“Não é o indivíduo que se encontra em si mesmo, mas o espírito do mundo.”
Para Hegel, no eixo de todo o mundo está a ideia, a razão, o espírito do mundo (Weltgeist), o tal absoluto que faz as vezes de Deus. Assim, a evolução do mundo, toda ela é lógica, toda ela é o devir da ideia. Até porque a ideia de Platão nbsp;passa a imanência nas coisas, superando-se a razão abstracta do iluminismo, também ela transcendente. Porque o próprio homem não pensa. É o espírito que pensa através dele. O espírito do mundo, a ideia, o logos – equivalente à inteligência divina dos escolásticos –, torna-se objecto para si mesmo, através de nós. E a ideia, ao fazer esta espécie de auto-alienação, ao passar a objecto, sai fora de si, torna-se objecto para, depois, voltar de novo a si mesmo. Torna-se extrínseca para, depois, volver-se intrínseca. A ideia, o espírito do mundo, ao alienar-se, esquece-se e perde-se de si mesmo, torna-se outra. A natureza leva assim o pensamento a assumir uma exterioridade, a tornar-se outro, a procurar a exterioridade através do espaço e do tempo.
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