e congelamentos.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_Real_de_Valor
  •  cruzeiros reais seria corrigido diariamente pela taxa de inflação. (Gremaud et al, 2011, p. 451).

  • URV- Conversão de cruzeiros reais.  Nada a ver esse Cruzado aí.  Deveria ter sido anulada. 


ID
149134
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação aos conceitos básicos da teoria macroeconômica,
essencial à compreensão dos grandes agregados econômicos,
julgue os itens a seguir.

A contração da demanda de investimento na maioria dos países, observada atualmente em razão da crise de liquidez por que passa a economia mundial, explica-se pela redução tanto da taxa esperada de lucro como da taxa de juros.

Alternativas
Comentários
  • Questão ERRADA

    A redução da taxa de juros gera maior demanda por investimento. 


ID
149170
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da situação das finanças públicas no Brasil, julgue os
itens subsequentes.

No Brasil, entre 1994 e 2006, a qualidade do ajuste fiscal é ilustrada pelo fato de o aumento do resultado primário do setor público, em percentagem do PIB, resultar do corte substancial dos gastos públicos e da redução das despesas com juros.

Alternativas
Comentários
  • alguém sabe explicar essa?

  • Os resultados positivos não dependeram apenas dos ajustes fiscais (começaram a ser aplicados apenas depois de 1999). 
    Houve corte com gastos públicos pela privatização, mas não houve redução de despesas com juros.
  • Não concordo que tenha havido um substancial corte dos gastos públicos entre o período de 1994 e 1998. As privatizações realizadas foram em regra de empresas lucrativas e se deram mais para sinalizar para o mercado internacional que o governo brasileiro estava de acordo com as políticas neoliberais vigentes e desta forma conseguir retormar as linhas de financiamento externo.

    No mesmo sentido, Giambiagi e Alem, em sua obra Finanças Públicas - Teoria e prática no Brasil, argumentam que a política fiscal seguida pelas autoridades centrais tiveram contornos claramente expansionistas a partir de 1995. O governo estava preocupado em saldar a curto prazo parte da chamada "dívida social" julgando que, a médio prazo, no contexto de um processo de crescimento sustentado da economia, a expansão da despesa poderia ser depois contida, ao meso tempo que a receita acompanharia o PIB, o que diminuiria progressivamente o déficit público e faria do aumento da dívida pública um fenômeno temporário.
    Hoje, analisando os dados do período, sabemos que essa redução na dívida só se evidenciou no governo seguinte.


  • naum teve qualidade no ajuste fiscal nesse periodo , nem redução de juros nem nada disso ..    o que houve nessa epoca foi apenas uma diminuição do Estado com as privatizações , no modelo gerencial adotado por FHC.
  • No Brasil, entre 1994 e 2006, a qualidade do ajuste fiscal é ilustrada pelo fato de o aumento do resultado primário do setor público, em percentagem do PIB, resultar do corte substancial dos gastos públicos e da redução das despesas com juros.

    Técnica do chute: geralmente quando uma questão te dá um resultado absoluto como na afirmativa acima, RESULTAR DO..., ela está ERRADA! dificilmente algo tão complexo como o resultado primário do setor público seria resultado de meros dois fatores, mesmo que eles estivessem corretos, a questão ainda estaria incompleta, o examinador não se arriscaria em fazer uma questão verdadeira como essa. Caso quisesse fazê-la verdadeira, ele teria redigido: resultar , dentre outras coisas, do corte..... ou resultar principalmente do .... - simples assim.

  • O erro está em dizer que houve reduçao das despesas com juros, pois a politica monetaria, principalmente entre 1994-98, foi marcada pela elevaçao de juros!!! Bastava o koreano (tigre asiatico) espirrar, Mexicano gritar e Russo se embreagar que os juros aqui aumentavam para evitar fuga de kapitais (de curto prazo)!!!! Essa foi a ciranda financeira do plano real (pois isso aconteceu em outros períodos tbm) !!!
  • Acrdito que o erro está em dizer que as despesas com JUROS contribuíram para o melhor resultado PRIMÁRIO, pois este NÃO considera despesas financeiras. Portanto despesas com juros afetarão o resultado NOMINAL, mas não o primário.
  • Levando em consideração que o período abarcado pela questão é o início do Real até o auge do Lula, é correto considerar o aumento do resultado primário. Basta lembrar o boom das comodities...
    Porém os juros não entram no cálculo do resultado primário (apesar do pagamento de juros externos ter diminuido também).
  • Um dos fatores determinantes para o aumento do resultado primário do setor público e não mencionado na questão é o aumento contínuo da arrecadação do Estado. Nós temos a maior carga tributária do mundo. E ela continua crescendo.
  • Despesa com juros não entra no resultado primário.

     

    Resposta: ERRADO.

  • RESOLUÇÃO:

    Errado!

    O primeiro erro é que não houve um claro movimento de aumento do resultado primário no período

    mencionado.

    Isso porque em 1994 o superávit primário foi o maior do período (5,2% do PIB) e já nos quatro anos seguintes

    os resultados foram bem ruins, inclusive com resultados primários próximos de zero e até déficit primário em 1996

    e 1997.

    Além disso, entre os anos de 2000 e 2006, o superávit primário sempre esteve entre 3% e 4% do PIB, não

    apresentando uma tendência de alta.

    Finalmente, a afirmativa “erra” ao propor que houve substancial redução dos gastos públicos.

    Houve aumento destes.

    No consumo da administração pública, houve uma manutenção da participação deste em cerca de 20% do

    PIB. Ou seja, tal consumo cresceu proporcionalmente com o PIB. Os gastos com juros, sim, caíram.

    Os investimentos públicos, no entanto, aumentaram ao longo do período.

    Resposta: E


ID
149173
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da situação das finanças públicas no Brasil, julgue os
itens subsequentes.

Entre as transferências voluntárias, os recursos repassados no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) constituem um exemplo de transferências incondicionais sem contrapartida, que visam corrigir as externalidades positivas que caracterizam a educação básica.

Alternativas
Comentários
  • Entre as transferências voluntárias, os recursos repassados no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) constituem um exemplo de transferências incondicionais sem contrapartida, que visam (corrigir) GERAR as externalidades positivas que caracterizam a educação básica.

    Quando o governo investe em educação, moradia, parques públicos, etc, ele pretende gerar externalidades positivas, e não corrigi-las.

    Aproveitando o ensejo, existem também as externalidades negativas. Essas sim são as que o Governo busca corrigir. Podem ser definidas como as que geram custo para os demais agentes, tais como poluição do ar e de rios.

    BONS ESTUDOS!!!
  • Entre as transferências voluntárias, os recursos repassados no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) constituem um exemplo de transferências incondicionais sem contrapartida, que visam corrigir as externalidades positivas que caracterizam a educação básica.

    Por que alguma política pública visaria corrigir externalidades positivas?? Corrige-se externalidade negativa, não é óbvio? Questão ERRADA!

  • Complementando:

    Existe mais um erro na questão.  Os recursos repassados do FUNDEB não são incondicionais.  Ou seja, o governo receptor NÃO tem total liberdade para decidir a alocação dos recursos, uma vez que esses recursos devem ser gastos na educação.

    Fundeb é exemplo marcante do tipo de transferência Condicional Obrigatória.

    Fonte: http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD40-MarcosMendes_RogerioBoueri_FernandoB.Cosio.pdf

  • Coloco, também, que os recursos do FUNDEB, por terem previsão legal e constitucional, não se enquadram em transferências voluntárias (art. 25, LRF).

  • Externalidades positivas devem ser ESTIMULADAS, e não corrigidas.

     

    Resposta; ERRADO.


ID
149176
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da situação das finanças públicas no Brasil, julgue os
itens subsequentes.

O fato de que no Brasil - contrariamente à maioria dos países - o gasto previdenciário em percentagem do PIB excede a proporção de pessoas idosas explica-se, em parte, pelos elevados gastos per capita do setor público com inativos e pelo crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho.

Alternativas
Comentários
  • o que a participação das mulheres no mercado de trabalho tem a ver com isso?
  • talvez pelo fato delas se aposentarem mais cedo que os homens, contribuindo, assim, um pouco menos para o setor previdenciário?
  • Pode ser por causa da licença maternidade... :S
  • Eh absurda ujma questao  dessas mas fazer o q neh ? !!     mas achu tambem q o fato, eh de q as mulheres aposentam mais cedo e vivem mais .. soh pode ser isso.
  • O crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho deveria sim diminuir o déficit da previdência, uma vez que ocorre a mudança de um perfil social em que outrora a grande maioria das mulheres tornava-se pensionista sem nunca ter contribuído... trabalhando elas contribuem para a previdência. O CESPE é uma piada!
  • As mulheres podem aposentar-se 5 anos antes dos homens, ou seja, após 30 anos de contribuição. Isso significa que há muitas mulheres aposentadas que não são consideradas idosas pelo IBGE (60 anos ou mais). Na profissão de professor, onde há muitas mulheres, é possível aposentar-se com 5 anos a menos de contribuição. Uma professora pode aposentar-se com apenas 25 anos de contribuição, ou seja, se começou a trabalhar com 23, pode virar aposentada aos 48.

  • A questão compara gasto previdênciário em percentagem do PIB com proporção de pessoas idosas, ou seja, alhos com bugalhos. Não me parece fazer sentido.

  • Quando respondo questões de Economia, enfim, geral, micro, macro, meu coração smp dispara, amo essa matéria mais que todas, mais sou tão ruinzim nela que dá até dó..

  • Lamentável essa questão.


ID
149179
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da situação das finanças públicas no Brasil, julgue os
itens subsequentes.

Entre os aspectos positivos do processo de privatização brasileiro, no passado recente, incluem-se, além das melhorias de eficiência das empresas privatizadas, o fato de que ele impediu que os elevados deficits primários pressionassem a dívida pública e garantiu, ainda, o financiamento parcial dos desequilíbrios externos.

Alternativas
Comentários
  • Nao entendi as melhorias q teve com as privatizações , serviços são carissimos , e no caso da telefonia o serviço eh caro e PESSIMo!!
  • Eu concordo com o Adriano. Apesar do gabarito estar correto (e eu acertei por saber que o governo ve vantagens na privatização) não concordo com essas ditas melhorias. Cobram o mesmo preço das estatais e o $ nao fica com o governo, que poderia, teoricamente, reinvestir esse $ na população.
  • Privatização com concorrência funciona.Eu,que tenho mais de 50 anos,lembro da época em que o preço de uma linha telefônica era a metade do valor  de um carro zero.E, ainda assim ,era difícil conseguir uma linha telefônica.PRIVATIZAÇÃO,CONCORRÊNCIA , VIGILÂNCIA DURA CONTRA OS CARTÉIS DE PREÇO e DIREITOS DO CONSUMIDOR AGILIZADOS PELOS TRIBUNAIS.
    APENAS ESTA COMBINAÇÃO FUNCIONA!!!
  • Analisando a questão

    Entre os aspectos positivos do processo de privatização brasileiro, no passado recente, /// apenas as vantagens, do governo Collor em diante


    incluem-se, além das melhorias de eficiência das empresas privatizadas, ///  como o colega disse acima, se o serviço hoje é considerado ruim, na época era muito pior: boa parte das empresas públicas era cabide de emprego, com a proteção e subsídio do Governo, a competitividade era baixa e, além disso, apesar de serem empresas, o objetivo de uma estatal não é necessariamente o lucro, mas a intervenção no domínio econômico


    o fato de que ele impediu que os elevados deficits primários pressionassem a dívida pública e garantiu, ainda, /// meio estranha a afirmação, mas uma forma de interpretá-la é com G-T = (S - I) + (M-X): com a diminuição do Estado, espera-se que seus gastos diminuam, haja aumento dos investimentos privados e, consequentemente, maior tributação, o que diminuiu o déficit primário e, decorrente disso, também a dívida pública.


    o financiamento parcial dos desequilíbrios externos /// o aumento da tributação na época (particularmente IPMF/CPMF) junto com o aporte de capitais da privatização permitiu que o Governo honrasse parte de suas dívidas, garantindo-lhe mais crédito junto a organismos internacionais.
  • Cespe virou panfleto do PSDB? As ferrovias foram privatizadas e o que temos hoje? Sucateamento. A telefonia foi ótima, mas escolheram o pior momento para venda da Telebrás e hoje o serviço funciona como oligopólio. Recomendo a leitura do livro do Elio gaspari "Privaria tucana"


ID
150679
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANTAQ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da evolução histórica da economia brasileira é essencial não apenas para a compreensão dos fenômenos cotidianos que a atingem, mas também, e sobretudo, para a percepção de suas vulnerabilidades. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

O acúmulo de saldos positivos na balança comercial brasileira, no início dos anos 40 do século passado, resultante da situação criada pela Segunda Guerra Mundial, foi essencial para o processo de industrialização brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • Embora a balança comercial tenha apresentado saldos positivos nos primeiros anos da década de 1940, isto não foi um fattor determinante para a industrialização, embora tenha contribuido para a retomada dos compromissos com a dívida que haviam sido interrompidos anteriomente em cumprimento ao modelo aranha.

  • A queda drástica das importações ocorrida durante a II GM e o incremento das exportações causaram um aumento substancial das reservas cambiais do país, de US$ 71 mi antes do início da guerra para US$ 708 mi em 1945. Em fevereiro desse ano, o governo criou um regime cambial sem restrições, exceto por algumas limitações quanto à remessa de lucros. As importações não sofreram restrições quantitativas, e a moeda estrangeira estava livremente disponível para a maioria das transações de capital.  O câmbio não mudou até 1953, enquanto os preços aumentaram 285% de 45 a 53. Essa supervalorização tem várias causas, como, por exemplo, formuladores de política econômica ansiosos por gastar as reservas cambiais acumuladas durante a guerra a fim de atender à demanda reprimida por importações. Em segundo, como a inflação era uma preocupação primordial, foi considerada justificada a existência de um déficit no BP financiado por reservas cambiais passadas a fim de manter os preços baixos. 
    O impulso de industrialização ocorrido depois da IIGM foi, inicialmente, consequência das medidas adotadas para enfrentar as dificuldades o BP. Essa medidas só se gradualmente se tornaram instrumentos conscientes para a criação de um complexo industrial, principalmente na década de 1950. O controle do câmbio foi uma das ferramentas básicas para a industrialização do país.
  • É sútil. A questão não está correta porque a Segunda Guerra mundial não foi essencial para o processo de industrialização brasileiro. Lembre-se que o modelo de industrialização do país foi com base no processso de substituição de impostações. Cabe ressalatar que este processo foi calcado em protecionismo com base, principalmente:
    (i) proteção comercial;
    (ii) incentivo governamental.
  • Ademais, o prcesso de industrialização brasileira ocorreu essencialmente
    nos anos 30.
  • RESOLUÇÃO:

    De fato, a balança comercial brasileira foi superavitária na maior parte dos anos 1940.

    Ocorre que estes superávits não foram suficientes para gerar saldos positivos significativos no balanço de

    pagamentos durante o período.

    O processo de industrialização brasileiro se deu muito em virtude do estrangulamento externo da economia

    brasileira.

    Ou seja, como havia uma reduzida capacidade de importar desde a grande depressão, o processo de

    substituição de importações surgiu como uma alternativa e, ao mesmo tempo, uma necessidade à economia

    brasileira.

    O movimento, aos poucos, claro, foi de passarmos a produzir internamente aquilo que antes importávamos,

    e neste sentido, a balança comercial atuava muito mais como um limitador do que como algo propulsor para o

    processo de industrialização brasileiro.

    Resposta: E


ID
150682
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANTAQ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da evolução histórica da economia brasileira é essencial não apenas para a compreensão dos fenômenos cotidianos que a atingem, mas também, e sobretudo, para a percepção de suas vulnerabilidades. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

O período compreendido entre 1968 e 1973, ficou conhecido como o do "milagre brasileiro" por causa das altas taxas de crescimento econômico combinadas com índices de inflação relativamente baixos, que vigoravam à época.

Alternativas
Comentários
  • 1968 – 1974 - O Milagre Econômico - Na gestão Costa e Silva e Médice – Período de Ditadura Militar – Melhor desempenho da História.  O Brasil cresceu a uma taxa de 11% ao ano durante 6 anos com INFLAÇÃO BAIXA e EQUILÍBRIO NO SETOR EXTERNO.

    Desvantagem / Crítica – Elevada concentração de Renda . A renda dos trabalhadores qualificados cresceu mais que a renda dos trabalhadores não qualificados.

    * Com o objetivo de controlar a inflação o Governo impôs um rigoroso controle dos aumentos salariais e reprimia violentamente as manifestações de trabalhadores.

    * Gerou um desequilíbrio entre os diferentes setores da indústria.  A produção dos setores de BENS DURÁVEIS, crescia a um ritmo mais acelerado que nos setores de bens de capital(máquinas e equipamentos). Com o passar do tempo, esse desequilíbrio inter-setorial iria gerar um problema de dependência externa.

  • A taxa de inflação variou entre 15 e 25%, com estabilidade. 
  • RESOLUÇÃO:

    Perfeito!

    Essa é a síntese do período que entrou para história como Milagre Econômico: um crescimento do PIB

    altíssimo (superior a 11% em média) e uma redução da inflação. Para a época, uma inflação de 20% ao ano em

    média era bem aceitável, especialmente quando se olha para os anos anteriores.

    Resposta: C


ID
150685
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANTAQ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da evolução histórica da economia brasileira é essencial não apenas para a compreensão dos fenômenos cotidianos que a atingem, mas também, e sobretudo, para a percepção de suas vulnerabilidades. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

O chamado plano cruzado, instituído em 1986, tinha por objetivo principal combater a inflação que ultrapassara os 200% no ano anterior e contava com várias condições favoráveis ao seu sucesso, como o acúmulo de reservas cambiais combinado com taxa de câmbio favorável, aprovação recente de uma reforma fiscal e unificação dos orçamentos fiscal e monetário.

Alternativas
Comentários
  • Em fevereiro de 1986, o presidente Sarney anunciou o Decreto-lei 2.283, cuja meta era derrubar a inflação com um golpe violento. Não havia referência específica nos Decretos-lei à taxa de câmbio, mas o governo indicou claramente que pretendia mantê-la indefinidamente a Cz $ 13,84 em relação ao dólar. O Plano Cruzado refletiu claramente a acentuada influência de analistas que diagnosticaram a inflação brasileira como sendo principalmente inercial.   De fato, antes de 28 de fevereiro de 1986, o governo havia tomado medidas para lidar com supostas fontes de desequilíbrios fiscais e monetários. O orçamento do tesouro Nacional e o orçamento monetário foram parcialmente unidos em agosto de 1985 para melhor controlar as despesas; em fevereiro de 1986, a conta de movimento do BB que permitia a esse banco oficial criar moeda através de uma linha aberta de "desconto" do Banco Central, foi congelada; no mesmo mês, foi criado um secretariado do Tesouro no Ministério da Economia para centralizar o controle de todos os gastos públicos e, em dezembro de 1985, o Congresso aprovou a Lei 7.450, que aumentou significativamente as taxas de impostos sobre transações financeiras, exigiu que as empresas apresentassem a declaração de imposto de renda duas vezes ao ano e aumentou a carga tributária das pessoas físicas. Finalmente, dias antes da introdução do Plano Cruzado, o Conselho Monetário Nacional reduziu o prazo máximo de crédito ao consumidor de 12 para 4 meses e limitou outras regras referentes a esse crédito.
  • Gabarito: Correto
    Justificativa: Acerca das condições favoráveis à implantação do plano cruzado, tivemos a situação externa favorável com bons níveis de reservas internacionais provenientes dos superávits comerciais incorridos entre 1984 e 1986. Ao mesmo tempo, no final de 1985 foi realizada uma reforma fiscal que aumentou a arrecadação tributária e unificou os orçamentos fiscal e monetário.
    Bons estudos.
  • E por que não deu certo?!

  • RESOLUÇÃO:

    Correto!

    No texto da aula, deixamos claro que as atenções se voltam à inflação porque a situação externa estava

    controlada.

    Além da condição externa, a evolução das contas públicas se apresentava favorável ao sucesso do Plano

    Cruzado no início de 1986.

    O superávit na balança comercial foi obtido sobretudo devido à maxidesvalorização cambial realizada ainda

    em 1983.

    Além disso, a economia se recuperou da recessão dos anos de 1981 – 1983 e cresceu 5,4% e 7,8% ao ano em

    1984 e 1985, respectivamente.

    O problema maior a ser enfrentado de fato era a inflação, que tinha superado os 200% em 1984 e 1985.

    Resposta: C


ID
150688
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANTAQ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise da evolução histórica da economia brasileira é essencial não apenas para a compreensão dos fenômenos cotidianos que a atingem, mas também, e sobretudo, para a percepção de suas vulnerabilidades. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

Em relação às despesas públicas de investimentos, a Constituição de 1988 pouco inovou, porque o plano plurianual, que está previsto nessa Carta, apenas substituiu o orçamento plurianual de investimentos (OPI), estabelecido na Constituição de 1967.

Alternativas
Comentários
  • LC nº 03 de 1967 - Art. 5º - O Orçamento Plurianual de Investimento é a expressão financeira dos programas setoriais regionais, consideradas, exclusivamente, as despesas de capital.

    CF, Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
    I - o plano plurianual;
    § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

  • é salutar o comentário do nosso respectivo amigo


ID
152875
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na década de 1990, a partir de 1994, o Brasil foi bastante afetado por três crises no mercado financeiro internacional: a do México, em 1994/95, a Asiática (Tailândia, Coréia do Sul, Indonésia e Malásia), em 1997, e a da Rússia, em 1998. Porque o país, nesta ocasião, estava vulnerável às crises externas?

Alternativas
Comentários
  • Letra D é a correta.

    Como o Brasil adotava um regime cambial rígido e tinha deficits vultosos em conta corrente acabou se tornando alvo de ataques especulativos. Lembre-se que na decada de 90 o país conseguiu acumular reservas, em função especialmente da privatizações. Todavia, estas reservas foram diminuind na tentaiva de manter o cmabio rígido. Esta resistencia em flexibiliza-lo decorria do temor de elevação da inflãção, que possui o cambio como ancora cambial.
  • Discordo um pouco do comentário feito por Mariana, pois no período em questão a acumulação de reservas internacionais não se deu, principalmente, por causas das privatizações.Mas sim por causa da política monetária e creditícia no período de implementação do Plano Real, que foi extremamente restritiva: a taxa Selic alcançou o pico de 44% em 1998, acompanhado por aumento na taxa compulsória estabelecido pelo Banco Central do Brasil.
    Assim, essa elevada taxa de juros contribuiu para estimular o influxo de capital, tornado positiva o saldo da conta capital, o que acabou financiando o déficit em conta corrente. Entretanto, aumentou o encargo da dívida pública.
    Os influxos de capitais que permitiram a acumulação de importantes reservas internacionais decorreram, entre outros fatores, do elevado diferencial de taxas de juros praticados pela economia brasileira.

    Portanto, os capitais externos – que ingressaram no Brasil, em busca de elevados ganhos decorrentes da existência de um considerável diferencial entre a taxa de juros doméstica e a taxa de juros externa – contribuíram decisivamente para o financiamento dos déficits crescentes em conta corrente verificados após o lançamento do Plano Real, além de contribuir para a formação das reservas internacionais..
  • Achei que a questão forçou um pouco quando mencionou que o regime cambial adotado era rígido.
    O regime cambial adotado na verdade era semi-rigido, visto que a âncora câmbial dava liberdade de variação em torno de um certo valor.Foi adotado, um limite superior para a taxa de câmbio na paridade US$1,00 = R$1,00. Porém, a princípio, não havia um limite inferior. Ou seja, foi introduzida uma flutuação assimétrica da taxa de câmbio. Ela poderia flutuar para baixo, porém não poderia transpassar a paridade de um para um. No segundo semestre de 1994, foi efetivamente obtida uma âncora cambial natural, pois o Banco Central não precisava intervir no mercado para manter o limite superior da taxa de câmbio. Essa condição, no entanto, se altera ao final de 1994 com a crise mexicana.
  • (a) nenhuma preocupação social;

    (b) não, teve o PROER;

    (c) não e há muito tempo;

    (d) certo;

    (e) não mesmo: já havia exportação de bens de consumo duráveis.


ID
169933
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação ao comportamento da balança comercial a partir de 1990 até o presente momento, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A Resposta é a B - Lembre-se o aumento os preços da commodities em função da demanda chinesa a partir dos anos 2000.

    A) Errada - apos o plano real, com a valorização cambial, o pais aumenta seu deficit comercial
    B) CORRETA
    C) 1999 é o ano da crise russa. A partir deste momento o cambio passa a ser flutuantes. Nesse momento o Brasil teve grande perda de reservas em função de ataques especulativos. Dessa forma, apesar da desvalorização, não houve superavit da balança comercial.
    D) Apesar da valorização do real, o aumento dos preços da comoties resultou em supervaits na balença comercial brasielira.
    E) Na decada de 90, com a valorizção do cambio houve deficits na balança comercial.

  • A balança comercial registra, portanto, as importações e as exportações de bens e serviços entre os países.1
    Quando as exportações são maiores que as importações regista-se um superavit na balança, e quando as importações são maiores que as exportações regista-se um deficit.1

ID
169936
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A criação da Taxa Referencial de Juros (TR), de acordo com a metodologia divulgada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), como instrumento de remuneração das aplicações financeiras de curto prazo, foi realizada no:

Alternativas
Comentários
  • A TR foi criada no Plano Collor II para ser o principal índice brasileiro – uma taxa básica referencial dos juros a serem praticados no mês vigente e que não refletissem a inflação do mês anterior.
    Fonte:
    http://www.portalbrasil.net/tr_mensal.htm
  • Plano Collor II _ "É decretado o Plano Collor II em 31 de janeiro de 1991. Tinha como objetivo controlar a ciranda financeira, extingue as operações de overnight e cria o Fundo de Aplicações Financeiras (FAF) onde centraliza todas as operações de curto prazo, acaba com o Bônus do Tesouro Nacional fiscal (BTNf), o qual era usado pelo mercado para indexar preços, passa a utilizar a Taxa Referencial Diária (TRD) com juros prefixados e aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Pratica uma política de juros altos, e faz um grande esforço para desindexar a economia e tenta mais um congelamento de preços e salários. Um deflator é adotado para os contratos com vencimento após 1º de fevereiro. O governo acreditava que aumentando a concorrência no setor industrial conseguiria segurar a inflação, então se cria um cronograma de redução das tarifas de importação, reduzindo a inflação de 1991 para 481%".
  • No link abaixo, resumo comparativo muito bom sobre os planos collor I e II. 

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/planejado-contra-hiperinflacao-plano-collor-deu-inicio-abertura-comercial.html

ID
184798
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Brasil passou por várias fases ou vários ciclos econômicos, durante o século XX, caracterizados como de

I - economia agroexportadora até, aproximadamente, 1930.

II - industrialização, substituidora de importações, acelerada a partir de 1930.

III - crescimento intenso das exportações, aproveitando o mercado externo, a partir de 1930.

IV - aprofundamento da substituição de importações, de matérias-primas, máquinas e equipamentos industriais, com o II PND.

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) característica(s)

Alternativas
Comentários
  • I - Até a decada de 30 o Brasil era essencialmente um país agroexportador de café. CORRETO
    II - A partir da decada de 30, com a crise de 29, se inicia o processo de industrailziação (substituição de importações). CORRETO
    III - O mundo se encontra em crise na decada de 30. E o Brasil começa a se industrializar. Logo, não há crescimento acelerado das exportações, mas sim da impostações em função da dependencia tecnologica conforme há avanço no processo de industrialização... ERRADO
    IV - O IIPND é o auge do processo de industrialização, seu objetivo era acabar com os estrangulamento de bens intermediário para compeltar o processo de industrialização.
  • Acertei por eliminação, mas discordo da I. O declínio do caráter agroexportador só se deu a partir dos anos 50. Até a década de 50, o café ainda dominava a pauta de exportações. 

ID
184801
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Taxas bastante elevadas de crescimento real do Produto Interno Bruto ocorreram durante o chamado "milagre econômico brasileiro", que aconteceu no(s) governo(s)

Alternativas
Comentários
  • Os governos de Costa e Silva (1967 a 1969) e Médici (1969 a 1974) foram marcados por uma fase de grande transformação e crescimento econômico, o dito "milagre econômico".
    Portanto, assertiva B correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Gabarito: B

     

    Costa Silva e Médici - Milagre Econômico Brasileiro

     

    Geisel - II PND

     

    Dutra - Plano SALTE

     

    Sarney - Plano Cruzado


ID
184804
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O grande aumento dos preços do petróleo, no início da década de 1970, fez-se acompanhar, no Brasil, pela(o

Alternativas
Comentários
  • (A) CORRETO
    (B) aumento da dívida externa (para manter constante a taxa de crescimento nominal do PIB, o governo passou a contrair empréstimos externos do petrodólares)
    (C) redistribuição de renda para as classes mais ricas (a velha teoria de deixar o bolo [a renda] crescer para depois distribuí-lo; para os pobres que não tinham acesso à economia indexada, a inflação comia seu poder de compra em favor daqueles que tinham acesso (industriais, classe média/alta, funcionários públicos)
    (D) redução das reservas internacionais em divisas estrangeiras (um aumento da dívida quase sempre é precedido por uma redução das reservas; no caso brasileiro da década de 1970, foi o que ocorreu)
    (E) déficit do balanço comercial (como o petróleo era o principal ítem importado e o seu preço disparou, importação > exportação = déficit).

ID
184807
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Plano Cruzado, adotado pelo governo Sarney em 1986, para diminuir a taxa de inflação, teve como característica marcante

Alternativas
Comentários
  • (A) o principal mecanismo de controle da inflação foi o congelamento geral de preços. O congelamento da taxa de câmbio foi consequência. Essa alternativa foi feita para confundir, pois foi no Plano Real que um dos principais mecanismos de controle da inflação era o congelamento do câmbio (mas, mesmo assim, não o único; as 3 âncoras que deveriam controlar os preços no Plano Real eram: cambial, fiscal e monetária).
    (B) pelo contrário! como a principal medida foi o congelamento de preços, a equipe economica visava eliminar o grau de indexação da economia.
    (C) na época, a economia brasileira era extremamente fechada e o desabastecimento de produtos do mercado interno (que não tinham como serem importados) foi um dos principais fatores a implodir o Plano Cruzado.
    (D) houve um aumento real dos salários logo após a implantação do plano e, por causa disso, houve uma expansão da demanda agregada por bens e serviços. Como havia o congelamento de preços, havia desestímulo ao aumento na oferta de bens. Qdo demanda > oferta, desabastecimento.
    (E) CORRETO.
  • Um adendo em relaçào à letra C: após o desabastecimento, houve tentativa do Governo de aumentar as importações, porém a medida foi frustrada devido à baixa tradição brasileira em importações. Houve congestionamento dos portos e demora na entrega dos produtos, inviabilizando a medida.

ID
184810
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No início dos anos 1990, o governo Collor decidiu aumentar a competitividade e a produtividade da economia brasileira. Para tal, entre outras medidas,

Alternativas
Comentários
  • O governo Collor lançou a Política Industrial e de Comércio Exterior (PICE) que tinha vários objetivos entre eles expor a indústria nacional à competição externa reduzindo paulatinamente as tarifas alfandegárias.
    Portanto, assertiva B correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Pra aumentar a competitividade e a produtividade de uma economia, é preciso deixar que haja CONCORRÊNCIA.

     

    Resposta: Letra B.


ID
188566
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Assinale a opção correta acerca dos planos de estabilização da economia brasileira.

Alternativas
Comentários
  • a) a valorização cambial contribuiu para piorar a balança comercial e aumentar a vulnerabilidade às crises externas. De fato, o Brasil foi contagiado por diversas crises durante a década de 90 (México 94, Ásia 97, Rússia 98, Argentina 99)

    b) O desgaste do II PND se deu com um acelerado aumento da inflação, grave desequilíbrio no BP e forte desequilíbrio fiscal. Esses efeitos eram esperados, devido ao caráter de melhora estrutural e não imediatista do plano. Se esperava que a deterioração no BP geraria efeitos benéficos na década de 80.

    c) Além disso, as empresas estatais se endividaram para investir no país, já que elas estavam em posição de obter melhores condições de crédito que as empresas privadas no mercado internacional

    d) A maioria das metas não foram alcançadas

    e) ambos os planos consideraram esse componente
  • Controle de preços da energia, aço,..

  • D) o plano foi um sucesso e a maioria das metas foram alcançadas sim, algumas até ultrapassadas, como no setor de transportes. Acredito que o erro da questão está na "perda de controle dos preços", que só seria verificada nos governos seguintes de Jânio Quadros e João Goulart.

     

    "As metas eram audaciosas e, em sua maioria, alcançaram resultados considerados positivos. O crescimento das indústrias de base, fundamentais ao processo de industrialização, foi de praticamente 100% no qüinqüênio 1956-1961."

    http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Economia/PlanodeMetas

  • Pra mim, passível de anulação.

    Além de atingir as metas como bem colocou o Mateus, teve descontrole de inflação sim!

    Inflação em 1955 era 12% e em 59 já estava em 40%!!

     

    Fonte: http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/rec/REC%201/REC_1.1_03_Inflacao_brasileira_os_ensinamentos_desde_a_crise_dos_anos_30.pdf

     

     

  • Questão passível de ANULAÇÃO. A letra D está correta. Página 171

    "Os diagnosticos e projeções da economia brasileira empreendidos de forma sistematica desde o final da Segunda Guerra Mundial desembocaram na formulaçao do Plano de Metas que constituiu o mais completo e coerente conjunto de investimentos atá então planejados na economia brasileira. Por isto mesmo, o Plano foi implementado com sucesso alcancando-se a maioria das metas estabelecidas tanto para o setor publico como para o setor privado."

    Bibliografia: Abreu, M. P. (organizador), 1989. A Ordem do Progresso – Cem Anos de Política Econômica Republicana 1889-1989. Ed. Campus. Brasil. Página 171


ID
188587
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A descentralização entre as esferas nacionais e subnacionais de governo é uma das características mais importantes do gasto público. A respeito da forma como o Brasil e outros países do mundo têm conduzido esse problema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários

ID
188593
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Acerca do período entre 1968 e 1973, conhecido como a época do milagre brasileiro, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) o setor de bens de consumo durável foi o que mais cresceu, seguido pelo de bens de capital. As importações foram expandidas, já que o crescimento do setor de bens duráveis pressionou as importações de bens de capital e insumos. Apesar disso, houve melhora no BP e acúmulo de reservas devido ao aumento das exportações

    b) Havia uma capacidade ociosa na economia, devido ao período anterior de fraco crescimento, controle direto do governo sobre os preços e juros, política salarial que resultou em quedas reais nos salários e uma política agrícola. Esses fatores permitiram com que não houvesse aumento da inflação

    c) Correto, havia condições estrangeiras favoráveis: disponibilidade de liquidez a juros baixos no mercado externo, uma "boa vontade" dos EUA para com o Brasil, uma posição favorável dos termos de troca, diante do aumento dos preços das commodities exportáveis e expansão do comércio mundial

    d) A designação de "milagre econômico" provém do fato de ter havido crescimento aliado de queda na inflação (embora moderada) e sensível melhora do BP, ao contrário do que normalmente ocorre em períodos de expansão

    e) O componente da inflação passou a enfatizar o componente dos custos, em vez da demanda e, portanto, deveria ser combatido com políticas de incentivo ao crescimento econômico

ID
188596
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação ao processo de estabilização econômica verificado no Brasil durante os anos 90 do século passado, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) as taxas de juros foram altas

    b) houve um ajuste fiscal, porém o quadro fiscal ainda era problemático. O déficit operacional foi reduzido (em 94 houve um superávit operacional de 1,1% do PIB) e o resultado primário cresceu de 2,3% do PIB em 93 para 5,2% em 94

    c) a âncora cambial foi extremamente importante para o plano

    d) a valorização cambial e os altos juros reais causaram um desequilíbrio externo, provocando perda de reservas

    e) correto, a URV, implementada na 2ª fase do plano, permitiu com que o componente inercial da inflação fosse combatido
  • Apesar do excelente comentário, continuei sem entender o erro da letra d. Até onde sei, a valorização cambial trazida pelo Plano Real e a âncora cambial provacaram perda de reservas cambiais e deterioração do comércio externo, que só veio a ser superavitário novamente muitos anos depois, com a flexibilização do câmbio.
  • Acredito que o erro da D está em afirmar que os efeitos sobre o COMEX só foram sentidos muitos anos depois. As importações cresceram 30,17% em 94 em relação a 93. Houve aumento de exportação de veículos. Ou seja, os efeitos foram imediatos. 

     

    http://produtos.seade.gov.br/produtos/anuario/1994/cex/int_cex_94.pdf


ID
188599
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Depois da estabilização econômica verificada após a implementação do Plano Real, começaram a surgir problemas no Brasil, sobretudo relacionados às contas externas. A esse respeito, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Questão difícil, mas pode ser resolvida por eliminação:

    a) Para atender às demandas por maior proteção e manter as importações em níveis compatíveis com um saldo comercial pelo menos equilibrado, o governo elevou as alíquotas de importação de automóveis, entre outros

    b) Segundo Rodrigo Luz (2005): "Com o plano real, a nossa moeda se tornou mais valorizada do que a moeda argentina. Com isso, nós começamos a inverter o fluxo comercial com a Argentina. Passamos a ser mais compradores do que vendedores. O problema do Balanço de Pagamentos se tornou nosso e deixou de ser dele"


    c) o mercado financeiro internacional foi sacudido pela crise do México em 94, afetando o Brasil. Inclusive o fato de o Brasil ter tardado a desvalorizar a moeda, foi devido ao temos de repetir os efeitos da desvalorização mexicana, que não foi "moderada" como planejado

    d) a desvalorização cambial é uma faca de dois gumes, já que pode ser perigosa, caso ocorra uma desvalorização acima do planejado, como ocorreu no México. A desvalorização brasileira foi feita num momento de aquecimento da demanda em 96, o que foi arriscado.

    e) aumento na taxa de juros, até para atrair capital externo

ID
191266
Banca
CESGRANRIO
Órgão
ELETROBRAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No Brasil, durante a década de 80, o governo Sarney adotou o Plano Cruzado para combater a inflação. Tal plano se baseou, principalmente, num(a)

Alternativas
Comentários
  • b) a política fiscal foi expansionista - prática que veio a prejudicar o plano

    c) URV é do Plano Real

    d) confisco é no Plano Collor

    e) moratória da dívida externa (em 1987)
  • Letra a- várias medidas de desindexação da economia? Isso ocorreu mesmo? Alguém saberia explicar?


ID
191269
Banca
CESGRANRIO
Órgão
ELETROBRAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Plano Real, da década de 90, reduziu muito a taxa de inflação no Brasil e foi implementado em várias fases. A primeira delas, em 1993, foi a

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a emenda constitucional 10, de 04 de março de 1996, o fundo social de emergência

    foi implementado em 1994, dessa forma a alternativa A não pode ser a correta.

    Eu acho que essa questão deveria ser anulada.

    LETRA B - Incorreta. O Collor não estava mais presidindo em 1993.

    LETRA C - Incorreta.O cambio foi mantido valorizado.

    LETRA D - Incorreta. O sistema de metas de inflação foi criado em 1999.

    LETRA E - Incorreta. O Real foi introduzido em 1994.

  • Dica rápida e útil de Plano Real:

    1ª fase - ajustes fiscais, criação do PAI (plano de ação imediata) e do FSE (fundo social de emergência)

    2ª fase - combater o componente inercial da inflação, criação da URV

    3ª fase - política monetária restritiva - fase não foi bem sucedida

ID
206026
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação à macroeconomia, julgue os itens de 34 a 36.

É consenso entre os economistas que a causa do fracasso dos planos econômicos heterodoxos entre 1985 e 1992 foram os choques de oferta causados por fatores externos à economia tais como guerras internacionais e alterações fortes dos preços do petróleo.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

     

    A inflação do período foi provocada pela falha do governo em controlar os gastos públicos, o que gerou uma inflação de demanda.

  • Quando a questão começa: É um conseso entre os economistas/historiadores/qualquercoisaqueseja, geralmente tá errada.

     

    Resposta: ERRADO.


ID
206029
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Há consenso de que o sucesso do Plano Real está associado à existência da âncora cambial, em que havia uma taxa de câmbio fixa.

Alternativas
Comentários
  • Segundo o livro "Economia Brasileira Contemporânea" org. Fabio Giambiagi e André Villela, no lancamento do Plano Real - Medida Provisória 542, optou-se que "o real adotaria âncora monetária (metas) e o câmbio atuaria numa banda assimétrica, isto é, seria livre para oscilar para baixo, mas teria o teto fixo em 1 real = 1 dólar". (...) "Em outubro de 1994, porém, devido, entre outras razoes, ao insucesso das metas monetárias, o governo resolveu mudar de âncora, abandonando a monetária em prol da cambial, como defendera Gustavo Franco". (p. 157)
    E, o câmbio permaneceu fixo até marco de 1995 quando ocorreu uma desvaloriazacao controlada e o o Bacen passou a administrar um esquema de microdesvalorizacoes, "através de movimentos ínfimos de uma banda cambial com piso e teto muitos próximos". (p. 168)
  • Atenção, pois essa questão está desatualizada. O Cespe não considera mais que a âncora cambial do Plano Real, que durou até janeiro de 1999, teve taxa de câmbio fixa.

     

    Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: TJ-SE Prova: Analista Judiciário - Economia

    Entre os anos de 1995 e 1998, foi adotado pelo BCB o regime de câmbio fixo.

    Gabarito: E


    Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: CGE-PI Prova: Auditor Governamental
    Até 1999, o Banco Central do Brasil adotou o regime de câmbio fixo como estratégia para ancorar as expectativas de inflação.
    Gabarito: E

    Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista Legislativo
    Após a adoção de um regime de câmbio fixo durante os primeiros anos do Plano Real, o Brasil sofreu um ataque especulativo e adotou, desde 1999, um sistema de taxa de câmbio flutuante.
    Gabarito: E

  • Essa questão é foda. Em algumas provas Cespe, eles consideram que era câmbio fixo, outras não, falam em microbandas. Assim fica difícil mesmo saber o que responder nesses casos. 

  • Questão passível de recurso.

    Questão toda errada. Quando se fala que há consenso, já começa errada.

    E dizer que houve cambio fixo, é outro erro.


ID
206272
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação às experiências de planejamento em Santa Catarina, pode-se dizer que:

Alternativas
Comentários
  • d)

    O Projeto Catarinense de Desenvolvimento, implementado pelo governo Salles, atribuiu prioridade à integração e à unidade catarinense e uma alta participação de recursos destinados à agricultura.

  • A) Errado. O plano chamado Carta dos Catarinenses, promovido por Esperidião Amin (PDS), em 1983-86, não foi a primeira experiência de planejamento em Santa Catarina, já que existiam várias iniciativas anteriores.

    B) Errado. O Plameg foi resultado do Seminário Socioeconômico promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em colaboração com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), nos anos de 1959 e 1960, sob a coordenação de Celso Ramos, então Presidente da FIESC. Os objetivos do plano resumiam-se na execução, aperfeiçoamento e autorização de obras e serviços públicos e promoção do desenvolvimento econômico e social do Estado". Do total previsto para o quinquênio 1961-65, 28,3% eram destinados a rodovias; 26,6%, à energia; 11,6%, à educação; 6,6%, à saúde; 5,7%, à participação em empreendimentos pioneiros; 4,7%, à agropecuária; e 1,7%, ao crédito do Banco do Estado, o Plameg II permaneceu com a estrutura do Plameg I. Fonte: O planejamento estadual em Santa Catarina de 1955 a 2002, de Alcides Goularti Filho.

    C)Errado. A Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A. - Badesc - sociedade de economia mista, de capital autorizado, criada pela Lei nº 4.950, de 11/11/1973 e instalada oficialmente em 26/08/1975, segundo o site http://www.badesc.gov.br/portal/quem_somos.jsp. Sendo assim, a referida agência de fomento não foi criada no período mencionado na questão, durante o POE.

    D) Correto. O Projeto Catarinense de Desenvolvimento –PCD, implantado por Colombo M. Salles (Arena), dentre 1971-74. nesse plano, do total dos recursos, 22,7% eram destinados à agricultura; 21,98%, à indústria; 21,0%, aos transportes; 14,9%, a saneamento; apenas 5,6%, à energia; 3,8%, a telecomunicações; 0,2%, à modernização administrativa; e 3,7%, a outros. Fonte: O planejamento estadual em Santa Catarina de 1955 a 2002, de Alcides Goularti Filho.

    E) Errado. Do ponto de vista político e social, até então, a proposta de Pedro Ivo era a mais avançada para a sociedade catarinense: planejamento participativo e participação permanente de todos. Já do ponto de vista econômico, mesmo reconhecendo a importância do Estado como indutor, contraditoriamente advogava em favor da austeridade fiscal e do saneamento do Estado. Dentro da proposta de “austeridade", reduziu 1.706 cargos comissionados na área da educação, além de desativar frotas de veículos e contratar menos de 50,0% de novos funcionários em relação aos três governos anteriores. Tais medidas seriam, talvez, necessárias para moralizar o Estado e não para reduzir a sua atuação como um orientador e condutor do desenvolvimento econômico. Fonte: O planejamento estadual em Santa Catarina de 1955 a 2002, de Alcides Goularti Filho.

    Gabarito: Letra “D".



ID
206275
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre a evolução do setor têxtil e de confecções em Santa Catarina, pode-se afirmar:

Alternativas
Comentários
  •  a)

    A redução das alíquotas de importação de produtos têxteis e a valorização da moeda doméstica em 1990 iniciaram uma significativa crise neste setor da indústria catarinense.


  • A)    Correto. O segmento têxtil em conjunto com o vestuário, foi o mais atingido após o processo de abertura comercial, na década de 90. Com a abertura comercial, reduziram-se as alíquotas para importação, ocorreu que importando mais produtos acabados no ramo têxtil e vestuário, as exportações catarinenses caíram significativamente. Nesse período houve queda na produção e consequentemente aumento de desempregos. O Comportamento da Indústria Catarinense a Partir dos Resultados da Balança Comercial entre 2000-2008, de Ângelo Brião Zanela, Cássio Andrei Bortoluzzi e Rosemari Fatima Orlowski

    B)     Errado. A década de 90 foi marcada pela reestruturação da cadeia produtiva têxtil, devido a abertura das importações de produtos, principalmente asiáticos, com preços mais competitivos, assim as empresas sentiram a necessidade de melhorar a produtividade, gerando impacto negativo sobre o nível de emprego.

    C)    Errado. Nas décadas de 70/80, a transferência de parte da produção ou a ampliação de unidades fabris em outros Estados, na região da SUDENE, Nordeste, Centro –Oeste e algumas regiões do Sudeste, foi motivada por incentivos fiscais, custo mais baratos de mão de obra e proximidade com a matéria prima utilizada.

    D)     Errado. Antes da crise, a estrutura produtiva do setor têxtil era altamente verticalizada, mantendo controle direto da compra de insumos até a comercialização, contudo, vendo a necessidade de reduzir os custos, subcontrataram boa parte da produção, podendo, assim, dedicar-se as áreas estratégicas, como design, comercialização, etc.

    E)    Errado. Na década de 90, as três cidades sede das maiores empresas têxtil do estado de Santa Catarina são: Blumenau, Brusque e Jaguará do Sul.

    Gabarito: Letra “A".



ID
221659
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Entre 1956 e 1960 (correspondendo ao governo JK), houve, no Brasil, um(a)

Alternativas
Comentários
  • Ao mesmo tempo que o país crescia e gerava renda, com uma média de crescimento de 7 % a.a, JK era acusado de entreguismo  ao exterior e de permitir a geração da inflação na economia nacional. 
  • Complementando o comentário do colega, segue abaixo uma fonte:

     

    Juscelino Kubitschek lançou um ousado plano desenvolvimentista que, segundo ele mesmo, iria fazer o Brasil crescer “50 anos em 5”. O chamado Plano de Metas privilegiava pesados investimentos nas áreas de alimentação, indústria de base, educação, energia e transporte.

    De forma geral, o grande objetivo era modernizar a indústria nacional por meio de diferentes ações políticas. Ao fim de seu mandato, JK conseguiu que nosso parque industrial crescesse cerca de oitenta por cento, com o aumento das usinas hidrelétricas (Furnas), da indústria de aço, a instalação da indústria de automóveis, criação de novas rodovias (Belém-Brasília) e a construção de Brasília – nova capital que simbolizaria a irreversível modernização do país.

     

    Entretanto, o alcance de tantas benesses econômicas em um prazo tão curto de tempo teve graves conseqüências. Para realizar tantos investimentos, o governo de JK realizou pesadas emissões de papel moeda e abriu nossa economia para o capital estrangeiro. Com essas duas medidas, as divisas geradas pelas multinacionais instaladas no Brasil eram desviadas para seu país de origem e a emissão de moeda iniciou uma grade desvalorização monetária e a conseqüente inflação.

     

    Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/governo-juscelino-kubitschek.htm


ID
221662
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2009
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Plano Trienal, elaborado por Celso Furtado e sua equipe para o governo de João Goulart, tinha vários objetivos específicos, dentre os quais NÃO se encontra o de

Alternativas
Comentários
  • Parece-me que o gabarito está errado.  Penso que deveria ser a letra C.  Comentários?

    Fonte para questionamento:http://www.nudes.ufu.br/disciplinas/arquivos/PLANO%20TRIENAL.pdf
  • Os objetivos específicos do Plano Trienal, conforme Villela (2005), eram os seguintes:
    *crescimento economico de 7% a.a
    *redução da taxa de inflação
    * crescimento do salário real dos salários à mesma taxa do aumento da produtividade
    *realização da reforma agrária
    *renegociação da dívida externa.

    Portanto, letra b está incorreta.
  • Crascimento dos salários acima da produtividade gera inflação....