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ID
1814794
Banca
FGV
Órgão
DPE-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O estudo realizado pelo casal Muzafer e Carolyn Sherif (experiência da cova dos ladrões) é um dos mais citados na história da Psicologia Social e avaliou: 

Alternativas
Comentários
  • Experiência - A Caverna dos Ladrões (Sherif)

    1ª Fase - Em 1958, Sherif e os seus colaboradores, organizaram experiências num campo de férias de Verão, em Oklahoma, com um grupo de rapazes de 11 e 12 anos, saudáveis e equilibrados, que não se conheciam. Foram divididos em dois grupos. A cada grupo foram atribuídas tarefas que implicavam a cooperação interna e levariam à coesão do grupo.
     

    2ª Fase - Após assegurarem a coesão dentro de cada grupo passaram ao confronto directo entre os dois grupos, com jogos, onde um seria o vencedor e outro o derrotado, proporcionando prémios e troféus à equipa vencedora e recompensas a cada elemento individualmente. O nível de competitividade foi crescendo e no final da segunda semana a rivalidade era forte e evidente. Os rapazes de cada equipa tornaram-se hostis em relação aos da outra, com agressões, assaltos, insultos. Cada grupo sobrevalorizava os seus resultados, ao mesmo tempo que subavaliavam os do outro grupo. Os rapazes mais agressivos tornaram-se líderes no seu grupo, onde não havia lugar a divergências. Entretanto, os investigadores adoptaram comportamentos que favoreciam um grupo em detrimento do outro. O grupo mais prejudicado reagia contra os rapazes do outro grupo e não contra os chefes do acampamento. O nível de coesão dentro de cada grupo aumentou ainda mais, respeitando rigorosamente as normas vigentes.

    3ª Fase - Os investigadores terminaram com as actividades competitivas e procuraram a união dos dois grupos favorecendo o contacto entre eles: visualização de filmes em conjunto, etc. Mas o ambiente entre os dois grupos era tão hostil que a participação nessas actividades, ao invés de produzir cooperação, aumentou ainda mais o conflito, aprofundando-se os estereótipos negativos.
    Os investigadores introduziram aquilo a que chamaram objectivos superordenados, ou seja, estabeleceram actividades essenciais para ambos os grupos, mas que só se podiam concretizar se houvesse colaboração mútua. Por exemplo, trabalharam em conjunto para reparar a avaria do veículo que distribuía a água pelo acampamento. A execução desta tarefa, em cooperação, essencial para ambos os grupos, alterou progressivamente a avaliação mútua. A hostilidade deu lugar ao desenvolvimento de novas amizades e, no fim das férias, os dois grupos formavam apenas um.
    Com esta experiência foi possível avaliar a formação de conflitos entre grupos e o papel da cooperação no processo de superação de relações hostis.

     

    http://ser-psicologo.blogspot.com.br/2010/05/experiencia-caverna-dos-ladroes-sherif.html

  • O experimento da caverna dos ladrões é um dos mais clássicos no campo da psicologia social que foi realizado em 1945 por iniciativa de Muzafer Sherif e Carolyn Sherif, professores da Universidade de Oklahoma (USA). Seu propósito era identificar alguns pontos que nos permitissem entender melhor os preconceitos sociais. Se concentrou no conceito de “grupo", na tentativa de visualizar como se forma a percepção de pertencimento a determinado grupo, como se configuram as relações dentro dele e como um grupo se relaciona com os outros. Outro objetivo pode ser identificado: entender de que maneira surge ou se intensifica o conflito entre os grupos; como integrantes que desenvolveram uma grande sensação de pertencimento ao grupo, passa a rejeitar os grupos de não-pertencimento e as características que identificam tais grupos. Ou seja, como o grupo influencia o pensamento individual.
    Para realizar o estudo, os pesquisadores escolheram 22 meninos de 11 anos de idade, que foram divididos de maneira aleatória em dois grupos e convidados a participar de um campeonato de verão, em uma região de Oklahoma conhecida como parque estatal da caverna dos ladrões. Os dois grupos acamparam em lugares distantes. Nenhum dos meninos sabia que o outro grupo existia.
    O experimento da caverna dos ladrões foi dividido em três fases: na primeira, os pesquisadores tentaram estimular o sentimento de pertencimento ao grupo. A segunda era a fase do atrito, na qual deliberadamente foram criadas situações para criar conflitos de um grupo com o outro. A fase final era a de integração, na qual os pesquisadores tentariam fazer com que os conflitos se resolvessem e as aparentes diferenças diminuíssem.

    GABARITO: E