SóProvas


ID
1817203
Banca
CS-UFG
Órgão
Prefeitura de Goiânia - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                       Mapa da fome 2015: 795 milhões de famintos

O relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” (SOFI, em inglês) foi apresentado nesta quarta-feira (27.05), em Roma, pelas três agências da ONU com sede na capital italiana: a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Segundo o relatório, 795 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo. Na última década, mais de 167 milhões saíram desta situação, e em 25 anos o número foi reduzido em 216 milhões. A América Latina e a Ásia registraram progressos particularmente positivos. Já o continente africano continua em alerta vermelho.

De acordo com a FAO, em África há mais de 220 milhões de pessoas subalimentadas, o que representa 23.2% da população do continente. Esta é a mais alta taxa de prevalência de qualquer região do mundo. Atualmente, 24 países africanos enfrentam crises alimentares, o dobro do que em 1990. “Nós temos algumas regiões que definitivamente ficaram para trás: os países asiáticos que estão em conflito (como a Síria, o Iraque ou o Iémen), e a África central subsaariana, são as regiões que concentram a fome no mundo”, afirmou José Graziano da Silva, diretor geral da FAO.

O relatório aponta Angola e São Tomé como os dois países lusófonos que melhores resultados obtiveram neste âmbito: ambos conseguiram atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir para metade a subnutrição até 2015. Em Angola, estima-se que 3,2 milhões de pessoas passem fome, o que representa uma diminuição de 52,1% em relação aos 6,8 milhões de 1990. Apesar dos avanços, este número indica que 14% dos angolanos ainda têm falta de acesso a alimentos. Em São Tomé e Príncipe, o número de malnutridos sempre se manteve inferior a 100 mil pessoas, e terá diminuído 51,4% neste período. Atualmente, a percentagem de são-tomenses que ainda passam fome é de 6,6%.

De acordo com o relatório da fome no mundo deste ano, 72 de 129 países em desenvolvimento atingiram a meta de desenvolvimento do milênio em reduzir pela metade o número de famintos a partir de 1990. Muitos destes países estão, paradoxalmente, no continente africano. “Na costa atlântica de África, há países como Angola e também Cabo Verde que fizeram progressos notáveis nos últimos anos. Alguns países que foram destruídos pela guerra civil, como é o caso de Angola, recuperaram e utilizaram os recursos da produção mineral, entre eles o petróleo, para promover o desenvolvimento, inclusive o desenvolvimento rural”, diz José Graziano da Silva. Angola foi um dos países que se comprometeu, ao assinar o Tratado de Maputo, em 2003, a investir 10% do orçamento em desenvolvimento de agricultura. Todavia, essa percentagem não chegou sequer a 2%. 

Disponível em:<https://belincanta.wordpress.com/2015/05/28/mapa-da-fome-2015-795-milhoes-de-famintos/> . Acesso em: 10 nov. 2015. 

De acordo com o relatório, a taxa mais alta de prevalência da fome

Alternativas
Comentários
  •  Questão estranha. O gabarito fala sobre menos de um quarto da população MUNDIAL, o que está correto; Mas o texto se refere a menos de um quarto da população do CONTINENTE. 

     Me pareceu uma "gafe não anulável" do examinador, mas...com um pouco de paciência dava pra acertar.

  • Pra mim está bem claro que o texto não falou qual a população mundial considerada, assim como posso comparar com os 795 milhões de famintos no mundo e dizer que representa menos de um quarto? 

  • pESSOAL, a POPULAÇÃO MUNDIAL é de quase 6 bilhões de pessoas, logo 220 milhões de pessoas sub alimentadas não pode ser 1/4. E outra é que não está concentrada em um só continente 

     

    "A América Latina e a Ásia registraram progressos particularmente positivos. Já o continente africano continua em alerta vermelho."

     

    Gab A

  • Apesar de falar de países pobres e em guerra, não consegui achar nesse texto nenhuma menção a concentração de renda nem distribuição de pobreza.

    Se dá pra inferir que há concentração de renda e distribuição de pobreza em tais países, também é possível deduzir que esse número de pessoas com fome (795 milhões) é menor que 1/4 da população mundial (795 mi/6 bi = 13,25%).

    Acho que o que invalida essa letra B é o só.

    Mas enfim o que importa não é o que está no texto e sim o que a banca quer que você pense.

  • Errei, mas gabarite A de abestado... Questão nível hard+

    ... América Latina e a Ásia registraram progressos particularmente positivos. Já o continente africano...

    ...África há mais de 220 milhões de pessoas subalimentadas, o que representa 23.2% da população do continente. Esta é a mais alta taxa de prevalência de qualquer região do mundo

  • Me respondam a seguinte pergunta: 23,2% da população africana É MENOR do que 1/4 da população mundial? Sim, É MENOR! Bem menor, mas continua sendo menor! Digo isso pois o argumento defendido pra invalidar a alternativa "b" está incoerente, justamente por que taxa continua sendo menor do mesmo jeito! Se falasse que era aproximadamente 1/4 da população mundial, aí sim estaria errada!

    Sobre a segunda parte da alternativa "b": "e está concentrada em só continente"

    • Leiam com atenção o enunciado: "De acordo com o relatório, a taxa mais alta de prevalência da fome"
    • Vamos localizar essa taxa no relatório? "De acordo com a FAO, em África há mais de 220 milhões de pessoas subalimentadas, o que representa 23.2% da população do continente. Esta é a mais alta taxa de prevalência de qualquer região do mundo".
    • "Esta é a taxa mais alta" está retomando "23,2% da população do continente". Que continente? África!
    • Portanto, a taxa mais alta de prevalência da fome a que se refere o enunciado diz respeito ao continente africano, ou seja, EM UM SÓ CONTINENTE!

    Sobre a alternativa "a": "reflete as políticas de concentração de renda e distribuição da pobreza no mundo."

    • O enunciado é bem claro: ele pede "DE ACORDO COM O RELATÓRIO", ou seja, as informações precisam estar evidentes no relatório.
    • Em MOMENTO NENHUM o relatório explicita que essa taxa "reflete as políticas de concentração de renda e distribuição da pobreza no mundo". Isso é uma INFERÊNCIA com base no seu conhecimento de mundo, mas NÃO ESTÁ EXPRESSO no relatório.
    • Portanto, a alternativa "a", no meu ponto de vista, está notadamente errada e não deveria ser o gabarito!

    Parecer final: a banca, inicialmente, deu o gabarito preliminar como alternativa "b" e, posteriormente, retificou-o para alternativa "a". Não faz muito sentido, pois a "b" está claramente correta. Já a "a", no meu ponto de vista, não deveria ser o gabarito certo. Acho que esse gabarito só foi trocado pois muita gente entrou com recurso usando o argumento defendido por alguns aqui, porém, como demonstrei no início da explanação, esse argumento NÃO É VÁLIDO!