Experiência - A Caverna dos Ladrões (Sherif)
1ª Fase - Em 1958, Sherif e os seus colaboradores, organizaram experiências num campo de férias de Verão, em Oklahoma, com um grupo de rapazes de 11 e 12 anos, saudáveis e equilibrados, que não se conheciam. Foram divididos em dois grupos. A cada grupo foram atribuídas tarefas que implicavam a cooperação interna e levariam à coesão do grupo.
2ª Fase - Após assegurarem a coesão dentro de cada grupo passaram ao confronto directo entre os dois grupos, com jogos, onde um seria o vencedor e outro o derrotado, proporcionando prémios e troféus à equipa vencedora e recompensas a cada elemento individualmente. O nível de competitividade foi crescendo e no final da segunda semana a rivalidade era forte e evidente. Os rapazes de cada equipa tornaram-se hostis em relação aos da outra, com agressões, assaltos, insultos. Cada grupo sobrevalorizava os seus resultados, ao mesmo tempo que subavaliavam os do outro grupo. Os rapazes mais agressivos tornaram-se líderes no seu grupo, onde não havia lugar a divergências. Entretanto, os investigadores adoptaram comportamentos que favoreciam um grupo em detrimento do outro. O grupo mais prejudicado reagia contra os rapazes do outro grupo e não contra os chefes do acampamento. O nível de coesão dentro de cada grupo aumentou ainda mais, respeitando rigorosamente as normas vigentes.
3ª Fase - Os investigadores terminaram com as actividades competitivas e procuraram a união dos dois grupos favorecendo o contacto entre eles: visualização de filmes em conjunto, etc. Mas o ambiente entre os dois grupos era tão hostil que a participação nessas actividades, ao invés de produzir cooperação, aumentou ainda mais o conflito, aprofundando-se os estereótipos negativos.
Os investigadores introduziram aquilo a que chamaram objectivos superordenados, ou seja, estabeleceram actividades essenciais para ambos os grupos, mas que só se podiam concretizar se houvesse colaboração mútua. Por exemplo, trabalharam em conjunto para reparar a avaria do veículo que distribuía a água pelo acampamento. A execução desta tarefa, em cooperação, essencial para ambos os grupos, alterou progressivamente a avaliação mútua. A hostilidade deu lugar ao desenvolvimento de novas amizades e, no fim das férias, os dois grupos formavam apenas um.
Com esta experiência foi possível avaliar a formação de conflitos entre grupos e o papel da cooperação no processo de superação de relações hostis.
http://ser-psicologo.blogspot.com.br/2010/05/experiencia-caverna-dos-ladroes-sherif.html
O experimento da caverna dos ladrões é um dos mais clássicos no campo da psicologia social que foi realizado em 1945 por iniciativa de Muzafer Sherif e Carolyn
Sherif, professores da Universidade de Oklahoma (USA). Seu propósito era
identificar alguns pontos que nos permitissem entender melhor os
preconceitos sociais. Se concentrou no conceito de “grupo", na tentativa de
visualizar como se forma a percepção de pertencimento a determinado grupo,
como se configuram as relações dentro dele e como um grupo se relaciona com os outros. Outro objetivo pode ser identificado: entender de que maneira surge ou se intensifica
o conflito entre os grupos; como integrantes que desenvolveram uma grande sensação de pertencimento ao grupo, passa a rejeitar os grupos de não-pertencimento e as características que identificam
tais grupos. Ou seja,
como o grupo influencia o pensamento individual.
Para realizar o estudo, os pesquisadores escolheram 22 meninos
de 11 anos de idade, que foram divididos de maneira
aleatória em dois grupos e convidados a participar de um campeonato de
verão, em uma região de Oklahoma conhecida como parque estatal da
caverna dos ladrões. Os dois grupos acamparam em lugares distantes. Nenhum dos meninos sabia que o outro grupo existia.
O experimento da caverna dos ladrões foi dividido em três
fases: na primeira, os pesquisadores tentaram estimular o sentimento de pertencimento
ao grupo. A segunda era a fase do atrito, na qual deliberadamente foram
criadas situações para criar conflitos de um grupo com o outro. A fase
final era a de integração, na qual os pesquisadores tentariam fazer com
que os conflitos se resolvessem e as aparentes diferenças diminuíssem.
GABARITO: E