Internet
Quando decidimos criar o site Porta dos Fundos, o fizemos
porque a televisão tinha nos dito que nosso tipo de
humor não era popular, era feito para um nicho e não daria
ibope. Resolvemos fazer na internet porque era onde podíamos
ter gerência do nosso “projeto”. Podíamos falar o que quiséssemos
do jeito que nós bem entendêssemos.
Dois anos após o lançamento, o Porta bateu a marca de
mais de um bilhão de espectadores pelo Brasil e pelo mundo.
Eles tinham razão, se tivéssemos feito um programa para televisão,
com toda certeza nosso público teria sido muito pequeno
e não teria dado ibope. Até porque iriam nos colocar
sexta-feira, meia-noite e meia depois de um Globo Repórter.
Na internet tivemos a possibilidade de sermos vistos
sem as amarras dos horários certinhos e dos dias determinados.
Uma pessoa no Japão pode assistir aos nossos vídeos a
qualquer hora do dia em qualquer lugar e mídia. A TV precisa
dizer para ela mesma o que nos disse lá trás: que seus
programas são feitos para um nicho e não vão dar ibope. A
importância da internet é gigante e um terreno ainda a ser
explorado.
Em outubro de 2014, o Porta dos Fundos resolveu levar
os episódios que já estão na internet para a televisão. Queríamos
atingir um outro tipo de público, e conseguimos. Muita
gente que não sabia do site tomou conhecimento do nosso
conteúdo. Ou seja, cada plataforma tem o seu valor e uma não
exclui a outra.
(Adaptado de: PORCHAT, Fábio. O Estado de S.Paulo. Caderno
2. C10, 16/11/2014)
De acordo com o texto, afirma-se corretamente que o grupo que criou o site de humor Porta dos Fundos optou pela internet porque buscava